Banca de DEFESA: FERDINANDO ALFONSO ARMENTA IRURETAGOYENA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FERDINANDO ALFONSO ARMENTA IRURETAGOYENA
DATA : 12/11/2024
HORA: 10:00
LOCAL: online
TÍTULO:

O balanço da bacia: água, crenças e sensorialidade na Huasteca Potosina central


PALAVRAS-CHAVES:

Sacralidade da água, Percepção do ambiente, Etnologia Tének, 

Enfoque de bacia, Habilidades


PÁGINAS: 150
RESUMO:

A escassez de água saudável é um problema que ocupa as agendas política, social e 

econômicas ao redor do mundo. O conhecimento tradicional, enquanto estratégia de 

adaptação às mudanças climáticas, desempenha um papel fundamental para pensar 

em uma racionalidade ecológica como mediadora dessa problemática. O presente 

trabalho se debruça sobre as atribuições sagradas da água entre os tenek da 

Huasteca Potosina, isto com o objetivo de compreender o vínculo entre a sacralidade 

e a formação da percepção ambiental. A hipótese de trabalho explora a relação 

circular entre o modo de identificação tének e o desenvolvimento do sensorial, onde 

habilidades, conhecimentos e tecnologia local operam como práticas de manutenção 

do ecossistema. Nesse sentido, a metodologia qualitativa a desenvolver deriva de um 

trabalho de campo extensivo e uma sistematização de dados baseado no modelo da 

Grounded Theory. Baseado nas técnicas de observação direta, entrevista etnográfica, 

cartografia participativa, registros audiovisuais, reportes oficiais com enfoque de bacia 

hidrológica e pesquisa-ação. A evidência etnográfica explora a busca da água (alim 

já), o curandeirismo, as danzas, o bordado tradicional, as benções de poço, e o 

sistema de cargos como formas de conhecimento intimamente ligado com a 

habilidade das pessoas para sentir o ambiente. Os resultados sugerem que a 

sacralidade da água abrange um complexo cosmológico, bem como uma engenharia 

vernácula para resolver problemas relacionados com o armazenamento, 

disponibilidade e saneamento da água nas comunidades tének, muitas vezes como 

resposta às pressões do exógenas. Embora a relação entre a visão externa 

(conhecimento científico implementado pelas instituições públicas na Huasteca 

Potosina) e o conhecimento local tének (kwajíl alwa) pondera critérios divergentes, 

proponho pensar em um continuum epistemológico que concilie uma forma de 

conhecimento baseada em resultados medíveis (ciência) com outra forma baseada 

nas emoções que o conhecimento produz (estética relacional). Essa tensão positiva 

buscará abrir uma janela para pensarmos em alternativas à situação ambiental atual.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1938872 - LAURE MARIE LOUISE CLEMENCE GARRABE
Interno - 287472 - EDWIN BOUDEWIJN REESINK
Interno - ***.694.629-** - PEDRO CASTELO BRANCO SILVEIRA - FJN
Externo à Instituição - JOSÉ ALEJANDRO FUJIGAKI LARES
Externa à Instituição - INDIRA NAHOMI VIANA CABALLERO
Notícia cadastrada em: 18/10/2024 08:16
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