INOVAÇÃO EM UM VEÍCULO AÉREO NÃO TRIPULADO PARA AMOSTRAGEM
DE ÁGUAS COM DETECÇÃO EM CAMPO DE POLUENTES POR MÉTODOS
VOLTAMÉTRICOS E FLUORESCENTES USANDO SMARTPHONE
Lab-on-a-Drone; imagens digitais; química verde; carbon dots;
BDDE; ambiental.
Neste trabalho foram desenvolvidos dois métodos analíticos portáteis e de baixo
custo para o monitoramento ambiental da presença de poluentes em águas
ambientais, como o Ni(II), Pb(II) e a cafeína. O primeiro método é Baseado em
Imagens Digitais por Fluorescência (FDIB) empregando Carbon Quantum Dots
dopados com nitrogênio (N-CQD) como sonda fluorescente e um smartphone como
detector para quantificação de íons Ni(II). Este sistema, baseia-se na supressão da
fluorescência dos N-CQDs, mediante o fenômeno turn-off, devido a reação do Ni(II)
com a dimetilglioxima (DMG). A curva analítica para a concentração de Ni(II)
apresentou um extensa faixa linear de 10,9 a 275,0 µg L⁻¹, com limites de detecção
(LD) e quantificação (LQ) de 2,7 e 8,3 µg L⁻¹, respectivamente, com alta seletividade
para o Ni(II), cuja interferência, mostrou-se menor que 5% e com boa recuperação,
com valores variando de 93,6% a 109%. O segundo método para detecção de íons
Pb(II), baseou-se no emprego de um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) adaptado
(Lab-on-a-Drone) com um sistema de amostragem composto por microbomba,
microválvula, microcontrolador MKRZero 1010 e um potenciostato duplo miniaturizado
(EmStat Pico) e uma célula miniaturizada de três eletrodos, sendo o de trabalho o de
diamante dopado com boro (BDDE), o de referência de Ag/AgCl (KCl 3,0 mol L⁻¹) e
um contra eletrodo de platina de 1 cm². Uma curva analítica com faixa linear de 1,0 µg
L⁻¹ a 80,0 µg L⁻¹ foi desenvolvida para detecção do Pb(II) com LD de 0,062 µg L⁻¹,
com uma recuperação de 92,2% a 109,9% e interferência abaixo de 5%. Os resultados
de ambos os métodos não apresentaram diferenças estatísticas quando comparado
ao ICP-OES com um nível de confiança de 95% (n = 3) ao empregar os métodos
estatísticos Teste-T e Teste-F, comprovando a precisão e exatidão dos métodos
desenvolvidos. Os dois métodos, atingiram os limites de concentrações de Ni(II) e
Pb(II) exigidos pelas legislações nacional e internacionais de Órgãos como o
CONAMA, a USEPA, a OMS e a EFSA, bem como atingiram excelentes escores nas
métricas verdes vigentes como a AGREE, a BAGI e a GAPI, evidenciando que os
métodos desenvolvidos são ecologicamente corretos e norteados pela química verde.