Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRESA MAYARA DA SILVA SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESA MAYARA DA SILVA SANTOS
DATA : 28/07/2025
LOCAL: GOOGLE MEET - VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

INDICE DE RISCO NUTRICIONAL, COMPOSICAO CORPORAL POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E DESFECHOS ADVERSOS EM PACIENTES COM CANCER DE COLO DO UTERO


PALAVRAS-CHAVES:

câncer de colo do útero; biomarcadores; composição corporal; massa muscular; tomografia computadorizada; índice de risco nutricional.


PÁGINAS: 62
RESUMO:

Introdução: Alterações na composição corporal, incluindo a piora da saúde muscular esquelética e variações no tecido adiposo, são frequentes em pacientes com câncer de colo do útero. Essas alterações aumentam o risco de síndromes nutricionais e inflamatórias como desnutrição, sarcopenia e caquexia. A tomografia computadorizada (TC) é eficaz para avaliar essas alterações na composição corporal, mas seu uso rotineiro não é sempre disponível, destacando a necessidade de métodos mais simples e acessíveis. O Índice de Risco Nutricional adaptado, também chamado de “geriátrico” (IRNG) surge como um biomarcador relacionado ao estado nutricional, capaz de predizer desfechos adversos. No entanto, seu potencial como marcador específico de saúde muscular ainda não foi explorado no câncer, ou em qualquer outra população clínica. Objetivo: Analisar a associação entre o IRNG,composição corporal por TC, identificando o seu potencial diagnóstico para pior saúde muscular e preditivo para desfechos adversos em pacientes com câncer do colo de útero. Metodologia: Análise secundária de um estudo de coorte com coleta de dados prospectiva, realizado no Instituto Nacional do Câncer (INCA – Rio de Janeiro/RJ) entre 2010 e 2020. Foram incluídas pacientes que tinham exames de TC viáveis ao nível de 3ª vértebra lombar e dados de albumina sérica. O IRNG foi calculado utilizando a seguinte equação: IRNG = 1,489 × ALB (g/L) + 41,7 × PA/PI (kg). A composição corporal por TC foi mensurada usando o software Slice-O-Matic. O desfecho primário de interesse foi a baixa quantidade de massa muscular. Os desfechos secundários foram reduzida qualidade muscular, elevados parâmetros de adiposidade, desfechos de mortalidade nos períodos de 12, 24 e 36 meses e eventos de quimiotoxidade grau 3. Foram realizados testes de correlação, regressão linear, logística e Cox, análises de curva ROC (AUC, sensibilidade, especificidade, VPP/VPN, e teste de Youden); e curvas de sobrevida (Kaplan‑Meier). Resultados: A amostra foi composta por 246 mulheres (idade média de 47 ± 12 anos). A prevalência de baixa massa muscular foi de 17% e de baixa “qualidade” muscular de 67,9%. A maioria da amostra apresentava sobrepeso (61,4%), porém 53,1% estavam em risco nutricional ou desnutridas (ASG‑PPP). O IRNG apresentou correlação positiva moderada com a área muscular (r = 0,65) e forte com tecido subcutâneo (r = 0,72); fraca e inversa com densidade muscular (r = –0,17). Porém, após ajuste para fatores de confusão, apenas a massa muscular manteve associação independente com o IRNG. O IRNG, isoladamente, explicou 42% da variabilidade da massa muscular (R2 = 0,42). O IRNG apresentou boa performance para identificar baixa massa muscular: AUC 0,84, sensibilidade 78%, especificidade 80%. O melhor ponto de corte para identificar baixa massa4 muscular por TC foi < 102,7. A taxa de sobrevida global foi menor nas pacientes com baixo IRNG em todos os 3 momentos de avaliação, a saber – 12 meses: 72% vs. 94%; 24 meses: 51% vs. 75%; 36 meses: 36% vs. 45%. O IRNG, como variável contínua e categórica, esteve independentemente associado à sobrevida em 12 meses. Cada aumento de uma unidade no IRNG reduziu o risco de morte em 8%, enquanto valores baixos de IRNG se associaram a risco mais de 4 vezes maior. Aos 24 e 36 meses, apenas o IRNG contínuo manteve associação significativa, com redução do risco em 7% e 6%, respectivamente. Na análise de toxicidade grau 3, o IRNG apresentou associação independente com a ocorrência de astenia (mais de 6 vezes maior com IRNG baixo) e, quando contínuo, também com dor e fadiga. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CLAUDIA PORTO SABINO PINHO RAMIRO - UFPE
Presidente - 3346571 - WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
Notícia cadastrada em: 18/07/2025 13:33
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