ESVAZIAMENTO DO ENSINO DE FÍSICA NA INDICAÇÃO DAS NOVAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES NACIONAIS
PALAVRAS CHAVE: Reformas Educacionais, Ensino Médio, Ensino de Física.
O ensino médio atravessa as principais mudanças em toda sua estrutura desde a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996. A Lei n° 13.415/2017 que regula o “Novo Ensino Médio” (NEM) e a Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (BNCC-EM), aprovados sob um contexto de instabilidade política e social que o país vivenciava e com fortes críticas pelo caráter impositivo, trazem em suas resoluções, as novas normas, orientações, diretrizes e definições curriculares para essa última etapa da educação básica. Diante disso, a pesquisa analisou e elucidou as mudanças e perdas expressas nas novas orientações curriculares para o ensino de física no Ensino Médio de Pernambuco. A pesquisa foi realizada por meio de revisão bibliográfica, levantamento de documentos e análise documental, dos seguintes documentos: BNCC-EM, o Novo Ensino Médio, o Novo Currículo de Pernambuco 2021 e os Parâmetros Curriculares de Física para o Ensino Médio 2015. A BNCC para o ensino médio, promulgada em 2018, apresenta a disciplina ‘Física’ como parte de uma área do conhecimento juntamente com Química e Biologia, a área de Ciências da Natureza. Essa integração apresenta uma perspectiva interdisciplinar como defende o documento, “decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes curriculares para adotar estratégias mais dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão do ensino e daaprendizagem” (BNCC, 2018). Entretanto, esse estreitamento de inclusão da disciplina em uma área, além de outros aspectos impostos pelo novo ensino médio como redução da carga horária da disciplina e a não obrigatoriedade da oferta da disiciplina nas escolas, revela perdas significativas que afetam a atuação do professor e prejudicam uma formação ampla dos estudantes sobre os conhecimentos acumulados historicamente para essa ciência. Mas, talvez, haja luz aos novos tempos, espera-se que o atual governo ouça a sociedade civil, entidades, professores e estudantes e revogue imediatamente o novo ensino médio.