ENSINO E FILOSOFIA:
estímulos à autodeterminação nietzschiana em sala de aula
Ensino de Filosofia. Metodologia. Nietzsche. Autodeterminação.
A presente pesquisa intitulada “Ensino e Filosofia: estímulos à autodeterminação nietzschiana em sala de aula” objetiva criar uma metodologia para o ensino de Filosofia no Novo Ensino Médio com base na perspectiva da autodeterminação presente em parte da obra de Friedrich Nietzsche em comunhão também com outros autores que também tratem dos eixos abordados nesse trabalho. Para esse estudo, propomos analisar as bases contextuais das metodologias tradicionalistas/desestimulantes no ensino de Filosofia, trazendo à tona discussões históricas e reflexivas sobre as mudanças de paradigmas sociais, os quais afetaram e afetam diretamente a produção curricular. Além disso, é primordial a exploração das críticas de Nietzsche à educação alemã da sua época, segunda metade do século XIX, e a relação com os imbróglios enfrentados nessa disciplina nas salas de aula brasileiras no século XXI e a sua visão acerca de uma educação voltada à construção de um conhecimento livre. Nesse sentido, convém reforçar que o ensino de Filosofia precisa ser repaginado, ou seja, deve ser repensado mediante a aplicação de metodologias que realmente conquistem a atenção do público discente e que estimule a produção de pensamentos, reafirmando, dessa forma, a edificação de si próprio, mesmo com a diluição de Filosofia na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, proposta na BNCC, e com a redução da sua oferta no currículo do Novo Ensino Médio, limitando-a para a 1ª série do ensino médio, apenas. Como metodologia interventiva para o combate ao desestímulo dos alunos e para o trabalho de forma filosófica nas escolas, propomos atividades, com base no pensamento nietzschiano, que despertem a curiosidade e atitudes de pensamento numa sequência de práticas filosóficas, com o devido desenvolvimento para a formação de uma conduta autêntica, respeitando-se as individualidades de cada participante. A pesquisa-ação, portanto, caracteriza-se de forma qualitativa com metodologia para a avaliação empírica da metodologia de ensino. Nesse contexto, a partir das preleções nietzschianas sobre a autodeterminação e autossuperação, produzimos uma metodologia de ensino dividida em quatro etapas: exposição do tema e do problema; verificação conceitual; problematização argumentativa, produção e partilha de respostas. A partir da metodologia pensada, produzida, aplicada e avaliada, houve um significativo avanço em relação à autodeterminação nas aulas de Filosofia.