Curvas Salariais Espaciais para os Trabalhadores Formais e Informais: Uma Análise para o Brasil entre 2012 e 2024
Mercado de Trabalho. Curva de Salário Espacial. Desigualdade. Informalidade.
Em um cenário econômico marcado por variações significativas nas taxas de desemprego e transformações no mercado de trabalho, este estudo tem como objetivo principal investigar a relação entre salários e desemprego no Brasil, com foco na compreensão das curvas salariais e suas implicações para o mercado de trabalho. Para alcançar esse objetivo, os salários individuais dos trabalhadores formais e informais serão examinados, considerando especialmente o recorte geográfico das unidades federativas para o cômputo das taxas de desemprego regionais. Os dados são provenientes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), considerando o período de 2012 a 2024. A análise empírica tem por base Baltagi e Başkaya (2022), e consiste na estimação das curvas salariais, considerando as devidas correções para a seletividade amostral dos indivíduos ocupados, bem como ponderando os possíveis efeitos espaciais da taxa de desemprego regional. Para corrigir a possível seletividade amostral, será empregado um modelo logit multinomial, que examina a probabilidade de participação na força de trabalho, considerando explicitamente emprego formal, emprego informal e não emprego, com base em características individuais e domiciliares que determinam a situação ocupacional dos indivíduos. Um aspecto inovador desta pesquisa é a incorporação de pesos espaciais baseados em migração, capazes de captar as pressões salariais enfrentadas pelos trabalhadores devido ao aumento das taxas de desemprego em outros estados. Essa abordagem permite compreender a dinâmica das curvas salariais de maneira mais robusta, considerando diferentes grupos demográficos e setores de emprego, o que oferece uma nova perspectiva para a análise dessas curvas no país.