Banca de DEFESA: MATEUS SOUZA ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATEUS SOUZA ARAUJO
DATA : 24/02/2025
HORA: 10:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

“A gente cuida, faz o tratamento certinho, mas e o preconceito que fica?” Um olhar sobre as
representações da hanseníase no bairro da Mirueira sob a ótica dos moradores.


PALAVRAS-CHAVES:

Hanseníase. Aspectos sócio-culturais. Itinerários Terapêuticos. Bairro da Mirueira


PÁGINAS: 78
RESUMO:

Esta etnografia aborda a relação entre a hanseníase, uma doença crônica e causadora de sofrimento
psíquico, e os moradores da Mirueira, bairro localizado na Região Metropolitana do Recife. Destaca-se a
conexão histórica do bairro com o Hospital Geral da Mirueira, um dos primeiros leprosários construídos no
século XX no Brasil e, consequentemente, no estado de Pernambuco. O trabalho busca discutir as concepções
que os moradores do bairro da Mirueira atribuem a doença, bem como analisar como as relações sociais são
moldadas pela mobilização de tratamentos individuais. Enfatiza as agências e os modos pelos quais os
indivíduos percebem e vivenciam a doença. Utilizei entrevistas e observações como principais ferramentas de
pesquisa e lancei mão da minha própria experiência como morador do bairro para acessar a história e as
pessoas do local. O Brasil está entre os países com as maiores taxas de hanseníase, uma doença que gera danos
sociais e pode comprometer significativamente a vida dos indivíduos afetados, seja diretamente, pelo contato e
identificação do bacilo, ou indiretamente, quando um amigo, vizinho ou parente é acometido. Em contextos
marcados por maior desigualdade social, a doença torna-se mais evidente, contribuindo para a perpetuação de
estigmas e outras vulnerabilidades. Em Paulista/PE, onde o projeto foi conduzido, observa-se que as pessoas
afetadas pela hanseníase recorrem a diferentes itinerários terapêuticos para o cuidado. Esses itinerários
incluem práticas baseadas em crenças, ritos, medicina ocidental, entre outras abordagens mediadas pela cultura
local. Observamos que, apesar de a hanseníase ser uma doença de fácil tratamento e cura quando diagnosticada
precocemente, ainda é cercada por silenciamentos, medo e invisibilização.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1461835 - LUIS FELIPE RIOS DO NASCIMENTO - nullPresidente - 3199677 - MARION TEODOSIO DE QUADROS
Interno - 2130752 - RUSSELL PARRY SCOTT
Notícia cadastrada em: 19/02/2025 15:24
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa08.ufpe.br.sigaa08