Dissertations/Thesis

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2024
Dissertations
1
  • MARIANA SOUSA DA PAIXÃO
  • PETROGÊNESE DA SUÍTE SERRA DO JATOBÁ E IMPLICAÇÕES PARA A EVOLUÇÃO CRUSTAL TONIANA NA PROVÍNCIA BORBOREMA, NE DO BRASIL

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • HAROLDO MONTEIRO LIMA
  • FABRÍCIO DE ANDRADE CAXITO
  • Data: Mar 26, 2024


  • Show Abstract
  • O Neoproterozoico (1000-560Ma) é marcado por expressivos eventos magmáticos e metamórficos ligados ao fechamento do megacontinente Gondwana, atualmente disperso nas massas continentais do hemisfério sul. A Província Borborema, no Nordeste do Brasil, é um exemplo desse segmento crustal e é composta por padrões complexos de deformação, metamorfismo e magmatismo. Esta pesquisa tem como objetivo contribuir para o entendimento da evolução crustal do cedo-Neoproterozoico (1000Ma) relacionadas ao evento Cariris Velhos na porção central dessa província. A Suíte Serra do Jatobá localiza-se na porção sul do Terreno Alto Pajeú e ocorre ao longo de uma faixa de rochas supracrustais interpretadas como Cinturão Cariris Velhos. Os metagranitoides que compõem esta suíte são divididos em dois grupos: i) rochas com menor evidência de marcadores de deformação dúctil, que exibem textura fina a média e composição granodiorítica e ii) metamonzogranitos com maior presença de marcadores de deformação, tais como porfiroclastos dos tipos sigma e delta, e fina foliação metamórfica. Esta suíte é classificada como álcali-cálcica, meta a peraluminosa, apresentando valores geoquímicos compatíveis com as séries magnesianas e ferroanas. Os padrões de elementos terras raras normalizados dos condritos são moderadamente fracionados com anomalias negativas de Eu. Os diagramas de spidergrams de elementos incompatíveis mostram uma anomalia negativa de Nb-Ta, coevas às observadas nos granitos do tipo Cordilheirano. Os dados de zircão U-Pb apresentam idades de cristalização de 1000Ma, enquanto os valores calculados de eNd(t) variam entre -1,74 e -0,94. As idades do modelo TDM obtidas variam entre 1,76 e 1,54Ga, o que corresponde às idades de origem das rochas magmáticas do Cinturão Cariris Velhos. Esta pesquisa apresenta dados desta suíte que sugerem ambiente tectônico de subducção que ocorreu no início do Neoproterozoico na Província Borborema, apontando para uma natureza acrescionária para o evento Cariris Velhos.

Thesis
1
  • SHARLIANE DORNELLE D'ALMEIDA ARRUDA
  • IDENTIFICAÇÃO DE PALEOLINHAS DE COSTA NA PORÇÃO SUL DA PLATAFORMA CONTINENTAL DE PERNAMBUCO ( ADJACENTE À FOLHA DE IPOJUCA), UTILIZANDO MÉTODOS GEOFÍSICOS E POSSÍVEL RECONSTRUÇÃO DA PALEOLINHA AO LONGO DA FAIXA DE PLATAFORMA CONTINENTAL

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • IRAN CARLOS STALLIVIERE CORRÊA
  • ELIRIO ERNESTINO TOLDO JUNIOR
  • FABIO JOSÉ DE ARAÚJO PEDROSA
  • RENE JOTA ARRUDA DE MACEDO
  • VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Feb 28, 2024


  • Show Abstract
  • A utilização de métodos geofísicos como a sísmica de reflexão, a varredura lateral com o sonar e a batimetria fornecem informações importantes na identificação de paleocanais, beachrocks e estabilizações de nível de mar, das quais essas estabilizações podem ser usadas para marcar o período de início e fim das sequencias de acomodação na Plataforma Continental Marinha. Estas rochas são utilizadas como evidências de paleoníveis do mar e também formam paleolinhas de costas submersas, Esse projeto tem como objetivo identificar as paleolinhas de costa na porção da área de estudo (porção sul da Plataforma Continental de Pernambuco (adjacente à folha de Ipojuca), utilizando métodos geofísicos nessa área e levantamento de dados através da compilação de artigos geofísicos, elaborar através de produção de mapas a reconstrução de uma antiga linha de costa, foi verificado com esse trabalho a existência de uma ligação do padrão de linhas (paleolinhas), alguns trechos mostrando uma continuidade do alinhamento e quebras estruturais, identificadas através da observação e constatação de inflexões na declividade na Plataforma, de estabilizações pretéritas do nível relativo do mar; além dessa compilação de dados foram realizados na área de estudo: levantamento batimétrico, sísmica rasa com sistema Chirp (Sub-Bottom Profiler System), varredura lateral de fundo oceânico com o Side Scan Sonar, e coleta de amostras com sondagem Jet-Probe/Van Veen. Os resultados desse trabalho geraram um aprofundamento de dados geofísicos e sedimentológicos, com produção cartográfica do alinhamento das paleolinhas encontradas e das marcações das “quebras estruturais”, Caracterização Sedimentológica da área de estudo, através da coleta e análise das amostras obtidas com a sondagem Jet-Probe e de superfície de fundo (Van Veen). Portanto, os resultados deste trabalho contribuem na evolução Sedimentológica da Plataforma Continental adjacente à Folha Ipojuca-PE.

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  • JOHNSON SARMENTO DE OLIVEIRA NASCIMENTO
  • ASPECTOS TAFONÔMICOS E TAXONÔMICOS DE VERTEBRADOS FÓSSEIS PRESENTES EM DEPÓSITOS CÁRSTICOS NO MUNICÍPIO DE PARIPIRANGA, NORDESTE DA BAHIA

  • Advisor : EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CAROLINA SALDANHA SCHERER
  • ANA MARIA RIBEIRO
  • GORKI MARIANO
  • KLEBERSON DE OLIVEIRA PORPINO
  • MÁRIO ANDRÉ TRINDADE DANTAS
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • Data: Feb 28, 2024


  • Show Abstract
  • As cavidades subterrâneas naturais podem constituir um local ideal para a formação de janelas tafonômicas, nelas os restos orgânicos podem ficar protegidos dos fatores bióticos e abióticos, retardando a sua destruição antes do soterramento final. A cidade de Paripiranga, Bahia, localizada no nordeste do Brasil, está inserida em uma região cárstica denominada Supergrupo Canudos, é rica em ocorrências de cavidades naturais e apresenta alguns poucos trabalhos voltados à paleontologia. A geologia da área de estudo apresenta afloramento de rochas Neoproterozóicas da faixa de dobramento Sergipana, incluem: mármores, metarritmitos, metapelitos, em parte calcíferos, e metacherts subordinados da Formação Olhos D’Água do Grupo Vaza-Barris. O objetivo dessa pesquisa é realizar estudos do cenário deposicional, contexto tafonômico e paleontológico em cavidades naturais localizadas na região do estudo, a fim de obter novos dados que contribuam para a interpretação paleoecológica e paleoambiental da região Nordeste da Bahia durante o Quaternário. Dessa maneira, fornecendo informações para subsídio de o plano de conservação, manejo espeleológico e divulgação do patrimônio paleontológico e espeleológico da região. O material analisado no presente estudo corresponde a fósseis de vertebrados coletados nas cavernas de Paripiranga, em especial na Furna do Cazuza. A Furna do Cazuza trata-se de uma cavidade com entrada em abismo, característico de uma armadilha natural. Exibe em seu salão principal um grande aporte de sedimento e material osteológico. Os ossos coletados correspondem a espécies de mamíferos fósseis que viveram durante o Pleistoceno, alguns deles tendo seu primeiro registro para a região: Catonyx cuvieri, e novos registros para Eremohterium laurillardi e Holmesina cf paulacoutoi. A conclusão da tese, está prevista para ser finalizada com a confecção de 3 artigos. O primeiro, em elaboração, descreve os espécimes coletados e registra nova ocorrência para Eremotherium laurillardi e Holmesina sp. fazendo uma breve inferência paleoambiental. Um segundo artigo, em elaboração, trata do levantamento de informações que fundamentem estratégias de divulgação do patrimônio paleontológico e espélico na região, objetivando a conscientização sobre a preservação, fornecendo dados cruciais para a educação ambiental e patrimonial. Um outro artigo contará com dados do levantamento tafonômico, datações e análises isotópicas, onde serão apresentadas as principais interpretações paleoambientais e paleoecológicas da biota encontrada nas cavidades do município de Paripiranga, com ênfase na Furna do Cazuza.

