O CARNAVAL DO RECIFE NAS PRIMEIRAS DECADAS DO IMPERIO (1822-1860) COMO INSTRUMENTO PARA A EDUCACAO PATRIMONIAL E PARA O ENSINO DE HISTORIA.
Ensino de História, Festas Populares, Educação patrimonial, Cidadania
Esse trabalho discute os festejos populares como instrumentos para a educação patrimonial e para o Ensino de História. É produto de uma inquietação resultante de nossas pesquisas e práticas docentes as quais revelam como os festejos populares de Recife não são abordados nos livros didáticos, nem nas salas de aula. A partir dessa ausência nos perguntamos: como utilizar as festas vivenciadas pelos estudantes (fatores de alegria e prazer) como instrumentos para a promoção de uma educação patrimonial e para promover aprendizagens históricas efetivas? Pensando nisso, buscamos incluir a História das festas carnavalescas na rotina dos nossos estudantes. Uma vez que entendemos que uma das funções elementares da escola, é formar indivíduos para o exercício da cidadania, e este exercício deve incluir o domínio dos bens patrimoniais dos seus grupos de referência. Acreditamos que oportunizar, nas nossas salas de aula, o conhecimento do repertório cultural local, do ponto de vista histórico, constituem uma das tarefas do ensino da História e um meio de despertar a curiosidade, a criatividade e o pensamento crítico dos discentes. Para problematizar nosso objeto e entender como se construíram as festas carnavalescas em Recife, utilizaremos diferentes registros documentais que vão desde os debates dos folcloristas, das primeiras décadas do século XIX até a produção historiográfica mais recente, que discute as manifestações culturais e os modos de celebrar a festa através do olhar da Historiografia cultural.