NARRATIVAS DO RECIFE ASSOMBRADO EM PODCAST: ENSINO DA ORALIDADE NA EJA À LUZ DOS NOVOS ESTUDOS DO LETRAMENTO
Palavras-chave: Lendas urbanas do Recife, Cultura, EJA, Oralidade
Este trabalho objetivou, de maneira geral, investigar como os (as) discentes do módulo V, dos anos finais da EJA, da EMTI Antônio Farias Filho desenvolvem a capacidade de produção de relatos orais do gênero lenda urbana, levando em consideração as práticas de letramento. Dentre as diversas lendas do Recife, selecionamos como corpus para o presente estudo as seguintes: “No riacho da Prata”, “A Menina sem Nome”, o “Papa-figo” e “A emparedada da Rua Nova”. Epistemologicamente, apoiamo-nos em Haveloc, 1991; Ferreyra,1998 e Marcuschi, 2008, para os estudos de oralidade. Bakhtin, 2011 e Dolz e Scheneuwly ,2004, fundamentaram as considerações sobre gêneros discursivos e orais. Buscamos em Voloshinov, 2021, Faraco, 1997, 2009; Geraldi ,1997; Pereira, 2010; Koch, 2004 e Antunes, 2009, bases para nortear os estudos sobre língua e linguagem. Para os novos estudos do letramento e para fortalecer o caráter cultural do presente estudo, buscamos apoio em Street, 2014; Hall 2006, Bruner 1990, 1997; Geertz 1973 e Canclini,1984, respectivamente. Para embasar as considerações sobre EJA, dialogamos com Capucho, 2012; Ciavatta, 2010; Freire, 1979, 1996, 2009, 2021; Paiva, 2013; Souza, 2007. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa-ação, com intervenção baseada no modelo de sequência didática de Dolz, Noverraz e Scheneuwly (2004), que resultou na produção de podcasts de bate-papo, onde os (as) estudantes relatavam seus conhecimentos sobre as lendas urbanas antes e depois do que foi visto nas etapas da realização da sequência, do ponto de vista social, histórico e cultural.