CURRÍCULO E FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: práticas e possibilidades para uma Educação Matemática pela inclusão, interculturalidade e diversidade.
Filosofia da Diferença, Educação Intercultural, Licenciatura em Matemática, Cartografia.
Quando falamos do curso de licenciatura em Matemática, existe uma ideia(crença) no senso comum de que a matemática deve ser uma disciplina isenta de política, de sociologia, filosofia, uma disciplina separada e isolada de todas as outras, principalmente as classificadas como de “humanas”, além de ser alheia às dificuldades geradas pelo meio social que interferem no processo de aprendizagem. A partir disso, produziu-se várias problemáticas, gerando a exclusão de diversos corpos, corpos estes, institucionalmente já marginalizados. A formação precisa dar conta de possibilitar ao educador um olhar sensível às diferenças (Canen; Xavier, 2005) e ao interculturalidade (Candau, 2006, 2016). De acordo com Agamben (2009) e Deleuze (1990), somos sujeitos e pertencemos a alguns dispositivos (família, escola, trabalho, grupo de amigos, etc.) e neles agimos, subjetivando e sendo subjetivados. Nestes processos de subjetivação, onde há linhas de forças variadas, relações de saberes e poderes (Deleuze, 2005; Foucault, 2011) que perpassam os sujeitos da educação (Gallo, 2008) esta pesquisa visa responder à seguinte questão: Qual a percepção dos discentes de um curso de licenciatura em matemática sobre sua formação perante temáticas envolvendo inclusão, interculturalidade e diversidade? Tendo como objetivo geral: Compreender como as pessoas que cursam licenciatura em matemática da UFPE- CAA estão sendo preparadas para lidarem com questões referentes a inclusão, interculturalidade e diversidade. Sendo esta uma pesquisa metodologicamente básica, qualitativa, descritiva e quanto aos procedimentos utilizaremos a Cartografia (Rolnik, 1987), tendo como participantes um grupo de discente da Licenciatura em Matemática.