2023
Dissertations
1
  • DINIZ PEDRO PINHEIRO DE CARVALHO FONSECA
  • ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E TEXTURAL DOS DEPÓSITOS VULCÂNICOS EFUSIVOS E EXPLOSIVOS DA ILHA DE FERNANDO DE NORONHA

  • Advisor : CARLA JOANA SANTOS BARRETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • CARLA JOANA SANTOS BARRETO
  • GORKI MARIANO
  • JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • Data: Jan 30, 2023


  • Show Abstract
  • O Arquipélago de Fernando de Noronha é formado por um conjunto de 21 ilhas, ilhotas ou rochedos que compreendem rochas vulcânicas de idade miocênica a pleistocênica, em contexto intraplaca, originado por hot spot. A metodologia deste trabalho aplicou uma nova abordagem para o estudo de sequências vulcânicas, onde se priorizou a identificação dos morfotipos de derrames, a análise de fácies e a sucessão faciológica dos depósitos efusivos e piroclásticos da porção subaérea da região, os quais foram suportados por estudos de análise textural. Na região do Mar de Fora, foram descritas seções na Enseada das Caieiras, Praia do Atalaia, Capim Açu e Praia do Sueste. Na região do Mar de dentro, foram estudadas as praias do Sancho e Baía dos Porcos. Nestas localidades foi possível observar interação entre derrames da Formação Quixaba, juntamente com manifestações vulcanoclásticas e enxames de diques da Formação Remédios. Analisou-se as intercalações entre rochas piroclásticas e efusivas da Formação Quixaba, além exposições singulares de rochas da Formação Remédios (Essexitos). O produto das seções compreendeu a individualização de fácies, tendo como base estrutura, litologia e granulometria, gerando um total de 14 litofácies. Os depósitos do tipo Rubbly pahoehoe são caracterizados pela associação de olivina melanefelinito porfirítico com disjunção colunar (OMpd) na base e brecha monolítica (Brm) apenas no topo da associação. Os derrames efusivos do tipo Pahoehoe são representados pelas litofácies OMpd, melilita melanefelinito porfirítico vesiculado com disjunção (MMpvd), piroxênio melanefelinito porfirítico vesiculado com disjunção (PMpvd), basanito porfirítico com disjunção colunar e essexito porfirítico vesiculado com disjunção colunar (Expv). A associação de depósitos piroclásticos foi dividida em dois tipos: depósitos do tipo surge piroclástico e depósitos de fluxo de cinzas e escórias. Estes depósitos compreendem as fácies tufo maciço e tufo com estratificação cruzada (Tm e Tmec), lapíli tufo maciço e com estratificação cruzada (LTm e LTec) brechas tufo maciço (BrTm), laminado com gradação normal (BrTlgn), estratificação cruzada incipiente (BrTec) e com gradação inversa (BrTgi). Os derrames efusivos da ilha foram originados a partir de erupções havaianas, enquanto os depósitos piroclásticos das áreas estudadas foram originados a partir de erupções estrombolianas. Possivelmente o magmatismo que gerou as rochas do Arquipélago de Fernando de Noronha encontrava-se em estágio pós edificação do escudo, quando as erupções eram nitidamente alcalinas, originando as rochas da Formação Remédios. Posteriormente, foram formadas rochas da Formação Quixaba em estágio ultra alcalino.

2
  • ARMANDO LUCAS SOUZA DE OLIVEIRA
  • ARCABOUÇO CRUSTAL E CONDIÇÕES P-T DO METAMORFISMO NO TERRENO ALTO PAJEÚ, NE DO BRASIL: implicações para a evolução neoproterozoica da Província Borborema

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • LEONARDO EUSTÁQUIO DA SILVA GONÇALVES
  • RAFAEL GONÇALVES DA MOTTA
  • VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS
  • Data: Feb 10, 2023


  • Show Abstract
  • A Província Borborema, NE do Brasil, é um segmento crustal neoproterozoico que exibe padrões complexos de deformação, metamorfismo e magmatismo. Seu desenvolvimento está relacionado ao ciclo orogênico Brasiliano/Pan-Africano, no contexto da construção de Gondwana Ocidental. Esta pesquisa objetiva elucidar a evolução estrutural e metamórfica do terreno Alto Pajeú, subprovíncia Transversal, estabelecendo suas implicações tectônicas para a configuração da Província Borborema. Combina análise geofísica-estrutural a um estudo petrológico de detalhe, para caracterização do arcabouço crustal do terreno e das condições do metamorfismo de rochas básicas em seu interior. O terreno Alto Pajeú é recortado por zonas de cisalhamento transcorrentes que correspondem a lineamentos geofísicos de primeira ordem. Foliações miloníticas de alto ângulo expressam feições de segunda ordem, associadas, em campo, a lineações de estiramento mineral sub-horizontais. Indicadores cinemáticos atribuem sentido de movimento sinistral e dextral, respectivamente, para estruturas de direção NE e E. Contrastes geofísicos significativos são verificados entre este terreno e domínios adjacentes, separados por grandes zonas de cisalhamento. Uma foliação reliquiar de ângulo baixo relacionada a empurrões é reconhecida em escala de afloramento. A tectônica transcorrente caracteriza o estágio tardio do ciclo Brasiliano na região (ca. 575 Ma), sucedendo uma fase contracional de idade mal definida. A petrologia de granada anfibolitos no complexo São Caetano revela pelo menos dois estágios de metamorfismo. A rocha é porfiroblástica, com cristais de granada sub-centimétricos imersos em matriz de granulação fina a média. A paragênese M1 (granada-hornblenda-plagioclásio-epidoto-biotita-ilmenita-titanita-rutilo-quartzo) marca o pico de pressão, enquanto a assembleia M2 (sem rutilo) se desenvolveu sob um grande intervalo de condições P-T (em geral mais amenas). Domínios de desestabilização dos porfiroblastos são ocupados por agregados de biotita, epidoto, plagioclásio, anfibólio, quartzo e ilmenita. A zonação química da granada é evidente em mapas composicionais e análises pontuais por microssonda eletrônica: núcleos ricos em Mn e bordas com teor de Fe relativamente mais altos refletem crescimento em múltiplos estágios. Análises litogeoquímicas indicam composição basáltica para o protólito, com padrões de distribuição de elementos traço e terras raras semelhantes aos de basaltos de ilha oceânica. Sua origem é atribuída a magmatismo intraplaca, implicando em uma fase extensional pré-Brasiliano. Estimativas termobarométricas obtidas através de métodos convencionais, modelagem de equilíbrio de fases (sistema MnNCKFMASHTO) e geobarometria elástica indicam ápice de pressão a 11 Kbar, ca. 600-640 °C, durante formação da assembleia M1; seguido pelo pico de temperatura a ca. 650 ºC, 7,5-9,5 Kbar, no campo de estabilidade da paragênese M2. Caracterizam metamorfismo de pressão moderada e alta temperatura (MP/HT). Se constrói uma trajetória P-T de sentido horário, interpretada como registro de processos orogênicos de acreção a colisão continental: o pico de pressão reflete espessamento crustal, a que se segue uma tendência de descompressão sub-isotérmica (colapso e exumação do orógeno). Em conjunto, os dados discutidos nesse trabalho atestam o caráter polifásico do ciclo Brasiliano nessa região de Gondwana Ocidental. Seu estágio inicial é marcado por tectônica contracional, em contexto orogênico acrescionário-a-colisional. É seguido pela instalação do regime transcorrente de larga escala, que se relaciona à dispersão/escape lateral da Província Borborema ao final do Brasiliano.

