Disertación/Tesis

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2024
Disertaciones
1
  • DIONSON FERREIRA CANOVA JÚNIOR
  • O MANGÁ E AS HISTÓRIAS SENSÍVEIS: o trauma da Segunda Guerra Mundial no Japão a partir da consciência histórica

  • Líder : ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR
  • FABIO DA SILVA PAIVA
  • BRUNO SANCHES MARIANTE DA SILVA
  • Data: 29-ene-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A Segunda Guerra Mundial produziu incontáveis memórias que ainda ecoam no Tempo Presente. Perceber suas articulações e discursos com a sociedade é fundamental para compreender os vestígios do passado. A memória produz conhecimento a partir da experiência daqueles que a nível individual ou coletivo deixaram suas vivências, permitindo assim, que o passado esteja vivo no presente. É nesse contexto que situamos as histórias sensíveis ou traumáticas, aquelas que estão politicamente carregadas de emoções e que são imprescindíveis para o debate referente ao Ensino de História. Desse modo, trataremos sobre o testemunho de Keiji Nakazawa, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima, e que por meio de sua obra, o mangá Gen Pés Descalços (Hadashi no Gen), buscou representar um passado traumático da sociedade japonesa. À vista disso, se faz necessário discutir as memórias traumáticas da guerra no Oriente e como a consciência histórica (RÜSEN, 2001) e a aprendizagem histórica (RÜSEN, 2012) são importantes para lidar com o passado na produção de sentido que objetiva tratar as histórias em quadrinhos como fonte para a disciplina de História em sala de aula.

2
  • ARTHUR FELLER RIGAUD CARDOSO
  • O DOCE DO AÇÚCAR E O PERFUME DAS ESPECIARIAS:
    discursos políticos sobre os Estados do Brasil e da Índia no Período Filipino

  • Líder : KLEBER CLEMENTINO DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ADRIANA ROMEIRO
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • KLEBER CLEMENTINO DA SILVA
  • Data: 06-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A partir de finais do século XVI, centralmente no período em que Portugal se insere como parte da Monarquia Hispânica (1580 – 1640), a presença portuguesa na Ásia passa a enfrentar dificuldades estruturais e conjunturais, impactando a produção escrita da época com um certo tom de pessimismo e desengano. Ao mesmo tempo, a conquista e colonização do Brasil começa a ser desenvolvida de forma mais ampla, multiplicando também a produção de obras e textos que versavam sobre a região. Ao passo que a historiografia comumente entende esse processo enquanto uma “viragem estrutural” ou “transição de olhares” do Índico ao Atlântico, centrada mais em aspectos econômicos, uma leitura mais ampla da produção literária do período nos permitiu perceber outras facetas das relações políticas da época. Portanto, analisamos o discurso político português, buscando caracterizar a relação entre a produção de projetos políticos para o Brasil com as propostas de reforma para o Estado da Índia. Ao longo da pesquisa, partimos de uma análise das obras concebendo o discurso como ação política, almejando entender o que os autores estavam fazendo quando escreveram. Para tanto, enfatizamos aspectos do contexto sócio-político relativos ao império português, mas centralmente o contexto intelectual e a linguagem política em que esses discursos foram desenvolvidos, a partir de obras e textos de gêneros diversos, impressos ou manuscritos. Foi possível perceber que os interesses e preocupações pelo Brasil, durante a União Ibérica, surgiam e eram concebidos em relação à Índia, e não em oposição a ela, de forma que os discursos da época apresentam múltiplas preocupações e aspectos que não se esgotam no econômico e mercantil.

3
  • TAYANE FERREIRA DE ALMEIDA
  • QUADRINHOS DE TERROR UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A CONSTRUÇÃO DE SABER HISTÓRICO E UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM HISTÓRICA A PARTIR DE CARNIÇA: A BLINDAGEM MÍSTICA

  • Líder : ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDRE MENDES SALLES
  • ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR
  • VALERIA APARECIDA BARI
  • Data: 06-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • O gênero de terror apresenta aspirações, medos, esperanças, ansiedades e frustrações de determinado grupo e contexto, sendo assim, os símbolos, alegorias e narrativas desenvolvem veículos de expressão para um imaginário que compõem dimensões da Cultura Histórica. Esta pesquisa tem como objetivo compreender a potencialidade do gênero de terror para o Ensino de História a partir dos quadrinhos. Investiga-se os espaços de saber históricos que cercam o gênero de terror e o sentimento do medo, apresenta-se os espaços narrativos do terror e seu histórico com as HQs e por fim discute-se o espaço atual que estas ocupam a partir da análise da obra Carniça e a sua perspectiva em sala de aula.

4
  • SAMUEL PABLO COSTA DE ALMEIDA
  • AS CONSTRUÇÕES DISCURSIVAS DAS IGREJAS NEOPENTECOSTAIS NO BRASIL: TESTEMUNHOS DEMARCADOS ENTRE O DIABO E A PROSPERIDADE NA IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (1989-2023)
  • Líder : PAULO JULIAO DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS ANDRE SILVA DE MOURA
  • GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
  • KARLA REGINA MACENA PEREIRA PATRIOTA
  • PAULO JULIAO DA SILVA
  • Data: 16-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • As construções discursivas no âmbito do neopentecostalismo, particularmente da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), demarcam, através dos testemunhos religiosos, perspectivas de prosperidade material e a demonização de práticas consideradas desviantes da proposta cristã. Compreendendo o panorama teórico da História Cultural das Religiões e da Análise do Discurso, objetiva-se discorrer sobre como o movimento do neopentecostalismo surgiu, ganhando força e influência no Brasil do tempo presente, sobretudo com a IURD (1989-2023). Ademais, pretende-se realizar a análise das estratégias discursivas das igrejas neopentecostais à luz do imbricamento com a ‘Teologia da Prosperidade’ e com os parâmetros das vidas consideradas precárias por natureza, principalmente a partir da noção de ‘empreendedorismo’ religioso e da assimilação da ideia de que o consumo de bens refletem a felicidade espiritual e terrena dos fiéis. Nesse sentido, para atingir as finalidades propostas, será realizada uma revisão de literatura para abarcar o corpo teórico acerca da História Cultural das Religiões, da Análise do Discurso e do neopentecostalismo. Além disso, será feita uma revisão dos dados coletados através da etnografia e de entrevistas e, por fim, os materiais analisados serão confrontados com documentos primários, havendo destaque para jornais, programas televisivos e documentários sobre a Igreja Universal.

Tesis
1
  • TEREZA CÂNDIDA ALVES DINIZ
  • O TEMPO GRAVADO: ARTE, MEMÓRIAS E TRAJETOS - AS XILOGRAVURAS DE STÊNIO DINIZ


  • Líder : REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • ELSON DE ASSIS RABELO
  • MARIA DO ROSARIO DA SILVA
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • SÔNIA MARIA DE MENESES SILVA
  • Data: 20-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese tem como objetivo analisar as imagens de José Stênio Silva Diniz, xilógrafo, gravador, poeta e compositor juazeirense na década de 1970, investigando as condições históricas, culturais, políticas e sociais, memórias e práticas de escrita. Por meio de sua vasta produção de xilogravuras, podemos compreender diversos fragmentos de sua trajetória, especificamente quando Stênio Diniz, o gravador tempo, imprimiu em suas imagens fragmentos historicamente situados, que permitem por sua vez, verificar como o artista transitou em distintos espaços culturais, intelectuais e sociais. Além de suas xilogravuras, mobilizamos um corpus documental produzido intelectualmente pelo artista, tais como: seu arquivo de memórias, contendo catálogos de exposições, fotografias, escritos memorialísticos, recortes de jornais, sua biblioteca particular e seus relatos de memórias. Outros documentos externos ao artista foram inseridos: entrevistas, jornais e bibliografia especializada. Os documentos selecionados se conectam apresentando um artista múltiplo, inventivo e dinâmico que foi se construindo na luta cotidiana, no enfrentamento as injustiças sociais por meio da arte, alcançando o título de Mestre da Cultura pelo Governo do Estado do Ceará em 2006. A tese é dividida em quatro capítulos. O primeiro capítulo, A paisagem da memória do passado, tomamos como eixo condutor o “arquivo de memórias” do artista. O protagonismo de Stênio se percebe na invenção do seu “acervo” particular cujo objetivo é a perpetuação de suas memórias e a luta contra o esquecimento. No segundo capítulo, Na volta uma reviravolta: parcerias, bienais e exposições, (em construção) destacam-se como análises as redes de relacionamentos entre Stênio Diniz, poetas, artistas, intelectuais, militantes e ativistas políticos. Investiga-se o trânsito desses grupos pela tipografia São Francisco e como tais influências corroboraram na formação artística, política e social do artista. O terceiro capítulo, A história das imagens de Stênio, privilegiou as imagens, com destaque para o álbum Retirada produzidas em parceria com a artista Mariza Viana. No quarto capítulo, Um artista em trânsito num mundo em transição (ainda em construção) as imagens aparecem mais refinadas do ponto de vista plástico e de intensa crítica ao governo (Década de 1980/1990). A pesquisa indicou que, os estudos sobre imagens somente recentemente se detiveram sobre a visualidade das xilogravuras. Ignorada por décadas a relevância dessas imagens e dos seus artistas, apontam para a criatividade, memórias e distintas temporalidades históricas.

2
  • ARTHUR VICTOR GONÇALVES GOMES DE BARROS
  • "Despertai com orações o avanço industrial vem trazer nossa redenção": O Grupo de Estudos do Açúcar e a modernização da agroindústria canavieira em Pernambuco (1963-1966)

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • HELDER REMIGIO DE AMORIM
  • ROBERTA BARROS MEIRA
  • THOMAS DYSON ROGERS
  • TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA
  • Data: 23-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Esta pesquisa procura analisar o Grupo de Estudos de Açúcar, criado em 1963, a partir dos seus intelectuais e suas produções, que estavam voltadas para a elaboração de soluções destinadas ao melhoramento do rendimento agrícola do complexo agroindustrial açucareiro durante a primeira metade da década de 1960. Valendo-se de uma documentação vasta, e até então inédita, a pesquisa se insere no âmbito da história do açúcar e de uma  historiografia que analisa as diversas fases da produção açucareira no Nordeste, com ênfase em Pernambuco durante a segunda metade do século XX. Do mesmo modo, a pesquisa desenvolve uma análise sobre o papel dos intelectuais, não canonizados e classificados enquanto técnicos, na formação de uma interpretação sobre a plantation canavieira, seus problemas e a sua relação com a economia estatal. Trata-se, portanto, de uma iniciativa no campo das pesquisas voltadas para o estudo de um grupo de intelectuais orgânicos atuando em defesa dos interesses de uma classe, neste caso, os usineiros, e amparados por uma noção de passado edênico da economia açucareira em Pernambuco.

3
  • AMANDA BARLAVENTO GOMES
  • POLÍTICOS E CAPITALISTAS: A TRAJETÓRIA DE AUGUSTO FREDERICO DE OLIVEIRA, HERDEIRO DE UM

    TRAFICANTE NO RECIFE OITOCENTISTA (1855 – 1879)

  • Líder : MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS GABRIEL GUIMARAES
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • MÔNICA MARIA DE PÁDUA SOUTO DA CUNHA
  • PAULO HENRIQUE FONTES CADENA
  • Data: 28-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese tem como objetivo contribuir para as discussões acerca do que aconteceu com as grandes fortunas advindas do tráfico ilegal de escravizados para o Brasil, a partir da trajetória de vida do herdeiro do traficante pernambucano, o Barão de Beberibe, Augusto Frederico de Oliveira, entre os anos de 1855 a 1879. A tese abarca não apenas a trajetória de Augusto em si, sua atuação como deputado, como banqueiro capitalista, fundador de empresas e herdeiro. Ela discute vários momentos da História do Brasil através da inserção deste personagem no mundo em que ele viveu. A trajetória de Augusto perpassou por momentos importantes, desde a Confederação do Equador, quando foi estudar na Europa, passando pelo período regencial, quando foi introduzido nos negócios da família, a Revolução Praieira, onde lutou como voluntário ao lado do pai e do irmão contra os liberais. Através das relações sociais que este indivíduo estabeleceu, da sua formação educacional, dos investimentos financeiros que fez, das metas que traçou, oferecem-se indícios, elementos, para aprofundarmos cada vez mais o debate sobre este importante tema que tem reflexos diretos para compreensão do Brasil contemporâneo. Pretende-se, assim, contribuir para a discussão sobre esta questão.

4
  • HUGO PAZ DE FARIAS BRAGA
  • A PARAÍBA NO IMPÉRIO: Estado, poder local e configurações do poder (1840-1889)

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • GERVACIO BATISTA ARANHA
  • LUCIANO MENDONÇA DE LIMA
  • PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 08-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho tem por finalidade perscrutar, analisar e problematizar o processo de formação, consolidação e debacle do Estado Imperial na então Província da Paraíba do Norte. Entendendo assim que por se tratar de parte do Estado Imperial o processo na Paraíba não se desenrola, necessariamente, como reflexo do que acontece no país. Neste percurso serão analisados e problematizados os grupos detentores do poder, sua relação com a sociedade, as relações entre “poder local x central” — um dos grandes debates da historiografia brasileira sobre o Império e a Primeira República — a partir das categorias de coronelismo e oligarquia. Sem nunca perder de vista esta primeira questão, se buscará analisar a crise do Estado Imperial na Paraíba e como temas nacionais (escravidão, movimento republicano, decadência econômica, problemas sociais) refletiram nos grupos políticos paraibanos e como eles buscaram oferecer respostas a tais impasses.

2023
Disertaciones
1
  • FABRÍCIO LEAL NOVAES
  • SUJEITAR PARA CONVERTER: ESTRATÉGIAS EMPREGADAS PELOS JESUÍTAS NA MISSÃO DE ANGOLA (1560-1640)

  • Líder : BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • GUSTAVO ACIOLI LOPES
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 03-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Desde o século XVI, os missionários da Companhia de Jesus estiveram realizando missões religiosas entre diferentes povos e em diversas partes do mundo. Ao chegarem em Angola, em 1560, os jesuítas se depararam com um rei poderoso e que recusou o cristianismo. Nesse sentido, os jesuítas passaram a defender que para que a fé cristã fosse propagada naquele reino seria necessária a sua conquista por parte dos portugueses. O presente trabalho pretende discutir quais estratégias os jesuítas utilizaram para levar o cristianismo àquele território e demonstrar como essas estratégias se alinharam com o projeto de conquista portuguesa. Também discutiremos como os ambundos reagiram ao projeto jesuíta, e em que circunstâncias aceitaram a fé cristã.

2
  • MARIA GABRIELA VIEIRA DE SOUZA
  • FERMENTO DA MASSA: Formação da militância da ação católica rural nos primeiros anos de fundação (1965-1968)

  • Líder : BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FRANCISCO FAGUNDES DE PAIVA NETO
  • JOSE MARCELO MARQUES FERREIRA FILHO
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • Data: 15-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esta pesquisa de mestrado desenvolvida parcialmente teve como objetivo, primeiramente, compreender as mudanças pelas quais a sociedade brasileira estava passando no período anterior ao Golpe Militar, assim como os projetos de sociedade que emergiram da polarização política nestes anos. Segundamente, pretendemos investigar como se seguiu a atuação da Ação Católica Rural, fundada em 1965, nos seus primeiros anos prestando assistência e trabalho de formação política aos trabalhadores rurais. Tomamos como referência a utilização de bibliografia vinculada aos historiadores da História Social, revisitando novos paradigmas apresentados por Thompson e Hobsbawm ao estabelecer uma pesquisa que esteja atenta a novas categorias de estudo das “lutas de classe” e de conscientização política de determinado grupo social. As principais fontes utilizadas estão alocadas no Núcleo de Documentação dos Movimentos Sociais de Pernambuco, na Universidade Federal de Pernambuco, onde se conduziu uma pesquisa sobre as atas de reuniões e encontros regionais e nacionais localizadas no acervo da organização principal que concentramos a dissertação. Forja-se um panorama da difusão de temas que buscavam politizar o cotidiano dos camponeses à luz do evangelho no catolicismo progressista. A iniciativa deste setor da Igreja Católica está vinculada às mudanças que a instituição passava até a formação do Concílio Vaticano II no debate internacional, assim como no contexto nacional, onde lutas sociais cresciam no país e muitos padres e católicos desenvolveram trabalhos relacionados à Educação Popular. A ACR surge no momento de interrupção das atividades dos movimentos sociais na democracia e de renovação da Igreja frente a uma abordagem concreta da Doutrina social nesta. O conjunto documental debruçado, utilizando-se inclusive de depoimentos consultados, gera um entendimento da atuação da organização que se dispôs a repensar as estruturas de poder na sociedade rural e a consolidação de uma fé desinteressada na questão social, para então convertê-la em catalisadora da transformação da realidade dos camponeses. As experiências destes sujeitos, a linguagem utilizada no veículo das informações difundidas e o levantamento de debates da exploração do homem do campo através ACR são alguns dos objetos deste estudo a partir da associação a uma compreensão histórica de grupos que se movimentavam num contexto de repressão política visando suas formas de resistência com os recursos disponíveis no momento.

3
  • VITTORIA SILVA PAZ BARRETO
  • A União de Mulheres de São Paulo e o Histórico de Luta Feminina Durante os Anos 1975-1985

  • Líder : BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA MARIA DA CONCEICAO VELOSO
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • Data: 17-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esse trabalho tem o objetivo de trazer à luz a importância da União de Mulheres de São Paulo, entidade que visava lutar contra a opressão feminina assim como buscava o fim dos demais tipos de exploração às quais as classes trabalhadoras estavam sujeitas. Destacando essas mulheres e seus esforços diante de toda uma estrutura patriarcal que as aprisionavam, mas que elas não permitiam que as limitassem inteiramente. Expor a força dessas trabalhadoras ao longo de parte do século XX e como, pouco a pouco, elas alcançaram mudanças e vitórias continuando uma luta que segue até os dias atuais e nos serve de modelo e de inspiração.

4
  • HYGOR FRANCISCO CARVALHO GONÇALVES
  • "QUE SEJA ACEADA E SEM VÍCIOS": COTIDIANO E REPRESENTAÇÕES DAS AMAS DE LEITE NA CIDADE DO RECIFE NO FIM DO SÉCULO XIX

  • Líder : ROBSON PEDROSA COSTA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • MACIEL HENRIQUE CARNEIRO DA SILVA
  • ROBSON PEDROSA COSTA
  • Data: 28-abr-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A pesquisa busca analisar o cotidiano e as representações das amas de leite, no Recife, durante o findar do século XIX, tendo em vista a vasta variante de discursos circulantes na sociedade da época. Neste sentido, atenta-se principalmente para a dicotomia estabelecida entre o público e o privado, bem como para o processo legislativo e abolicionista que previa a extinção da escravidão, que gerou novos rumos tomados pela categoria das amas em relação ao trabalho doméstico. Como embasamento teórico, toma-se os conceitos postulados por Roger Chartier, Michel Foucault, Nobert Elias e Michel de Certeau no que diz respeito aos estudos do discurso e das representações. Além disso, também é conduzida uma ampla discussão historiográfica com autores que dialogam sobre o crescimento urbano, a escravidão e a sociedade da época, como Lilia Schwarcz, Mariana Muaze, Sandra Koutsoukos e Lorena Telles. Dentre os arquivos analisados estão fotografias, anúncios de compra, venda e aluguel, cartas, diários, teses higienistas e processos criminais, visando dar conta de diferentes esferas de aparições das amas de leite nos discursos da época. Ao fim, considera-se que a pesquisa colabora na compreensão sobre como a mudança de regime trabalhista do sistema escravista para o assalariado ainda preservou a permanência de perspectivas senhoriais presentes nas relações que envolvem o trabalho doméstico.

5
  • EDMILSON BEZERRA DO NASCIMENTO JÚNIOR
  • PARDO? POR QUE NÃO, PRETO?!

    Uma análise historiográfica do termo pardo a partir do contexto dos fins dos oitocentos em Pernambuco

  • Líder : BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • JOEL CARLOS DE SOUZA ANDRADE
  • Data: 05-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A dissertação “Pardo? Por que não, Preto?! Uma análise historiográfica do termo pardo a partir do contexto dos fins dos oitocentos em Pernambuco” aborda questões de pesquisa histórica racial envolvendo o uso do termo “pardo” em registros de batismo realizados, entre 1868 à 1888, nos livros das paróquias das cidades de Floresta, de Santa Maria da Boa Vista e de Tacaratu. Trata-se de pesquisa em fontes primárias desenvolvida com viés historiográfico realizada em livros eclesiásticos reunidos pelo projeto Itaparica de Salvamento Arqueológico e Histórico, UFPE-CHESF, na década de 1980, preservadas de forma digital no acervo do Laboratório de Pesquisa e Ensino de História da UFPE. A pesquisa, também, foi desenvolvida nos acervos do Arquivo Público Estadual Jordão Emericiano (APEJE) e na Biblioteca da Agência de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). O principal objetivo desta pesquisa foi juntamente com a documentação eclesiástica das três cidades supramencionadas, investigar o uso do termo pardo como denotador de raça frente à sociedade brasileira. Nos capítulos que compõem essa dissertação verificaremos diversos significados da palavra “pardo” e como ela era utilizada socialmente, tendo como marco histórico seu uso por um órgão oficial do governo que a incluiu no primeiro recenseamento de 1872. Osório (2013), Pizza e Rosemberg (1999) foram fundamentais para este estudo. Porém, para entender a utilização do termo pardo pela sociedade pernambucana, era necessário entender, também, de forma macro a sociedade brasileira do período imperial, momento esse ainda fortemente marcado por uma sociedade escravocrata e de todos parâmetros de controle social utilizados na época, como as teorias racialistas, do século XIX, e a dinâmica, em si, da sociedade brasileira. Chalhoub (2012), Britto e Soares (2021) e Costa (2015) foram essenciais para esta análise. Assim como, Silva (2018) e Bezerra (2010) foram autores fundamentais para a realização desta pesquisa.

6
  • PAULO VINICIUS DA SILVA
  • "VOU INVADIR O NORDESTE, SEU CABRA DA PESTE": REPRESENTAÇÕES SOBRE O NORDESTE NAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO (1970 – 1979)

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • IVALDO MARCIANO DE FRANCA LIMA
  • MARIO RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 05-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho objetiva compreender os discursos sobre a região Nordeste contidos dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro na década de 1970. Notamos que a partir dos anos 60 essas agremiações carnavalescas passam a pautar a região Nordeste em seus enredos. A década seguinte foi responsável pelo maior número de enredos sobre o Nordeste no século XX. Assim, objetivamos compreender as razões desse amplo interesse das escolas em discutir esse espaço geográfico brasileiro.

