CRITICA SOCRATICA A PAIDEIA SOFISTICA E UMA PROPOSTA DE ENSINO DE FILOSOFIA EM VISTA DA PEDAGOGIA DIALOGICA FREIREANA
Educação dialógica; Platão; Paulo Freire; Organização docente; Sequências didáticas; Ensino de Filosofia.
A presente pesquisa analisa os modelos educativos em disputa na Grécia Antiga, centrando-se na crítica platônica à sofística nos diálogos Górgias e Protágoras, por meio da qual, evidencia-se que a educação sofística, embora voltada à formação política, é contestada por Platão, que defende uma pedagogia integradora de conhecimento e virtude, superando tanto o tradicionalismo homérico quanto o utilitarismo retórico. Na contemporaneidade, a investigação volta-se à pedagogia freireana como alternativa à educação tradicional, propondo uma prática dialógica que forme sujeitos críticos e autônomos. Analisam-se obras como Educação como Prática da Liberdade (1967), Pedagogia do Oprimido (1987) e Pedagogia da Autonomia (1996), destacando o diálogo como eixo para uma educação emancipatória, em contraposição ao modelo bancário. Por fim, a investigação aqui presente direciona sua análise a investigação da organização como metodologia docente, demonstrando como o planejamento intencional — desde a Grécia Antiga até as práticas freireanas — estrutura processos pedagógicos eficazes. Nesse contexto, propõem-se Sequências Didático-Filosóficas como ferramenta de sistematização que articula teoria e prática. Aplicadas em turmas do 6º e 7º anos do Colégio Apoio (Recife/PE, 2024-2025), essas sequências revelaram que a organização prévia de conteúdos, associada ao comprometimento dialógico, potencializa a aprendizagem significativa. Os resultados obtidos através de uma análise qualitativa, reforçam que a organização metódica não se opõe à criatividade pedagógica, mas serve como alicerce para práticas educativas alinhadas aos princípios freireanos.