Evangélicos e progressismos: uma etnografia sobre a relação entre religião e política
Evangélicos. Política. Religião. Progressismos.
Este trabalho como continuidade do que observei durante a pesquisa de mestrado, ao estudar um grupo de mulheres cristãs dissidentes e feministas, busca trazer um panorama mais amplo do campo progressista evangélico brasileiro. Esse campo é constituído por uma heterogeneidade de atores envolvidas em igrejas, ONGS, movimentos sociais, e em grupos ativistas. Portanto, o intuito é construir uma etnografia sobre esse grupo e assim produzir uma análise sobre o campo evangélico progressista brasileiro em relação à interseção entre política e religião. Embora minoritário, os progressistas estão envolvidos numa agenda que busca pensar às opressões e desigualdades sociais. Nas defesas coloca-se a questão do fundamentalismo religioso e os desdobramentos da aproximação entre igreja e Estado. Assim, por meio das categorias elaboradas pelos progressistas busco pensar a relação entre religião e política; assim como no que se refere a notar o cristianismo como um conjunto de pensamentos. A etnografia a ser desenvolvida busca ver como posições conservadoras, ultraconservadoras e progressistas podem ser associadas, de modos distintos, a essa tradição religiosa. Logo, pensar as disputas, tensões e contexto diversos produzidos por narrativas religiosas, sobretudo a evangélica, é o principal objetivo deste trabalho.