7
  • JAQUELINE CALIXTO DOS SANTOS
  • “O patronato é uma segunda paternidade, o sacrifício é a alma da caridade”: A trajetória de Carlos Alberto de Menezes (1878-1904)

  • Líder : PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDRE GUSTAVO FERREIRA DA SILVA
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MARCIO ANANIAS FERREIRA VILELA
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • Data: 07-jul-2023


  • Resumen Espectáculo
  • De posse do desafio de narrar a trajetória de um engenheiro que nasceu na cidade do Rio de Janeiro e chegou ao estado de Pernambuco, desconhecido de todos e de tudo, mas que ainda assim pôs em prática um programa de gerenciamento cristão em uma fábrica de tecidos, propomos apresentar algumas reflexões e análises, que nos chegaram através da pesquisa de dissertação aqui apresentada. Carlos Alberto de Menezes foi um homem católico, integrante de uma elite econômica e social, que entre fins do século XIX e início do século XX, desenvolveu ações em prol do catolicismo, que buscava o prestígio que se esvaia junto com o fim do regime do padroado régio e ascensão da república. O cenário que se desenhava exigia ação por parte dos católicos, e Carlos Alberto assim o fez até seus últimos dias de vida: organizou e discursou em congressos, trouxe congregações religiosas da Europa para educar e formar a classe operária que atuaria no setor industrial, colocou a igreja dentro da fábrica. Cartas, relatórios, discursos e matérias de jornais ajudarão a contar esta história.

8
  • FELLIPE DENNILSON RIBEIRO FEIJO
  • “Um Novo Alvoroço”: a Revolução de 1817 e a República do Crato

  • Líder : ROBSON PEDROSA COSTA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA SARA RIBEIRO PARENTE CORTEZ IRFFI
  • JEFFREY AISLAN DE SOUZA SILVA
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • PAULO HENRIQUE FONTES CADENA
  • Data: 24-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Desde muito tempo, narrativas foram criadas por alguns pesquisadores, memorialistas e historiadores brasileiros e estrangeiros sobre uma parte complexa, mas fascinante da nossa história: o processo de emancipação política do Brasil. Essa pesquisa alinha-se aos estudos sobre essa temática, na medida em que propõe analisar quem eram os partícipes da Revolução e da Contrarrevolução de 1817 na capitania do Ceará. Para este fim, entendemos a Independência brasileira, assim como a historiografia mais recente, como um processo iniciado por volta da vinda da corte portuguesa para sua colônia americana, em 1808, e finalizando-se com a abdicação do primeiro imperador do Brasil: Pedro Primeiro do seu nome no Brasil, e quarto em Portugal, no 07 de abril de 1831. Aproveitando as documentações publicadas nos Documentos Históricos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro – DHBNRJ, propomos esse estudo. A base da pesquisa foi desenvolvida em cima das listas dos acusados de participarem da Revolução do Crato e dos supostos conspiradores da vila da Fortaleza. Historicizamos esses nomes como proposto por Carlo Ginzburg no seu artigo “O nome e o como”. A partir desses nomes seguimos a trajetória de alguns desses sujeitos e como eles atuaram no meio de uma sociedade em transformação, como a cearense do início do século XIX.

9
  • ANDERSON EMANUEL BEZERRA NUNES
  • ENTRE O CENSURADO E O PERMITIDO: PAPÉIS SOCIAIS DE GÊNERO E PODER ATRAVÉS DE INTERVENÇÕES INVESTIGATIVAS E CENSÓRIAS NA IMPRENSA (1975-1985).

  • Líder : BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MARIA DO ROSARIO DE FÁTIMA ANDRADE LEITÃO
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • Data: 24-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O gênero sustentou e sustenta diversas relações de poder na sociedade. Não haveria de ser diferente no período ditatorial brasileiro de 1964. Variados trabalhos já apontam a importância das lutas femininas no período, em movimentos de resistências e combate ao regime. Ainda há aqueles que analisam a organização do aparelho estatal em relação às mulheres, sob a ótica da tortura ou da moral e dos bons costumes. Cabe um olhar historiográfico com mais acurácia sobre as ações ditatoriais em relação aos usos e debates de gênero e aos organismos e sujeitos que propunham esses debates, sendo inegável a centralidade da categoria gênero no debate público brasileiro e a confluência dessas questões com a Doutrina de Segurança Nacional ditatorial. Desse modo, esse trabalho busca compreender a organização do aparelho censório, investigativo e informativo do SISNI (Sistema Nacional de Informações) na perspectiva do gênero. Para isto, concentraremos nossa analise em relatórios ditatoriais, em relação à imprensa escrita e que contenham debates de gênero, presentes nos arquivos do SISNI no Arquivo Nacional, focando especialmente o fundo da Divisão de Segurança e Informações, do Ministério da Justiça (DSI/MJ) e o fundo do Serviço Nacional de Informações (SNI). Esse estudo desenvolver-se-á em dois eixos investigativos: primeiramente sintetizaremos algumas das questões e papéis de gênero feminino que foram vigiados de perto pelo monstro informacional da ditadura brasileira de 1964, que estavam presentes em periódicos feministas e alternativos do período, e que eram correlacionados à subversão, ao comunismo ou à propaganda adversa; em sequência observaremos como os tentáculos do SISNI atingiram um periódico de temática e produção feminista, o Mulherio. Compreendemos que essas intervenções investigativas e autoritárias visavam controlar a circulação de discursos gênero- dissidentes, impedindo às mulheres acessos a outras formas de ser e estar naquela sociedade. Ademais, o fluxo de controle informacional pretendido pelo regime ditatorial brasileiro indica que as tentativas de sufocamento aos debates de gênero de mulheres que lutavam por liberdades políticas, sexuais ou culturais na imprensa escrita era parte do próprio sentido de existência da Ditadura: o combate à dissidência de gênero era, na visão do aparelho informacional do regime, um combate direto ao malvisto comunismo e suas infiltrações na sociedade brasileira.

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  • NAIRAM SANTANA DA CUNHA
  • "O QUE SE VÊ PODE NÃO SER... SERÁ?": A FIGURA DE MÁRIO MIRANDA NO XANGÔ PERNAMBUCANO (1960-1979)

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • IVALDO MARCIANO DE FRANCA LIMA
  • ZULEICA DANTAS PEREIRA CAMPOS
  • Data: 25-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esse trabalho pretende narrar a trajetória de vida de Amaro José Martins, conhecido popularmente como Mário Miranda e/ou Maria Aparecida. Mário Miranda nasceu em 1929 e faleceu no ano de 1991, obtendo visibilidade no meio social durante a década de 1970, por meio dos periódicos locais. Em vida exerceu o ofício de babalorixá no culto aos orixás, como também tornou-se conhecido pela sua travestilidade, ultrapassando as fronteiras da identidade de gênero. Assim, o objetivo deste trabalho, ao construir a trajetória de Mário Miranda, é compreender como o seu passado enquanto babalorixá e corpo subversivo de travesti foi apresentado pela imprensa, por produções literárias, fotográficas, áudios-visuais e pela memória de quem o conheceu. Com isso, analisar como Mário Miranda transitou na sociedade recifense durante os anos de 1960 e 1970 por meio do referenciais teóricos da História Cultural e História Oral que dará suporte para as discussões propostas neste trabalho.

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  • LARISSA BESERRA DOS SANTOS
  • ENTRE OS FIOS DA LOUCURA:

    UMA HISTÓRIA DO "RASGA TRISTEZA" CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL I EM SALGUEIRO – PE (2007-2016)

     

     

  • Líder : CLÁUDIA FREITAS DE OLIVEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JUNIELE RABÊLO DE ALMEIDA
  • CLÁUDIA FREITAS DE OLIVEIRA
  • LEDA MENDES PINHEIRO GIMBO
  • YONISSA MARMITT WADI
  • Data: 13-sep-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Nesta dissertação, tivemos como objetivo principal problematizar as relações de poder engendradas no processo de Reforma Psiquiátrica em esfera local, pensado a partir da criação e experiência do Centro de Atenção Psicossocial I “Rasga Tristeza” (CAPS I), no ano de 2007, localizado no município de Salgueiro, sertão de Pernambuco. Para atender ao objetivo proposto, estruturamos a pesquisa em três momentos. Assim, na tecitura dos fios que compõem a primeira parte de nossa narrativa, buscamos historicizar o processo de Reforma Psiquiátrica a partir de uma travessia entre a legislação da saúde mental, em âmbitos federal e estadual, analisando as experiências históricas da Luta Antimanicomial no Brasil e no estado de Pernambuco. No segundo momento, que ainda encontra-se em desenvolvimento, pretendemos problematizar o cenário de inauguração e funcionamento do CAPS I “Rasga Tristeza”, analisando tanto as disputas de interesses e tensões gestadas no próprio município, quanto as suas dinâmicas cotidianas. Por fim, intencionamos redirecionar os nossos fios historiográficos para os sujeitos, a partir de fragmentos de suas histórias de vida, identificando suas experiências subjetivas de sofrimento em um território que se (re)elabora. Para esta realização, a nossa pesquisa está sendo constituída a partir do entrecruzamento de quatro tipologias de fontes: bibliográficas, legislativas, entrevistas orais e prontuários médicos. Os percursos teóricos delineiam-se a partir das percepções de Michel Foucault no que diz respeito às relações de poder e do conceito de território proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari, em diálogo com uma história das emoções de Alain Corbin, Jean-Jacques Courtine e Georges Vigarello. Na trama metodológica, perpassamos pela história oral, a partir dos ensinamentos de Alessandro Portelli, além de manusearmos o conceito de análise do discurso elaborado por Foucault. Dessa maneira, intencionamos discutir acerca da história recente da loucura em sua esfera local, percebendo as suas implicações, continuidades e experiências enquanto parte do(s) cenário(s) macro e micro da(s) Reforma(s) Psiquiátrica(s).

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  • PAULO JOSÉ FALCÃO PATRIOTA
  • De Homens à Mártires: A fabricação dos Quarenta Mártires do Brasil a partir da iconografia jesuíta. (1608 - 1680)

  • Líder : BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BRUNO KAWAI SOUTO MAIOR DE MELO
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • CAMILA CORREA E SILVA DE FREITAS
  • Data: 13-dic-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Nesta dissertação, objetivamos compreender a cultura martirológica gerada pela Companhia de Jesus mediante sua produção iconográfica no período compreendido entre 1608 e 1680. Para alcançar este objetivo, empenhamos nossas diligências na análise do caso dos chamados Quarenta Mártires do Brasil, jesuítas liderados pelo padre Inácio de Azevedo, que foram mortos sob as mãos de corsários huguenotes franceses nas águas das ilhas Canárias, em 15 de julho de 1570. O grupo liderado por Azevedo foi escolhido por representar um caso que extravasa as reconfigurações estruturais da Igreja Católica na época moderna, desde a alteração dos cânones relativos às artes pictóricas pós-Trento até a estabilização de uma nova estrutura de santificação iniciada pela Congregação dos Ritos em 1588. Dessa forma, confeccionamos a presente obra com a intenção de iluminar a trajetória artístico-cultural sobre o padre Inácio de Azevedo e seus 39 companheiros, bem como sua gradual e lenta transmutação no âmbito do conceito de martírio. Com essa aspiração, analisamos as vicissitudes artísticas da Igreja, notadamente no seio da Companhia de Jesus pós-Concílio de Trento, o desenvolvimento das representações iconográficas sobre os Quarenta Mártires e as mudanças sofridas por elas no decorrer dos processos canônicos ao longo do século XVII.

Tesis
1
  • THIAGO BRAGA TELES DA ROCHA
  • “APELANDO PARA A JUSTIÇA DE DEUS, NA VOZ DA HISTÓRIA”: A FABRICAÇÃO DA HISTORIOGRAFIA SOBRALENSE PRODUZIDA POR PADRES-HISTORIADORES (1922 - 1991)

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • TEMÍSTOCLES AMÉRICO CORRÊA CEZAR
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • FRANCISCO DENIS MELO
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 13-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho se baseia no estudo acerca da fabricação da historiografia sobralense produzida por padres-historiados, entre os anos de 1922 e 1991. A pesquisa busca analisar o lugar social, a prática e a escrita das obras de cinco clérigos (Fortunato Alves Linhares, Vicente Martins da Costa, Dom José Tupinambá da Frota, João Mendes Lira e Francisco Sadoc de Araújo), divididos em duas gerações, problematizando, a partir das respectivas operações historiográficas, as definições de arquivos, as construções de conceitos e a consolidação de redistribuições recorrentes nas narrativas historiográficas que proporcionaram a montagem de imagens sobre a cidade de Sobral que foram apropriadas, ao longo do tempo, pelo poder público, consolidando visões idealizadas de uma cidade modelar, católica e branca, que deveria ter seu modelo exportado para outras espacialidades. Tais imagens serviram como mote para consolidar uma cidade com “raízes históricas” bem definidas, mas que também se move para o “progresso”, buscando, a partir da história, proteger o passado da cidade ao passo que tenta pavimentar um discurso para o futuro, almejando uma posse da ordem do tempo, tratando as obras historiográficas como bíblias para a cidade. No primeiro capítulo, estudamos um pouco sobre os protagonistas da escrita da história na cidade, tentando entender um pouco do lugar social de cada um. No capítulo seguinte, realizamos uma análise mais densa sobre o fazer historiográfico realizado pelas padres-historiadores, adentrando especialmente na prática e na escrita da história. No terceiro capítulo, analisamos a construção de autoimagens associadas que ajudam a compor o conceito de sobralidade, fundamental para a política sobralense. Por fim, no quarto capítulo, realizamos reflexões sobre a produção de discursos na história, e a utilização destes pelo poder público, acerca das expedições para verificação da Teoria da Relatividade, no ano de 1919.

2
  • JOSÉ RODRIGO DE ARAÚJO SILVA
  • "Violência, crime e prisão: a atuação do aparato jurídico-policial em processos de trabalhadores rurais na Zona da Mata Sul de Pernambuco (1946-1964)"

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MONIQUE GUIMARÃES CITTADINO
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MARCÍLIA GAMA DA SILVA
  • THOMAS DYSON ROGERS
  • TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA
  • Data: 03-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho versa sobre as práticas de violência, crime e prisão nas plantações açucareiras de Pernambuco (plantation), durante o período democrático (1946-1964). Defendo a tese de que os usos sistemáticos da violência só foram possíveis graças a uma série de fatores, dispositivos e mecanismos da segurança pública e do judiciário na Zona da Mata que atuaram no sentido de viabilizar – direta e indiretamente - a violência patronal. Desta forma, faz-se necessário uma análise dos modos de atuação dos agentes públicos e das instituições, bem como um detalhamento dos inquéritos, processos e sentenças sobre os trabalhadores. O estudo parte da premissa de que a violência estrutural do cotidiano canavieiro era um fator determinante para o funcionamento do sistema monocultor. Sendo assim, a participação do Estado foi fundamental através do aparato jurídico-policial na região. Se por um lado havia uma omissão estatal diante da violência patronal organizada, por outro, a Polícia e a Justiça colaboravam através de instituições, órgãos de segurança e espaços de encarceramento e trabalho, garantindo assim a estrutura das plantações nas terras do açúcar.

3
  • ARYANNY THAYS DA SILVA
  • "Quem são as mulheres na fotografia?" Mundo do trabalho, gênero e sociabilidades na experiência fotográfica em Recife entre a década de 1970 ao tempo presente

  • Líder : REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • SILVANA LOUZADA DA SILVA
  • ELSON DE ASSIS RABELO
  • ISABELLA CHIANCA BESSA RIBEIRO DO VALLE
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 10-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A tese apoia-se na compreensão da prática fotográfica como parte da experiência histórica contemporânea.  Tem como base o estudo da trajetória de quatorze fotógrafas que atuaram na cidade do Recife entre 1978-2019. Ao longo deste período inscrevem-se três gerações de mulheres fotógrafas que ousaram se afirmar em uma profissão majoritariamente masculina e sujeitas as violências assimétricas de gênero. Opera-se com a noção de biografias coletivas ou prosopografia, como instrumento metodológico na circunscrição do universo de fotógrafas estudadas. Na segunda parte da tese procurou-se alinhavar como a prática fotográfica feminina se desdobrou em uma produção visual diversa – no fotojornalismo, passando pelo fotodocumentarismo e chegando à fotografia artística – e na mesma medida engajada com os projetos delimitados por cada fotógrafa dentro do campo de possibilidades que lhes foi apresentado. A pesquisa apresenta documentação baseada em entrevistas orais, matérias de jornais, fotografias, livro de artista, documentos oficiais. O escopo de análise dessas fontes avalia a pluralidade de espaços em que as fotógrafas transitaram, suas redes de sociabilidade em comum e as estratégias de enfrentamento adotadas em seu fazer fotográfico.


4
  • PAULO DE OLIVEIRA NASCIMENTO
  • ABRINDO AS FRONTEIRAS DO “NOVO NORTE”

    a legislação fundiária, a propriedade rural e a política imperial na Província do Amazonas (1850 - 1889)

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • DAVI AVELINO LEAL
  • MARIA JOSÉ DOS SANTOS
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • VITORIA FERNANDA SCHETTINI
  • Data: 15-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O trabalho discute a aplicação da Lei n. 601/1850 na Província do Amazonas, na segunda metade do Oitocentos, momento em que se fazia necessária uma atuação mais efetiva da geopolítica imperial na fronteira amazônica. Da análise documental, é possível perceber que – dadas as idiossincrasias daquela província – foi necessária a compilação de um conjunto de normativas que serviriam como uma legislação complementar à Lei de Terras e seu regulamento, ao longo das décadas de 1860 e 1870, criando especificidades na (re)composição da propriedade da terra na Província do Amazonas.

5
  • ROMULO GABRIEL DE BARROS GOMES
  • "PORQUE HOMEM É HOMEM, NÃO É?": AS CONSTRUÇÕES E DESCONSTRUÇÕES DAS REPRESENTAÇÕES DO(S) MASCULINO(S) NAS PORNOCHANCHADAS (1974 - 1985)

  • Líder : RENATO PINTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • ARTHUR GUSTAVO LIRA DO NASCIMENTO
  • CATARINA AMORIM DE OLIVEIRA ANDRADE
  • MARCÍLIA GAMA DA SILVA
  • RENATO PINTO
  • Data: 08-may-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese investiga as construções e desconstruções das representações masculinas presentes nos discursos veiculados nas pornochanchadas – filmes eróticos, (geralmente) de apelo humorístico, baixo orçamento e grande retorno financeiro, voltados ao público masculino, produzidos durante as últimas décadas da ditadura civil-militar brasileira (décadas de 1970 e 1980). A narrativa foca, primeiramente na construção dos comportamentos e expectativas que atravessam a masculinidade no ocidente desde a modernidade à contemporaneidade, visando dar bases para a compreensão da presença ou ausência de determinados traços pertinentes ao ―ser homem‖ no contexto analisado. Para tal, utiliza-se o pensamento de Daniel Welzer-Lang, Michel Foucault, Pierre Bourdieu, Pedro Paulo Oliveira, Elizabeth Badinter e outros. Além deste aspecto, a narrativa aborda também a construção do espaço denominado Boca do Lixo, a saber, o centro irradiador da produção cinematográfica nacional no período analisado. Objetivando compreender a trajetória histórica deste espaço, suas disputas de poder, bem como quais estratégias e táticas moveram os atores envolvidos na construção do mesmo como uma região de baixo meretrício, jogos de azar e outros delitos, até a instalação de um polo cinematográfico cujo foco das produções tampouco deixou de explorar estas mesmas atividades já tão arraigadas ao cotidiano da região. Partindo-se desta temática, indaga-se também quais teriam sido as posturas do regime ditatorial frente à persistência da exploração de comportamentos moralmente avessos ao que pregavam os discursos oficiais. Pensa-se a ditadura, suas instituições e agentes, especialmente os da Censura Federal, de maneira não uníssona e heterogênea, composta por sujeitos distintos e disputas internas nos mais variados campos. Acerca da trajetória das pornochanchadas e da Boca do Lixo, faz-se valer dos escritos de Nuno César Abreu, Sidney Chalhoub, Hiroito Joanides, Alfredo Sternheim, entre outros. Acerca da Censura Federal e seus meandros, notadamente concernentes à Divisão de Censura de Diversões Públicas - DCPD, para tal, utilizou-se dos estudos de Carlos Fico, Beatriz Kushnir, Marcília Gama da Silva, Creuza Berg e Jean-Claude Bernadet, por exemplo. Após tratar da censura e seus mecanismos, a análise segue para as produções cinematográficas elencadas para conformar o principal elemento do corpus documental desta tese. Num primeiro momento, são analisadas as obras de David Cardoso e Cláudio Cunha, dois produtores/diretores deste circuito que alcançaram grandes bilheterias e cuja produção repercutiu fortemente no discurso de expectadores comuns e de especialistas. Cunha e Cardoso foram aqui eleitos para representar o que de mais recorrente se viu no gênero denominado como Pornochanchada. Na contramão destes cineastas, destacou-se a breve obra de Tereza Trautman e seu filme Os Homens Que Tive; e dedicou-se em seguida uma especial atenção à obra de Carlos Reichenbach, cujas características autorais e intelectuais o distinguem da maioria dos cineastas daquele momento. O pornô-político de ambos é mote para uma última e mais detalhada análise de como ser homem durante o regime ditatorial não se restringia à masculinidade hegemônica anteriormente destacada.

6
  • JAQUELINE LEANDRO FERREIRA
  • A ATUAÇÃO DE DOM JOSÉ MARIA PIRES NA PARAÍBA: lugar de poder e práticas de resistência (1965-1976)

  • Líder : ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MARCIO ANANIAS FERREIRA VILELA
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 18-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A presente pesquisa propõe narrar a atuação de Dom José Maria Pires, na Arquidiocese da Paraíba, através da investigação sobre as duas instituições criadas por ele: o Centro de Promoção Humana (CPH) e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH). Analisaremos, ainda, como o Serviço Nacional de Informação produziu informações sobre o arcebispo da Paraíba criando um perfil subversivo para o mesmo. Estudaremos, assim, as instituições do CPH e do CDDH como de práticas de resistência no interior da Igreja Católica, ressaltando o lugar de poder do arcebispo como campo de criação de possibilidades de atuação. Essas práticas, alvos do SNI, serão abordadas, também, a partir dos documentos de informação e repressão que foram produzidos ao longo (1965-1976). A partir desses documentos, pesquisaremos a visão que os órgãos de repressão tinham sobre a atuação de Dom José Maria Pires e do CPH e CDDH, os discursos que compunham esses documentos e os conflitos identificados e suas repercussões na relação entre o governo e a Igreja.

7
  • JOSINALDO SOUSA DE QUEIROZ
  • CULTURA E RELIGIOSIDADE AFRO-ATLÂNTICA: A FORMAÇÃO DA RELIGIÃO NEGRA EM PERNAMBUCO NO SÉC. XVIII (1700-1799)

  • Líder : ROMULO LUIZ XAVIER DO NASCIMENTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALEXANDRE ALMEIDA MARCUSSI
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • JUCIENE RICARTE APOLINÁRIO
  • VALERIA GOMES COSTA
  • Data: 25-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Durante décadas a historiografia tem se dedicado a entender o africano e seus descendentes na América Portuguesa. A partir do sistema escravista foi possível conhecer de forma mais aprofundada a presença do negro na sociedade brasileira. Porém, um dos aspectos mais marcantes destes povos que vieram para o lado de cá do Atlântico foi a sua religiosidade. Sendo assim, este trabalho é voltado para as práticas afrorreligiosas trazidas da África e aqui desenvolvidas. O marco temporal deste trabalho engloba todo o século XVIII e o seu recorte espacial são algumas cidades e freguesias que formam a capitania de Pernambuco durante o período de análise. Para tanto, recorrermos aos processos e denúncias produzidos pelo antigo Santo Oficio da Inquisição de Lisboa, que registram a perseguição contra a cosmovisão dos escravizados, livres e libertos. Com isso, buscamos analisar o complexo cenário afrorreligioso criado e recriado durante o setecentos. O objetivo central deste trabalho é discutir, através dos rituais de transe e possessão, adivinhações, bolsas de mandinga, confecção de objetos mágicos, altares e o uso da flora local, como se deu a formação da religiosidade africana em Pernambuco que, no século XIX, viria a ser chamada de candomblé.

