A pesquisa busca analisar a formação docente e continuada de temas ligados às expressões da diversidade sexual, a partir da política de ensino e de formação da rede municipal do Recife, com vistas ao acesso e permanência de estudantes no espaço escolar, a partir do referencial do direito à diferença. Neste aspecto, objetiva-se avaliar o trato dessa temática da diversidade sexual, especificamente na escola João XXIII, quanto a sua efetivação na prática pedagógica escolar do corpo docente e sua  formação continuada, junto a estudantes LGBTQIA+ dos anos finais, a partir das metas e ações  prescritas no projeto político pedagógico (PPP) e nos cadernos da política de ensino e de formação da rede municipal de Recife.

Em 2015, o Brasil passou por uma epidemia de crianças que estavam nascendo com o perímetro cefálico inferior a 33 cm, a chamada microcefalia. A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou a relação entre o Virus Zika com a microcefalia através da identificação da presença do vírus no líquido amniótico de bebês cujas mães foram infectadas durante a gestão. Também foi constatado que a microcefalia era apenas uma das características que poderia aparecer devido à infecção por este vírus que também poderia apresentar outros defeitos congênitos, tais como anormalidades oculares, ausência de oralidade, artrogripose, epilepsia generalizada, problemas de deglutição e diminuição dos reflexos (hiporreflexia). A partir disto, este conjunto de alterações neurológicas relacionadas ao zika vírus passou a ser chamado de Síndrome Congênita do Vírus da Zika (SCZ). Diante disto, um novo capítulo se desenhou na educação em nosso país, colocando o professor diante de algo novo. Além da microcefalia, este estudante poderá apresentar ausência de fala e o professor tem a possibilidade de se utilizar de artefatos para fazer com que esta criança não oralizada sinta-se parte do grupo através da interação com o meio. Assim, focaremos na CAA (Comunicação Aumentativa e Alternativa) que surge como um recurso que visa eliminar as barreiras comunicativas, promovendo a inclusão. Isto posto, temos como objetivo geral analisar a utilização da CAA como recurso auxiliar na inclusão das crianças com microcefalia acometidas pela SCZ, que não possuem oralidade, na sala de aula regular de escolas ou creches da Rede Pública do Município de Recife. Também definimos como objetivos específicos: Mapear o uso da CAA pelos professores de sala regular; Identificar o impacto da CAA na prática pedagógica do professor da sala de aula regular; e confeccionar um guia com orientações básicas para introdução à CAA que contribua para inclusão de crianças com microcefalia acometidas pela SCZ nas escolas municipais do Recife. Como percurso metodológico, nossa abordagem será qualitativa, caracterizando-se pela pesquisa ação por ser uma metodologia muito utilizada em projetos de pesquisa educacional. Como sujeitos da nossa pesquisa, participarão crianças com microcefalia acometidas pela SCZ, não verbais, e que estejam cursando a Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental da Rede Municipal de Recife e seus respectivos.

desenvolvida a partir do projeto escolar intitulado: “Brincar, Educar e Incluir: Ressignificando às práticas corporais na educação física escolar”, que foi financiado pela Secretaria Municipal de Educação, após ser aprovado numa seleção de projetos. No contexto da execução do projeto serão realizados momentos formativos em serviço, no qual contaremos com a participação de profissionais com saberes notórios no transtorno do espectro autista e que contribuirão para o aumento do acervo dos docentes no que diz respeito ao conhecimento sobre os aspectos inclusivos destes estudantes no contexto escolar. As formações terão a duração de 6 (seis) meses e cada formador convidado participará com uma sequência de 3 (três) encontros abordando e dando continuidade ao tema referido por cada profissional. A pesquisa será do tipo Qualitativa, sendo a Pesquisa-ação a metodologia escolhida para conduzir o caminho ou o conjunto de procedimentos que irá interligar conhecimento e ação. A população alvo da pesquisa serão os docentes (anos iniciais e finais do ensino fundamental) efetivos e que se encontrem originalmente lotados na Escola municipal Ministro Jarbas Passarinho, localizada no distrito de Camela- Ipojuca-PE e que possuam em suas turmas pelo menos um aluno que se encontre dentro do espectro do autismo. Os instrumentos de coleta de dados que serão utilizados na pesquisa serão as entrevistas semiestruturadas que ocorrerão em dois momentos, antes e após a intervenção, e as discussões de grupo que ocorrerão com a intenção de refletir sobre os momentos formativos e as possíveis contribuições dos mesmos na percepção dos docentes quanto aos aspectos inclusivos do estudante com TEA.

A educação bilíngue de surdos é garantida por lei desde o ano de 2005, sendo a Língua Brasileira de Sinais - Libras adotada como primeira língua e a língua portuguesa escrita como segunda língua. Diante desta realidade e da escassez de materiais voltados para o letramento em Libras de estudantes surdos, surge a necessidade da elaboração de recursos que atendam as especificidades linguísticas destes estudantes. Este trabalho objetiva analisar os recursos didáticos, utilizados pelos professores, nas práticas de letramento em Libras de estudantes matriculados em Salas Regulares Bilíngues para Surdos do Município do Recife. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, de abordagem metodológica qualitativa, com base na análise de conteúdo de Bardin (2016). Após o estudo será elaborado um  roduto educacional, em forma de caderno de atividades que visa o letramento em Libras para os estudantes das SRBS.

