Banca de DEFESA: MARISA CRISTINA RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARISA CRISTINA RODRIGUES
DATA : 09/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Capoeiras da Barreira do Rosario e as existencias em ginga - do Ceu de Baccaro ao Alto da Se


PALAVRAS-CHAVES:

Capoeira; Barreira Rosário; Antropologia; Antropologia Demandada; Decolonialidade; Epistemologias
Diversas; Territórios Periféricos

 


PÁGINAS: 160
RESUMO:

Entre o final da década de 1970 e começo de 1980, um grupo de crianças e jovens assumiu o protagonismo da retomada da capoeira na
Barreira do Rosário, comunidade periférica do Sítio Histórico, na cidade de Olinda, em Pernambuco. A manifestação ancestral e
afrodiaspórica, historicamente reprimida e criminalizada, foi reavivada neste território por meio das práticas, apresentações públicas e
formação de rodas em locais que hoje se constituem em lugares de memória da capoeira: como Mercado da Ribeira, Alto da Sé e Mercado
Eufrásio Barbosa. Esse movimento fez com que da Barreira do Rosário emergisse um número expressivo de mestres, mestras, professores e
praticantes que perseveraram na manutenção e salvaguarda da manifestação até a atualidade. Apesar disso, os detentores que se
originaram nessa matriz, consideram que suas trajetórias, seus protagonismos e as dinâmicas desenvolvidas na Barreira do Rosário foram
negligenciadas ou subalternizadas na produção de conhecimento institucional e acadêmico sobre a capoeira pernambucana. Isto se deve,
segundo suas perspectivas, porque o grupo se manteve distante das relações hegemônicas voltadas aos processos de ordenação da prática,
que normatizaram a manifestação nos moldes de “esporte nacional”. Os capoeiras da Barreira, que assumiram a alcunha de maloqueiros
da Barreira, como eram chamados pelos pares que não partilhavam de suas vivências comunitárias, buscam ativamente romper com essa
invisibilidade e exaltar a potência tanto do lugar, como das pessoas produzindo novos reconhecimentos acerca da manifestação. A feição
deste estudo começou a ser forjada em 2019, no contexto da complementação do Dossiê de Registro da Capoeira de Pernambuco, momento
em que pesquisadora e mestres passaram a estabelecer contato para a realização de projetos não acadêmicos e acadêmicos, que versam
sobre essas trajetórias. Os arranjos e resultados dessas ações foram a base para a constituição do corpo de dados desta tese, por isso a
compreendemos como uma pesquisa interlocutiva/colaborativa. O estudo visa explicitar, a partir das sabedorias dos mestres, do
conhecimento antropológico, de epistemologias, autoras e autores decoloniais e afrodiaspóricos, os dispositivos empregados pelas
colonialidades do saber, ser e do poder, que impactaram nessas trajetórias de vida e suas consequentes invisibilizações, ao mesmo tempo que
investe na análise das estratégias e táticas desses colaboradores, para Identificar-Interrogar-Interromper a colonialidade, por meio de suas
existências em ginga.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2510116 - ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA
Interno - 1649218 - FRANCISCO SA BARRETO DOS SANTOS
Externa ao Programa - 1581910 - GABRIELA SANTOS CAVALCANTE SANTANA - nullExterno à Instituição - GILSON JOSE RODRIGUES JUNIOR - IFRN
Interno - 1028878 - HUGO MENEZES NETO
Notícia cadastrada em: 13/08/2025 12:46
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