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  • DANIELLE CRUZ DA SILVA
  • ORIGEM E CARACTERIZAÇÃO DO QUARTZO AZUL EM METARRIOLITOS DO GRUPO RIO DOS REMÉDIOS, PARAMIRIM (BA)

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADRIANE MACHADO
  • CRISTIANE PAULA DE CASTRO GONÇALVES
  • HAROLDO MONTEIRO LIMA
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • Data: Feb 14, 2023


  • Show Abstract
  • As variedades do quartzo ocupam uma fração considerável da crosta continental, ocorrendo com abundância em vários tipos de rochas, como granitos, riolitos, gnaisses e rochas siliciclásticas. Apesar de ocorrer na maioria das vezes como cristais incolores, existem uma grande gama de variedades coloridas, o quartzo azul é uma delas. Cristais de quartzo com coloração azul é um raro componente de rochas ígneas e está presente principalmente em granitos, granodioritos, riolitos e charnoquitos, e seus equivalentes metamórficos. Apesar de pouco frequente, foram contabilizadas 245 ocorrências de quartzo azul no mundo, e o Brasil concentra um número considerável. O estado de Bahia é um importante representante devido a concentração de ocorrências que têm potencial de se tornar um indiciador para as condições de cristalização de rochas portadoras de quartzo azul. Este trabalho apresenta uma investigação integrada de diversas análises, sobre a caracterização e origem da ocorrência de quartzo azul em rochas metavulcânicas no sudoeste da Bahia. A mineralogia das rochas consiste essencialmente em fenocristais de quartzo e K-feldspato, imersos em uma matriz quartzo/felspastática e composta por biotita, muscovita, fluorita, alanita, clorita, zircão e minerais opacos. Análises de microssonda eletrônica revelaram a presença de dois tipos distintos de biotita (magmática e neoformada), de micas brancas ricas em ferro e de ortoclásio. Quando analisado os cristais de quartzo separadamente, as análises realizadas em diversas técnicas não foram capazes de apontar nenhuma característica distinta de aquelas presentes em cristais incolores. Apenas por meio da microscopia de transmissão foi possível constatar a presença de dois tipos de inclusões sólidas submicroscópicas ricas em Ti. Tal característica é recorrente em cristais de quartzo azul e origem da cor está associada ao processo de espelhamento da luz (espelhamento de Rayleigh) através das pequenas partículas. Acredita-se que a geração de tais inclusões se dá pelo processo de exsolução durante o crescimento e resfriamento do cristal. A mineralogia destas rochas está muito próxima a de magma peraluminosos e alcalinos, ricos em Ti, comuns em ambientes anorogênicos do tipo A. Tais configurações são terrenos férteis para a geração de rochas portadoras de quartzo azul.

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  • LENITA DA SILVA BARBOSA
  • ANÁLISES MORFOLÓGICAS E FILOGENÉTICAS DE UM ESPÉCIME DE PTEROSSAURO DA FORMAÇÃO CRATO (BACIA DO ARARIPE)

  • Advisor : JULIANA MANSO SAYAO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FLAVIANA JORGE DE LIMA
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • JULIANA MANSO SAYAO
  • RAFAEL CESAR LIMA PEDROSO DE ANDRADE
  • Data: Mar 15, 2023
    Ata de defesa assinada:


  • Show Abstract
  • Os pterossauros são répteis voadores, com posicionamento filogenético disputado entre uma proposta mais conservadora que os considera arcossauros, grupo irmão dos dinossauros, e outra mais recente que os posiciona como o grupo irmão de Lagerpetidae, formando um grupo menos inclusivo denominado Pterosauromorpha. Fósseis de pterosauros são encontrados frequentemente em rochas Eocretáceas da Bacia do Araripe, localizada no Nordeste do Brasil, com destaque para as Formações Crato e Romualdo que apresentam assembleias fossilíferas com excelente preservação. Aproximadamente 30 espécies de pterossauros já foram descritas na Bacia do Araripe, sendo as ocorrências de maior destaque aquelas dos clados Anhagueridae e Tapejaridae. Neste trabalho, é descrito um exemplar de pterossauro depositado na coleção de vertebrados do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPSC R- 932), preservado em calcários micríticos laminados da Formação Crato. O espécime, um esqueleto parcial articulado, é composto por elementos do esqueleto axial, cintura pélvica, membros anteriores e posteriores (representados por uma asa incompleta, perna e pé), além da preservação de tecido mole. MPSC R- 932 foi fotografado, descrito, medido e comparado com outros espécimes já descritos na literatura. Para a realização da análise filogenética, os dados morfológicos obtidos foram inseridos em uma matriz já existente, proposta por Holgado et al. (2019), contendo 55 táxons e 144 caracteres. MPSC R-932 difere dos Anhangueridae por apresentar fusão do púbis com o ísquio, sem a presença de aberturas entre estes ossos, característica exclusiva do grupo. Assemelha-se com a condição geral apresentada por Pteranodon que também forma uma placa ísquio-pubiática bem desenvolvida, difere deste, no entanto, por não apresentar um pequeno forâmen na intercessão do púbis com o ísquio. Os Anhangueridae geralmente apresentam uma configuração óssea onde os membros posteriores são mais curtos diferente dos Tapejaroidea que são alongados. Observou-se que MPSC R-932 presenta o comprimento da tíbia maior do que o do fêmur (correspondendo a 68%), outra característica dos Tapejaroidea, com posicionamento incerto dentro desse grupo. Um grupo intimamente ligado aos Tapejaridea é os Azhdarchidae, são considerados o grupo mais variado dentre os pterossauros e apresentam como característica marcante a uma hipertrofia nos membros anteriores e hipotrofia nos posteriores, diferente dos Anhanguerídeos. As tíbias alongadas, as medidas dos membros posteriores em conformodidade com outros exemplares descritos na literatura, nos permite inferir que o espécime aqui descrito, trata-se de um Tapejarídeo. Além de colaborar com estudos que afirmam que a taxa de crescimento ósseo desse grupo seja semelhante, pois  as medidas dos ossos longos dos Tapejarídeos são bem parecidas.  Exames dos estagios de sutura realizados em um espécime de Anhangueridae da Formação Crato, mostraram que a fusão de alguns ossos como da tíbia e dos tarsais proximais, são indicativos de ontogenia tardia, com base em sua morfologia óssea o espécime MPSC R-932 apresenta o tibiotarso formado, indicando portanto que trata-se de um animal em estado ontogenético adulto.

     

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  • MARCOS DA COSTA CÂMARA SALES
  • CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA, COMPOSIÇÃO QUÍMICA MINERAL E ASPECTOS ESTRUTURAIS DO CAMPO PEGMATÍTICO MUFUMBO-TRIGUEIRO, NORDESTE DE PARELHAS (RN)

  • Advisor : JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • VINÍCIUS ANSELMO CARVALHO LISBOA
  • CIRO ALEXANDRE ÁVILA
  • Data: Mar 31, 2023


  • Show Abstract
  • O Campo Pegmatítico Mufumbo-Trigueiro está inserido no contexto da Faixa
    Seridó numa área de aproximadamente 40km2, localizado a cerca de 10km a NE do
    centro urbano do município de Parelhas-RN. Este campo pegmatítico abriga corpos
    homogêneos e heterogêneos (zonados), estes responsáveis por hospedar as
    principais mineralizações de Nb-Ta, Be, Li, Sn e Cu. Os corpos são tabulares
    subverticais e intrudem, discordantemente, micaxistos e quartzitos do Grupo Seridó,
    ao longo das direções 045 e 070 NE. O presente trabalho busca entender a partir de
    aspectos geoquímicos e estruturais, quais são as relações entre os corpos
    homogêneos e zonados e qual a relação destes com rochas calcissilicáticas que
    ocorrem na região e hospedam mineralizações de Cu-Au e U. Os corpos homogêneos
    são hololeucocráticos e podem ser reconhecidas três fácies texturais: (i) pegmatítica
    grossa, (ii) pegmatítica média e (iii) aplítica. Os corpos heterogêneos apresentam
    zoneamento interno típico: zona de borda, mural, intermediária e núcleo de quartzo.
    Foram utilizadas análises geoquímicas de concentrados minerais de muscovita e
    biotita para acessar o grau de fracionamento destes corpos. No geral, ambas as micas
    possuem elevado grau de fracionamento (K/Rb < 100) e são enriquecidas em Rb, Cs,
    Nb, Ta, Li, Ga, Zn e Cu e empobrecidas em Sr e Ba. Estas composições são
    compatíveis com as mineralizações de apatita, berilo, columbita-tantalita,
    espodumênio, lepidolita, turmalina, monazita, gahnita e minerais do grupo dos fosfatos
    observadas em campo e suportadas pela literatura. As micas analisadas juntamente
    com análises compiladas da bibliografia (Pegmatitos Boqueirão, Carnaubinha e
    Capoeira) apresentam a mesma tendência de fracionamento que indica um mesmo
    magma parental. As características estruturais, as tendências de evolução magmática
    e a afinidade geoquímica e mineralógica sugerem uma origem anatética para os
    corpos do Campo Pegmatítico Mufumbo-Trigueiro. Estes pegmatitos intrudem
    sequências de rochas calcissilicáticas portadoras de mineralizações (Cu, Au) e os
    fluidos pegmatíticos (magmáticos) remobilizam e concentram estes metais para o
    interior dos pegmatitos.