8
  • ARTHUR DANILLO CASTELO BRANCO DE SOUZA
  • CORROENDO A ÁRVORE DA ESCRAVIDÃO: O CLUBE DO CUPIM E O MOVIMENTO ABOLICIONISTA EM PERNAMBUCO 1880-1900.

  • Líder : JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • FELIPE AZEVEDO E SOUZA
  • LUCIAN SOUZA DA SILVA
  • PETRÔNIO JOSÉ DOMINGUES
  • SOLANGE PEREIRA DA ROCHA
  • Data: 28-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Nosso trabalho pretende investigar o movimento abolicionista radical no Brasil e mais especificamente no Norte do Império durante os anos de 1880-1888. Faremos também do Clube do Cupim e da vida do abolicionista maranhense João Ramos os nossos fios condutores nessa tese. Demonstraremos como esse movimento se interligou a diferentes partes do Império brasileiro, de Norte a Sul e como o movimento abolicionista e toda desobediência civil daquele período foi crucial para que a lei da Abolição passasse no Parlamento brasileiro. Em síntese, fomos atrás daquilo que a historiografia macroanalítica deixou de fora das suas narrativas, dos esquecidos da História, do povo “sem nome”, das ações que foram “invisibilizadas”, procurando trazer à tona a ação cotidiana e complementar daqueles que destruíram a escravidão e se sentiram participantes e autores de tal feito. Em se tratando de metodologia podemos dizer que fomos influenciados e nos baseamos em vários trabalhos de trajetórias, biografias e prosopografia histórica, que acompanham a formação das complexas redes dos seus personagens e nos indicaram os caminhos e como analisar os documentos sem nos limitarmos somente a um estudo memorialístico ou biográfico.

9
  • GLÁUCIA DE SOUZA FREIRE
  • A TERRA GUARDARÁ AS RAÍZES:

    TRABALHO E AGÊNCIAS INDÍGENAS NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO E SUAS ANEXAS (SÉCULOS XVII-XVIII)

  • Líder : SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • AGATA NATALIA BLOCH
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • GIAN CARLO DE MELO SILVA
  • JUCIENE RICARTE APOLINÁRIO
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 29-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese tem como objetivo central estudar como os povos indígenas da capitania de Pernambuco e suas anexas elaboraram agências e estabeleceram negociações com os colonizadores portugueses diante das novas formas de trabalho impostas pelo processo de invasão e tomada de seus territórios. Durante todo o período colonial, os indígenas desempenharam diversas atividades laborais que contrastavam com seus tradicionais modos de existência, mas que, não raro, foram usadas como espaço de negociação e busca pelo direito à terra. É preciso destacar, contudo, que esses aspectos das relações de poder entre indígenas e colonizadores são traçados em um contexto de violência e gradativa tomada de terras e corpos dos povos originários. A escravização indígena, mantida pelos princípios da “guerra justa” e do “resgate” atravessou os séculos de colonização portuguesa e representou uma constante ameaça para os povos que se mantinham em levante contra a invasão. Além disso, os grupos que se aliavam aos portugueses e ficavam sob missão nos aldeamentos tinham sua força de trabalho constantemente explorada por colonos e missionários, que arrastaram uma intensa disputa pela administração temporal dos indígenas aldeados. Para entender as tessituras dessa complexa teia de relações de poder, utilizamos como fontes para investigação e análise correspondências de caráter político-administrativo, que circulavam principalmente no âmbito do Conselho Ultramarino. Além disso, a legislação colonial e relatos de missionários e viajantes foram fundamentais para pensarmos as relações interétnicas, as relações de poder, marcadas pela violência, mas também pelas negociações, bem como os processos de territorialização e agências indígenas na travessia das fronteiras coloniais da capitania de Pernambuco e suas anexas.

10
  • SIMONE BEZERRIL GUEDES CARDOZO
  • "APLAUDIR A MUDANÇA, QUE NOS ABRE PERSPECTIVAS NOVAS"
    Sentidos inaugurais de república e cidadania em espaços jornalísticos paraibanos (1889-1895)

  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CLÁUDIA ENGLER CURY
  • ELIO CHAVES FLORES
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 29-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese tem o propósito de analisar os sentidos inaugurais de república e cidadania em espaços jornalísticos paraibanos nos anos iniciais do regime político instaurado em 1889. Trata-se de uma temporalidade marcada por incertezas quanto aos rumos e à estruturação da nova ordem que, por conseguinte, viu emergir a possibilidade de definição/redefinição dos citados conceitos em formação. Para tanto, investigou-se que contornos e configurações acerca de tais noções foram articulados e postos em circulação por um conjunto de veículos que se autoproclamava independente. O presente trabalho está centrado entre os anos de 1889-1895, período que engloba o tempo de vida dos jornais analisados: Gazeta da Parahyba, Gazeta do Sertão e Verdade. São impressos que, nascidos no império, recepcionaram a república munidos por uma espécie de “dever de cidadania”, que se relacionava com a própria construção do regime republicano. A imprensa é aqui tomada como uma força central na fixação de repertórios conceituais, ou seja, crucial para bem apreender os termos em que se dá o debate público. Contudo, tem-se consciência de que tal poder apresenta limitações, pois as acepções que se dinamizam pelo mundo social não podem ser direta e exclusivamente correlacionadas àquelas que circulam nos meios jornalísticos. Por outro turno, observa-se que jornais e jornalistas, enquanto sujeitos ativos na sociedade, possuem peculiaridades próprias, que necessitam ser examinadas à luz de seu tempo, como condição essencial para se descortinar, a cada período, a teia de sociabilidade que estabelecem. Desse modo, este estudo se movimenta a partir da dimensão historiográfica que relaciona a história política à cultural, que apreende o político de forma ampliada, considerando seus diferentes modos de representação.

11
  • RIVALDO AMADOR DE SOUSA
  • A ARTE DE RESISTIR:

    DISCURSOS OCULTOS E COTIDIANO DOS TRABALHADORES RURAIS DE ALAGOA GRANDE – PB (1964-1985)

  • Líder : MARIA DO SOCORRO FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MARIA DO SOCORRO FERRAZ BARBOSA
  • MARTINHO GUEDES DOS SANTOS NETO
  • PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
  • TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA
  • Data: 31-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Durante a segunda metade do século XX, as transformações por que passaram a área da zona canavieira da Paraíba estão estritamente relacionadas à exploração da cultura da cana-de-açúcar. Nesse espaço e numa conjuntura política de um estado autoritário (1964-1985) um conjunto de eventos históricos explicam, em sua própria imbricação, essas tranformações e mudanças experienciadas por homens e mulheres que laboravam no mundo rural dessas áreas. A chamada “modernização” da indústria da sacarose; a intensificação desenfreada da concentração fundiária; a expansão dos canaviais; a crescente violência patronal contra a gente despossuida do campo; a expulsão de moradores de engenhos, obrigando-os a migrarem para as periferias urbanas, o que redesenhou os perímetros urbanos das grandes e pequenas cidades. O modelo de governo antidemocrático instituido durante o período de 1964 a 1985 empoderou as classes dominantes que concentrou ainda mais em suas mãos capitais econômico, político, social e simbólico. Todos esses fatores permitiram a precarização ainda maior das condições de trabalho e de vida; a intensificação da pobreza, da miséria no campo e nas pontas de rua. Essa tese de doutoramento estuda as práticas de dominação de senhores de terra e de política e de resistência da classe trabalhadora rural em Alagoa Grande - município localizado na microrregião do Brejo, aproximadamente a 120 km a oeste da capital do Estado - em diálogo constante com as diversas experiências ocorridas em outras regiões da zona canavieira da Paraíba. Foram várias as formas pelas quais homens e mulheres do campo mobilizaram esforços no sentido de conter esse processo de dominação, investindo forças, por meio de diferentes formas de resistência, contra a todas as formas de opressão vivenciadas em seus cotidianos e refletidas diretamente em suas condições de vida e de trabalho. Os embates travados entre empregadores e empregados, moradores e proprietários, rendeiros e senhores de terra constituiram na zona canavieira um espaço de tensão e ocuparam páginas de jornais, mobilizando uma parcela da sociedade. Em sua arte de resistir, trabalhadores e trabalhadoras rurais ocuparam diversos espaços formais e não formais, denunciando e promovendo embates. Além das página da imprensa, sindicatos, fóruns, ruas, praças, igrejas também se tornaram lugares de uma luta política que permitiu o enfraquecimento da dominação das elites agrárias e políticas, denunciando a exploração, a violência patronal e do próprio estado. Assim, homens e mulheres do campo mobilizaram esforços no sentido de conter esse processo de dominação, investindo forças, por meio de diferentes formas de resistência contra a todas as formas de opressão vivenciadas em seus cotidianos e refletidas diretamente em suas condições de vida e de trabalho. O abundante material documental que tivemos acesso nos permitiu reescrever as experiências dos trabalhadores e trabalhadoras rurais da zona canavieira da Paraiba, posibilitando identificar que as suas lutas de resistência lhes consentiram fraturar as velhas relações no campo e construir condições para uma reconfiguração nas relações de poder e de trabalho no mundo rural, o que lhes proporciou sair do silêncio e evocar seus lugares na sociedade enquanto sujeitos de direitos.

12
  • ANTONIO ALVES PEREIRA DA SILVA SOBRINHO
  • CONSTRUÇÃO, DESCONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA DA ARTE NO ESPAÇO EUROPEU E BRASILEIRO


  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • JOANA D ARC DE SOUSA LIMA
  • MARIA GABRIELA MARTIN AVILA
  • PAULO MARCONDES FERREIRA SOARES
  • Data: 31-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A proclamação da República (1889) trouxe,  entre outras coisas, uma visão parcial e depreciativa sobre a produção cultural brasileira durante o século XIX, em especial desde a chegada da Missão Artística Francesa (1816) até o golpe republicano. No campo das Artes Plásticas esta visão depreciativa denunciava um atraso de nossa produção pictural e escultórica, configurada como uma imitação tosca e pouco criativa dos modelos acadêmicos europeus;  a Semana de Arte Moderna (1822) vai consolidar estes equívocos. A partir dos anos 1930, uma série de pesquisadores ligados ao serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional deu início a uma investigação descritiva e crítica sobre a arquitetura,  a talha, as imagens sacras, as pinturas produzidas desde o século XVI até o século XIX, valorizando em especial artistas e artífices nascidos na então colônia (1500-1815) e no Brasil Reino Unido (1816-1822) e no Brasil Império (1822-1889). Debruçados sobre essas pesquisas (1930-1950), novos pesquisadores aprofundaram a temática e derramaram luzes de crítica positiva às obras produzidas por artistas e artífices desse recorte espaço-temporal.  Nos anos 1960,  outro bloco de pesquisadores passou a fazer análise crítica das visões depreciativas sobre nossa arte colonial e imperial. Ao mesmo tempo, traçava-se as bases para o estudo da História da Arte e da crítica de Arte no Brasil e das influências que nossos artistas,  artífices, historiadores e críticos de arte sofreram para produzirem suas obras. O doutorando Antônio Alves Sobrinho expõe em  sua tese como surgiram a História da Arte e da Crítica de Arte no Brasil entre 1816 e 1922.


13
  • JOSÉ DE ARIMATÉA VITORIANO DE OLIVEIRA
  • O APANÁGIO DO CEARÁ: O IMAGINÁRIO SOBRE A SECA E A CONFORMAÇÃO DA ÍNDOLE E CARÁTER DO POVO CEARENSE.

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • GLEUDSON PASSOS CARDOSO
  • KLEITON DE SOUSA MORAES
  • MARIA REGINA SANTOS DE SOUZA
  • Data: 31-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O presente trabalho busca compreender as normas e as formas de escrita da história do Ceará, entre 1884, ano de publicação da obra pioneira de Rodolfo Teófilo referente à temática da seca e sua história, e o ano de 1903, quando a instituição histórica local se envolveu na publicação de uma obra dedicada à escrita de uma história para o Ceará, o denominado Livro do Tricentenário, dotando essa terra, finalmente, de uma narrativa histórica criteriosa, preenchendo a lacuna, enunciada por aquela entidade, de que o Ceará ainda não possuía sua história escrita, o que impediria, portanto, que esse lugar almejasse os foros de civilizado. Daquela entidade, o Instituto do Ceará, partiram as normas dessa produção, pautadas na observância de métodos que valorizavam os documentos e impunham a imparcialidade ao historiador. Porém, para além dessas normas, outras formas de escrita da história do Ceará podem ser referidas, tendo a seca como temática privilegiada dessas histórias. Dessa maneira, analisando temas e autores referidos, em meio a um ambiente intelectual estagnado e restrito, nas décadas finais do século XIX e o começo do século XX, é que buscamos compreender as condições de produção dessas narrativas sobre a história cearense e as especificidades de sua escrita.

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  • JUÁRLYSON JHONES SANTOS DE SOUZA
  • ADVOCACIA E PODER NOS AUDITÓRIOS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO (SÉCULO XVIII)

  • Líder : VIRGINIA MARIA ALMOEDO DE ASSIS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • GUSTAVO AUGUSTO MENDONCA DOS SANTOS
  • JEANNIE DA SILVA MENEZES
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 31-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese é um estudo sobre o grupo de advogados que atuaram nos auditórios judiciais das Capitanias do Norte do Estado do Brasil, entre os anos de 1669 e 1759. Pretendemos discutir como ocorria o exercício da advocacia nos espaços da justiça a partir das trajetórias sociais dos advogados, da relevância dos seus percursos acadêmicos de formação letrada para este ofício e da complexidade dos conflitos político-institucionais em que estavam envolvidos. Nosso interesse também foi o de analisar as dinâmicas de ingresso, distribuição e circulação dos advogados entre os juizados de primeira instância existentes entre as Capitanias do Norte e em direção ao seu centro judiciário, corporificado pelos auditórios da cidade de Olinda e da vila de Santo Antônio do Recife, por meio da política de provisionamento régio adotada pelo Conselho Ultramarino para a administração da justiça neste território. 

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  • RAFAEL SANTANA BEZERRA
  • OS “MENORES ANORMAIS” A PSIQUIATRIZAÇÃO DA INFÂNCIA EM PERNAMBUCO (1930-1945)

  • Líder : CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • CLÁUDIA FREITAS DE OLIVEIRA
  • HUMBERTO DA SILVA MIRANDA
  • PEDRO FELIPE NEVES DE MUÑOZ
  • YONISSA MARMITT WADI
  • Data: 06-oct-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O presente trabalho busca investigar a apropriação da infância pela ciência psiquiátrica pernambucana na primeira metade do século XX. Mais especificamente, nosso objetivo central é o de caracterizar a construção histórica do conceito de “infância anormal” produzida a partir dos discursos e das práticas psiquiátricas e psicopedagógicas vinculadas à autodenominada “Escola de Psiquiatria do Recife”, tendência teórica fundamentada na herança imaterial da figura do Dr. Ulysses Pernambucano. A concepção de “infância anormal” emerge justamente no momento de aprofundamento e de aplicação das teorias higienistas e eugenistas no Brasil, das políticas públicas de assistência à infância abandonada, do movimento de reformas e de modernização das cidades e dos centros urbanos e, por fim, dos debates sobre a ampliação do ensino público. Em suma, a concepção de “crianças anormais” é um efeito histórico do desejo do poder psiquiátrico em interferir na vida e nos hábitos da população. Os mais jovens, entendidos como futuros formadores da nação, não poderiam ser legados ao esquecimento ou ao abandono governamental. Os médicos, psicólogos e pedagogos, trataram, portanto, de incluí-los em suas ingerências. Dessa forma, queremos indicar que a produção discursiva da psiquiatria pernambucana sobre a infância foi resultado de uma governamentalidade preocupada em disciplinar e regulamentar a população pernambucana em termos biopolíticos, produzindo, a partir do “dispositivo de segurança” da instituição médico-governamental, denominada de “Organização de Assistência aos Psicopatas” (1931), os enquadramentos da vida consideradas normais e anormais e, portanto,
    aptas ou não ao convício social. Assim, produziu-se estratégias para regulamentar a infância e a família a partir de normativas baseadas na higiene mental, bem como, elaborou-se e aplicou-se testes de inteligência e de personalidade para enquadrar os jovens no conjunto das anormalidades, ao mesmo tempo que se instituiu uma escola especial para “crianças anormais” e, sobretudo, que se manteve um espaço asilar para afastar os ineducáveis e intratáveis.

16
  • AMANDA ALVES MIRANDA CAVALCANTI
  • MÁRIO SETTE, O CONDUTOR DE TRAVESSIAS HISTÓRICAS PELO RECIFE

  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • ANGELA MARIA DE CASTRO GOMES
  • CIBELE BARBOSA DA SILVA ANDRADE
  • MARIETA DE MORAES FERREIRA
  • Data: 06-nov-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A presente pesquisa tem como objetivo promover um estudo sobre a trajetória do escritor e historiador pernambucano Mário Sette (1984-1950), investigando especificamente a sua produção intelectual e as memórias construídas sobre ele. Vamos partir da hipótese de que ele teve um papel importante na construção de uma cultura histórica republicana em Pernambuco, na formação de identidades nacional e regional e também na elaboração de um sentimento de pernambucanidade. Nosso foco principal é compreender a sua atuação como um intelectual mediador que, durante as décadas de 1920, 1930 e 1940, se especializou na produção de uma “história ensinável” em diversos veículos de grande disseminação, dirigida a um público amplo e diversificado, formado por não especialistas no saber histórico. Dessa forma, vamos analisar, sobretudo, seus “livros de leitura” sobre História do Brasil, voltados para o público escolar, como “Terra Pernambucana” (1925) e “Brasil, minha terra!” (1928), seus livros de crônicas históricas, com destaque para “Maxambombas e Maracatus” (1925) e “Arruar: História Pitoresca do Recife Antigo” (1948), e também suas narrativas históricas irradiadas pela Rádio Clube de Pernambuco e pela Rádio Jornal do Commercio, nas décadas de 1930 e 1940. 

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  • YURI MANUEL FRANCISCO AGOSTINHO
  • TRÂNSITOS ENTRE A HISTÓRIA DA CIDADE COLONIAL DE LUANDA E A MEMÓRIA DOS SEUS BAIRROS INDÍGENAS, 1942 – 1962.

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARISSA JEAN MOORMAN
  • ALBERTO PINTO
  • CIBELE BARBOSA DA SILVA ANDRADE
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • WASHINGTON SANTOS NASCIMENTO
  • Data: 20-nov-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O presente estudo busca o entendimento de uma história de conexões, ligada ao espaço urbano colonial de Luanda. O desdobramento desta história leva-nos para uma escala reduzida que é sinalizada para a questão dos bairros indígenas de Luanda. O objectivo central desta tese é de estudar o que esteve na base para a construção de bairros indígenas em Luanda. Interessa-nos saber de forma categórica como foi o processo de construção de bairros indígenas em Luanda. Para chegarmos aos bairros indígenas de Luanda tivemos que mergulhar nas fontes, procedimento que permitiu um entendimento sobre o espaço urbano colonial de Luanda, o seu léxico e o tipo de linguagem que é acessível quando é descortinada no presente a partir de uma conjugação de métodos. Ao discorrermos para os bairros indígenas, foi necessário intensamente decifrar a cidade, reconhecer o corpo do “indígena” na cidade, a forma como o “indígena” foi tratado na cidade, sobretudo quando a cidade debatia-se com problemas em termos de urbanização. Por outro lado, conseguimos ver a relação da cidade com o interior de Angola, o seu crescimento, o indigenato - (como dispositivo), os musseques, a cidade branca, o urbanismo, neste quesito, olhamos para as questões que tem a ver com as obras em transgressões, a falta de habitação, o que os planos urbanísticos instituem com base a questão indígena na cidade, as expropriações de terrenos, as políticas de urbanização, casas para os tais ditos indígenas, a política indígena, a questão da coabitação na cidade, a instrumentalização de instituições e por último a segregação residencial a partir da separação de bairros e a divisão diferenciada do espaço urbano colonial. Por isso a história da construção dos bairros indígenas não pode estar desassociada às continuidades e descontinuidades de um processo colonial. A construção de bairros indígenas pode ser vista pelo lado social e também como um sinal que nos leva para uma visão contrária onde o racismo relaciona-se, por exemplo, na forma como estes bairros foram concebidos e nos dispositivos criados após a edificação e a ocupação dos fogos habitacionais para os ditos indígenas.

18
  • JOSENILDO MARQUES DA SILVA
  • “A RAPOSA DO SERTÃO”

    Perfil e práticas da elite política no cenário eleitoral paraibano a partir da trajetória do político Wilson Leite Braga

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • FRANCISCO GLEISON DA COSTA MONTEIRO
  • JOSE ADILSON FILHO
  • PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
  • Data: 20-dic-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A presente tese investiga a trajetória do parlamentar Wilson Leite Braga na Paraíba, tendo como principal interesse estabelecer os fios que conectam essa trajetória ao perfil, comportamentos e práticas da elite política atuante nesse estado, entre os anos 1950 a 1970. Além de situar os aspectos familiares e educacionais desse político, em sua consonância com a elite política, o trabalho analisa como a cultura política dessa elite era marcada por um conjunto de práticas diversas – sistema de apadrinhamento, apropriação e usos oportunistas dos partidos políticos, emancipações distritais, fraudes – que tinham como exclusiva finalidade garantir a sua permanência no comando dos principais cargos representativos de poder no estado. A pesquisa acentua a necessidade de novas leituras historiográficas que analisem o período posterior a Era Vargas e o Regime Militar como momentos de continuidades de antigas práticas políticas, afirmando que tais práticas se contrapõe a algumas ideias consolidadas na historiografia, como a ênfase nos avanços democráticos, pós Estado Novo, e no aparato repressivo da ditadura durante os sucessivos governos militares. Constituindo-se de um trabalho de História Política, a pesquisa aborda a questão do poder local, afirmando a importância dos municípios como núcleos de sustentação e ascensão de tradicionais famílias políticas, em diferentes níveis da representação pública. Para tanto, somada a bibliografia sobre o período, foram consultadas ao longo da pesquisa diferentes fontes, a exemplo de jornais, atas do Congresso Nacional, dados do TRE-PB e TSE, documentos produzidos pelo Serviço Nacional de Informações (SNI), entre outras. Desse modo, foi possível identificar, com base na trajetória política de Wilson Leite Braga, os elementos de convergência dessa elite e suas principais formas de comportamento, no decorrer de diferentes momentos da história política brasileira.

