Adaptaçãos induzidas pelo treinamento aeróbico: efeitos sobre o balanço oxidativo hepático e expressão gênica de ratos jovens submetidos à supernutrição durante a lactação
estresse oxidativo; obesidade; treinamento aeróbico; fígado.
O ambiente materno tem grande influência no desenvolvimento fetal, dependendo da quantidade de suprimento nutricional ao feto, pode gerar distúrbios metabólicos dentre outras, a diabetes, obesidade e doença hepática gordurosa não alcoólica. Objetivo: avaliar adaptações induzidas pelo treinamento aeróbico sobre o balanço oxidativo hepático e expressão de genes relacionados a função, biogênese e dinâmica mitocondrial no fígado de ratos juvenis submetidos à supernutrição durante a lactação. Foram utilizados 54 filhotes, inicialmente divididos em dois grupos Normonutridos (N) e Supernutridos (S) ambos com 9 animais por gaiola, ao terceiro dia o grupo S foi reduzido para 3 animais. Aos 30 dias 9 animais do grupo N e S foram eutanasiados e parte dos animais 18 do grupo (N) e 18 do (S)foram subdivididos de acordo com a prática ou não do exercício físico. Normonutrido Não Treinado (NNT), Normonutrido Treinado (NT), Supernutrido Não Treinado (SNT), Supernutrido Treinado (ST). O treinamento durou 4 semanas, 5 vezes na semana por 1h/dia. Aos 54 dias foram eutanasiados e foi coletado: sangue, fígado e sóleo. Avaliamos: massa corporal e do fígado, índice de Lee, perfil bioquímico no soro, atividade da enzima citrato sintase, biomarcadores de estresse oxidativo Malonealdeído (MDA) e carbonilas. Para análise estatística foi utilizado o teste “t” de Student e Anova Two Way, p foi considerado significativo quando menor ou igual a 0,05%. A massa corporal aumentou nos animais (S) em relação aos (N) no dia 7 (23,07%***p=0,0003), 14 (42,29%**** p=0,0001), 21 (35,12% ****p=0,0001), 30 (29,02% *** p=0,0002). A massa do fígado aos 30 dias foi maior (24,79% ***p=0,001) no grupo (S) em relação ao (N) aos 54 dias foi menor (25,33% *p=0,03) no grupo (NT) comparado ao (NNT), maior (24,77%*0,03) no grupo NNT comparado ao (SNT) e maior (44,19%**0,002) no grupo (ST) comparado ao (NT). O índice de Lee aos 30 dias foi maior (8,7%***0,0003) no grupo (S) comparado ao (N) e aos 54 dias foi maior (9,45%****p=0,0001) no (SNT) comparado ao (NNT) e menor (6,36%**p=0,005) no (ST) comparado ao (SNT). O perfil bioquímico no soro aos 30 dias não houve diferença quando avaliamos triglicerídeos, aos 54 dias foi menor (35%*p=0,04) no grupo (ST) comparado ao (SNT). Aos 30 dias os níveis de glicose aumentou (26,13%*p=0,04) e colesterol total (42,38%*p=0,04) nos animais (S) comparado ao (N). Aos 54 dias os níveis de colesterol teve diferença, mas a glicose foi maior (21,84%*p=0,02) no grupo (SNT) comparado ao (NNT) e menor (14,28%*p=0,04) no (ST) comparado ao (SNT). A atividade da enzima citrato sintase foi maior (22,07%*p=0,02) no grupo (NT) comparado ao (NNT), menor (31,8%**=0,002) no (SNT) comparado ao (NNT), menor (21,8%**p=0,003) no (ST) comparado ao (NT) e maior (40%**p=0,005) no (ST) comparado ao (NNT). Os níveis de peroxidação lipídica aos 30 dias foram maiores (362%****p=0,0005) no grupo (S) comparado ao (N) aos 54 dias houve uma diminuição (60,8%*p=0,01) no grupo (ST) comparado (NT) e diminuiu (57,91%*p=0,04) no grupo (ST) comparado ao (SNT). Os níveis de carbonilas não deu diferença significativa aos 30 dias, aos 54 dias diminuiu (24,76%**p=0,004) no grupo (ST) comparado ao (NT).