SUSTENTABILIDADE DAS AUTOGESTÕES EM SAÚDE: UMA ANÁLISE DA RESOLUTIVIDADE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NA IMPLEMENTAÇÃO DO TRT6 SAÚDE
Atenção Primária à Saúde; Política Pública; Resolutividade; Sustentabilidade; Gestão em Saúde
Esta pesquisa tem como objetivo analisar a resolutividade da Clínica de Atenção Primária do TRT6
Saúde e sua contribuição para a sustentabilidade das Autogestões em Saúde. O Programa de
Autogestão em Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da Sexta Região, denominado TRT6 Saúde, tem por finalidade assegurar assistência de forma indireta aos seus beneficiários titulares, dependentes
e agregados, promovendo a implantação progressiva de benefícios, conforme disponibilidade
orçamentária e financeira. Diante disso, o modelo de Atenção Primária à Saúde, por corresponder à porta de entrada para um cuidado integrado e gestão coordenada da rede de atendimento, centrado nas necessidades dos pacientes, na resolutividade, na integralidade do cuidado e na longitudinalidade, apresenta-se como solução para a melhoria da assistência e promoção da saúde aos beneficiários do TRT6 Saúde, bem como para o controle dos custos assistenciais. O método de pesquisa utilizado foi um estudo de caso, descritivo e observacional, utilizando uma amostra de 251 participantes. Dados foram coletados por meio de questionários eletrônicos autopreenchidos contendo os seguintes domínios: Questionário sobre o perfil social e vínculo com o TRT6 Saúde e Questionário sobre a Percepção dos Beneficiários do TRT6 Saúde. Na análise dos dados foram utilizados testes estatísticos de Mann- Whitney e Kruskal-Wallis com nível de significância de 5%. Os resultados demonstram que a maioria dos
participantes tem entre 40 e 59 anos (60,6%), predominância do sexo feminino (57,0%), possui
especialização (53,4%), são casados (59,4%), tendo a maioria dos pesquisados (86,1%) vínculo como
titular com o TRT6 Saúde. As questões melhor avaliadas incluem: a) atenção dos profissionais às
preocupações dos pacientes (47,4% "muito satisfeito"), b) facilidade de agendamento (45,4%) e c)
competência técnica dos profissionais (43,4%).Quanto à percepção do autocuidado, os resultados demonstram que apenas 32,3% dos participantes relatam aumento do autocuidado após o atendimento na clínica, enquanto 35,9% não sabem opinar, o que sugere uma oportunidade para reforçar estratégias educativas em saúde. Por fim, os dados revelam uma satisfação geral elevada com o atendimento (75,1%). Como conclusão desta pesquisa, temos que a satisfação do beneficiário é um fator muito
importante para o alcance da resolutividade da Atenção Primária à Saúde, sendo este modelo de
atenção, fundamental para o alcance da sustentanbilidade na saúde suplementar e implementação de políticas públicas mais efetivas.