19
  • LIDIANA EMIDIO JUSTO DA COSTA
  • ARRANJOS, PACTOS E MERCÊS: A CULTURA POLÍTICA NA GUARDA NACIONAL DA PARAÍBA NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX (1850-1873)

  • Líder : JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLAVIO HENRIQUE DIAS SALDANHA
  • JONIS FREIRE
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 22-dic-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O presente trabalho tem o objetivo de analisar a Guarda Nacional na província da Paraíba no período concernente à segunda metade do século XIX. Iniciaremos com a reforma da legislação da milícia, a Lei n.609 de 19 de setembro de 1850, que implementou mudanças referentes ao sistema eletivo para o oficialato e determinou a subordinação da instituição ao ministério da justiça e ao presidente de província. E concluíremos com uma outra reforma, a de 1873, esta que foi responsável por instituir que a Guarda Nacional só poderia ser convocada em situações extremas, como: guerras, rebeliões e/ou insurreições, devendo se reunir uma vez a cada ano, em dia/horário, determinado pelos comandantes superiores. A Guarda Nacional paraibana, a partir dessas reformas, será o mote que nos permitirá perscrutar como os responsáveis por dar vida ao que se chamava nova Guarda Nacional, conduziram tal missão. Diga-se em uma conjuntura marcada por uma cultura política costurada pelos arranjos, pactos e mercês, da qual, além de serem integrantes desta sociedade, também procuravam se beneficiar das relações e, como mostraremos, isso poderia afetar ou não os trabalhos de reformulação da força cidadã.

2022
Disertaciones
1
  • MARIA DO CARMO OLIVEIRA DA SILVA NETA
  • Pernambuco na Carreira da Índia: rotas comerciais entre a Capitania do Norte e a Ásia Portuguesa (XVIII-XIX)

  • Líder : GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MARILIA DE AZAMBUJA RIBEIRO MACHEL
  • MOZART VERGETTI DE MENEZES
  • Data: 01-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A expansão marítima portuguesa e o desejo de conquistar o Oriente levaram Portugal a montar um império ultramarino que esteve presente na América, África e Ásia, de tal forma que a variedade de produtos e os lucros vultosos no início do século XVI inspiraram muitos a tentar a sorte na longínqua Índia, ou na fascinante China. Outros vão mais além e chegam às terras japonesas no extremo leste da Ásia ou se aventuram no comércio de marfim na costa de Moçambique. Com o estabelecimento da Carreira da Índia, rota comercial traçada diretamente entre Lisboa e Goa, se tem um trajeto que vai do Atlântico ao Índico, com paradas de apoio para reabastecimento de provisões e reparos nas embarcações. Na costa brasileira, essas paradas tornam-se foco do contrabando de fazendas asiáticas (cuja comercialização era vedada àqueles fora do espaço metropolitano de Portugal), levando a Coroa a tentar manter um estrito controle sobre essas arribadas até o final do século XVIII. Dentro desse contexto, se tem a presença da capitania de Pernambuco como um porto geograficamente bem localizado para os navios que fizessem a rota da Carreira da Índia, bem como um mercado propenso ao consumo de produtos asiáticos como artigos individuais de luxo ou mercadorias intermediárias a serem lançadas principalmente no comércio de escravizados na costa da África. Sendo assim, se faz necessário compreender as relações entre Pernambuco e a Ásia Portuguesa levando em consideração sua função enquanto ponto de apoio da Carreira da Índia nos primeiros séculos da presença lusitana no Brasil, bem como os primeiros movimentos intracoloniais após o fim das limitações do comércio direto Brasil-Ásia.

2
  • KEROLAYNE CORREIA DE OLIVEIRA
  • ENTRE EXPRESSIVAS AUSÊNCIAS E TÍMIDAS PRESENÇAS: A representação dos trabalhadores e trabalhadoras através de fotografias na Zona Canavieira de Pernambuco (1930 a 1950)

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • THOMAS DYSON ROGERS
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • JOSE MARCELO MARQUES FERREIRA FILHO
  • Data: 03-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Os anos de 1930 e 1940 romperam o silenciamento visual ao qual estavam submetidos os trabalhadores da Zona Canavieira de Pernambuco. Isto é, o período mencionado marca os primeiros fôlegos no sentido de representá-los através de fotografias. Todavia, em sua constituição, essas imagens refletiam outras mais antigas, cujos impulsos foram movidos por projetos racistas, coloniais e imperialistas. Elas portavam, dessa maneira, uma imensa carga discursiva que havia sido, durante muitos anos, manipulada enquanto ferramenta nas mãos das classes dominantes. Na Zona Canavieira, essa estética foi adotada com objetivo de atender a projetos econômicos, políticos e sociais, sobretudo no sentido de perpetuar relações de dominação. A metodologia serial se mostrou uma ferramenta importante para extrair, do conjunto das imagens, preciosas revelações a partir da percepção da repetição de padrões temáticos e estéticos. A historiografia sobre o trabalho e as profundas permanências históricas na região, foram determinantes para pensar as relações de poder que regiam essas tomadas fotográficas. Foram analisadas, sob essa ótica, fotografias oriundas dos periódicos: jornal Diario de Pernambuco e revista Brasil Açucareiro, além dos acervos dos artistas Benício Dias e Lula Cardoso Ayres, pensando nas interseções e especificidades de cada suporte. Percebeu-se que, em grande medida, essas imagens buscavam tanto salvaguardar signos em decadência de uma classe que mergulhava em um contexto de transformações, quanto construir uma identidade nacional para o país, na mesma medida em que almejavam a modernização. Esses são os três principais eixos que inspiraram a tomada de fotografias dos trabalhadores. Suas presenças, não à toa, inserem-se em complexas relações que marcaram os anos de 1930 e 1940.

3
  • GUSTAVO GALVAO PORTELA MELO
  • ENTRE A VIOLÊNCIA E O TRABALHO: RELAÇÕES ENVOLVENDO TRABALHADORES E EMPREGADORES NOS ENGENHOS E USINAS DO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA (1975-1979)

  • Líder : ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MARCIO ANANIAS FERREIRA VILELA
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 16-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Esta dissertação tem como objetivo principal analisar historicamente as práticas de violência contra trabalhadores rurais dos engenhos de cana-de-açúcar da Zona da Mata norte do estado de Pernambuco. Operacionalizando com um conceito de violência que desse conta de suas múltiplas formas, buscamos observar como estas eram aplicadas não somente por proprietários de terra e seus subordinados, como também por agentes policiais, e pelo próprio estado brasileiro. Privilegiando uma análise historiográfica dos processos trabalhistas da Junta de Conciliação e Julgamento de Nazaré da Mata durante a década de 1970, destacamos como o estado brasileiro construiu uma legislação que permitia a reivindicação legal de direitos trabalhistas no meio rural, principalmente por meio do Estatuto do Trabalhador Rural. Compreendendo o direito e as leis enquanto históricas e, portanto, inclusas nas disputas de poder e passíveis de ampliação e retração, defendemos que esta legislação foi construída de maneira a não abarcar as complexidades do trabalho rural. Dessa forma, a legislação permitia aos proprietários de terra utilizar-se das “brechas” legais para o não pagamento dos direitos garantidos. Compreendendo os trabalhadores rurais enquanto sujeitos ativos de seus processos históricos, analisamos também como estes elaboram estratégias de resistência nos engenhos, como também nas disputas na Justiça do Trabalho. Por meio das narrativas destas disputas, procuramos apresentar como os diferentes sujeitos se utilizavam dessas estratégias. Por fim, utilizamo-nos dos relatos orais de memória dos trabalhadores, a fim de apresentarmos uma leitura que parte dos próprios sujeitos das disputas. Com isso, narramos as entrevistas com a ex-juíza do trabalho da JCJ de Nazaré da Mata, bem como o relato de ex-trabalhadores rurais da mesma região, que tiveram suas trajetórias ligadas a movimentos reivindicatórios. 


4
  • JOSENILDO AMÉRICO PAULINO
  • PELAS MARGENS DO ATLÂNTICO: a navegação de cabotagem e o abastecimento de gêneros de primeira necessidade no Recife (1825-1840)

  • Líder : CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO
  • Data: 02-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A presente dissertação tem como objetivo principal analisar o comércio de gêneros de primeira necessidade – farinha de mandioca e charque – através do comércio de cabotagem e longo curso para a cidade do Recife entre os anos de 1825-1840. A escolha por estes dois alimentos se deu em virtude de estarem presentes na mesa de parcela significativa dos habitantes oitocentistas, principalmente por sua alta capacidade de conservação. Já o comércio de cabotagem e longo curso teve um papel importante no período imperial: antes da febre ferroviária do último quartel do século XIX, o meio de locomoção mais eficaz era a navegação. Através dela, mercadorias dos mais variados tipos circulavam por todo o litoral do Império brasileiro. O início do recorte foi motivado por questões relacionadas a fonte, já que é neste ano que o jornal Diário de Pernambuco passa a circular na província. O ano de 1840, por sua vez, marca o fim de um período conturbado no comércio recifense após os desdobramentos da Guerra dos Cabanos. O ponto de partida para a análise foi a sessão de notícias marítimas do jornal Diário de Pernambuco. Informações como local de origem da embarcação, tempo de viagem, produto e consignatário eram informadas. Utilizando a abordagem quantitativa e serial, investiguei os principais fornecedores de gêneros de primeira necessidade para o Recife, as variações anuais e os comerciantes envolvidos nestas transações. Além da sessão de notícias marítimas, também foram consultadas a sessão de vendas, aluguel e arrendamentos e a sessão de preços dos gêneros de exportação, geralmente publicada aos sábados, com o objetivo de entender melhor os aspectos relacionados a comercialização destes dois produtos nos três bairros da cidade do Recife. Também foram utilizados relatórios do Presidente de Província, disponíveis no site da Universidade de Chicago, decretos e regulamentos, disponíveis de forma online, fontes iconográficas, como as pinturas de Franz Post no período de ocupação holandesa em Pernambuco e a planta da cidade do Recife e seus arrabaldes, produzida por José Mamede Alves Ferreira em 1855. Sites e acervos online, como o the transatlantic slave trade database também foram consultados. Um aspecto em comum em relação ao comércio de farinha e charque era a ligação do Recife com diversos portos situados dentro e fora do Império. No comércio de farinha, se destacam Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Bahia. No de charque, por sua vez, Rio Grande do Sul, Montevidéu e Rio de Janeiro foram os principais fornecedores. Enquanto no comércio de farinha as ligações estavam limitadas a províncias situadas dentro do Império brasileiro, o comércio de charque utilizava-se de rotas que extrapolavam este limite. Outro fator de destaque é o perfil dos comerciantes envolvidos: o comércio de ambos os produtos era dominado por comerciantes eventuais, que participavam apenas de uma ou duas consignações. Já no topo da pirâmide estavam os comerciantes de grosso trato da província de Pernambuco, responsáveis por concentrar em suas mãos parte significativa deste comércio. O argumento principal que guia o presente estudo é o de que, entre 1825-1840, o comércio de gêneros de primeira necessidade através da navegação de cabotagem e longo curso foi fundamental para manter uma boa oferta de farinha de mandioca e charque nos mercados da cidade do Recife.

5
  • GUILHERME LUCAS ALMEIDA DE SOUZA
  • MOVIMENTO HISTORIOGRÁFICO NEW HISTORY: CONFLITOS E PERMANÊNCIAS

  • Líder : RENATO PINTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • ERICO ANDRADE MARQUES DE OLIVEIRA
  • RENATO PINTO
  • Data: 04-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O movimento historiográfico New History surge na primeira década do século XX, nos Estados Unidos. Largamente conhecido por compor, em História, um movimento de repulsa aos paradigmas intelectuais do século XIX. Este trabalho tem por objetivo observar diferentes pontos do New History através de seus dois expoentes: James Harvey Robinson e Charles Austin Beard. Primeiro, como desponta na historiografia americana; segundo, definiremos os fundamentos do movimento através dos escritos diretos de Robinson e Beard, e da historiografia sobre o New History; terceiro, exploraremos acontecimentos decorrentes da entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial que foram significativos para Beard e Robinson. Por último, defenderemos que o New History, representados em Beard e Robinson, gradualmente abandonou sua convicção na objetividade do conhecimento histórico durante os anos 1920, como corolário desses acontecimentos. 

6
  • JONATHAS DUARTE OLIVEIRA DE SOUZA
  • O EMPRESARIADO E A DITADURA MILITAR (1964-1985) – ALIANÇA AGRÁRIA NA AMAZÔNIA

  • Líder : REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • AIRTON DOS REIS PEREIRA
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 18-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho pretende identificar os mecanismos governamentais na Ditadura Militar de 1964 que compuseram uma realidade específica de dominação e exploração da Amazônia. A partir do estudo de propagandas e documentos oficiais de governo, foi possível mapear as tecnologias de governo que permitiram a concessão de incentivos fiscais para grandes empresas com ônus para pequenos proprietários e agricultores, e como essa realidade imposta pelos governos foi apresentada como desenvolvimento, com base num modelo capitalista de exploração. O desenrolar do trabalho mostra os custos ambientais dessa chamada “ocupação racional da Amazônia”, como também conseguimos mostrar a violência gravada em todo o processo, se tornando quase uma regra. Por outro lado, identificamos o conhecimento e omissão do regime militar frente aos despejos, violências e exploração do trabalho na forma análoga a de escravo em nome de um ideal técnico de ordem e progresso.

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  • SANDOVAL JOSÉ DOS SANTOS
  • A FORÇA PÚBLICA DE PERNAMBUCO NO CONTEXTO DE FORMAÇÃO DOS PEQUENOS EXÉRCITOS ESTADUAIS (1889-1898)

  • Líder : SUZANA CAVANI ROSAS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • TIAGO DA SILVA CESAR
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 23-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A presente pesquisa gira em torno das transformações dos aparatos policiais militarizados em Pernambuco na primeira década republicana. Essas transformações no meio policial refletem a conjuntura política da época, principalmente o novo status das unidades administrativas, de províncias para estados, onde os governantes destes
    últimos teoricamente passaram a ser autônomos em relaçao ao poder central. Essa aparente autonomia possibilitou a organização de aparatos policiais tão poderosos que provocaram diversas críticas na época. A forte militarização de algumas polícias deixou esses aparatos semelhantes a exércitos, fazendo aparecer na litetura a expressão “pequeno exército estadual”, com capacidade de, na opinião de alguns, enfrentar o Exército nacional. O processo de militarizaçao da força estadual em Pernambuco no recorte em questão (1889-1898) teve avanços e retrocessos, e com diferentes objetivos, desde a ideia de combater os inimigos políticos, até a ideia de substituir as guarnições federais estacionadas no estado.

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  • SAMUEL FERREIRA DE SANTANA
  • NEWTON ELIAS DE SANTANA ENTRE O SAMBA E O PODER PÚBLICO: TÁTICAS DE PERMANÊNCIA E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SAMBA EM PE (1970-1980).”

  • Líder : MARIO RIBEIRO DOS SANTOS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • GEOVANNI GOMES CABRAL
  • HUGO MENEZES NETO
  • MARIO RIBEIRO DOS SANTOS
  • Data: 26-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A presente dissertação tem como objetivo analisar os processos de resistência da cultura das escolas de samba na cidade do Recife, durante o período de 1970 a 1999. A partir de uma perspectiva de história a contrapelo, busca-se lançar luz na narrativa dos sambistas pernambucanos para compreender suas táticas de “luta” nos dias de Carnaval, demarcadas por uma linha tênue entre: a defesa combativa de uma ideia de festa anti tradicional e a adesão dos traços tradicionais de forma política como meio de inserção e permanência. Para isso, evocamos a trajetória do sambista Newton Elias de Santana, importante articulador no processo de institucionalização do samba em Pernambuco e representante legal dos sambistas entre os anos de 1970-1999, o qual se insere na pesquisa como “linha de costura” que perfaz toda construção narrativa. Por meio de sua considerável participação na propagação do samba na região e transitar em diferentes espaços do fazer cultural da cidade, apresentamos o nosso personagem em três perspectivas: sambista, mediador e produtor cultural. Ao destacar e dialogar com suas redes de sociabilidades, conseguimos pontuar os lugares ocupados pelo mesmo e seus representados, bem como, seu poder de agenciar diplomaticamente no campo de disputas simbólicas em torno do universo tradicional do Carnaval no Recife. Para imersão na temática, mobilizamos um corpus documental constituído por periódicos, textos manuscritos, fotografías e relatos de memórias, obtidos em entrevistas, utilizando a metodologia da História Oral, os quais foram analisados sob a luz de teóricos da História Cultural, como Michel de Certeau, François Sirinelli, Roger Chartier e Michel Foucault. As contribuições desses autores possibilitaram o entendimento de alguns conceitos que nos ajudaram a pensar os signos no entorno das táticas de permanência das agremiações de samba. A formação das redes de sociabilidades, as discussões erguidas pela classe de sambistas pernambucanos e as táticas empreendidas pelos mesmos através da figura do Newton Elias - em sua mediação entre sambistas e poder público para a idealização de entidades como: UNESPE e FESAPE, são algumas das temáticas que iremos abordar neste estudo sobre o protagonismo de um personagem negro, periférico e amante de uma forma de expressão negada, despotencializada e invisibilizada pelas autoridades instituídas e organizadoras do Carnaval de Pernambuco que representou e agenciou o samba da região de formas múltiplas.

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  • GIOVANNI ACCIOLY SELLARO JUNIOR
  • CONCEPÇÕES DE SEXUALIDADE E MASCULINIDADE EM ESCRITOS AUTORREFERENTES DE GILBERTO FREYRE (1915-1930)

  • Líder : RENATO PINTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CIBELE BARBOSA DA SILVA ANDRADE
  • NATANAEL DUARTE DE AZEVEDO
  • RENATO PINTO
  • Data: 26-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho trata das concepções de sexualidade e de masculinidade presentes em escritos autorreferentes de Gilberto Freyre. O autor pernambucano, vaidoso e ciente de sua projeção na sociedade brasileira, buscou transmitir ao público a imagem de si que gostaria de ver estabelecida. Deste modo, se dedicou à produção de um variado material autorreferente, do qual a presente pesquisa se debruça sobre quatro obras específicas: dois “diários” (Tempo morto e outros tempos e De menino a homem) e duas “seminovelas” (Dona Sinhá e o filho padre e O outro amor do dr. Paulo). Buscou-se também um cruzamento das referidas fontes com algumas correspondências e artigos de jornal produzidos por Freyre em sua juventude, além do cotejamento com suas primeiras interpretações sociológicas. A pesquisa se insere no campo da história cultural, de modo que pretende estabelecer articulações entre discursos e contextos sociais. O objetivo é o de identificar as ideias expressas pelo autor pernambucano acerca dos temas da sexualidade e masculinidade e relacioná-los com as vivências de Freyre ao longo de sua trajetória pessoal e intelectual, de modo a compreender a relação entre tais práticas e representações. Para tanto, busca-se, no primeiro capítulo, delinear a trajetória de vida do autor pernambucano, com foco em sua formação intelectual no Brasil e no exterior, e na elaboração e recepção de sua principal obra de interpretação sociológica, Casa-grande & senzala. No segundo capítulo, são tecidas considerações acerca do aporte teórico-metodológico da pesquisa e das especificidades da utilização de ecritos autorreferentes enquanto fontes históricas, além de descritas e analisadas as obras que foram selecionadas como principais fontes. O terceiro capítulo, por fim, apresenta a análise dos dados colhidos nas fontes, com base nos conceitos de sexualidade, gênero, masculinidade e escrita de si. O trabalho, portanto, busca constituir uma contribuição para os estudos de masculinidades no Brasil, com base na análise de um dos autores pioneiros a tratar de tal tema no país.

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  • ANDERSON BOTELHO DA SILVA
  • MAXAMBOMBAS: trilhos urbanos do Recife entre a história e a memória

  • Líder : ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • CIBELE BARBOSA DA SILVA ANDRADE
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • Data: 26-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A cidade e a estrada de ferro são dois dos mais impressionantes símbolos exteriores do mundo industrial. O Recife que hoje vemos diante dos nossos olhos é uma das grandes metrópoles modernas brasileiras. A construção da modernidade recifense é historicamente representada pela análise de diversos fenômenos, muitas vezes correlacionados para compor um longo e ambíguo processo, que se acelera nas últimas décadas do século XIX e primeiras do XX. Dentre esses fenômenos está a implantação e operação das maxambombas, o primeiro modo de transporte de tecnologia propriamente industrial da cidade, voltado para o deslocamento para dentro do núcleo populacional mais denso, e deste em direção aos povoados dos arredores, em que predominava a paisagem rural, e para a cidade de Olinda. As maxambombas do Recife são o tema dessa dissertação, que é estruturada por três ensaios e um capítulo reservado para a exposição de opções teórico-metodológicas e historiográficas. O primeiro ensaio tem a proposta de apresentar especificidades do modo de transporte utilizado nos sistemas de trilhos urbanos, especialmente quanto à concepção, à evolução de sua expansão, os territórios tocados, além de citações de algumas peculiaridades as quais consideramos prioritárias para o quadro geral da modernização da cidade. O segundo trata de estudo de caso acerca da narrativa histórica do cronista Mário Sette sobre as maxambombas a representar um papel na busca por edificar uma memória e cingir a história do Recife entre o Moderno e o Antigo. E o terceiro contém uma análise sobre aspectos da construção, como monumento histórico do Recife, da antiga estação dos trilhos urbanos, localizada em um luxuoso subúrbio da açucarocracia pernambucana. 

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  • HANNAH JOOK OTAVIANO RODRIGUES
  • "- PRA CADEIA!": MODERNISMO E AS REPRESENTAÇÕES DOS ENCARCERAMENTOS EM FORTALEZA NO JORNAL CORREIO DO CEARÁ E NO ROMANCE JOÃO MIGUEL

  • Líder : ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • ALCILEIDE CABRAL DO NASCIMENTO
  • Data: 29-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Partindo da reflexão sobre os estudos transdisciplinares em História e Literatura e o uso de obras literárias como fontes históricas, pretende-se com essa pesquisa analisar como as pessoas encarceradas e o próprio espaço da cadeia eram retratados tanto na imprensa local quanto no romance “João Miguel” da escritora cearense Rachel de Queiroz, no intervalo compreendido entre as décadas de 1920 a 1930, em Fortaleza. Inicialmente faremos uma análise da conjuntura histórico social desta capital nas décadas finais do século XIX até os três primeiros decênios do século XX, período que ficou conhecido como “Belle Époque” que se caracteriza pela ânsia de modernização tanto do espaço físico quanto de costumes da população, refletiremos também sobre os grupos literários que surgiram neste decurso, com ênfase no Período Modernista. Após esse preâmbulo, nos deteremos em analisar o periódico “Correio do Ceará” de 1920 a 1930 para apreender como e porquê as pessoas eram presas, quais os delitos ou crimes eram mais recorrentes no cotidiano desta urbe, além dos textos, examinaremos também as charges da coluna “Chronicas da Cidade”, do jornal citado. Por fim, exploraremos o romance “João Miguel” a fim de compreender como a Literatura se apropria de dados deste cotidiano urbano para representar as sensibilidades desses prisioneiros e suas famílias Neste capítulo, iremos nos concentrar na discussão sobre sensibilidades e a representação do dito real e como uma obra literária pode ser trabalhada como fonte histórica haja vista que é um produto de uma época e sociedade. No decorrer dos capítulos utilizaremos como disciplina auxiliar os conceitos, métodos e reflexões teóricas da Análise Crítica do Discurso em confluência com os próprios métodos e teóricos próprios da História. Trabalharemos ainda os conceitos de Modernização, Modernismo, Modernidade, Discursos, Sensibilidades, Representação e Poder.

