CORPOS SONOROS: processo criativo em música de cena
Música de cena. Trilha sonora. Corpo sonoro. Teoria Ator-Rede. Campos artísticos.
Um grupo de pessoas se encontram com interesses em comum: o fazer teatral contemporâneo. Técnicas, expressão, jogos, ferramentas, encontros (do indivíduo com suas próprias questões, também entre indivíduos), trocas. Desse encontro surgem possibilidades de criação artística, de colaboração, de hibridação a partir de vivências diferentes. No processo há música: sons absorvidos e gerados. Durante os laboratórios cênicos e ensaios, até a sedimentação das cenas e a concretização do espetáculo, ocorrem negociações, ajustes, misturas, cortes, substituições - modificações controladas, outras imprevistas. Nessa teia de fios quase invisíveis do processo criativo teatral, o fio dos sons e das vozes se entrelaçam aos fios de gestos e movimentos, de luz, do figurino, do espaço, das ideias, das entrelinhas, do texto dito e não dito, dos silêncios perturbadores, tempo, da crítica, das técnicas, do público e seus vastos universos. Seguindo os passos da “formiga”, metáfora utilizada por Bruno Latour, fazemos relato da experiência em um processo criativo colaborativo, sob a perspectiva da música. Se de alguma forma um processo de criação colaborativa em teatro pudesse tensionar o social como uma outros campos artísticos (imagem, palavra, espaço, figurino, objeto, cena) com intuito de compreender outros processos de criação em grupo?