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  • TÁSSIA JULIANA BERTOTTO
  • MACROFÓSSEIS DOS FOLHELHOS DAS FORMAÇÕES IPUBI E ROMUALDO (GRUPO SANTANA, BACIA DO ARARIPE) COMO PROXY PARA INFERÊNCIAS TAFONÔMICAS E PALEOECOLÓGICAS

  • Advisor : GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ANTÔNIO ÁLAMO FEITOSA SARAIVA
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • RAFAEL CESAR LIMA PEDROSO DE ANDRADE
  • RENAN ALFREDO MACHADO BANTIM
  • Data: May 2, 2023
    Ata de defesa assinada:


  • Show Abstract
  • O Grupo Santana da Bacia do Araripe é mundialmente conhecido pelo excepcional estado de preservação, riqueza e abundância de seus exemplares fósseis. Essa condição, no entanto, não se estende para todas as fácies sedimentares. Consequentemente, materiais preservados nos calcários laminados da Formação Crato e nas concreções calcárias da Formação Romualdo são mais explorados do que aqueles depositados em folhelhos (formações Crato, Ipubi e Romualdo). Além disso, propostas estratigráficas divergentes para a bacia, a dificuldade em realizar escavações controladas e as limitações do conhecimento acerca dos limites entre estas três formações interferem na precisão de informações de caráter estratigráfico. Em decorrência disso, muitos espécimes são posicionados estratigraficamente de forma dúbia ou ficam restritos a trabalhos de caráter descritivo (p.ex: Arartasaurus museunacionali). Neste trabalho, apontamos esses problemas a fim de buscar caminhos para resolver essas divergências. Desta forma, avaliamos e comparamos a diversidade da ictiofauna presente nas formações Ipubi e Romualdo, além descrevermos novas ocorrências fossilíferas para os folhelhos da Formação Ipubi.

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  • ARTUR GUERRA DE LUCENA
  • ASPECTOS TAFONÔMICOS E TAXONÔMICOS DE NOVOS EXEMPLARES ARACNÍDEOS DA FORMAÇÃO CRATO

  • Advisor : GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FLAVIANA JORGE DE LIMA
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • RAFAEL CESAR LIMA PEDROSO DE ANDRADE
  • RENAN ALFREDO MACHADO BANTIM
  • Data: May 12, 2023


  • Show Abstract
  • A Formação Crato (Cretáceo Inferior - Aptiano), Grupo Santana da Bacia do Araripe, é composta por calcários laminados e apresenta uma grande diversidade de fósseis excepcionalmente preservados, conferindo-lhe a designação de assembleia fossil-lagerstätte. Um dos grupos mais bem representados na formação é o dos artrópodes, com uma enorme quantidade de insetos. Apesar de não serem tão abundantes como os insetos, os aracnídeos também ocupam um lugar de destaque na paleobiota da Formação Crato. Dentre os aracnídeos da Formação Crato, o grupo mais abundante é o das aranhas, com cinco espécies formalmente descritas na literatura. A tafonomia é de fundamental relevância para auxiliar na definição de características morfológicas, oriundas de tendências preservacionais que ocorreram ao longo do processo de fossilização ou de importância taxonômica. Neste trabalho foram analisados e descritos três exemplares de aranhas fósseis depositados na coleção paleontológica da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Estes fósseis foram identificados como Cretaraneus martinstetoi Mesquita, 1996. As análises tafonômicas foram restritas ao posicionamento das patas dos exemplares analisados. Foi possível determinar que, por estas estarem muito curvadas em direção ao corpo, o paleoambiente no qual os materiais foram depositados teria alta salinadade, o que confere com propostas de que o paleolago da Formação Crato seria hipersalino.

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  • JOSEFA NILMARA LOPES LACERDA
  • PALINOLOGIA E PALEOECOLOGIA DA FORMAÇÃO ROMUALDO (APTIANO) DA BACIA DO ARARIPE, MINA SERROLÂNDIA-PE, NORDESTE-BRASIL

  • Advisor : ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • DAVID HOLANDA DE OLIVEIRA
  • LUIZ RICARDO DA SILVA LÔBO DO NASCIMENTO
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • PAULO EDUARDO DE OLIVEIRA
  • Data: May 12, 2023


  • Show Abstract
  • Através da análise taxonômica e paleoecológica da associação de palinomorfos continentais e marinhos da Mina Serrolândia (Ouricuri-PE), objetivou-se contribuir com a reconstrução do paleoambiente da Formação Romualdo (Aptiano), Bacia do Araripe, Nordeste-Brasil. Ao todo, 19 amostras da seção (17m) foram processadas de acordo com o protocolo padrão de análise palinológica, onde sete dessas amostras apresentaram uma boa recuperação para identificação, descrição morfológica e contagem de 200 palinomorfos por amostra. Estiveram presentes palinomorfos continentais de esporos de pteridófitas (14 táxons), grãos de pólen de gimnospermas/angiospermas (38 táxons), fitoplâncton (2 táxons) e esporos fúngicos, bem como, palinomorfos marinhos de dinoflagelados (8 táxons) e palinoforaminíferos. O paleoclima da Formação Romualdo na seção da Mina Serrolândia, foi interpretado como quente árido a semiárido, principalmente, pela alta abundância dos polens rimulados Classopollis spp. e poliplicados, como Gnetaceaepollenites jansonii. Baseado na variação e composição palinológica ao longo da seção, a análise de agrupamento delimitou dois grupos: G1 (3,5m a 4,2m), majoritariamente composto por palinomorfos continentais (92%) (Classopollis spp., Afropollis jardinusCycadopites spp. e Gnetaceaepollenites jansonii), e em menor frequência por palinomorfos marinhos (8%), como dinoflagelados (Batiacasphaera sp. A, Cometodinium aff. sp. e Odontochitina aff. sp.), indicando um ambiente marinho proximal, fortemente influenciado pelo continente e sistemas fluviais-lacustres (Botryococcus sp. e Pediastrum sp.), e G2 (4,4m a 6m), caracterizado como um ambiente marinho mais distal, dada a diminuição da influência continental (79%) e aumento significativo da influência marinha (21%) (palinoforaminíferos e dinocistos de Subtilisphaera sp., Odontochitina aff. sp., Cometodinium aff. sp., Spiniferites sp. e Batiacasphaera aff. sp. B). A palinologia da Formação Romualdo no intervalo inicial da seção na Mina Serrolândia, indica um paleoambiente marinho transicional de proximal a distal, com presença de pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, plantas de porte arbustivas a arbóreas, predominantemente típicas de paleoclimas quentes áridos a semiáridos.

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  • PAMELA CAROLINE SILVA DE SOUSA
  • EVOLUÇÃO ESTRATIGRÁFICA DA FORMAÇÃO ALIANÇA NA BACIA DE JATOBÁ EM IBIMIRIM E PETROLÂNDIA (PE): implicações paleoclimáticas e paleogeográficas

  • Advisor : GELSON LUIS FAMBRINI
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GELSON LUIS FAMBRINI
  • ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • CLAITON MARLON DOS SANTOS SCHERER
  • MARCELA MARQUES VIEIRA
  • Data: May 18, 2023


  • Show Abstract
  • Assim como em outras bacias rifte brasileiras e africanas associadas aos eventos distensivos que deram origem aos Oceano Atlântico Sul, depósitos fluviais, eólicos e lacustres marcam a Sequência de Início de Rifte e estão diretamente associados à tectônica incipiente desses eventos. As rochas areníticas e pelíticas que pertencem a esses depósitos reúnem atributos litológicos e arquiteturais bastante característicos que muito comunicam acerca do paleoambiente. Com base em afloramentos da borda sul e nordeste da Bacia de Jatobá foi efetuada uma análise estratigráfica e petrografia de registros da Formação Aliança, cuja sedimentação se deu no Jurássico Superior?, durante os estágios iniciais de ruptura do continente Gondwana. Os resultados obtidos foram correlacionados a estudos pré-existentes na literatura. Dados de campo mostram que a sedimentação da Formação Aliança na porção sudeste aconteceu de forma parcialmente distinta do restante da bacia. Arenitos fluviais associados a siltitos e argilitos subordinados e arenitos com retrabalhamento eólico apontam que o Membro Boipeba aflora na Bacia. Até então esta unidade estava restrita apenas à Bacia do Recôncavo e à Bacia do Tucano. Análise estratigráfica das seções em conjunto com os dados petrográficos e paleontológicos, revela na sucessão se preservaram indícios de ciclos de evaporação e de inundação do Lago Capianga e que este se instalou completamente por sobre os depósitos fluviais e de campos de dunas na porção sul da bacia. Esses dados corroboram com a progradação de um sistema lacustre sobre um sistema flúvio-eólico cuja espessura diminui de sul para norte.