Tesis
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  • MATHEUS SILVEIRA GUIMARÃES
  • DOS ESCRAVOS QUE VÃO POR MAR E POR TERRA: O COMÉRCIO ATLÂNTICO DE ESCRAVOS PARA AS CAPITANIAS DO NORTE E SUA DINÂMICA INTERNA (c.1654-c.1760)

  • Líder : GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ISNARA PEREIRA IVO
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • GUSTAVO ACIOLI LOPES
  • ROMULO LUIZ XAVIER DO NASCIMENTO
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 31-ene-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O período entre a segunda metade do século XVII e a primeira metade do século XVIII foi de grandes transformações para o Império português, especificamente no Atlântico. Diante de mudanças nas relações internacionais e de uma crise financeira, Portugal centrou suas atenções para o Brasil e, por consequência, para África. A expansão pecuária para o sertão e a descoberta de ouro aceleraram esse processo que também implicou em uma maior interação comercial entre as capitanias e intensificação do tráfico negreiro. O nosso tema de estudo é exatamente como ocorreu o comércio de escravos para as Capitanias do Norte do Estado do Brasil, diante desse cenário de mudanças. Uma vez que esses escravos africanos chegavam nos portos das Capitanias do Norte, parte ficava no litoral e outra era vendida seja para o trabalho na pecuária, seja pra o trabalho nas Minas, estabelecendo um circuito interno – que estava associado ao mercado externo – de escravos. Pretendemos demonstrar neste trabalho que o comércio de pessoas escravizadas não se restringia apenas aos portos litorâneos, mas alcançava os sertões das Capitanias do Norte e das Minas ainda na primeira metade do século XVIII. Nessa conjuntura, houve a participação de diversos negociantes, mas o mercado foi centralizado e fortaleceu os da praça de Recife. Quem eram esses comerciantes? Quais seus interesses e redes mercantis? Como ocorriam as viagens e as formas de venda e compra? Essas foram algumas das questões que nos guiaram na análise das fontes. Para isso, utilizamos como principais documentos os avulsos e códices do Arquivo Histórico Ultramarino, as coleções Anais da Biblioteca Nacional, Documentos Históricos da Biblioteca Nacional e Documentos interessantes para a história e costume de São Paulo, além da documentação publicada por revistas de Institutos Históricos como os de Pernambuco e Ceará, todas elas que podem ser acessadas digitalmente. As ordens régias, o livro da Ouvidoria da Paraíba e documentos cartoriais presentes em acervos
    locais também foram de suma importância para compreender as articulações comerciais existentes das Capitanias do Norte entre si e destas com as Minas. Por fim, destacamos o banco de dados disponibilizados pelo Slave Voyages que tem aberto diversas possibilidades de pesquisa quantitativa e qualitativa acerca do comércio de pessoas escravizadas.

2
  • TATIANE VIEIRA DE AGUIAR BARRETO
  • Memória esculpida em bronze: a monumentalização de João Pessoa na Paraíba

  • Líder : RENATO PINTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • RODRIGO CEBALLOS
  • JOSÉ JORGE ANDRADE DAMASCENO
  • ANTONIO CLARINDO BARBOSA DE SOUZA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • RENATO PINTO
  • Data: 03-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese versa sobre o processo de monumentalização da figura do personagem do presidente João Pessoa, na Paraíba, durante a década de 1930. Para compreender como se deu essa monumentalização serão examinadas quatro obras: o monumento tumular no Cemitério São João Batista (Rio de Janeiro) e os monumentos erguidos nas cidades paraibanas de Umbuzeiro, Campina Grande e João Pessoa. O objetivo deste trabalho é escrever uma história desses monumentos construídos em memória a João Pessoa, a partir da análise do contexto histórico de suas produções, das disputas de memórias entre os sujeitos políticos envolvidos nas suas construções, das estratégias de afirmação memorialística do homenageado no contexto histórico da Paraíba e da relação com o espaço onde as obras foram erguidas. Quanto ao aporte teórico e metodológico, será utilizado como fonte documental especialmente os jornais e revistas que circulavam na Paraíba e no Rio de Janeiro no período estudado. Além da análise de um conjunto de documentos referentes à construção dessas obras: correspondências particulares e oficiais, contratos, leis, fotografias e os debates na Assembleia Legislativa da Paraíba e na imprensa. Toda problematização será guiada pelas sendas da História Cultural, pautada no conceito de monumento intencional, no diálogo com os estudos sobre memória e com as pesquisas que versam sobre o estudo dos monumentos, enquanto objetos de memória que materializam personagens em bronze dispostos nos espaços públicos citadinos.

3
  • MOISES DINIZ DE ALMEIDA
  • BEATOS, MONGES, CONSELHEIROS E CURANDEIROS: MEMÓRIA REVISITADA, APROPRIADA E RESSIGNIFICADA PELA IMPRENSA DE PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 1897 A 1940

  • Líder : ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDRÉA CRISTIANA SANTOS
  • ANTONIO JORGE DE SIQUEIRA
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • MARIA THEREZA DIDIER DE MORAES
  • ROBERTO JOAQUIM DE OLIVEIRA
  • Data: 08-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A Guerra de Canudos foi um marco decisivo nas narrativas de qualquer evento congênere, até a redescoberta do evento pelos movimentos populares na década de 1980. Foram quase cem anos com as mesmas perspectivas, pautadas com o olhar dos grandes centros para o interior. Percorrendo essa diretriz, elaboramos esta tese para analisar de que maneira as formações discursivas, sobre a Guerra de Canudos, foram determinantes nas narrativas das lembranças ou comemorações pós-conflito sertanejo, nos conflitos do Contestado, do Caldeirão e de Pau de Colher, na imprensa de Pernambuco, entre os anos de 1897 a 1940. Utilizamos como fonte principal a imprensa, que carrega um sentido próprio, que é o sentido da palavra. As narrativas, compostas de expressões, frases e palavras, determinaram os signos e símbolos que foram criados em torno dos movimentos em questão. Para verificar quais foram esses sentidos, utilizamos a análise de discurso, que nos ajudou a compreender os fatos, na medida em que houve uma integração entre o escrito manifesto, o que estava visível e invisível no texto. Ao longo desta pesquisa, pudemos perceber como é importante trabalhar com a fonte jornalística, e compreendemos que as letras, as colunas, os fatos, são também a história. Entretanto, nem todos leem a história contada pelo historiador, podendo ficar perpassados os fatos construídos pela imprensa, que produz seus sentidos sobre misticismos, fanatismo, jaguncismo, violência e a imagem caricatural do sertanejo. Sabemos que foi construída uma formação de opinião, enraizando-se na cultura, produzindo sentidos que, nem sempre, são apagados facilmente. A tese mostra que Canudos foi o grande espelho nas narrativas dos movimentos analisados, tendo a imprensa repetido várias vezes o mesmo discurso, na tentativa de justificar os massacres que foram realizados pelas forças militares. Debruçamo-nos sobre a temática proposta, buscando, nesta tese, contribuir a história de Pernambuco, da imprensa e dos movimentos sociais religiosos.

4
  • LUÍSA XIMENES SANTOS
  • Imagem construída com papéis alheios: os escritos falsamente atribuídos ao Padre Antônio Vieira e a polemística em Portugal no século XVIII

  • Líder : MARILIA DE AZAMBUJA RIBEIRO MACHEL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • YLLAN DE MATTOS OLIVEIRA
  • BRUNO MARTINS BOTO LEITE
  • CAMILA CORREA E SILVA DE FREITAS
  • KLEBER CLEMENTINO DA SILVA
  • MARILIA DE AZAMBUJA RIBEIRO MACHEL
  • Data: 14-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Nesta investigação pretendemos compreender de que forma textos alheios errônea ou falsamente atribuídos contribuíram na construção seiscentista da imagem e da memória de Antônio Vieira. Intentamos pôr luz à gênese do processo de instrumentaçização do Pe. Vieira como arquétipo do Jesuíta que culmina no periodo pombalino e reverbera na historiografia posterior considerando que tais escritos pseudovieirinos, até então pouco estudados, têm participação importante na formação da imagem pública e política de Vieira. A autoria e pseudo autoria no período moderno são assim discutidas através do caso de Antônio Vieira. Destacamos a força da autoridade desse renomado e profículo jesuíta no gênero parenético e em assuntos relevantes na política portuguesa do século XVII. São alvo de atenção textos que permitem a abordagem direta da questão autoral e pseudoautoral, bem como os que demonstram a preocupação de Vieira em defender-se diante de obras que falsamente circulavam como de sua lavra. Identificamos e analisamos duas maneiras de falsa atribuição de escitos - por oposição ou por suposição. Tais fomas de pseudoautoria são examinadas a partir do exemplo vieirino através de papéis alheios partícipes da polemística portuguesa seiscentista. Escritos que versam sobre o sebastianismo são utilizados para tratar da autoria por oposição, visto que Vieira colocou-se mor parte das vezes enquanto joanista. Os textos alheios atribuidos a Vieira em defesa a gente de nação e a favor da mudança dos estilos da Inquisição, por sua vez, são mote para a discussão da autoria por suposição, em que vislumbra-se uma aproximação entre os argumentos de Vieira e aqueles apenas veiculados sob seu nome. A plausibilidade ou não da autoria é percebida no cotejo com obras de Antônio Vieira acerca dos mesmos temas. Ao perscrutarmos as formas de pseudoautoria  e problematizarmos o movimento de mudanças e sobreposições de juízos acerca do Pe. Vieira esperamos contribuir para uma melhor compreesão do processo de estruturação de sua memória, Entendemos que a memória de Antônio Vieira não foi construída apenas por ele mesmo ou por seus escritos, mas também pelo o que lhe foi imposto, seus não ditos.

5
  • FLÁVIA BRUNA RIBEIRO DA SILVA BRAGA
  • MARTINS JÚNIOR (1860-1904): CIÊNCIA COMO FÉ, REPÚBLICA COMO RAZÃO - A TRAJETÓRIA DE UMA DERROTA

  • Líder : SUZANA CAVANI ROSAS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • LUIS ROSENFIELD
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MARCELO MAC CORD
  • MARCOS LUIZ BRETAS DA FONSECA
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • Data: 16-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Tradicionalmente, os estudos sobre o período que vai do final do Império ao início do século XX costumavam reafirmar que o processo de queda da monarquia e construção da República foi feito sem o povo, numa “quartelada militar”, instaurando um regime oligárquico. A “República Velha” passou a se tornar um conceito difundido que trazia consigo a ideia de uma época caduca, ultrapassada e caótica. Nessa esteira, o positivismo entrava na rota das ideias a serem combatidas, consideradas tão velhas e confusas quanto o próprio regime que se queria superar. Assim, homens de letra e ciência, políticos e técnicos que se aproximaram daquela ideologia, passaram a serem vistos como um inimigo a ser combatido pela escrita da História. A partir da década de 1980, entretanto, com o processo de renovação política pela qual passava o Brasil e o mundo – com o fim da Ditadura Civil-Militar no país e a decadência da Guerra Fria –novas perspectivas vieram para os estudos de história política. Essa renovação passou a trazer novas interpretações, cujas análises passaram a revisitar a “República Velha” e nomeá-la no seu sentido mais amplo, “Primeira República”. Com esta abertura, a compreensão do processo de queda do Império e consolidação do regime republicano tem sido cada vez mais revisto e diversificado, demonstrando a riqueza de tentativas, expectativas, sonhos e projetos que se enfrentaram para formar a República como a conhecemos. Esta tese escolheu acompanhar a história de vida de um sujeito que viveu, sonhou e se dedicou para a República: José Isidoro Martins Júnior. Sua trajetória, além de contribuir para uma visão singular dos acontecimentos a partir de uma perspectiva do Norte do Império, também traz uma das muitas formas com que o positivismo foi compreendido e posto em prática como projeto político no país. No curso da história política renovada proposto por René Rémond e em alinhamento com pesquisas que contestam a tese dos “bestializados”, este trabalho é uma das muitas biografias possíveis: o Martins Júnior político.

6
  • GRASIELA FLORENCIO DE MORAIS
  • O PERCALÇO DA PRECARIEDADE: O controle da mendicidade na cidade do Recife (1840-1870)

  • Líder : SUZANA CAVANI ROSAS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • WALTER DA SILVA FRAGA FILHO
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MARIA REGINA SANTOS DE SOUZA
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 21-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho tem como objeto, o estudo do controle empreendido sobre a mendicância na cidade do Recife, entre os anos de 1840 e 1876. As percepções sobre a mendicidade e sobre os mendigos foram se modificando e propiciando novas estratégias para o seu controle, à medida que se alteravam as concepções sobre a cidade e sobre o universo do trabalho. Caridade, assistência e filantropia foram algumas das expressões que fizeram parte do vocabulário no trato da população tida como “desvalida da humanidade”. Para além dos seus significados, no Recife, a partir dos anos de 1830, projetos de gestão da indigência urbana foram sendo delineados pelas autoridades locais para conter a população enquadrada como mendicante. Portanto, o objetivo da presente tese foi analisar como o processo de institucionalização da caridade pública ofertada pelo Estado serviu para concentrar, encarcerar e condicionar ao mundo do trabalho sujeitos enquadrados como mendicantes. Para esse fim criou-se o Asilo de Mendicidade do Recife, o qual foi estabelecido, em 1859, primeiramente numa das enfermarias do Hospital Pedro II (onde funcionou entre os anos de 1860 e 1870) e depois foi transferido para um edifício comprado (que serviu de 1870 a 1876), localizado nos arrabaldes do Recife, especificamente, no bairro de Santo Amaro das Salinas. Em nosso ofício detetivesco, debruçamo-nos sobre documentos diversos, de impressos a manuscritos, com o intento de compreender as fases e o funcionamento do Asilo de Mendicidade, que foi modificada de instituição criada para “ensaio” ou “experimento”, foi pretendida a servir como nosocômio, casa de correção e casa de trabalho. A trajetória dessa instituição se confunde com a história da cidade do Recife, bem como está entrelaçada à história de muitos indivíduos que na condição de internos viveram de “portas adentro” do Asilo de Mendicidade. Por fim, nas linhas desse trabalho, tecemos a história dessa instituição e dos seus asilados, os quais reunidos num mesmo espaço foram sendo destituídos do seu “eu” que havia “portas afora” para outro “eu” que deveria servir de “portas adentro”.

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  • JOSÉ MAXSUEL LOURENÇO ALVES
  • GINCANAS, CARTILHAS E MEMÓRIAS: A FABRICAÇÃO DA CULTURA POPULAR NO MOVIMENTO BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO - MOBRAL NA PARAÍBA (1970-1985)

  • Líder : REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • HELDER REMIGIO DE AMORIM
  • IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA
  • JANAÍNA MARTINS CORDEIRO
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 28-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Este tese estuda as apropriações da cultura popular realizadas pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização, em sua estratégia de produção da adesão, do consenso, consentimento e legitimidade da ditadura civil militar na Paraíba. Criado no intuito de alfabetizar adultos, dentro da lógica governamental do “milagre brasileiro” e da integração nacional, o Mobral emerge dentro de um conjunto amplo de iniciativas que, num duplo jogo, interviam sobre a população na modernização de seus hábitos e agenciavam o estabelecimento de uma rede de relações que atavam as pessoas comuns de todo o país, ao Mobral central, criando um conjunto de práticas que visavam o engajamento constante desta população. Entre tais práticas destacaram-se aquelas que, ao longo do século XX, foram classificadas como cultura popular e folclore, e que foram amalgamadas com dispositivos da cultura letrada como programas de rádio e livros pelo programa Mobral cultural. O objetivo deste trabalho é compreender como este programa tornou-se possível, bem como as relações que foram estabelecidos por ele e pelo Mobral de maneira mais
    ampla com a população. Na construção desta tese utilizamos como metodologia a análise do discurso e como fontes periódicos, revistas, correspondências, relatórios, leis, diários do congresso Nacional e relatos orais de memória.

8
  • MARCUS VINICIUS SANTANA LIMA ALMEIDA
  • COMO UM TROPEL POR DENTRO: CONCEPÇÕES DE VIDA, SENTIMENTOS E REAÇÕES NA OBRA DE JORGE AMADO

  • Líder : ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • ALCILEIDE CABRAL DO NASCIMENTO
  • FRANCISCO DENIS MELO
  • JOANA D ARC DE SOUSA LIMA
  • Data: 06-may-2022


  • Resumen Espectáculo
  • As primeiras décadas do século vinte, na Bahia, são marcadas por mudanças e permanências históricas. Sua capital era um lugar que, apesar dos discursos de progresso e civilidade, protagonizava dramas sociais, perceptíveis em moradias improvisadas, epidemias que se prolongavam, prostituição de menores e tipos de trabalho realizados em condições precárias. Ambientado nesse contexto, a obra literária de Jorge Amado, romancista baiano, tornou-se uma importante fonte histórica para se analisar as formas de viver, de sentir e reagir elaboradas por pessoas cujas vidas estavam atravessadas por essa desigualdade social e dilemas existenciais. Se havia gente pobre tentando encontrar respostas para as adversidades que caracterizavam suas experiências de vida, associando-as à questão de como deveriam interpretar o próprio destino, havia, de outro modo, homens com alguma posse econômica ou inserção social mais privilegiada, reivindicando a necessidade de debater o significado da felicidade e da infelicidade, da tragédia de não encontrarem a satisfação para viver. Os romances Jubiabá e O País do Carnaval, publicados por Jorge Amado, respectivamente, em 1935 e 1931, apresentam-se como documentos históricos para compreendermos como tais sujeitos, representando diferentes cenas daquela Bahia, elaboraram concepções de vida. Ou seja, como expressavam sentimentos humanos a partir das relações que estabeleciam e, por fim, como reagiam, com atitudes e pensamentos, diante dos acontecimentos diários, fossem eles previstos ou resultado do acaso. O estudo desses livros possibilita à historiografia notar as sensibilidades de uma época, a subjetividade humana de um dado contexto histórico, bem como as aspirações de mulheres e homens tecidas em meio ao turbilhão da modernidade.

9
  • OSNAR GOMES DOS SANTOS
  • OS SINAIS DA CONVERSÃO: O MOVIMENTO DO CRISTIANISMO DA LIBERTAÇÃO NA DIOCESE DE PROPRIÁ-SE (1960-1991)

  • Líder : CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • IRINÉIA MARIA FRANCO DOS SANTOS
  • JOSE ADILSON FILHO
  • Data: 15-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • As relações entre religião e política na América Latina foram profundamente alteradas entre o final da década de 1950 e início da década de 1960. No plano político, a Revolução Cubana de 1959 projetou para o futuro do continente um novo horizonte de expectativas. As ideias disruptivas ganharam um lugar privilegiado no xadrez político e social. No plano religioso, a abertura do Concílio Vaticano II, no ano de 1962, admitiu para a Igreja Católica a sua abertura e atualização diante dos dilemas do mundo moderno. Teologias, antes vítimas da censura vaticana, passaram a ser reabilitadas e o engajamento cristão na sociedade foi encorajado. A Igreja na América Latina foi decisivamente influenciada por essas mudanças, ao ponto de se converter num dos principais canais de oposição aos modelos político-econômicos instaurados no continente. Esta tese pretende esmiuçar o caso particular da diocese sergipana de Propriá em meio a essas mudanças de lugar político, social e religioso da Igreja latino-americana. A análise desse caso particular aparece como uma necessidade a fim de captar com maior precisão a totalidade da alteração das relações entre religião e política no continente. O marco temporal contempla quatro décadas, entre a de 1960 e a de 1990, dada a motivação em esquadrinhar o período que vai da conversão diocesan a ao cristianismo da libertação latino-americano à desaceleração do ímpeto reformador que guiou a maioria do seu clero. Dividida em sete capítulos, a tese procurou dar novos contornos à compreensão dos impactos que mudanças nas relações entre religião e política puderam e podem provocar na sociedade contemporânea.

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  • JANNAIARA BARROS CAVALCANTE
  • CAMINHOS DO ASSOCIATIVISMO DOCENTE EM PERNAMBUCO: A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DOS TRABALHADORES DO ENSINO

  • Líder : BARTIRA FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • JOSE ADILSON FILHO
  • MARCELO GÓES TAVARES
  • MARCÍLIA GAMA DA SILVA
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • Data: 25-jul-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Este estudo tem como objetivo apresentar trajetórias do associativismo docente em Pernambuco, buscando analisar as primeiras experiências associativas desenvolvidas pelo CPPP, destacando as configurações de um associativismo repleto de potencialidades e limitações. Traz apontamentos sobre como essa primeira associação docente contribuiu para a construção de uma imagem do magistério numa perspectiva missionária e como foram construindo suas lutas desvinculadas de um protagonismo mais contestador. A exposição desse primeiro cenário nos oferece melhores condições para entendermos a dinâmica que levou à formação da APENOPE, a qual preencheu um espaço de representação do magistério, ao mesmo tempo em que nasceu num forte contexto de tensões próprias da ditadura, posicionando-se de forma favorável a mesma. Após a visualização dessa conjuntura, nos concentramos nas dinâmicas políticas e sociais dos anos 70 e na expressiva greve de 1979, na qual novos personagens entraram em cena, questionando e promovendo mudanças no interior da APENOPE, bem como construindo uma imagem que apresentava o professor como trabalhador, fortalecendo a luta em torno do direito de sindicalização e as bases que deram origem a Central Única dos Trabalhadores. Em nossa composição historiográfica utilizamos o Jornal do Professor e jornais da imprensa pernambucana disponíveis no APEJE. Esses últimos também foram consultados através da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Outros espaços digitais percorridos foram: o acervo do IBGE, do INEP e o Centro de Documentação e Memória da CUT. Fontes do regime repressivo foram acessadas através do DOPS-PE e através do Sistema de Informação do Arquivo Nacional, possibilitando, juntamente com os relatos de memória, perceber os protagonismos ligados ao mundo do trabalho e à esfera política que fizeram com que a APENOPE ficasse sob a mira da vigilância.

11
  • AIRTON DE SOUZA MELO
  • TRABALHADORES, DIREITOS E JUSTIÇA DO TRABALHO: A CONSTRUÇÃO CIVIL EM ALAGOAS (1964-1980)

  • Líder : MARIA DO SOCORRO FERRAZ BARBOSA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDERSON VIEIRA MOURA
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MARCELO GÓES TAVARES
  • MARIA DO SOCORRO FERRAZ BARBOSA
  • TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA
  • Data: 24-oct-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A ditadura brasileira iniciada após do golpe de 1964 atingiu de forma sistemática o mundo do trabalho, resultando na redução dos espaços democráticos na relação capital x trabalho e aprofundando a desigualdade nas relações trabalhistas. Nesse contexto, essa tese propõe investigar os trabalhadores da construção civil de Maceió nos momentos de embates com seus patrões, mediados pela Justiça do Trabalho. Pretendemos lançar olhares sob esses
    trabalhadores fora de um viés estatal, onde os trabalhadores eram minimizados ou ignorados, mas sim sob uma perspectiva que nos revela e nos dá a possibilidade de reavaliar o papel desses trabalhadores no período ditatorial. Além de analisar o papel da Justiça do Trabalho e sua “vocação conciliatória”, assim como o caso específico do tribunal do trabalho em Maceió como parte integrante de um movimento nacional, mas, também envolto em particularidades. Através das fontes conseguimos compreender como viviam e trabalhavam estes operários que buscavam reparação de direitos através de luta nos tribunais da Justiça do Trabalho.

