EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO, PRODUTIVIDADE E BIOACUMULAÇÃO NAS PLANTAS DE MILHO (ZEA MAYS) FERTIRRIGADAS COM IBUPROFENO E PARACETAMOL
Águas Residuais. Fármacos. Água Contaminada. Fertirrigação
Estudos atuais evidenciam que como as estações de tratamento não removem totalmente os fármacos dos efluentes assim são cada vez mais encontrados compostos farmacêuticos nos recursos hídricos derivado principalmente das descargas de efluentes urbanos e industriais. Neste cenário torna-se cada vez necessário avaliar os impactos do uso de águas contaminadas com fármacos em sistemas agrícolas, especialmente em culturas de grande importância alimentar mundial, como o milho (Zea mays). Este trabalho visa realizar uma avaliação abrangente dos efeitos no desenvolvimento, produtividade e bioacumulação em plantas de milho quando expostas a concentrações de ibuprofeno e paracetamol durante o processo de fertirrigação. A pesquisa foi conduzida em casa de vegetação e utilizado a variedade do milho BRS Gorutuba, de ciclo superprecoce indicado para a região do agreste. Para os estudos de absorção, translocação do ibuprofeno e paracetamol no sistema solo-planta, foi utilizado o equipamento cromatógrafo liquido de alta eficiência acoplado à detector ultravioleta visível (HPLC UV-Vis) para a detecção e quantificação dos compostos em análise. Os resultados iniciais da análise de solo indicaram que este se trata de um neossolo quartzarênico com baixa capacidade retenção de água e nutrientes. Por se tratar de um solo de areia franca, este tem teor de argila igual a 9% e 82% de areia, tornando-se um solo com baixa capacidade retenção de água e nutrientes, o que leva a alta lixiviação de nutrientes, perdem mais água por evaporação e são normalmente mais secos, sendo necessário dessa forma uma maior atenção no cultivo do milho.