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  • ROBERTA SAMICO DE MEDEIROS
  • THE EVOLUTION OF THE SEAMOUNTS CHAIN OF FERNANDO DE NORONHA: considerations from morphometric and geophysical data

  • Advisor : JOSE ANTONIO BARBOSA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • CARLA JOANA SANTOS BARRETO
  • TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • DAVID LOPES DE CASTRO
  • Data: Aug 2, 2023


  • Show Abstract
  • The Fernando de Noronha seamount chain (CFN) represents a set of volcanoes trending E-W 550 km wide in the eastern part of the Northeastern Brazilian margin. The age of rocks that forms the seamount that hosts the Fernando de Noronha Archipelago (AFN) ranges from 12.4 to 1.3 million years. The AFN represents the emerging summit of a volcano that rises more than 4000 m above the seafloor at the east end of the chain. The rocks found in the FNC consist of alkaline lavas, plugs, and pyroclastic deposits. The lithologies were classified as basanites, tephrites, phonolites, alkali basalts, trachyandesite, trachytes, and lamprophyres. Previous studies proposed that the origin of the CFN is a hotspot formed due to the action of a deep mantle plume. However, studies based on the composition of their igneous rocks and the physical characteristics of the deep mantle beneath this chain suggested that its origin is related to other mechanisms. This study evaluated the form and volume parameters of the FNC seamounts and compared them with volcanoes in other seamount chains from the Atlantic Ocean (Trindade, Santa Helena, Pernambuco seamounts, and Paraíba seamounts) and South Pacific Ocean (Sojourn), which allowed us to infer relationships between form and origin of the CFN with chains related and non-related to deep mantle plumes. The study also evaluated the crustal characteristics from gravimetry and magnetometry data (Bouguer anomaly, gravimetric Moho, Curie depths, heat flow) and 2D seismic reflection data. The new data allowed us to compare and correlate the crustal aspects of the CFN region with chains created by plumes and other processes. The results suggested that the CFN's seamounts were created by the magma ascent from the warmer and thinner asthenospheric mantle, which was insulated by the colder, thicker continental lithosphere according to the edge-driven convection (EDC) mechanism. These results corroborate recent studies from numerical and geophysical approaches which point to the EDC as the most probable mechanism for the formation of the CFN. Nevertheless, the volume of igneous material from the CFN volcanoes is similar to the volcanoes created by mantle plumes like Santa Helena, and that allows us to suggest that in the case of CFN, the origin is linked to two coupled mechanisms. The EDC and the crust´s faults and fracture systems in the Chain Fracture Zone region acted together and enabled the magma volume placed in the crust through extrusive and intrusive rocks.

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  • MARCEONILA MARCELA BEZERRA DA CUNHA
  • “COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS-MINÉRIO E GEOCRONOLOGIA Pb-Pb EM PIRITA POR LA-ICP-MS DA MINERALIZAÇÃO AURÍFERA DO DEPÓSITO SÃO FRANCISCO, FAIXA SERIDÓ, CURRAIS NOVOS (RN)”

  • Advisor : JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GORKI MARIANO
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • RICARDO GUIMARÃES SALLET
  • SEBASTIAO RODRIGO CORTEZ DE SOUZA
  • Data: Aug 31, 2023


  • Show Abstract
  • O depósito aurífero São Francisco (DASF), localizado no município de Currais Novos (RN), é do tipo ouro orogênico que consiste de veios de quartzo auríferos encaixados em mica xistos neoproterozoicos do Grupo Seridó. Geologicamente, o depósito está inserido na Faixa Seridó, da Província Borborema, que corresponde a um cinturão de dobramentos associados a transcorrências. A região exibe várias ocorrências minerais, agrupadas em depósitos de ouro orogênico, skarns (W-Mo, W-Mo-Au-Bi-Te, Cu) e pegmatitos (Nb-Ta, Be, Li e gemas), configurando a denominada Província Mineral do Seridó. A caracterização petrográfica e geoquímica dos minerais-minério associados ao ouro foi realizada com microscopia sob luz refletida e Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) acoplado com Espectrômetro de Energia Dispersiva (EDS) e Detector de Elétrons Secundários (BSE). O EDS foi usado para a obtenção da composição química mineral e o BSE para o imageamento de mais elevada resolução dos minerais investigados. Os sulfetos e arsenieto que constituem a paragênese do ouro são pirita>pirrotita>arsenopirita>galena>calcopirita>lollingita. Subordinadamente ocorrem calcita e clorita associadas à esta paragênese. A alteração hidrotermal desenvolvida nos mica xistos em torno das vênulas e veios auríferos produzem halos de alterações com cerca de 1 a 5m de largura. A partir das análises de composição química mineral foi possível se conhecer a assinatura geoquímica do fluido mineralizante, sendo caracterizada por Ag, Pb, As, Zn, Co e Ni. Estas análises permitiram identificar, pela primeira vez no depósito, a ocorrência da lollingita (FeAs2). A ocorrência da lollingita, um arsenieto de ferro encontrado em depósitos auríferos mesotermais, em equilíbrio textural com arsenopirita e pirrotita, aponta para um enriquecimento de arsênio no depósito estudado. A partir das associações minerais e texturas obtidas com o estudo petrográfico detalhado, foram identificados dois estágios, um de mineralização e o outro de remobilização do ouro, ambos com sulfetos associados. O estágio de mineralização é caracterizado pela cristalização de sulfetos (pirita I > pirrotita I > arsenopirita I > galena I) em geral euédricos à subédricos, de granulação grossa e apresentando contatos retos e bem definidos. O estágio de remobilização é definido pela cristalização de sulfetos (pirita II e III, arsenopirita II, galena II e III > calcopirita I e II > lollingita), que na maioria das vezes são anédricos, caracterizados pelas texturas de injeção da galena ao longo de fraturas em minerais da ganga e na pirita, além da calcopirita na pirita. Foram obtidas idades modelo Pb-Pb em pirita por LA-ICP-MS para o estágio de mineralização entre 516 e 500Ma e para o estágio de remobilização entre 499 e 484Ma. As idades encontradas são compatíveis com aquelas de alojamento de corpos pegmatíticos e atuação de zonas de cisalhamento na Faixa Seridó. A partir das razões isotópicas de chumbo 206Pb/204Pb, 207Pb/204Pb e 208Pb/204Pb das amostras MF-180, MF-181 e MF-182, obtidas com LA-ICP-MS pode-se apontar o manto como possível ambiente geológico fonte do chumbo do DASF.