2021
Disertaciones
1
  • LARA MARIA DE HOLANDA SOARES
  • "COMO É DE DIREITO E DE JUSTIÇA": UM EMBATE DE CLASSES ENTRE TRABALHADORES E EMPREGADORES DA AGROINDÚSTRIA AÇUCAREIRA NOS PROCESSOS TRABALHISTAS DA JCJ GOIANA/PE (1971-1973)

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • THOMAS DYSON ROGERS
  • TIAGO BERNARDON DE OLIVEIRA
  • Data: 13-abr-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A cana-de-açúcar, originária do Sudeste Asiático, foi o produto que mais gerou riqueza na colônia. O açúcar virou hábito dos europeus e até hoje, além do etanol, é um dos principais produtos exportados do Brasil. A plantação extraiu tudo da força de trabalho, primeiro coagida e escravizada, depois proletarizada. Após a abolição da escravidão, os canavieiros tornaram-se legalmente livres, mas sem direitos sociais. Esta dissertação traz uma análise das condições dos trabalhadores da agroindústria açucareira entre 1971 e 1973, através dos
    processos trabalhistas da Junta de Conciliação e Julgamento de Goiana (JCJ Goiana/PE). Nos anos 1970, houve um grande investimento aliado a um discurso de modernização e desenvolvimento. Mas esses incentivos também contemplavam os trabalhadores? A indústria açucareira se firmou com incentivos estatais, através de órgãos como o Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) em 1933. Seguindo a história social, espera-se contribuir com uma história desses trabalhadores, sujeitos ativos na construção de sua própria história, ainda que através
    de um instrumento do discurso oficial, que eram os processos da Justiça do Trabalho. Dado o volume de processos e sua homogeneidade, optou-se pela metodologia da história serial, para se construir uma série histórica. Além de traçar um perfil dos trabalhadores, também se observou como o Estado esteve presente nas relações trabalhistas. Alguns direitos foram conquistados pelos trabalhadores no governo de Getúlio Vargas, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1943. Mas os assalariados rurais não foram contemplados por mais 20 anos, tendo seus direitos reconhecidos apenas em 1963, após a promulgação do Estatuto do Trabalhador Rural (ETR). A JCJ Goiana/PE, na Zona da Mata Norte pernambucana, foi inaugurada na mesma época. Os avanços sociais conquistados pelos trabalhadores provocaram uma grande reação, que resultou no golpe militar de 1964, quando os canavieiros foram reprimidos duramente, com a perseguição e prisão de líderes dos movimentos sociais e de todos que discordavam do projeto político estabelecido com a ditadura militar (1964-1985). Os processos evidenciam permanências históricas que marcam ainda hoje a zona canavieira, como a violência física e simbólica, as ameaças e a precariedade das condições de vida e de trabalho, como o não recebimento de salário-mínimo, férias ou auxílio-doença, reivindicados e denunciados pelos canavieiros na Justiça, denotando também o embate de classes entre trabalhadores e empregadores.

2
  • ÉMERSON BARBOSA DA SILVA ALEIXO
  • PASTORAL DO MEDO: SANTA INQUISIÇÃO E CRIME DE BIGAMIA NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO (1593-1595)

  • Líder : GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • BRUNO KAWAI SOUTO MAIOR DE MELO
  • GRAYCE MAYRE BONFIM SOUZA
  • AUGUSTO CESAR ACIOLY PAZ SILVA
  • Data: 29-abr-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Inquisição e bigamia no Brasil colonial são temas intensamente debatidos, porém nunca esgotados. Por este fato, trazemos à tona um crime de bigamia feminina ocorrido em Olinda, na Capitania de Pernambuco, no final do século XVI. A presente pesquisa se debruçou diante de um processo inquisitorial, analisando o caso de Marta Fernandes, denunciada à Santa Inquisição durante visitação oficial a estas partes do Brasil. Por sua relevância à historiografia, especialmente em face da figura feminina ter sido durante muito tempo “silenciada” nas produções historiográficas, objetivou-se analisar este delito de bigamia dentro do recorte temporal estabelecido, que se dá entre 1593-1595, período de tempo que marca o início e o fim do trâmite processual da acusada. Examinando como o bígamo era percebido pelas autoridades eclesiais, as repercussões sociais e morais que causavam no dia a dia da colônia. O processo analisado, enquanto principal fonte histórica desta pesquisa, encontra-se disponível para acesso no site oficial do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, sob o número 10.745. Utilizou-se a micro-história enquanto recurso metodológico para compreendermos os detalhes e as minúcias
    da fonte em questão, que nos permitiu visualizar como estas normas, códigos e leis, contribuíram para que Marta Fernandes, uma mulher parda, ex-escrava, forçada a um matrimônio arquitetado por seu ex-proprietário e amante, a fugir de sua ilha natal e a contrair novo matrimônio em terras ultramarinas, tendo seu primeiro cônjuge ainda vivo. Como embasamento teórico, utilizamos obras de Certeau (2005); Darton (1986); Fernandes (1995); Figueiredo (2004); Geertz (1989); Ginzburg (2003); Levi (2016); Novinsky (1996); Perrot (2007); Revel (1998); Siqueira (1978); Vainfas (1997); entre outros. Os resultados obtidos a partir da análise do processo inquisitorial desvela a perseguição e condenação ao crime de bigamia pelo Tribunal do Santo Ofício, ao mesmo tempo que revela uma mulher disposta a sobreviver em uma sociedade altamente hierarquizada; que não se apresenta como subversiva, e que diante de sua trajetória de vida, não se demonstrou apática à realidade colonial e masculina vigente do quinhentos.

3
  • LUIZ HENRIQUE SANTOS FERREIRA DA COSTA
  • O USO POLÍTICO DO PASSADO DAS LIGAS CAMPONESAS NOS PROCESSOS TRABALHISTAS DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO DE NAZARÉ DA MATA, JABOATÃO DOS GUARARAPES E GOIANA DURANTE A DITADURA CIVIL MILITAR. (1964-1967)

  • Líder : PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • MARCIO ANANIAS FERREIRA VILELA
  • Data: 11-jun-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta dissertação analisa conflitos trabalhistas na Justiça do Trabalho. As ações judiciais estudadas foram movidas por trabalhadores rurais contra seus empregadores nas Juntas de Conciliação e Julgamento de Nazaré da Mata, Jaboatão dos Guararapes e Goiana, durante o início da ditadura civil militar. Nos processos trabalhistas selecionados, os latifundiários acusaram os assalariados rurais de terem participado das Ligas Camponesas. Essas acusações faziam parte de um discurso que se apoiava nos signos combatidos pelo novo regime repressor que gradualmente se estabelecia, produzindo então um uso político do passado a partir do agenciamento de memórias que circulavam em parte da imprensa e entre a maioria dos latifundiários. Com isso, estabeleceram-se associações automáticas entre as Ligas e agitação social, insubordinação, greves e incêndios. O intuito dessa estratégia era criar argumentos para justificar demissões por justa causa. Ao mobilizar outras documentações para a pesquisa, como entrevistas com trabalhadores rurais e registros de imprensa, mostrou-se que as histórias presentes nas ações judiciais dizem de uma questão individual, mas também social. Podemos citar as manobras patronais para subtrair direitos dos empregados, uso patrimonialista das forças policiais, formação de milícias privadas e aumento da repressão e violência contra trabalhadores rurais quando do golpe de 1964.

4
  • VIVIANE HOLANDA RANGEL
  • VONTADES ENTRELAÇADAS PELA LEI: UMA DISPUTA DISCURSIVA ENTRE PARTES E MAGISTRADOS NOS PROCESSOS DE CRIMES SEXUAIS CONTRA MULHERES EM PERNAMBUCO (1963 – 1973)

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CAROLINA PINHEIRO MENDES CAHU DE OLIVEIRA
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • Data: 22-jul-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Os crimes sexuais cometidos contra mulheres tiveram variadas interpretações ao longo dos séculos e das diferentes sociedades. O patriarcado fez com que, durante muito tempo, os corpos femininos fossem tidos como propriedade pública, quando não estivessem tutelados por homens. No ocidente, o desenvolvimento do capitalismo fortaleceu a ideia de que as mulheres eram propriedades masculinas, reforçando portanto o acesso que se poderia ter aos seus corpos. Também, a presença de um estado centralizado com o cristianismo como religião oficial desempenhou um papel fundamental no machismo institucional. O capital jurídico e médico, construídos sobre tais bases, fortaleceram juntos concepções misóginas sobre as capacidades femininas, um defendendo a sua debilidade e incapacidade, o outro produzindo conhecimento de modo a controlar seus corpos. Tal união acabou por fundamentar um sistema que culpabilizava as mulheres por quaisquer atos cometidos contra elas, com as denúncias de estupros e seus correlativos comportando frequentemente a dúvida de que a vítima poderia no mínimo ter consentido, quando não, ter efetivamente provocado a sua ocorrência a partir de algum comportamento. No Recife das décadas de 1960 e 1970, as denúncias desses crimes e os processos que se seguiam foram provas dessas tensões. Enquanto que a ida à delegacia simbolizava a noção de busca por um direito, também pressupunha a anuência com comportamentos sexuais cristalizados pela justiça, uma vez que as leis defendiam perfis e modelos de conduta específicos para os envolvidos, especialmente as do gênero
    feminino. Os exames sexológicos feitos pelo IML, imprescindíveis para o início do processo criminal, remontaram à união da medicina com o direito no controle da sexualidade e dos corpos femininos. Já no âmbito judicial, as narrativas desenvolvidas pelas vítimas, pelos acusados e pelos membros do judiciário instrumentalizaram conceitos que foram desde o ideal feminino da época até a noção de que haviam mulheres não merecedoras de serem protegidas pela justiça. No entanto, a análise das queixas-crime e dos processos judiciais mostrou que, mesmo tentando se encaixar em modelos preestabelecidos de sexualidade e comportamento, tais moldes nem sempre se alinhavam às práticas da população. Através dos depoimentos das partes e intervenções dos funcionários envolvidos, pôde-se perceber a intensa articulação que aconteceu entre as condutas esperadas e as
    ocorridas de fato e como o sistema judiciário agia nesse embate. O olhar sobre os processos demonstrou como as mulheres eram capazes de articular suas versões, criando caminhos onde poderiam ter seus objetivos alcançados. Sua busca por seus direitos revelou formas de viver suas vidas e suas sexualidades que não apenas se conformaram a corroborar normas instituídas, as contestando quando isto lhes era útil. A atuação feminina e os muitos discursos construídos em torno dos crimes sexuais mostraram que as mulheres se portavam não apenas como vítimas de um sistema que lhes oprimia. Eram, também, agentes ativos num período que mesclava permanências de pensamentos e estruturas patriarcais, com a transformação de conceitos de gênero, de família, de relacionamentos e de justiça. 

5
  • GIOVANNA MARIA TRAJANO DE LIRA
  • PERDI TUDO, NÃO TEM MAIS NADA:histórias de mulheres internadas no Hospital de Alienados do Recife (1930-1940)

  • Líder : CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • YONISSA MARMITT WADI
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • Data: 10-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A história da loucura é uma temática em crescimento no campo historiográfico brasileiro nos últimos anos. E é nessa temática que esta dissertação se localiza. Buscamos contar a história de mulheres que foram internadas no Hospital de Alienados do Recife durante as décadas de 1930 e 1940, entendendo que essas internações estavam inseridas num determinado contexto social e político. Naquela época a psiquiatria galgava cada vez mais seu espaço como a ciência médica que poderia tanto prevenir as cidadãs “desajustadas”, como ter os seus discursos higiênicos e morais disseminados na mídia, nas famílias e nas escolas. Essa especialidade médica ainda assumiu um posto de exclusividade em relação a assistência aos alienados do estado, que anteriormente ficava a cargo da Santa Casa de Misericórdia. Assim, a partir da análise dos prontuários psiquiátricos procuramos trazer um espaço de fala para essas mulheres que tantas vezes foram silenciadas dentro e fora dos muros da instituição de saúde. Mulheres que tiveram seus corpos e sua história analisada pelos médicos internos do hospital a partir da larga assistência criada por Ulysses Pernambucano em inícios da década de 1930, isto é, a Assistência a Psicopatas. Esta englobou tanto instituições de prevenção, medicalização, investigação da vida pregressa da paciente como o Serviço de Higiene Mental, laboratórios, além de espaços onde a permanências das pacientes seria mais duradoura e constante como o Hospital de Alienados, a Colônia de Barreiros e o Manicômio Judiciário.

     

6
  • ÉRICA DE OLIVEIRA SANTOS FERREIRA
  • "OUVIR MEMÓRIA, TECER HISTÓRIA": OS TRABALHADORES RURAIS DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS (1950-1959)

  • Líder : PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • JULIANA ALVES DE ANDRADE
  • MARCELO GÓES TAVARES
  • Data: 17-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Essa dissertação historiciza as experiências cotidianas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais de Palmeira dos Índios em meio ao discurso e prática de industrialização e modernidade no Brasil na década de 1950. Discutimos quais espaços são ocupados por esses trabalhadores rurais, na cidade de Palmeira dos Índios que tinha como principal base econômica a produção agrícola, mas que se colocava dentro da vanguarda da modernização. As táticas de (re) existências construídas por estes trabalhadores (as) frente ao projeto excludente da modernização, a agricultura foi um meio de sobrevivência. Plantar para sobreviver. O trabalho com e na terra produziu redes de aprendizagens e trocas de conhecimentos técnicos entre pais e filhos, constituiu um quadro de relações sociais, políticas e culturais entre a comunidade. Essas experiências, estratégias, os espaços ocupados – feiras, cinemas, fábricas, armazéns - garantiam em parte a reprodução desta cultura e o fortalecimento das relações sociais, uma vez que o projeto de modernização implementado no Brasil, em Palmeira dos Índios (1950) não os inseria no projeto de cidadania . Observamos ainda, as relações entre cidade, memória. Munidos de experiência, estratégias e resistências, (re) inventaram em suas práticas cotidianas, modos de viver e enfrentar as adversidades. O trabalho, a agricultura incorporam as histórias de gerações de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Palmeira dos Índios, que constroem laços de afetos, luta, resistências, sobrevivências e de vivências. Nesse sentido, o agenciamento de obras historiográficas, teóricas, jornais, fotografias, atas da câmara dos vereadores e os relatos de memórias compõem o quadro de fontes documentais importantes para o desenvolvimento da pesquisa.

7
  • EWERTON WIRLLEY SILVA BARROS
  • A METAMORFOSE DO FOLCLORE: UMA INSTITUCIONALIZAÇÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICA POR VERÍSSIMO DE MELO (1944-1974)

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BENITO BISSO SCHMIDT
  • FRANCISCO FIRMINO SALES NETO
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • Data: 26-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Nesta dissertação, tive como pretensão a investigação da institucionalização do campo de estudos folclóricos nas esferas acadêmico-científica brasileiras. Para atender essa proposta, delimitei a pesquisa ao abordar a trajetória de Veríssimo Pinheiro de Melo (1921-1996) – um intelectual norte rio-grandense que participou desse processo de inserção institucional do saber folclórico no Instituto de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a partir da década de 1960. Em um cenário em que as ciências sociais já haviam se consolidado nas universidades brasileiras, sobretudo no formato de Centros e Departamentos Acadêmicos, investiguei a hipótese de que Veríssimo de Melo metamorfoseou o campo de estudos do folclore para inseri-lo no campo da antropologia cultural, como uma maneira de viabilizar a sua institucionalização acadêmica. Em vista disso, procurei problematizar a sua trajetória intelectual iniciada no Ensino Superior no ano de 1944, seguida do seu encontro com os estudos folclóricos, examinando o seu manuseio das fontes e métodos de pesquisa, mapeando as suas relações intelectuais, explorando ainda as relações de saber e poder que estavam no cerne das ciências sociais durante o período de sua trajetória profissional e, finalizando a pesquisa, em 1974, ano decisivo para a realização desses objetivos. Então, para a realização deste trabalho, utilizei e manuseei fontes bibliográficas, epistolares, periódicas e atas institucionais. No arcabouço teórico, fundamentei-me nas categorias de intelectual, campo, memória, emoções e biografia operacionalizadas, respectivamente, por Jean-François Sirinelli, Pierre Bourdieu, Henri Bergson, David Le Breton e François Dosse. O percurso metodológico que adotei e percorri foi balizado nas reflexões da análise de discurso elaborada por Michel Foucault.

8
  • MAXUEL DE FRANCA LIMA
  • EXPERIÊNCIA, TRABALHO E POLÍTICA: Os estivadores do porto do Recife (1891-1907).

  • Líder : JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • PETRÔNIO JOSÉ DOMINGUES
  • JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • Data: 15-sep-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta dissertação investiga os estivadores do porto do Recife. Os estivadores eram os trabalhadores
    portuários que desempenhava um serviço fundamental para o funcionamento do porto,
    carregamento e descarga de mercadoria das embarcações. Ao longo do século XIX, estes
    estivadores também foram escravos, organizaram-se coletivamente por suas reivindicações, ainda
    sob a vigência do regime escravista, e em 1891 conseguiram fundar a Sociedade União
    Beneficente dos Estivadores. Nosso trabalho analisa esse processo de fazer-se dos estivadores
    enquanto uma categoria portuária e sua importância política nos primeiros anos de fundação da
    Sociedade até 1907.O sistema de contratação de mão de obra, o contexto político envolvido –
    abolicionismo, Proclamação da República – a luta pela consolidação da cidadania por meio da
    Sociedade, os conflitos com as autoridades públicas e com o patronato da estiva, as dificuldades
    de existência em um Recife marcado pelo desemprego e fome, foram aspectos que exploramos na
    vida dos estivadores. Estuda também como se deu a participação política desses sujeitos no
    período. Por meio da análise de suas greves e da atuação que ela ensejava visualizámos uma
    participação política intensa desses estivadores, marcado pela solidariedade entre eles e para com
    outras categorias. Assim, esse trabalho contribui com a historiografia que vem destacando a
    participação política da população mais pobre e negra na conformação do movimento operário.

9
  • RENATO TORRES DE LIRA
  • AFRICANOS E O USO DA LEI FEIJÓ EM PERNAMBUCO: resistência ao cativeiro ilegal entre as décadas de 1870 e 1880.

  • Líder : MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • MARIA EMILIA VASCONCELOS DOS SANTOS
  • PAULO HENRIQUE FONTES CADENA
  • Data: 27-sep-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O presente trabalho tem por objetivo discutir a resistência escrava exercida por africanos e seus descendentes que acessaram a Justiça pernambucana, entre as duas décadas finais da instituição da escravidão no Brasil, e tornaram-se autores de ações que visavam alterar seus respectivos estatutos jurídicos. Alegando que o cativeiro no qual permaneciam desde muito jovens era ilegal por ter ocorrido após a promulgação da chamada lei Feijó, de 1831, que criminalizou o comércio atlântico de escravizados. A documentação trabalhada compreende um total de seis processos entre petições judiciais e ações de liberdade propriamente ditas, pertencentes ao acervo público do Memorial da Justiça de Pernambuco. A atitude destes autores em confrontar a propriedade senhorial pela esfera judiciária se coaduna a de outros inúmeros que por todo o Império se intensificou posteriormente à lei Rio Branco, ou “do Ventre Livre” de 1871. Esta, a despeito de uma proposta de abolição gradual do Estado, representou conquista dos escravizados, em função da atuação do conjunto das formas de resistência até aquele ponto do século XIX, pois ampliou possibilidades de alforrias e da impetração de ações judiciais de liberdade. A riqueza documental das fontes aqui trabalhadas permite lançar o olhar para o período em questão e, retrospectivamente, para as décadas que registraram massiva e ilícita importação de africanos para o Brasil. Isto foi possível pelos depoimentos de autores e testemunhas, pela atuação de curadores e dos representantes do senhorio, que, mesmo às vésperas da abolição definitiva insistiam na manutenção da propriedade escrava e ilegal.

10
  • HYAGO ÁTILLA SOUSA DOS SANTOS
  • O DRAMA  DA PRINCESA TRANSVIADA: JORNAL A AÇÃO, PÂNICO MORAL E CARTOGRAFIAS DA IDENTIDADE AMEAÇADA EM CRATO (CE),  1965-1972

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANTONIO MAURICIO FREITAS BRITO
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • ROBERTO MARQUES
  • Data: 13-dic-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Considerando o crescimento dos debates em torno dos conceitos de moral e autoritarismo na historiografia brasileira, este trabalho pretende elaborar uma reflexão sobre como a mídia impressa operava, no início do período ditatorial-militar brasileiro, como agente direto na promoção e manutenção de regimes de moralidade. Para isso, foi utilizado, como fonte primária e objeto central do trabalho, o jornal A Ação, periódico fundado em 1939 pela Ação Católica da Diocese de Crato, cidade localizada na Região do Cariri, no interior do Ceará. O recorte temporal escolhido foi entre 1965, ano seguinte ao Golpe Militar, e 1972. Utilizando o conceito do Pânico Moral, desenvolvido e trabalhado por autores como Stanley Cohen (2011), Erich Goode e Nachman Bem-Yehuda (2009) e Benjamin Cowan (2016), a pretensão geral dessa reflexão é buscar entender como a imprensa, ao enquadrar grupos de jovens considerados subversivos nos valores morais e políticos pregados no período, operava seguindo padrões específicos de enquadramento e estigmatização de sujeitos, identificando a problemática, atribuindo significados ao que era descrito e propondo intervenções de resolução que, por vezes, recorriam a ações autoritárias da tecnocracia moral que se instaurava. Em seu desenvolvimento, o trabalho foi dividido em seções que abordam a questão do movimento cultural que atuou em um projeto civilizatório e identitário para a cidade do Crato e em como esse projeto se readaptou à realidade brasileira na transição ao autoritarismo; em como jovens, em especial mulheres, eram tratadas pelo A Ação e afetadas por mecanismos de disciplinarização e modelamento de corpos construídos pela Igreja e pela elite local; em estabelecer uma análise comparativa sobre como a toxicomania, elemento fortemente combatido na ditadura, era encarada pela juventude local, consideravelmente influenciada pelos movimentos de contracultura e enquadrada pelo jornal, e em como alguns espaços e sujeitos marginalizados e não pertencentes à elite local eram abordados nesses discursos. Toda a análise parte da ideia de que as formas de repressão policial e militar não se restringiam à dimensão política da subversão e de ações anticomunistas, mas que, sobretudo, o regime autoritário solidificou e aperfeiçoou a máquina de tortura e violência simbólica (com a ação direta de instituições religiosas) como padrão normalizado de enquadramento de sujeitos desviantes.

