Banca de DEFESA: KARINNE MARTINS BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARINNE MARTINS BATISTA
DATA : 11/11/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet - https://meet.google.com/wcx-uavt-xsr
TÍTULO:

MÉTODOS PARA MITIGAÇÃO DA EVAPORAÇÃO: Um estudo de caso em reservatórios de água na região do Semiárido brasileiro


PALAVRAS-CHAVES:

escassez hídrica, gestão das águas, perdas evaporativas, supressão, barreiras físicas.


PÁGINAS: 118
RESUMO:

É notório que a evaporação se apresenta como um dos processos preponderantes para o balanço hídrico e energético em reservatórios, onde a transferência significativa de água e energia para a atmosfera impactam consideravelmente em sua disponibilidade e estabilidade ao longo do tempo, principalmente em regiões com acentuada escassez hídrica, como é o caso do Semiárido brasileiro. Nesta região, o balanço hídrico é deficitário, onde as taxas evaporativas superam os índices pluviométricos, sendo resultantes das suas condições climáticas. À vista disso, como a população residente enfrenta longos períodos de escassez, carecem de fontes de armazenamento das águas, sendo a açudagem uma das principais alternativas. Assim, em pequenos e médios reservatórios da região, estima-se que 40% da água é perdida por evaporação, comprometendo sua funcionalidade. Logo, compreender os mecanismos de recarga e retirada da água e o processo evaporativo é primordial para subsídios eficazes na gestão dos recursos hídricos. Desse modo, objetivou-se avaliar métodos de coberturas físicas que atuem como fins de proteção em reservatórios de água no município de Caruaru-PE, para que dessa forma, se minimizem os efeitos da evaporação. Para tanto, foram instalados quatro reservatórios de polietileno, com capacidade de 550 L e profundidade de 58 cm, no Instituto Agrônomo de Pernambuco (IPA), para que fosse possível mensurar o quanto de água foi perdida para o meio atmosférico. Com isso, foram empregados nos reservatórios barreiras suspensas (telas de polietileno na cor preta, promovendo 50% de espaçamento das malhas e embalagens aluminizadas, nomeadas TetraPak) e flutuantes (garrafas de polietileno tereftalato (PET) incolores com 250 mL), assim como um reservatório de referência. Além disso, foram analisados parâmetros do comportamento climatológico da região em estudo (como precipitação total, temperatura média, umidade relativa do ar e velocidade do vento média, temperatura do ponto de orvalho e radiação global), além de comparações estatísticas entre as evaporações medidas em campo com equações teóricas de Thornthwaite (1948), Linacre (1993) e Kohler et al. (1955), analisando a que mais se aproxima das condições reais de evaporação no município. Ademais, observou-se a qualidade da água em todos os reservatórios com os materiais em estudo. Foram realizadas medições quinzenais para o comparativo entre a evaporação dos reservatórios cobertos e o de referência, sendo exposto às condições atmosféricas locais. Nota-se que a cobertura com TetraPak é a mais eficiente tanto na mitigação da evaporação, com percentual de redução em 57,13%, tanto nas análises de qualidade da água, dispondo de menores resultados em parâmetros físico-químicos e biológicos. A barreira com as garrafas PET demonstraram desempenhos intermediários na mitigação da evaporação, com eficácia de 53,97% e na qualidade da água, com valores excedentes do normativo em parâmetros de pH e coliformes termotolerantes. O reservatório com tela de polietileno foi o que mais se aproximou das condições reais de evaporação, com supressão do processo evaporativo em 50,86%. Na análise de qualidade da água, assim como na cobertura flutuante, apresentou resultados superiores ao limiar de referência em análises de pH e coliformes termotolerantes. No geral, percebe-se que todos os materiais apresentaram reduções significativas nas taxas evaporativas. Dentre os modelos de estimativas, o mais representativo para o município foi o de Kohler et al. (1955), com resultados mais próximos ao observado em campo. O método de Thornthwaite (1948) subestimou a evaporação e o de Linacre (1993) superestimou as taxas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1698142 - SAULO DE TARSO MARQUES BEZERRA
Externo ao Programa - 1130841 - JAIME JOAQUIM DA SILVA PEREIRA CABRAL - UFPEExterna ao Programa - 2193972 - LEIDJANE MARIA MACIEL DE OLIVEIRA - UFPEExterno à Instituição - CARLOS DE OLIVEIRA GALVÃO - UFCG
Notícia cadastrada em: 07/11/2025 18:50
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