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  • CARLOS ALVES MOREIRA JUNIOR
  • ANÁLISE ICNOLÓGICA DO TESTEMUNHO ITAMARACÁ-1IT-03-PE NO INTERVALO MAASTRICHTIANO-DANIANO DA BACIA PARAÍBA

  • Advisor : MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • SANDRO MARCELO SCHEFFLER
  • RAFAEL COSTA DA SILVA
  • Data: Oct 2, 2023


  • Show Abstract
  • A faixa costeira da Bacia Paraíba ocupa uma estreita faixa ao longo do litoral dos Estados de Pernambuco e Paraíba. Esta bacia marginal possui uma área continental de aproximadamente 7600 km2 e mais 31400 km2 de área oceânica, ao longo da plataforma continental. Sua coluna sedimentar é constituída por cinco unidades principais: formações Beberibe, Itamaracá, Gramame, Maria Farinha e Tambaba depositadas entre o Coniaciano e o Eoceno. Esse trecho do Nordeste oriental foi o último a se separar da contraparte africana, e os depósitos basais nesta faixa costeira possivelmente se iniciaram no Coniaciano. O objetivo principal desse trabalho foi identificar e descrever os icnofósseis na Formação Gramame e Maria Farinha, do Cretáceo Superior e Paleoceno da Bacia Paraíba, determinar suas icnofácies, e interpretar o paleoambiente durante o intervalo Maastrichtiano-Daniano na Bacia Paraíba. Este estudo icnológico foi conduzido no poço Itamaracá-1IT-03-PE, localizado na Ilha de Itamaracá, com extensão total de 82,7 metros. As descrições se concentraram na sequência carbonática característica das formações. A sequência estudada abrange uma espessura de 68 metros, composta por calcários bioclásticos (wackestone-packstone) intercalados com margas. Os calcários, predominantemente maciços, variam de cinza a cinza muito claro, exibindo bioturbação e intraclastos. As camadas de margas, mais finas, são em grande parte maciças, com menos bioclastos e bioturbação. Foram identificadas três icnofábricas compostas: Palaeophycus, Palaeophycus-Astersoma e Asterosoma. A seção do poço Itamaracá-1IT-03-PE exibe vários icnogêneros, como Palaeophycus, Planolites, Thalassinoides, Asterosoma, Teichichnus e Taenidium. Esses icnogêneros diferem em diversidade de áreas carbonáticas similares, e em outras localidades que registraram o evento K-Pg. As icnoassembleias sugerem predominantemente um ambiente marinho de baixa energia, com pequenas variações de taxa de sedimentação. A baixa diversidade pode indicar um ambiente de maior profundidade na plataforma. Essas icnofábricas são caracterizadas por estruturas horizontalizadas de alimentação e moradia, com diversidade e abundância reduzidas produzidas por organismos escavadores que migraram verticalmente no substrato, indicando condições paleoambientais relativamente estáveis, o que sugere uma icnofácies Cruziana. Além disso, esta região do Nordeste oriental foi a última a se separar da África, com depósitos sedimentares a partir do Coniaciano, especialmente os do intervalo Maastrichtiano-Daniano estudados aqui. Neste mesmo período, na Bacia de Douala e Rio Muni se depositaram formações que exibem intervalos geradores com querogênio tipo II e III, com pacotes de areia atuando como reservatórios. Essa configuração levanta a possibilidade de intervalos geradores nos folhelhos offshore da Bacia Paraíba e na formação Gramame como potencial reservatório. Desta forma, a investigação das formações Gramame e Maria Farinha na Bacia Paraíba assume importância para compreender o preenchimento da bacia e prever os ambientes deposicionais offshore.

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  • ALZIRA DE LUCENA CORREIA LEITE NETA
  • “AVALIAÇÃO TAFONÔMICA DE CONCHOSTRÁCEOS (SPINICAUDATA) E INVERTEBRADOS FÓSSEIS ASSOCIADOS DA PORÇÃO SUPERIOR DA FORMAÇÃO CRATO, CRETÁCEO INFERIOR DA BACIA DO ARARIPE: implicações geobiológicas e paleoambientais”

  • Advisor : ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • BERNARDO DE CAMPOS PIMENTA E MARQUES PEIXOTO
  • RENATO PIRANI GHILARDI
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • PRISCILLA ALBUQUERQUE PEREIRA
  • Data: Oct 27, 2023


  • Show Abstract
  • A Formação Crato do Cretáceo Inferior da Bacia Sedimentar do Araripe, tem um registro fóssil caracterizado pela abundância e diversidade de táxons e pela sua excelente preservação. Seu registro é conhecido mundialmente, e seus fósseis estão principalmente preservados em calcários laminados. Porém, outras litologias como siltitos e argilitos, também estão representadas nesta unidade, e são igualmente fossilíferos, onde podem ser encontrados diversos espécimes de macroinvertebrados e vegetais, que foram pouco estudados até o momento. O presente trabalho, foi realizado com fósseis coletados em duas localidades: Pedreira Três Irmãos, Município de nova Olinda-CE e Rio da Batateira no Município de Crato-CE. Ambas as localidades têm ocorrências de siltitos e argilitos fossilíferos, com predominância de macroinvertebrados como bivalves e conchostráceos. O objetivo desta dissertação foi analisar os processos diagenéticos que permearam a fossilização de Conchostráceos (Spinicaudata) e Bivalves da Formação Crato além de estudos morfofuncionais objetivando a reconstrução do hábito de vida desses invertebrados para discussão de aspectos paleoecológicos. Foram realizadas análises morfológicas e químicas detalhadas dos espécimes estudados por meio de diversas técnicas como Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) com Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) e micro Espectroscopia Raman para inferencias fossildiagenéticas. Com isso, foi possível discutir sistematicamente a posição de algumas espécies de Spinicaudata, sendo identificado um terceiro padrão ornamental para as linhas de crescimento da espécie Martinsestheria codoenses, já descrita para a Formação Crato, além da presença de um padrão ornamental distinto para Cyzicus sp., não descrito na literatura até a presente data. Dessa forma, novas análises taxonômicas e padrões de preservação inéditos foram descritos para os espécimes de Spinicaudata. Além do reconhecimento de características deposicionais para as camadas de ocorrência dos fósseis e a diversidade de processos de preservação dos mesmos.

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  • MARIA CAROLINE DO NASCIMENTO
  • CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA SEQUÊNCIA NEO-APTIANA-ALBIANA, NA PORÇÃO NORTE DE SERGIPE, BACIA SERGIPE-ALAGOAS

  • Advisor : MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • RICK SOUZA DE OLIVEIRA
  • EDILMA DE JESUS ANDRADE
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Oct 27, 2023


  • Show Abstract
  • O início da fase drifte, na passagem Aptiano-Albiano, marcou o começo do desenvolvimento de condições marinhas do Oceano Atlantico Sul, sendo caracterizado por uma expressiva deposição de evaporitos, seguidos pelo desenvolvimento de plataformas carbonáticas. As rochas carbonáticas deste intervalo foram depositadas neste contexto de margem passiva como parte da Formação Riachuelo na Bacia de Sergipe-Alagoas, nordeste brasileiro. Estudos sobre microfácies nesta sequência sedimentar têm sido desenvolvidos nas últimas décadas, indicando ambientes marinhos restritos que evoluem gradativamente para condições marinho transgressivas. Neste estudo, o objetivo foi analisar as microfácies do intervalo Aptiano–Albiano na porção Norte do Estado de Sergipe, próximo à cidade de Pacatuba. Dois testemunhos foram investigados, com intervalos constituídos principalmente por carbonatos e folhelhos, usando descrição macroscópica e análise microfaciológica detalhada de 40 lâminas petrográficas. Cinco microfácies carbonáticas foram identificadas: rudstone oncolítico, rudstone bioclástico, packstone oncolítico, packstone/wackstone peloidal e mudstone com bioelementos planctônicos que sugerem paleoambientes de lâminas d’água relativamente rasas. As microfácies são dominadas por oncóides em quase todas as amostras que ocorrem em associação com microbialitos e estromatolitos. A análise de microscopia eletrônica de varredura de algumas das amostras confirmou a presença de filamentos de cianobactérias, mostrando a influência microbiana nos sedimentos. A bioestratigrafia, baseada na palinologia, confirmou a deposição em ambiente marinho com características proximais, devido ao predomínio de pólens e esporos, associados a raros dinoflagelados. As análises de nanofósseis calcários realizadas, apesar de não serem resultados bioestratigráficos conclusivos, forneceram elementos que reforçaram a interpretação paleoambiental de águas rasas. Uma característica marcante é a presença de glauconita autigênica, preenchendo cavidades esqueletais e substituindo parcialmente oncóides e seus núcleos, principalmente nas fácies de packstone oncolítico. A glauconita ocorre comumente nos estágios inicias do processo diagenético, e assim evidencia as condições vigentes da época de deposição, mostrando que durante o intervalo estudado as condições eram marinhas, águas ricas em nutrientes, mas pobres em oxigênio (condições subóxicas) e sob uma taxa de sedimentação predominantemente muito baixa. Os palinomorfos indicaram uma idade aptiana tardia. Juntos, esses dados sugerem que as amostras podem estar inseridas na porção basal da Formação Riachuelo em um trato de sistemas transgressivo, correspondendo à primeira sequência deposicional da Formação Riachuelo.