Tesis
1
  • GREYCE FALCÃO DO NASCIMENTO
  • "A RESISTÊNCIA NO EXÍLIO: MIGUEL ARRAES E O JORNAL FRENTE BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES (1969-1973)"

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • THIAGO NUNES SOARES
  • MARCÍLIA GAMA DA SILVA
  • Data: 08-jun-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho tem por objetivo analisar a atuação dos sujeitos exilados que editaram o boletim Frente Brasileira de Informações, enquanto ferramenta de combate e resistência à ditadura civil militar brasileira. Discutimos a existência do informativo como forma de luta e de enfrentamento dos brasileiros que foram forçados a deixar o país, e também toda a trajetória desenvolvida pelo impresso, de sua produção até a sua repercussão. O Front se insere nas redes de comunicação, denúncia e resistência organizadas por exilados fora do país. A imprensa alternativa produzida no exílio dava oportunidade para que os indivíduos pudessem se expressar, refletir e estar mais próximos dos que partilhavam das mesmas condições e opiniões, através da troca de conhecimentos, experiências, e ampliação dos horizontes políticos e culturais. O objetivo do Front era, sobretudo, trazer notícias então censuradas no Brasil, informando à comunidade internacional, aquilo que não podia ser publicado na grande imprensa nacional, principalmente as denúncias de violação aos direitos humanos. Editado em nove países, Argélia, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Itália, Suécia, Suíça e Chile, Front noticiou e denunciou importantes desdobramentos no campo da informação, tanto aqui, quanto no exterior. Através do boletim, constatamos que a resistência à ditadura não se deu apenas internamente, e que a resistência no exílio foi parte importante desse período histórico.

2
  • SUZANA DO NASCIMENTO VEIGA
  • POR CABEÇA DE CASAL: MULHERES NAS REDES DE TRANSMISSÃO, PARTILHA E ADMINISTRAÇÃO DE RIQUEZAS NAS REDES DE TRANSMISSÃO, PARTILHA E ADMINISTRAÇÃO DE RIQUEZAS NAS CAPITANIAS DO NORTE (SÉCULOS XVI E XVII)

  • Líder : SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • GIOVANE ALBINO SILVA
  • JANAINA GUIMARAES DA FONSECA E SILVA
  • JEANNIE DA SILVA MENEZES
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 11-jun-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese tem como objetivo central compreender e historicizar as experiências de governo, administração e mando feminino nos meandros das redes de herança, partilha de terras e riquezas dentro do empreendimento colonial. O espaço para nossa análise se concentra especialmente na Capitania de Pernambuco durante os anos de 1534 até o ano de 1630. Neste período buscamos não apenas entender a atuação das mulheres como governadoras de terras e territórios, senhoras de engenho, lavradoras de canas etc. Mas, principalmente de entender essas experiências como costumeiras e parte do funcionamento cotidiano de uma sociedade que se expandia sobre outra. Ou seja, compreendendo que a possibilidade de atuação feminina nos espaços de poder dentro de Portugal no Antigo Regime fora possíveis desde a sua legislação, como também que as circunstâncias geradas pela expansão de Portugal e as conquistas ultramarinas possibilitaram as mulheres um maior espaço físico, jurídico e prático de atuação em espaços de poder. Este trabalho, portanto, tem como tese central que o exercício da Cabeça do casal pelas mulheres era não apenas possível e ocorria muito mais comumente do que suporíamos, como também era parte das possibilidades dessa sociedade, dependendo da condição e qualidade dos indivíduos e não apenas do seu sexo.

3
  • JOSÉ WELLINGTON DE OLIVEIRA MACHADO
  • AS ARTES DE PINTAR E AS ARTES DE SE PINTAR: LEMBRANÇAS E ESQUECIMENTOS SOBRE MÁRCIA MAIA MENDONÇA, UMA ARTISTA TRANSEXUAL CATÓLICA300

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELIAS FERREIRA VERAS
  • SANDRA PALMA SALEIRO
  • ANTONIO TORRES MONTENEGRO
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • FRANCISCO REGIS LOPES RAMOS
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 01-jul-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta pesquisa tem como foco as corpografias de uma artista transexual católica. As carnes que saíram do parto em 1949 ganharam próteses sociais e culturais que ajudaram a construir os corpos, as artes e a subjetividade de Márcio e Márcia Mendonça. Mas, nunca existiu unidade, homogeneidade ou coesão nesses sujeitos, o que havia eram vários corpos, diversas artes e muitas subjetividades, porque tanto ele como ela transitavam entre a tradição e a transgressão, fazendo, desfazendo e refazendo a existência. A composição dos corpos e subjetividades dependia das conexões, dos encontros com outros corpos, sejam eles de carne, de tinta, de gesso, de barro, de madeira, de cimento, de sons, de palavras, de ideias, etc. Existiram vários partos e muitas mesas de operação ao longo de sua vida. As suas carnes foram operadas pela sociedade e pela cultura, através das roupas, dos calçados, dos brinquedos, das tintas, dos quadros, dos painéis, dos desenhos, do piano, do violão, do cinema, das esculturas e das arquiteturas. O corpo de Márcio foi sendo montado, desmontado e remontado através da mãe, do pai, do padrinho, da madrinha, das vizinhas, dos cinemas, da Escola de Belas Artes de Recife, do Mosteiro de São Bento de Olinda, dos conventos, das missões, dos frades capuchinhos, dos índios Kanelas, da contracultura, do catolicismo popular e das artes. A mesma coisa aconteceu com a Márcia, o seu corpo não era feito apenas de hormônios, silicone ou de operações legais e ilegais. Ela nasceu através dos encontros com as travestis e as transexuais de Fortaleza, de São Paulo e de Paris, com os corpos que conheceu nas ruas, na TV, nas revistas e nos jornais. Não se montou apenas com vestidos, calçados e maquiagens, a sua pele estava coberta de tinta, de barro, de madeira, de colares, de terços, de hábitos religiosos e não religiosos. Ela nasceu através das idealizações de uma cultura afrancesada, do contato com as ruas e com os rios de Limoeiro do Norte e Paris, com as catedrais do Brasil e da Europa, com as exposições de arte, com os carnavais, com os cabarés de Montmartre, com Pigalle e com o Bosque de Bolonha. Ela montava-se através dos cusquenhos, do Cine Jangada, da Boate Casa Blanca, do canto gregoriano, das músicas clássicas, da MPB, da música internacional e do forró. Esse corpo diverso, múltiplo, nômade, foi enquadrado pelas memórias pré-mortes e pós-mortes, que cristalizaram e engessaram uma identidade para Márcio e Márcia Mendonça, a de pintor sacro.

4
  • JEFFREY AISLAN DE SOUZA SILVA
  • A RELAÇÃO DE PERNAMBUCO: CULTURA JURISDICIONAL E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS MAGISTRADOS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO (PERNAMBUCO, SÉC. XVIII-XIX)

  • Líder : MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • PAULO HENRIQUE FONTES CADENA
  • ANDRÉA LISLY GONÇALVES
  • ANDRÉA SLEMIAN
  • Data: 09-jul-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Entre os séculos XVII-XVIII, os homens-bons das câmaras das principais vilas da capitania de Pernambuco recorreram aos reis portugueses, solicitando a instalação de um Tribunal da Relação na localidade. Alegavam a existência de sucessivos empecilhos que deveriam ser enfrentados por aqueles que desejassem recorrer de seus pleitos ao Tribunal da Relação da Bahia. Para além do desejo de emancipação da tutela jurídica do tribunal baiano, os pernambucanos buscavam reafirmar a centralidade da capitania na região. A partir de 1808, com a vinda da família real para o Brasil, a capitania sofreu sucessivas mudanças em sua estrutura administrativa, com o aumento do número de comarcas e vilas, possíveis graças a política de adensamento e expansão da malha jurídica desenvolvida pela corte joanina, instalada no Rio de Janeiro. Foi diante desse quadro de ampliação da estrutura administrativa da justiça e do temor relacionado a possibilidade de novas insurreições e sedições na capitania de Pernambuco, que o rei d. João VI expediu, em 6 de março de 1821, um alvará régio autorizando a criação de um Tribunal da Relação, que seria instalado na vila do Recife. Os encaminhamentos administrativos para o estabelecimento do Tribunal da Relação foram dados pelo príncipe d. Pedro, especialmente a expedição das cartas de nomeação dos magistrados que ocupariam os cargos de desembargadores no tribunal. Os magistrados que passaram pela capitania de Pernambuco entre o final do século XVIII e início do século XIX, período de nossa pesquisa, tiveram significativa importância no processo social e político vivenciado no território, atuando em funções de governo e administração da justiça, em um contexto permeado por conflitos, onde buscaram operar segundo seus interesses e as funções que exerciam na sociedade do Antigo Regime. O contexto político das experiências constitucionais vivenciadas no Brasil após o início da Revolução do Porto e a formação das Cortes portuguesas, atrasou o estabelecimento do Tribunal da Relação de Pernambuco. Deputados portugueses chegaram a alegar que não existia um alvará régio expedido pelo monarca que autorizasse a criação do tribunal. No Brasil, os desembargadores nomeados recorreram ao príncipe d. Pedro, para que o regente continuasse com o processo de instalação da instituição, que iniciou seu funcionamento em 13 de agosto de 1822, na vila do Recife, diante de um conturbado contexto social e político vivido na província.

5
  • LUCIAN SOUZA DA SILVA
  • ESMAGANDO A CABEÇA DA HIDRA: A PARAÍBA DO NORTE NO ALVORECER DA ABOLIÇÃO, 1877-1888

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARIA SARITA CRISTINA MOTA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • EDNA MARIA MATOS ANTÔNIO
  • JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • Data: 15-jul-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Não disponível.

6
  • FRANCISCA GABRIELA BANDEIRA PINHEIRO
  • MÉDICOS, POLÍTICOS E CATÓLICOS: os grupos locais e a organização do combate à lepra no Ceará (1918-1952)
  • Líder : CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • PEDRO FELIPE NEVES DE MUÑOZ
  • ANA BEATRIZ RIBEIRO BARROS SILVA
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 20-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A presente pesquisa busca estabelecer alguns níveis de compreensão sobre o combate à lepra no Ceará durante os anos de 1918 a 1951, destacando as ações médicas, políticas e religiosas e como elas influenciaram nos caminhos que o cuidado com essa doença tomou no estado cearense. A lepra surge como um problema social no Ceará ainda no final do século XIX, mas foi no início do século XX que começou a receber maior atenção da sociedade cearense, sendo tratada como uma doença que deveria ser combatida com a segregação compulsória dos acometidos por ela. Esse contexto gerou a elaboração do primeiro plano de combate à lepra do estado no ano de 1918, porém, o referido plano teve poucas ações colocadas em prática, o que ocasionou um interesse da imprensa escrita em divulgar constantemente o problema da lepra, cobrando maior ação por parte das autoridades públicas. O jornal O Nordeste, de orientação católica, e a revista Ceará Médico foram periódicos que se destacaram nesse cenário, o que ocasionou o envolvimento de católicos e médicos em discursos e práticas de combate à lepra. Devido a pouca atuação pública, a doença foi combatida através das ações privadas, direcionando a forma que a doença foi tratada no estado. Essa situação começa a sofrer alterações em meados da década de 30, momento em que as autoridades públicas passaram a dedicar mais atenção aos assuntos relativos a essa enfermidade, tornando a lepra um assunto público, deixando as ações privadas em segundo plano. Esse cenário trouxe uma nova perspectiva para o combate à lepra, com mais investimentos e, somado a isso, os avanços científicos proporcionaram mudanças na forma de tratar a doença, culminando nas primeiras altas oficiais de doentes de lepra no Ceará, em 1951.

7
  • MARA LIGIA FERNANDES COSTA
  • AS FACES DO DESEJO: HISTÓRIA, LITERATURA E PSICANÁLISE NA FICÇÃO DE CLODOALDO FREITAS (1880-1924)

  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • TERESINHA DE JESUS MESQUITA QUEIROZ
  • ANTONIO JORGE DE SIQUEIRA
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • PAULO MARCONDES FERREIRA SOARES
  • PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
  • Data: 20-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A tese apresenta um estudo da produção literária piauiense a partir do romance-folhetim, designado como uma produção escrita que conquistou popularidade no decorrer do século XIX. Lançada inicialmente na imprensa francesa o romance-folhetim alcançou o restante da Europa e também o Brasil, ao mesmo tempo em que cooptava uma quantidade significativa de autores interessados em conquistar uma fama literária. Ainda no início do século XX, o modelo literário do romance-folhetim também foi explorado por autores piauienses, especialmente o literato Clodoaldo Freitas (1855-1924) e foi justamente uma parcela desse conjunto ficcional que este estudo se propôs a compreender de que maneira a produção folhetinesca foi vivenciada na imprensa
    piauiense, o quanto foi cooptada pela literatura estrangeira e nacional, o quanto o folhetim se transformou em espaço para a deflagração de embates ideológicos, políticos, e, especialmente, mensurar o alcance do romance-folhetim como um interlocutor de determinadas perspectivas culturais. Dividida em três capítulos a tese, inicialmente apresenta as configurações do campo literário no qual Clodoaldo Freitas fez parte. A análise contemplou o processo de construção de Freitas como um intelectual, desde a sua formação escolar até os arranjos sociais no meio literário piauiense e maranhense. Em um segundo momento, o estudo optou por realizar uma análise da imprensa piauiense ao destacar as incursões de diferentes grupos intelectuais em constituir uma imprensa de viés literário. Ao considerar a localização da obra ficcional de Clodoaldo Freitas no período analisado foi possível contemplar análise das relações de gêneros, uma vez que, o conjunto literário apresenta modelos de feminilidade ideais que tentavam reforçar aos seus leitores experiências desejáveis moralmente no que diz respeito aos papeis familiares. Em sua parte final, a proposta de análise contempla
    aspectos mais introspectivos dos romances-folhetins, à medida que o autor elege temas como a sexualidade e as perversões sexuais. Para efetivar tal análise recorro a um diálogo com as contribuições teóricas de Michel Certeau, Roger Chartier, Pierre Bourdieu, Michel Foucault, Joan Scott, Guacira Lopes Louro, Sigmund Freud e
    Elizabeth Roudinesco. A tese apresenta o conjunto literário de Clodoaldo Freitas composto por romances, contos, novelas, além de incluir na análise crônicas e artigos de crítica, publicados nos principais veículos de imprensa das cidades de Teresina (PI) e São Luís (MA). Subsidiam também o corpus documental deste estudo biografias,
    memórias, e, principalmente fontes hemerográficas do período contemplado em análise.

8
  • LUANNA MARIA VENTURA DOS SANTOS OLIVEIRA
  • AS DUAS FACES DA ALFÂNDEGA DE PERNAMBUCO: FISCALIDADE, COMÉRCIO E ESCRAVIDÃO NO PORTO DO RECIFE (1711-1759)

  • Líder : SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANGELO ALVES CARRARA
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • GUSTAVO ACIOLI LOPES
  • MARCUS JOAQUIM MACIEL DE CARVALHO
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 26-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Nesta tese investigamos como incidia a tributação sobre os escravizados nas instituições fiscais existentes no Pernambuco da primeira metade do século XVIII, sem dissociá-la das formas tributárias aplicadas em outros espaços da América portuguesa e do Império. Demonstramos como a alfândega de Pernambuco foi administrada pela Provedoria da Fazenda e consequentemente pelo Provedor que atuava como juiz da Alfândega, o que a diferenciava, em termos de funcionamento, de outras capitanias. Defendemos a existência de um sistema
    fiscal moldável às conjunturas políticas e econômicas vividas pela Coroa portuguesa, bem como às realidades e experiências impostas ao escravismo no Novo Mundo. Havia um pluralismo jurídico que permitia a coexistência de diversas leis, ordens e alíquotas, próprias da lógica administrativa do Antigo Regime. Sem uma lógica única e padronizada, que só será implementada na segunda metade do século XVIII, em cada circunstância buscou-se encontrar uma forma de se realizar o “comércio das almas” sua tributação. Nesse período, o centro do império, em relação à tributação dos escravizados, situava-se na Bahia, onde atuavam os principais agentes de controle e fiscalização sobre esse comércio no Estado do Brasil. Tais mecanismos e aparatos fiscais serviram, portanto, como parâmetro de funcionamento para a alfândega de Pernambuco.

9
  • PRISCILLA EMMANUELLE FORMIGA PEREIRA
  • ECHOS DE UMA REVOLTA: PRAIEIRA, IDEIAS E ARENAS DE DISPUTAS PELO PODER NA PARAHYBA DO NORTE (1830-1860)

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • PAULO HENRIQUE FONTES CADENA
  • SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • VITORIA FERNANDA SCHETTINI
  • Data: 27-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Ao investigarmos a participação da Paraíba do Norte na Revolta Praieira (1848-1849), nos deparamos com as especificidades da adesão dos liberais da cidade de Areia e a ideia de eco, ou seja, a repercussão do conflito nas disputas políticas locais. Deste modo, o objetivo principal desta tese é analisar a cultura política da elite provincial; tendo em vista as arenas/espaços de disputas pelo poder neste contexto. Apontamos quatro arenas onde as figuras políticas paraibanas atuavam, a primeira é propriamente a rua; o espaço da revolta, quando Areia vira palco do conflito armado. A segunda arena é a memória, local de profunda disputa pela verdade sobre os eventos. A terceira, a Assembleia Legislativa, que no contexto político era o mais alto nível de poder a ser ocupado na província, palco da atuação dos agentes políticos daqueles que ficaram conhecidos por “cabeças” da revolta. E, por último, que imprensa. Que possuiu um papel fundamental nas disputas partidárias que foram
    estabelecidas após a província ser imersa no conflito na cidade de Areia, sendo a principal voz deste eco da revolta na Paraíba. Pois, constatamos que o eco da revolta foi exposto justamente na intensa luta partidária que se instaurou meses após a conflagração do conflito em 21 de fevereiro de 1849 através do debate de dois jornais; O Reformista (1849-1850), que personifica a bandeira levantada pelos rebeldes praieiros em prol de reformas através de uma Assembleia Constituinte. E o Jornal Conservador; A Ordem (1849-1851) que surge em resposta direta aos liberais, assumindo a defesa do governo. Sendo assim, elaboramos em nosso exercício dois
    planos de questionamentos, o primeiro tendo em vista os agentes políticos e as arenas onde atuavam e o segundo plano, observar os principais ecos/repercussões da Revolta de Pernambuco na província paraibana. Sob estes aspectos, após análise da documentação em questão constatamos que quando se trata da repercussão da
    revolta na província, este eco será personificado no jornal liberal O Reformista, a partir do debate em torno de reformas e a Constituinte, herança direta do movimento dos praieiros. 

10
  • LEONARDO CARNEIRO VENTURA
  • A trama dos sons: invenção e arquivo na fabricação de uma escuta do Nordeste (1910-1950)

  • Líder : DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ADALBERTO DE PAULA PARANHOS
  • DURVAL MUNIZ DE ALBUQUERQUE JÚNIOR
  • EDWAR DE ALENCAR CASTELO BRANCO
  • RAIMUNDO PEREIRA ALENCAR ARRAIS
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 30-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho trata da emergência de um dispositivo arquivístico sonoro pensado para reter o que seriam as dimensões sonora e musical da região Nordeste. Entrecruzando práticas discursivas oriundas do campo da imprensa, da literatura, dos estudos do folclore, da música, da poesia, ele investiga os fios de som acionados por determinados agentes na elaboração do que seria uma sonoridade e uma musicalidade nordestinas. Para tanto, propõe as noções de regime de audibilidade e cartografia auditiva. A primeira funciona para nomear o conjunto de imagens sonoras associadas, desde as primeiras décadas do século XX, ao espaço imaginado do Nordeste, assim como suas condições históricas de surgimento. A segunda cuida de identificar nas obras – acadêmica, literária, musical – de determinados autores, autoras e artistas, os traços de sonoridade e de musicalidade que operam para constituir o Nordeste enquanto território sonorizado, musicado. Este trabalho busca pensar a elaboração de um arquivo sonoro para o espaço nordestino, enquanto produto do enfrentamento do tempo, em especial, do advento da modernidade, por determinados grupos atuantes na sociedade brasileira naquele período. Leva em conta os movimentos aglutinantes de pessoas e ideias como o Regionalismo
    Tradicionalista, o Modernismo, ambos da década de 1920, além do Movimento Folclórico, de final da década de 1940. Segue o entrelaçamento de suas linhas até o surgimento de uma indústria fonográfica, com polos de produção nas cidades do Rio de Janeiro e Recife, além de perseguir outras práticas sonoras que contribuíram para cristalizar a ideia de uma música e um som do Nordeste, enquanto, ao mesmo tempo, excluía dela os corpos dos cantadores e cantadoras que, em primeiro lugar, os inspiraram.

11
  • PRISCILLA DE SOUZA MARIANO E SILVA
  • ENTRE A LEI E O COSTUME: MAGISTRADOS NA COMARCA DE PERNAMBUCO E AS SUAS RELAÇÕES COM OS PODERES LOCAIS ENTRE OS ANOS DE 1705 A 1808

  • Líder : GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • VICTOR HUGO ABRIL
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • JEANNIE DA SILVA MENEZES
  • ROMULO LUIZ XAVIER DO NASCIMENTO
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 30-ago-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O principal objetivo deste trabalho é compreender como funcionava a administração da justiça letrada na comarca de Pernambuco durante o século XVIII. As nossas análises se concentram nos magistrados que ocupavam os lugares de juiz de fora e ouvidor, homens legitimados a dizer o direito e distribuir a justiça em nome do rei, em virtude do saber jurídico adquirido na Universidade de Coimbra. Em outras palavras, buscamos entender como esse saber jurídico era utilizado nos domínios da comarca de Pernambuco, enfatizando as redes e estratégias tecidas entre esses magistrados e membros das elites locais, e suas influências na prática da justiça desses juízes de fora e ouvidores. Diante dessa problemática, faz-se necessário entender como funcionava a educação, o sistema de nomeações e as carreiras na área da magistratura régia, além da dimensão da jurisdição desses bacharéis ao ocuparem os lugares de letras da capitania. Com isso, esperamos poder delinear as estratégias de negociação, a influência das redes de amizade ou de afiliação na distribuição da justiça letrada na comarca de Pernambuco durante o século XVIII.

12
  • ESTEVAM HENRIQUE DOS SANTOS MACHADO
  • ESCANDALOSAS NEGOCIAÇÕES: COMÉRCIO E COMERCIANTES ENTRE CAMINHOS E DESCAMINHOS NO OCASO DO PERÍODO COLONIAL EM PERNAMBUCO (1780-1808)

  • Líder : GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANGÉLICA DE VASCONCELOS SILVA MOREIRA SANTOS
  • BRUNO KAWAI SOUTO MAIOR DE MELO
  • FABIO KUHN
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 29-sep-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A presente tese doutoral pretende analisar a atuação socioeconômica dos membros da elite mercantil e riqueza na praça do Recife entre os anos de 1780 e 1808 objetivando compreender suas principais estratégias sociais utilizadas para obtenção de mando e prestígio, Tem por finalidade construir uma história social dos comerciantes recifenses
    no ocaso do século XVIII que ofereça sentido às suas ações sociais a partir da perspectiva de uma dimensão relacional de poder. De maneira geral, a presente tese corrobora uma linha interpretativa sobre a sociedade colonial em que se observa sociedade em que oferta e procura não determinavam perfeitamente as relações econômicas, a busca pela política como forma de alcance de objetivos econômicos, era uma característica importante das relações pessoais. Concluiu-se ao longo do trabalho a tendência desta elite mercantil à diversificação econômica e à verticalização dos empreendimentos, uma busca ainda existente por nobilitação, mesmo à despeito das flexibilidades existentes no final do século XVIII para a obtenção de hábitos das Ordens Militares ingresso no Santo Ofício, uma penetração na estrutura do Império Ultramarino Português a partir da obtenção de ofícios e a importância para as dinâmicas do comércio os agentes ocasionais.

