Banca de DEFESA: MYCHELLINE SOUTO CUNHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MYCHELLINE SOUTO CUNHA
DATA : 24/02/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

ABORDAGEM SENSÍVEL AO GÊNERO PARA O ENSINO DO PENSAMENTO 
COMPUTACIONAL NO FUNDAMENTAL I


PALAVRAS-CHAVES:

gênero; pensamento computacional; autoeficácia; abordagem 
de ensino sensível ao gênero.


PÁGINAS: 297
RESUMO:

Estudos indicam que, desde os seis anos, as crianças desenvolvem percepções 
estereotipadas sobre áreas de conhecimento consideradas "apropriadas" para 
cada gênero, o que pode levar as meninas a duvidar de sua capacidade 
intelectual. A exposição precoce a currículos STEM pode contribuir para a 
redução desses estereótipos e para o aumento do interesse feminino na área. 
No entanto, no Brasil, a maioria das iniciativas STEM voltadas para o 
público feminino concentra-se no ensino médio e superior. Com o objetivo de 
preencher essa lacuna, foi desenvolvido um material didático sensível ao 
gênero, fundamentado na teoria da autoeficácia de Albert Bandura e 
estruturado a partir do Storytelling “O nascimento e as primeiras 
descobertas de Ana”. A narrativa abordou questões de gênero, como 
representatividade feminina e desconstrução de estereótipos, além dos 
pilares do Pensamento Computacional, incluindo algoritmo, abstração, 
decomposição e reconhecimento de padrões, por meio de situações cotidianas. 
O material foi acompanhado de atividades plugadas e desplugadas e elaborado 
com base na metodologia Design Thinking. Sua avaliação envolveu entrevistas 
com especialistas da área e uma análise qualitativa realizada com 14 
crianças do 4º ano do Ensino Fundamental I. Para a análise dos dados, foi 
utilizada a abordagem dedutiva, com base no método Template Analysis, um 
tipo de análise temática que permite desenvolver um modelo de códigos 
fundamentado em dados prévios ou pesquisa anterior. A partir desse modelo 
inicial, analisamos os aspectos que podem afetar ou favorecer a 
autoeficácia das meninas, considerando as quatro fontes da autoeficácia: 
experiência pessoal, persuasão verbal, experiência vicária e fatores 
emocionais. Os resultados revelaram que as meninas demonstram interesse e 
potencial na computação, mas sua autoeficácia ainda não está completamente 
consolidada. Muitas afirmaram se sentir confiantes para realizar atividades 
futuras, porém essa confiança foi frequentemente condicionada ao apoio do 
grupo, à simplicidade da tarefa ou à possibilidade de realizá-la em seu 
próprio ritmo. A experiência vicária teve um impacto positivo, 
especialmente pela identificação com personagens femininas na narrativa, 
como Ana e sua mãe, que foram reconhecidas como modelos de referência. A 
persuasão verbal, por meio de incentivos e feedbacks positivos de 
professores e familiares, também se mostrou fundamental para reforçar a 
motivação das meninas. Entretanto, fatores emocionais, como o medo de errar 
e a insegurança diante de desafios mais complexos, influenciaram 
negativamente a crença na própria capacidade. Os achados desta pesquisa 
reforçam a necessidade de abordagens pedagógicas que considerem a 
diversidade de experiências das crianças e promovam um ambiente de 
aprendizado mais inclusivo e encorajador. Estratégias que combinam 
representatividade feminina, feedback positivo e atividades práticas 
adaptadas ao ritmo das alunas podem fortalecer a autoeficácia e despertar o 
interesse feminino pela computação desde o Ensino Fundamental I.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANDREA MARIA NOGUEIRA CAVALCANTI RIBEIRO - UFPE
Externa à Instituição - GIOVANNA MACHADO - OUTRA
Externa à Instituição - PASQUELINE DANTAS SCAICO - UFPB
Presidente - 2199306 - PATRICIA CABRAL DE AZEVEDO RESTELLI TEDESCO
Externa à Instituição - TACIANA PONTUAL DA ROCHA FALCAO - UFRPE
Notícia cadastrada em: 13/02/2025 08:57
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