A pesquisa investigou a Roda de Conversa enquanto dispositivo pedagógico
facilitador da inserção da Educação Emocional na Educação Infantil. Buscou aprofundar
as discussões sobre o tema, tendo como campo empírico uma turma do Infantil IV (4 e 5
anos) de uma Unidade Educacional da Rede Municipal de Ensino do Recife. Se
configurou enquanto uma pesquisa-ação, constando em sua metodologia a proposição de
uma experiência na Educação Infantil, a partir do planejamento, observação e registro de
eventos de Rodas de Conversa com o grupo de crianças, bem como outros passos e
instrumentos aplicados na instituição em um período de dois meses. Como discussão
teórica, apoiou-se em autores que dialogam sobre a importância da Roda de Conversa,
Educação Infantil e Desenvolvimento Humano; perpassando também pelo campo da
Sociologia da Infância e da definição de Educação Emocional. Os resultados da pesquisa
apresentaram dados significativos acerca do dispositivo pedagógico Roda de Conversa
como um espaço auto formativo, facilitador do exercício do diálogo sobre a dimensão do
sentir junto à primeira infância. A Roda de Conversa demonstrou ser um lugar seguro para
as diversas formas de manifestações expressivas das crianças, possibilitadas pela
interlocução problematizadora, favorecendo a autopercepção e o compartilhamento das
elaborações infantis sobre suas experiências afetivas, sendo esta intervenção uma forma
eficaz para inserir a Educação Emocional na Educação Infantil. Como produto deste
estudo, elaborou-se um Caderno Pedagógico contendo uma proposta de prática educativa
com a utilização da Roda de Conversa com foco na dimensão do sentir.

Este estudo tem por objetivo analisar a atuação do Gestor Escolar da Prefeitura da
Cidade do Recife (PCR) frente aos desafios do cotidiano e em período de
calamidade. Em seu início, serão abordados os conceitos de Gestão Democrática,
Qualidade Educacional, além de realizar a caracterização desse profissional na
PCR, abordando sua atuação para essa função e os desafios por ele enfrentados.
Em seguida, recorreremos às políticas públicas voltadas para a melhoria da
educação, às avaliações externas e a importância do Planejamento Estratégico para
a Gestão Escolar. Considerando os pressupostos desse estudo, optou-se em abordar
as temáticas através da pesquisa Qualitativa, pois a mesma tem caráter
exploratório. Para a coleta de dados, evidenciaremos o trabalho analisado em
Unidades da PCR, com seis gestores escolares, utilizando questionários e entrevistas
semiestruturadas e a análise do Planejamento Estratégico de cada Unidade
investigada, a fim de entender como esses gestores enfrentam os desafios no
cotidiano e em período atípico.

Este estudo está inserido no campo das discussões sobre inclusão a partir do uso da ferramenta de Comunicação Aumentativa e Alternativa/CAA, no âmbito do atendimento educacional especializado, para a alfabetização de estudantes com TEA. A CAA promove a acessibilidade comunicacional fundamental ao desenvolvimento integral ao estudante com TEA sem comunicação funcional. Para a teoria histórico-cultural, a deficiência não está apenas relacionada às características individuais, mas também ao contexto social e cultural em que a pessoa está inserida. Nesse sentido, a CAA, um dos recursos de tecnologia assistiva/TA, se apresentam como um importante meio de potencializar o desenvolvimento da pessoa com deficiência, fortalecendo a autonomia e a aquisição da alfabetização, retirando o foco da deficiência da pessoa e valorizando suas habilidades e potencialidades. No caso dos estudantes com TEA, muitas vezes estigmatizados em relação a aprendizagem, apresentam prejuízo no desenvolvimento da capacidade de expressão oral. Por isso, nem sempre se comunicam de forma funcional o que interfere diretamente no seu processo de alfabetização. Dessa forma, a Comunicação Aumentativa e Alternativa se mostra como um importante recurso para a acessibilidade, já que permite que o usuário consiga se expressar a partir de gestos simples como apontar, e a alfabetização poderá se apresentar de forma menos desafiadora. Esta pesquisa buscou investigar as contribuições do uso da Comunicação Alternativa e Aumentativa/CAA, pelo professor do Atendimento Educacional Especializado/ AEE, em Sala de Recurso Multifuncional/SRM, no processo de alfabetização, dos estudantes com Transtorno do Espectro do autismo/TEA. Para tanto, tomou-se como base teórica as discussões de Vygotsky sobre aprendizagem e linguagem concebendo a linguagem e a aprendizagem como um construto social e cultural resultado de trocas interativas e dos estudos de Soares e Chartier sobre alfabetização e letramento que enfatizam a importância de um ensino de alfabetização que leve em consideração o contexto social e cultural dos alunos. Elas destacam a importância do uso social da leitura e escrita. Optou-se por uma abordagem metodológica qualitativa, a fim de compreender de forma ampla os fenômenos ocorridos. Como sujeitos, a pesquisa contou com a participação de seis professoras do AEE que atendiam estudantes com TEA com impedimentos comunicativos, das escolas públicas da cidade de Recife. Como instrumentos de coleta de dados realizou-se entrevistas semiestruturadas com as seis professoras do AEE das salas de recursos multifuncionais para que a partir das entrevistas fosse possível o desenvolvimento de um aplicativo que aliasse CAA e atividades de alfabetização. O estudo demonstrou que o uso da CAA contribui significativamente para a comunicação e a alfabetização dos estudantes com TEA em atendimento na sala de recurso multifuncional. Foi possível identificar que as professoras não dispunham de um aplicativo que unisse CAA e atividades de alfabetização, apesar de todas identificarem a importância motivacional para o processo de ensino aprendizagem dessa ferramenta. Em suma, constatou-se que o uso de Comunicação Aumentativa e Alternativa unida a aplicativos e recursos tecnológicos podem potencializar a aquisição e desenvolvimento da Linguagem e da alfabetização auxiliando na autonomia e inclusão de estudantes com TEA com impedimento comunicacional permitindo a esses estudantes o direito e a oportunidade de se desenvolver e se alfabetizar como os demais.