13
  • PAULO FILLIPY DE SOUZA CONTI
  • COM IMPORTÂNCIA E ZELO PELO SERVIÇO RÉGIO: A TRAJETÓRIA DO BACHAREL JOÃO BERNARDO GONZAGA (c.1740 - c.1780). 

  • Líder : ROMULO LUIZ XAVIER DO NASCIMENTO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ISABELE DE MATOS PEREIRA DE MELLO
  • GEORGE FELIX CABRAL DE SOUZA
  • JEANNIE DA SILVA MENEZES
  • ROMULO LUIZ XAVIER DO NASCIMENTO
  • SUELY CREUSA CORDEIRO DE ALMEIDA
  • Data: 11-oct-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A tese busca entender os desafios e estratégias para a construção de uma carreira como magistrado da monarquia portuguesa. Apresentamos a trajetória de um funcionário que, além da formação necessária para ingressar no serviço, precisou criar mecanismos para a sua manutenção nos quadros da Justiça, o bacharel João Bernardo Gonzaga. Entre os anos de 1737 e 1798, o personagem esteve por poucos momentos fora do exercício de um ofício régio. E a sua trajetória nos mostra como uma visão extremamente tecnicista, baseada em argumentos como “carreira universitária” e “erudição no mundo das leis”, são insuficientes para entender as diferentes características do seu tempo de serviço e de tantos outros profissionais em posições correlatas. Ao respeitar a plasticidade entre os caminhos do personagem estruturante da tese e do grupo auxiliar de análise (utilizado para potencializar as análises sobre a leitura dos bacharéis e a inserção no serviço), esperamos revelar traços comuns quanto à prática desses sujeitos quando investidos da autoridade conferida por um lugar de letras. Discussão presente na primeira parte da tese. Dentro da mesma perspectiva, são consideradas as vinculações pessoais e familiares e, sobremaneira, a capacidade de cada profissional, após a inserção no serviço, de manter uma comunicação política competente com os seus superiores. Na segunda parte do texto, dedicamo-nos à característica mais marcante da trajetória de João Bernardo Gonzaga: a experiência ultramarina. Em Pernambuco, foi ouvidor-geral e primeiro-ministro da Mesa da Inspeção do Tabaco e Açúcar. Na Bahia, esteve à frente da Mesa da Inspeção e da Intendência Geral do Ouro, com o status de desembargador e promessa de banco na Relação do Porto. Assim, diante de eventos concretos, podemos explorar diferentes meandros da função de dizer o direito em nome do rei. Finalmente, na terceira e última parte da tese, ao analisar aspectos dos pedidos de mercê feitos pelo personagem, propomos a consideração de mais um fator para a manutenção dos magistrados nas carreiras da Justiça: a construção de uma comunicação competente. Competência verificada através do reconhecimento do lugar ocupado por cada um dos lados na comunicação e do modelo argumentativo utilizado. O que apesar de ser colocado como referência direta ao sujeito analisado, também pode servir como perspectiva analítica para outros oficiais régios.

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  • TÉRCIO DE LIMA AMARAL
  • O INTELECTUAL SUJEITADO E RELACIONAL: UMA BIOGRAFIA INTELECTUAL DE MAURO MOTA (1908-1984)

  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • TIAGO DA SILVA CESAR
  • ANTONIO JORGE DE SIQUEIRA
  • CARLOS ANDRE SILVA DE MOURA
  • DIOGO ARRUDA CARNEIRO DA CUNHA
  • FLAVIO JOSE GOMES CABRAL
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • Data: 27-oct-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese é uma biografia intelectual sobre o poeta, jornalista, geógrafo e gestor cultural Mauro Ramos da Motta e Albuquerque, mais conhecido como Mauro Mota. Nascido no início do século 20 na capital pernambucana, ele passou parte da juventude no município de Nazaré da Mata, no interior do estado, e mais tarde formou-se na Faculdade de Direito do Recife, em 1937. Com a carência de cursos na área de ciências humanas e sociais no período, assim como outros intelectuais de sua época, não exerceu a carreira jurídica e trilhou sua vida profissional a partir das redações dos jornais impressos. Iniciou a carreira no jornal Diario da Manhã, em 1935,
    ligado a família do governador Carlos de Lima Cavalcanti. Posteriormente, em 1941, ele foi contratado pelo Diario de Pernambuco, dos Diários Associados, onde consolidou sua carreira como editor de um suplemento literário bastante influente na região Nordeste, colunista e diretor da empresa. Nossa tese analisa, além de sua importância para o jornalismo, a obra intelectual, as redes de relacionamento e participação dele em instituições de caráter científico e cultural, como a Academia Brasileira de Letras e o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais. Desenvolvemos este trabalho sobre Mauro Mota a partir de dois eixos téoricos proporcionados pelo debate de filósofos como Judith Butler e Vladimir Safatle: a construção da identidade sujeitada e relacional. Por meio de sua relação com o sociólogo Gilberto Freyre, tratamos a dependência e subordinação àquele que foi o principal nome das ciências sociais e humanas de Pernambuco no século 20. Mauro construiu sua identidade pública sob a sombra da obra freyriana, além de cumprir ordens, caprichos e copiar traços da obra do sociólogo seus trabalhos jornalísticos e científicos. Essa relação lhe proporcionou ganhos expressivos, mas veio, muitas
    vezes, acompanhada de um alto preço, como a aliança com o Golpe de 1964. Já o aspecto relacional defendido nesse trabalho se apresenta por meio das relações – estratégicas e mesmo afetivas – travadas por Mauro Mota ao longo da vida, como a com o crítico Álvaro Lins, amigo de infância, e intelectuais que orbitavam dentro da esfera do suplemento literário. Mauro Mota foi um dos principais nomes da intelectualidade pernambucana no período e a análise de sua obra intelectual, bem como as práticas relacionais em torno dela, é de fundamental importância para entendermos a trajetória e o legado de uma geração que foi atuante e influente até meados
    da década de 1980 em Pernambuco.

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  • ROSELY TAVARES DE SOUZA
  • O CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE CULTURA EM PERNAMBUCO (1975-1988)

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS SANDRONI
  • CLÁUDIA ENGLER CURY
  • EMANUELA SOUSA RIBEIRO
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • Data: 29-oct-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O estudo aborda as políticas públicas de cultura desenvolvidas no Conselho Estadual de Cultura-CEC, em Pernambuco, entre 1975 a 1979. O recorte temporal justifica-se porque nesse período instituições culturais foram criadas ou reformuladas com o objetivo de elaborar políticas públicas e efetivar ações para o setor cultural. Evidenciamos no desenvolvimento desse processo os múltiplos interesses individuais e coletivos, visões de mundo e ideais de curto ou longo prazo para cultura em âmbito nacional de maneira geral e, em Pernambuco, de modo particular. Nesse sentido, detalhamos as modalidades de atuação do conselho estadual, pois a instituição se apresentou como um lugar privilegiado para se estudar as características da vida política
    no setor cultural experienciadas pelos conselheiros representantes do CEC. O objetivo dessa tese é compreender quais políticas públicas para a cultura foram elaboradas pelos conselheiros do CEC, por meio da instituição. Além disso, objetivamos mapear quem foram esses conselheiros, suas relações sociais, institucionais, afetivas e, por fim, como o órgão estabeleceu articulações em âmbito nacional com as demais instituições culturais criadas no período. Assim, metodologicamente, analisamos os documentos produzidos na instituição, o principal deles, as Atas das reuniões. Para cotejar com essa fonte, investigamos os jornais: Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Diário da Manhã e Diário da Noite, além do Boletim trimestral do Conselho Federal de Cultura e
    o texto final do Plano Nacional de Cultura. Como resultados, esse estudo nos possibilitou compreender sobre a não existência de fato, de uma política cultural e uma política pública cultural pronta e acabada em Pernambuco, mas que esteve em permanente construção ao longo dos anos, fruto de muita articulação pessoal e prestígio,
    desses “homens de cultura” ao quais gozavam os conselheiros, sobretudo o presidente do CEC, Gilberto Freyre. Somado a isso, a centralidade do sociólogo no processo de elaboração das políticas públicas de cultura à frente do CEC foi de grande relevância para articulação no constructo da política cultural nacional. Consideramos, por fim, que este estudo contribuiu para anunciar novas problemáticas, abrindo novas frentes de investigação referente ao tema tais como: a disputa da Casa da Cultura como um importante espaço cultural na cidade do Recife; as relações de sociabilidades efetivadas pelos conselheiros, e a centralidade do patrimônio cultural para a política cultural em Pernambuco que tomou corpo nos anos 1980. Visto que ainda consta no acervo do
    conselho uma farta documentação inexplorada, a dispor para novas pesquisas sobre o tema, nesse grande mosaico, os bastidores da política pública cultural em Pernambuco na segunda metade do século XX.

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  • JANINE PRIMO CARVALHO DE MENESES
  • MEMÓRIA E HISTÓRIA NO DIREITO À TERRA QUILOMBOLA: O TIMBÓ DE JOSÉ VICTORINO DA CONCEIÇÃO ANCHIETA - GARANHUNS, PE (SÉC. XIX - TEMPO PRESENTE)

  • Líder : ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CIBELE BARBOSA DA SILVA ANDRADE
  • ISABEL CRISTINA MARTINS GUILLEN
  • JOSE BENTO ROSA DA SILVA
  • LUIZA NASCIMENTO DOS REIS
  • MARIA EMILIA VASCONCELOS DOS SANTOS
  • Data: 16-nov-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A memória das Comunidades Remanescentes de Quilombo no Brasil é fonte basilar para o conhecimento histórico das mesmas e efetivação de seus direitos. O século XX foi marcado pela reivindicação do direito à terra quilombola, sendo este conquistado com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e o Decreto 4887 de 2003, quando terras quilombolas passam a ser tituladas coletivamente. A memória do Timbó perpassou os mais de duzentos anos desde a aquisição desta propriedade na segunda década do século XIX, fundamentando a delimitação e demarcação de suas terras enquanto Comunidade Remanescente de Quilombo do Timbó. Contudo, em seu Relatório Técnico de Identificação e Delimitação produzido pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária, não constam documentos manuscritos contemporâneos ao fundador do Timbó, tornando este o intuito da presente tese, contribuir com o conhecimento histórico desta comunidade. Esta pesquisa identificou inventários, papéis de compra e venda de terras, títulos de terras, bem como processos judiciais,
    documentos encontrados no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, no Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano e no Memorial da Justiça, que dialogaram com a memória de José Victorino da Conceição Anchieta, o fundador mítico da comunidade do Timbó. Pôde-se, deste modo, revisitar o lugar de
    escravizado angolano fugido conferido a esta personalidade histórica, que assume um novo lugar, o de um comprador de terras e senhor de riquezas. Conjuntamente à posição sócio histórica de José Victorino, o presente trabalho discute a simbologia de Zumbi dos Palmares como ícone de luta quilombola e apropriação histórica desta personagem em narrativas memoriais do Timbó. 

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  • ADAUTO GUEDES NETO
  • JOSÉ COMBLIN, PADRE DA AMÉRICA LATINA EM TEMPOS DE DITADURAS: PROTESTO DA VERDADEIRA ANGÚSTIA NO PENSAR-FAZER UM NOVO JEITO DE SER IGREJA (1968-1980)

  • Líder : CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALZIRINHA ROCHA DE SOUZA
  • CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
  • JOSE ADILSON FILHO
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • MARLUZA MARQUES HARRES
  • Data: 30-nov-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho de tese analisa a trajetória do padre e teólogo José Comblin na América Latina a partir da sua atuação por um novo jeito de ser Igreja, especialmente entre o Brasil e o Chile em tempos de ditadura militar. Tendo como perspectiva teórica e metodológica os estudos que através do sujeito compreende o contexto histórico ao qual este está inserido e que por ele transita, o objetivo do trabalho em tela é identificar as propostas lançadas por José Comblin para a Igreja Católica latino-americana, mas sobretudo os impactos de tais ideias, a reação conservadora Católica e dos governos ditatoriais responsáveis por sua expulsão do Brasil em
    1972 e do Chile em 1980. Neste sentido, a referida tese oferece contribuições para a discussão de dimensão político-religiosa, no sentido de apontar a perspectiva de atuação do clero progressista na América Latina, sobretudo no âmbito do Nordeste brasileiro e no Chile, ao passo que, ainda existam lacunas a preencher para compreender o processo que culminou com as suas expulsões do Brasil e do Chile. Para tanto, apoiamo-nos num amplo corpus documental, dentre os quais, destacamos suas correspondências, os arquivos da repressão
    brasileira: prontuários, informações, pedidos de buscas, relatórios, telegramas e históricos da sua trajetória que, compõem o acervo do Arquivo Nacional do Brasil, bem como as fontes disponíveis no DOPS-PE, no Centro de Pesquisa e Documentação José Comblin – UNICAP, Memorial Raimundo Nonato e no Centro de Formação Missionária-PB. Desse modo, tendo em vista a plausibilidade que as fontes e o método histórico-crítico nos forecem, bem como a originalidade que a presente pesquisa oferece, buscamos traçar as diferentes nuances que
    envolveram a trajetória do padre belga erradicado na América Latina, por um novo jeito de ser Igreja em tempos de ditaduras.

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  • JOANA MARIA LUCENA DE ARAUJO
  • TRABALHADORES RURAIS E A JUSTIÇA DO TRABALHO: A LUTA POR DIREITOS ATRAVÉS DOS PROCESSOS TRABALHISTAS DA JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO DE NAZARÉ DA MATA (1963-1979)

  • Líder : REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARCUS AJURUAM DE OLIVEIRA DEZEMONE
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • REGINA BEATRIZ GUIMARAES NETO
  • SAMUEL CARVALHEIRA DE MAUPEOU
  • Data: 03-dic-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Este trabalho tem por objetivo investigar como os direitos trabalhistas impactaram as relações de trabalho na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Concentramos nossas análises no período de tempo que vai de 1963 a 1979. Esse intervalo foi importante porque acompanhamos os desdobramentos da aprovação e da aplicação do Estatuto do Trabalhador Rural (ETR), bem como as posteriores reformas na legislação trabalhista proposta pelos governos militares. A década de 1970 foi emblemática pois, entre 1965 e 1979, foram adotadas as mais importantes políticas governamentais voltadas ao campo brasileiro. Estas políticas propuseram, entre outras medidas, os projetos de colonização como alternativa à Reforma Agrária. Além disso, em 1971 houve a implantação do Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (PRORURAL) que travava da Previdência dos trabalhadores rurais. A documentação privilegiada nesse trabalho são os processos trabalhistas da Junta de Conciliação e Julgamento de Nazaré da Mata.
    Nesses documentos, encontramos registros e histórias de trabalhadores, tanto rurais quanto urbanos, que vivenciaram mudanças expressivas no cenário social, político e econômico brasileiro. Desde a aprovação da CLT até a mudança do regime democrático da ditadura militar (1964 a 1985). As caixas alinhadas nas prateleiras, divididas por ano e município, dão a impressão de que, seja qual for o momento, havia processos e portanto uma justiça atuante.

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  • ARTHUR GUSTAVO LIRA DO NASCIMENTO
  • O NORDESTE E AS IMAGENS: O CINEMA DOCUMENTAL DO INSTITUTO JOAQUIM NABUCO DE PESQUISAS SOCIAIS (1960-1979)

  • Líder : FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CLAUDIO ROBERTO DE ARAUJO BEZERRA
  • FLAVIO WEINSTEIN TEIXEIRA
  • IZABEL DE FÁTIMA CRUZ MELO
  • PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
  • PAULO CARNEIRO DA CUNHA FILHO
  • Data: 21-dic-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Esta tese analisa a relação entre o cinema documental e o Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (IJNPS), no modo como emergiu dentro das ciências sociais e da cinematografia brasileira um conjunto de imagens sobre o Nordeste. O IJNPS foi um órgão federal criado por iniciativa do sociólogo Gilberto Freyre em 1949 e sediado no Recife. A instituição assumiu um importante papel no apoio e financiamento às produções cinematográficas que convergiam com a proposta da pesquisa social produzida pela casa. Tornou-se um espaço de circulação e debates entre cientistas e cinegrafistas. Através dessas relações, constroem-se representações sobre o Nordeste que evidenciam as transformações políticas e culturais no país. Durante a direção executiva de Mauro Mota (1956-1970) e Fernando Freyre (1970-1979), o IJNPS realizou ações importantes sobre o gênero documental, como a produção dos filmes Aruanda (1960), O Cajueiro Nordestino (1962), A cabra na região semi-árida (1966) e Cultura Marginal Brasileira (1975). Além de uma série de eventos destinados a pensar e debater o documentário, a exemplo da realização, na década de 1970, das três edições da Mostra e Simpósio do Filme Documental Brasileiro. Estas iniciativas culminaram na construção de um próprio setor cinematográfico na instituição, hoje denominada Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Identifica-se, assim, a importância do IJNPS no fortalecimento do documentário nacional e as condições históricas de desenvolvimento do gênero como um agente da pesquisa e reflexão social. A partir da História Cultural do Cinema, consideramos além das questões estéticas, suas representações, os aspectos de produção, fomento, trajetórias dos cineastas e seus significados para a História.

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  • PATRÍCIA MARCIANO DE ASSIS
  • ADMINISTRANDO A (IN)SEGURANÇA: EXPERIÊNCIAS DE CONFLITO E NEGOCIAÇÃO DA CHEFATURA DE POLÍCIA NA SOCIEDADE OITOCENTISTA CEARENSE

  • Líder : SUZANA CAVANI ROSAS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANO LUÍS CHRISTILLINO
  • FRANCISCO LINHARES FONTELES NETO
  • MARCOS LUIZ BRETAS DA FONSECA
  • SUZANA CAVANI ROSAS
  • WELLINGTON BARBOSA DA SILVA
  • Data: 22-dic-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Essa tese tem como objeto de estudo a relação da Chefatura de Polícia com a administração da segurança/insegurança na província do Ceará, buscando compreender como os seus componentes participaram do processo de centralização do poder público na sociedade cearense oitocentista. A nossa hipótese é de que esta instituição serviu como parte desse processo, implementado pelo Estado imperial a partir da década de 1840, atuando na administração policial e inserindo-se em disputas de poder local ou negociação conforme as experiências dos sujeitos envolvidos. Para tanto, além da discussão bibliográfica com autores da História da Polícia e do Estado imperial e do uso do aporte da História Social, utilizamos quatro tipos de fontes principais: ofícios e relatórios da Chefatura de Polícia, relatórios dos presidentes da província apresentados na Assembleia Provincial, leis imperiais e jornais (entre outras). A Chefatura de Polícia foi elaborada como proposta nacional a partir da reforma do Código do Processo Criminal de 1841, que criou os cargos de chefes de polícia, delegados e subdelegados, atribuindo-os funções policiais antes realizadas pelos juízes de paz, tendo uma estrutura hierárquica que tinha no chefe de polícia a figura central da administração policial na província e cujo trabalho era direcionado para a manutenção da ordem, segurança e tranquilidade pública nos locais de sua atuação (BRASIL. Lei no 261, de 03 de dezembro de 1841). Atribuições com as quais permaneceu até 1871, quando, por ocasião da segunda reforma, passaram a ser melhor delimitados os trabalhos jurídico-policiais, restringindo o poder judicial das autoridades policiais apenas ao “julgamento da infracção dos termos de segurança e bem viver” (BRASIL. Lei no 2.033, de 20 de setembro de 1871). A partir dela foi possível não só refletir sobre o trabalho desempenhado pelos policiais em torno das ideias de ordem e segurança, enquanto construções sociais que foram agenciadas por distintos sujeitos nos âmbitos local, provincial e nacional, mas também como ela foi uma das instituições imperiais que influenciaram mais diretamente a política de segurança do período, sobretudo quando observamos a relação entre Estado, polícia e sociedade no século XIX.

2020
Disertaciones
1
  • RENATA BORBA CAHU SIQUEIRA
  • CANAVIEIRAS EM EMBATES NA JUSTIÇA DO TRABALHO: precarização do trabalho, relações de gênero e luta para defender direitos conquistados (Região Sul da Zona da Mata de Pernambuco, 1972-1975)

  • Líder : CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CHRISTINE PAULETTE YVES RUFINO DABAT
  • MARIA DO SOCORRO DE ABREU E LIMA
  • THOMAS DYSON ROGERS
  • Data: 22-ene-2020


  • Resumen Espectáculo
  • Do século XVI até os dias atuais a comercialização dos subprodutos extraídos da canade-açúcar, em especial o açúcar e o álcool, foi a espinha dorsal da economia do estado de Pernambuco. Dos antigos engenhos aos atuais complexos agroindustriais, tal atividade foi moldada pelos pilares que caracterizavam a plantation, a saber: a monocultura, o latifúndio e a superexploração da mão de obra. A Zona da Mata Sul pernambucana figurou entre as regiões de maior produção sucroalcooleira do Estado e do Brasil. O entrelaçamento do espaço com a atividade refletia-se até mesmo no termo cunhado para designar o local – a zona canavieira. Em todos os períodos históricos o sustento das grandes cifras e altas posições alcançadas pelo empreendimento açucareiro se deu por meio da super exploração da força de trabalho dos homens e das mulheres canavieiros. A história da classe trabalhadora rural foi marcada pelas lutas por melhores condições de vida e de trabalho. Os anos de 1970, recorte temporal da presente dissertação, estavam contidos no período da Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Nesse momento da historia nacional a exploração sofrida pelos trabalhadores rurais alcançou níveis maiores, em consequência das mudanças promovidas pela política empreendida para a “modernização” agrícola. E as lutas sociais ganharam contornos políticos mais complexos, em razão da violência perpetrada pelo Estado contra as organizações de trabalhadores. Nesse contexto, as trabalhadoras rurais da Zona da Mata Sul de Pernambuco, inseridas em uma sociedade com um legado escravista e patriarcal, sofriam dupla exploração, as de classe e outras relativas à opressão de gênero. A presente dissertação tem como objetivo realizar estudo sobre a luta para defender direitos conquistados perpetrada pelas trabalhadoras rurais – via Justiça do Trabalho – na região sul da zona canavieira de Pernambuco, nos anos de 1970. Buscou-se compreender como se dava a participação das canavieiras nas relações de trabalho, bem como as atividades desenvolvidas pelas mesmas nas plantações açucareiras. O estudo intentou também apresentar as sanções patronais sofridas pelas trabalhadoras rurais especificamente pelo fato de ser quem eram – mulheres. As lutas empreendidas pelas canavieiras foram de extrema importância para a classe trabalhadora rural como um todo, dessa feita, procurou-se entender suas lutas como parte constituinte e significativa da história dos trabalhadores rurais do Brasil.

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