Banca de QUALIFICAÇÃO: ALFREDO NAVA SANCHEZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALFREDO NAVA SANCHEZ
DATA : 19/12/2024
LOCAL: UFPE
TÍTULO:

Tylor, Boas e Malinowski no México: materialidade, visualidade e distância na conformação histórica do conhecimento antropológico 


PALAVRAS-CHAVES:

Epistemologia Antropológica; Materialidade e Visualidade; 


PÁGINAS: 51
RESUMO:
A pesquisa que se apresenta analisa a formação da antropologia como disciplina a partir das trajetórias de Edward B. Tylor, Franz Boas e Bronislaw Malinowski no México. Investiga como suas obras ajudaram a configurar uma epistemologia antropológica marcada pela materialidade, visualidade e distância social, especialmente na racialização dos indígenas e na construção da identidade nacional mexicana.

Rejeitando uma visão linear e evolucionista da história da antropologia, o estudo propõe explorar as práticas concretas desses antropólogos e suas interações com o contexto político e social do México no final do século XIX e início do XX. Argumenta-se que a materialidade dos objetos e a visualidade das imagens moldaram o conhecimento antropológico, vinculando-o a classificações sociais e práticas de poder. A pesquisa também questiona a marginalização da América Latina na historiografia antropológica tradicional, que frequentemente trata a região como campo passivo de estudo, excluindo suas contribuições teóricas e científicas.

Além disso, são analisadas práticas de representação institucionalizadas, como museus e monumentos, que consolidaram uma identidade nacional mexicana ao mesmo tempo que objetificavam e excluíam populações indígenas. Essas formas de representação foram incorporadas às políticas estatais e às práticas acadêmicas, reforçando uma narrativa nacional marcada pela exploração visual e simbólica dos povos originários.

Metodologicamente, o trabalho adota uma análise interdisciplinar inspirada em pensadores como Pierre Bourdieu, Bruno Latour e James Clifford para investigar como instituições, objetos e práticas consolidaram uma visão antropológica específica. Elementos como exposições de museus, registros arqueológicos e textos antropológicos são interpretados como dispositivos de poder e controle, sendo vistos não apenas como vestígios do passado, mas também como ferramentas de produção de conhecimento e legitimação de narrativas políticas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1938872 - LAURE MARIE LOUISE CLEMENCE GARRABE
Externo à Instituição - FÉLIX ALEJANDRO LERMA RODRÍGUEZ
Externo à Instituição - GUILHERME BIANCHI MOREIRA
Notícia cadastrada em: 17/12/2024 09:23
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