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  • CAMILA GOMES BARBOSA
  • “PTERIDÓFITAS DA FORMAÇÃO CROSS VALLEY-WIMAN, PALEOCENO SUPERIOR DA ILHA SEYMOUR, ANTÁRTICA”

  • Advisor : GORKI MARIANO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ETIENE FABBRIN PIRES OLIVEIRA
  • JOSELINE MANFROI
  • MARCELO DE ARAUJO CARVALHO
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • Data: Nov 1, 2023


  • Show Abstract
  • A Formação Cross Valley-Wiman apresenta uma surpreendente diversidade de fósseis vegetais para o Paleoceno da Ilha Seymour, Antártica, incluindo diversos espécimes de Pteridófitas. Estudos anteriores agruparam estes espécimes nas espécies: Cladophlebis aemulans, Cladophlebis seymourensis e Sphenopteris angustiloba, porém com base em novos materiais coletados, aspectos taxonômicos foram reavaliados. O presente trabalho fez uma avaliação taxonômica, de diversidade e preservação dos fósseis de pteridófitas coletados na Formação Cross Valley-Wiman, pelo projeto FLORANTAR, na OPERANTAR 38 (PROANTAR/CNPq). Foi realizado um trabalho de triagem e preparação de 148 espécimes submetidos a análises morfológicas. Para isso, foram observados caracteres das partes vegetativas como: comprimento, largura, base e ápice de pinas e pínulas; presença de raque; arranjo e formato das pínulas; margem; venação; além do grau de desarticulação; tipo de fossilização e associação fitofossilífera. O material apresenta-se em uma concentração politípica e com alto nível de fragmentação. Porém, os espécimes apresentam um bom grau preservação, sendo a maior parte preservados em compressões carbonificadas e uma pequena parcela preservada em carbonato de cálcio. Foram definidos 6 morfotipos diferentes: os morfotipos 1, 2 e 3 apresentam padrão morfológico do tipo Sphenopteris, mostrando semelhança com a espécie Sphenopteris angustiloba. Os morfotipos 4 e 5 apresentaram um padrão de semelhança com o tipo raro para a venação de Cladophlebis, além disso, não se assemelham ao padrão de venação da espécie C. seymourensis. Já o morfotipo 6 apresenta padrão de semelhança com os gêneros Parsorophyllum e Elantodites, tais padrões referentes a esses gêneros não foram descritos para a Formação Cross Valley-Wiman até o momento. A problemática desses táxons é que são gêneros e espécies comumente utilizados para fósseis mesozóicos, não sendo correta a sua utilização para as espécies do Cenozóico. Assim, se faz necessária uma nova designação taxonômica para morfogêneros existentes no Paleoceno da Ilha Seymour, Antártica, agrupando-os dentro da ordem Osmundales.

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  • FERNANDO CAETANO DE LIMA FILHO
  • ESTUDO DE FÁCIES (LITOFÁCIES E ARQUITETURA DEPOSICIONAL) DA FORMAÇÃO TACARATU NA REGIÃO DA VILA DO CATIMBAU (PE), BACIA DO JATOBÁ

  • Advisor : GELSON LUIS FAMBRINI
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FELIPE TORRES FIGUEIREDO
  • GELSON LUIS FAMBRINI
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • WELLINGTON FERREIRA DA SILVA FILHO
  • Data: Nov 27, 2023


  • Show Abstract
  • Esta dissertação teve como objetivo principal a análise sedimentológica/estatrigráfica de sistemas fluviais da Formação Tacaratu na Bacia do Jatobá. Em campo, foram coletadas 11 (onze) amostras para confecção de 6 (seis) lâminas petrográficas, sendo todas vindas de afloramentos nas proximidades da Vila do Catimbau, município de Buíque-PE. Todas as amostras coletadas em campo são de arenitos. O estudo de campo mostrou que a maioria dos afloramentos correspondem a arenitos finos a médios, mal selecionados, com grãos subangulosos a subarredondados; e conglomerados finos a médios em menor ocorrência. Litofácies areníticas ocorrem em predominância. As litofácies congloméráticas ocorrem em menor número, por vezes intercalando num nível centimétrico a métrico com as litofácies areníticas. A identificação de 4 (quatro) associações de fácies e suas respectivas feições e estruturas apontam de maneira geral para um ambiente de deposição fluvial entrelaçado. A identificação de 6 (seis) elementos arquitetônicos permitiu caracterizar porções proximais e distais de sistemas de leques aluviais; porções mediano-distais a distais de sistemas fluviais entrelaçados de alta energia; como também formação de barras a partir da migração de formas de leito de canal a jusante, ou ao topo de barras formadas por fluxos em lençol de depósitos de crevasse splays. Ao microscópio petrográfico, todos os arenitos são subarcóseos, moderadamente selecionados a mal selecionados, com textura laminada e compacta, grãos majoritariamente subarredondados a subangulosos, empacotamento fechado, com cimento majoritariamente silicático. A proveniência das rochas da Formação Tacaratu corresponde ao ambiente tectônico de um cráton estável. As características mineralógicas da Formação Tacaratu indicam uma fonte sedimentar de rochas metamórficas de alto teor e rochas ígneas do Terreno Pernambuco-Alagoas e Cráton São Francisco.

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  • VALQUÍRIA VERÔNICA DA SILVA
  • ANÁLISE DE PALINOFÁCIES DA FORMAÇÃO MARACANGALHA, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO RECÔNCAVO: implicações paleoambientais

  • Advisor : ENELISE KATIA PIOVESAN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ENELISE KATIA PIOVESAN
  • MARCELO DE ARAUJO CARVALHO
  • RODOLFO DINO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Dec 20, 2023


  • Show Abstract
  • O estudo da matéria orgânica sedimentar é de grande importância, pois através desse tipo de análise podem ser realizadas inferências sobre o tipo de querogênio presente nas rochas sedimentares, sobre o paleoambiente deposicional, além de outros parâmetros. O presente trabalho teve como objetivo avaliar e classificar a matéria orgânica sedimentar na Formação Maracangalha (Bacia do Recôncavo, Cretáceo Inferior) e inferir o paleoambiente deposicional. A análise foi realizada a partir de 21 amostras coletadas nos afloramentos denominados Manguinhos, Gameleira, Praia da Falha e Penha. Para a preparação das amostras, foram empregadas técnicas que consistem na utilização de ácido clorídrico (HCl) e fluorídrico (HF) para a eliminação da fração mineral. Foram realizadas análises qualitativas e quantitativas das partículas orgânicas, além de análise de agrupamento com base nas características das partículas encontradas. As partículas foram agrupadas em: matéria orgânica amorfa (MOA) (fina, espessa e pseudomorfa); fitoclastos opacos (equidimensional, alongado e corroído); fitoclastos não opacos (não bioestruturados e bioestruturados); e palinomorfos (grãos de pólen e esporos). Foi possível a verificação de quatro palinofácies distintas. A primeira é composta por uma alta abundância de MOA (48,07%), seguida por fitoclastos opacos (32,6%), ocorrendo no afloramento Manguinhos. A segunda palinofácies também apresenta uma alta abundância de MOA (47,05%), seguida de fitoclastos não opacos (28,76%), ocorrendo no afloramento Gameleira. A terceira palinofácies é composta por uma alta abundância de fitoclastos não opacos (51,22%), seguidos por palinomorfos (23,61%), no afloramento Praia da Falha. A quarta apresenta uma alta abundância de fitoclastos não opacos (71,67 %), seguidos pelos fitoclastos opacos (12%), no afloramento Penha. De acordo com as associações da matéria orgânica sedimentar presentes nos afloramentos, foi possível inferir um ambiente deposicional lacustre, com partículas de origem continental. As palinofácies sugerem uma tendência deposicional que é fortemente controlada por uma influência flúvio-deltaica. Em geral, os afloramentos da Praia da Falha e da Penha sugerem uma deposição próxima à fonte deposicional em ambiente de alta energia, sob condições óxicas, devido à predominância de fitoclastos não opacos, que foram depositados nas margens do lago. Nos afloramentos Gameleira e Manguinhos, as partículas encontradas e a predominância de MOA sugerem deposição mais distante da fonte deposicional em um ambiente de baixa energia, com condições subóxicas-anóxicas, sendo depositados na parte central do sistema lacustre.

Thesis
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  • JOSE FERREIRA DE ARAUJO NETO
  • O DEPÓSITO ESMERALDÍFERO DO TIPO “TECTONIC MAGMATIC-RELATED” DE PARANÁ (RIO GRANDE DO NORTE): DOS CONTROLES GEOLÓGICOS AOS MODELOS GENÉTICO E PROSPECTIVO

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HAROLDO MONTEIRO LIMA
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • LUÍS GUSTAVO FERREIRA VIEGAS
  • RICARDO AUGUSTO SCHOLZ CIPRIANO
  • VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS
  • ÁLVARO PENTEADO CRÓSTA
  • Data: Feb 6, 2023


  • Show Abstract
  • O Brasil figura entre os maiores produtores de esmeralda do mundo. Cristais de qualidade gemológica ocorrem sobretudo nos estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia. Na Província Borborema, nordeste do Brasil, mineralizações pontuais de esmeralda vêm ganhando cada vez mais destaque nas últimas décadas, seja sob olhar científico ou do ponto de vista econômico. A presença de diversos pegmatitos berilíferos e exposições de rochas máficas/ultramáficas, especialmente na Subprovíncia Norte, associados a estruturas tectônicas que servem como meio de transporte aos fluidos mineralizantes, fazem dessa região uma área promissora para estudo da gênese de esmeralda em ambientes intensamente deformados. Este trabalho apresenta uma investigação integrada, em diferentes escalas de análise, sobre a caracterização, origem e prospecção do depósito de esmeralda de Paraná, no extremo sudoeste do estado do Rio Grande do Norte. Para a construção de um modelo genético, foram utilizadas imagens geofísicas de aeromagnetometria, dados estruturais nas escalas meso- e microscópicas, geocronologia U-Pb e 40Ar-39Ar, petrografia e microtermometria de inclusões fluidas e análises de δ18O e δD. As esmeraldas de Paraná estão hospedadas em lentes irregulares de flogopita- e actinolita-flogopita xistos intercalados a vênulas quartzo-feldspáticas e corpos pegmatíticos. Os xistos hospedeiros ocorrem de forma concordante em gnaisses riacianos do embasamento e estão dispostos ao longo da zona de cisalhamento Portalegre (ZCPA), estrutura com forte contraste magnético e movimentação dextral na direção NE-SW. Deformação dúctil coeva à mineralização é indicada pela foliação milonítica verticalizada, presença de boudins assimétricos, porfiroclastos do tipo σ, estruturas do tipo mica-fish, além de formação de bandas de cisalhamento S-C e S-C-C’. A formação do xisto esmeraldífero durante a deformação brasiliana da ZCPA é suportada, ainda, por idades 40Ar-39Ar em cristais de flogopita de 524 ± 1 e 528 ± 1 Ma e pela presença massiva de inclusões fluidas de salinidade baixa a moderada (5,1 a 16,3 %wt. NaCl equivalente) e temperatura de homogeneização total entre 300 e 310 °C nos cristais de esmeralda. Corpos graníticos deformados, encontrados no interior do xisto, apresentaram idades concordia de U-Pb em zircão de 2210 ± 8 Ma e 2201 ± 6 Ma, sugerindo um retrabalhamento do gnaisse encaixante durante a formação do depósito. A associação de fluidos magmáticos à origem da mineralização está registrada em inclusões fluidas de alta salinidade (>35%wt. NaCl equivalente) e elevada temperatura de crepitação (>524 °C), além de composições isotópicas de δ18O (6,9-7,1), típicas de depósitos associados a pegmatitos. A integração desses dados sugere que metassomatismo de pegmatitos graníticos injetados ao longo da zona de cisalhamento Portalegre concomitantes ao tectonismo brasiliano foi o principal responsável pela formação de esmeralda em Paraná. Durante esse processo, Be, K, Al e Si provenientes do fluido pegmatítico, e Cr, V, Fe e Mg contidos em rochas máficas do embasamento reagiram dando origem a pegmatitos dessilicados e ao xisto mineralizado. Do ponto de vista prospectivo, a presença de flogopita e actinolita no xisto hospedeiro permitiu a individualização da sua assinatura, através de espectroscopia de refletância, em relação às demais rochas do depósito de Paraná. Em escala de amostra de mão, essa metodologia consegue distinguir a presença de cristais de esmeralda em situação de mistura com a matriz de flogopita no xisto, provando-se uma ferramenta valiosa para estudos de rotina em grande quantidade de amostras. O emprego de dados de espectroscopia de refletância e de imageamento, balizados por geoquímica, se mostrou promissor à pesquisa de esmeralda e, especialmente, de potenciais rochas hospedeiras.

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  • DIEGO DA CUNHA SILVESTRE
  • ESTRATIGRAFIA DA FORMAÇÃO ABAIARA, BACIA DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL: arquitetura de fácies, estratigrafia de sequências e sistemas deposicionais

  • Advisor : GELSON LUIS FAMBRINI
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CLÁUDIO RICCOMINI
  • FELIPE TORRES FIGUEIREDO
  • GELSON LUIS FAMBRINI
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • RENATO PAES DE ALMEIDA
  • WELLINGTON FERREIRA DA SILVA FILHO
  • Data: Feb 10, 2023


  • Show Abstract
  • A Bacia do Araripe, referência de registro sedimentar e paleontológico entre as bacias interiores na Região Nordeste do Brasil, tem sua origem e evolução tectonoestratigráfica intimamente ligada ao evento do rift do Gondwana Ocidental. Evento este que resultou na abertura do Oceano Atlântico e a origem das bacias marginais do Leste brasileiro e Oeste Africano. Nesse contexto se encontram as bacias sedimentares portadoras do Pré-Sal, modelo de sistema petrolífero onde se enquadram várias bacias da margem brasileira. Partindo para análises de análogos, a Formação Abaiara, que se enquadra na fase Climax-Rifte da Bacia do Araripe, foi estudada sob a ótica da Sedimentologia, Estratigrafia, Estratigrafia de Sequências e áreas afins, no interesse de fomentar dados correlatos às unidades do Pré-Sal. Assim, foram evidenciados os corpos pelítico-arenosos, de comportamento granocrescente ascendente, divididos em conjuntos de sedimentos compostos pelas fácies: Conglomerados maciços (Gcm), estratificados (Gt), Arenitos conglomeráticos (Scg), com estratificação cruzada acanalada (St), com estratificação cruzada tabular (Sp), com estratificação horizontal (Sh), laminados (Sl), maciços (Sm), com laminação cruzada cavalgante (Scr), com estratos deformados (Sd) e Arenitos muito fino laminados com siltitos e argilitos (pacotes heterolíticos) (Fsm), Argilitos maciços (Fm) e Argilitos laminados (Fl). Estas fácies se dispuseram segundo conjuntos que se relacionam verticalmente e horizontalmente segundo elementos arquitetônicos de Canais (CH), Espraiamento de Crevasse (CS), Barras Arenosas (SB), Acresção a Jusante (DA), Acresção Lateral (LA), Arenitos em lençol (LS) e Planície de inundação (FF). Adicionadas as análises petrográficas concluiu-se que a Formação Abaiara tem diferenciação frente a unidade pelítica da tectonosequência Início de Rifte (Formação Brejo Santo), que por suas semelhanças litológicas aparentes, provocam muitos equívocos em relação a disposição destas unidades na bacia. Assim comprovada a inexistência de camada carbonática bem definida na Fm. Abaiara, onde se acreditava ser recorrente desta unidade, ficou evidente a ocorrência de carbonatos secundários provenientes de alteração pós-diagenética de feldspatos. Assim como não comportam conteúdo micropaleontológico similar à biozona típica do Andar Dom João presente na Fm. Brejo Santo. Este conjunto de evidências e suas correlações espaciais configuram à unidade de interesse um sistema de sedimentação composto, derivado de um conjunto de sistemas fluvio meandrante – entrelaçado para o topo. Retratados por um empilhamento onde denota registro de padrões de vastas planícies de inundação cortadas por rios meandrantes, na base da unidade que são sobrepostos por um sistema de alta energia com barras cascalhosas e sedimentos grossos em fluxos de alta energia de sistemas fluviais entrelaçados.

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  • LUCIANA VIEIRA DE JESUS
  • INFLUÊNCIA DAS BARRAS TRANSVERSAIS NA VARIAÇÃ O DA LINHA DE COSTA EM PRAIA TROPICAL DE BAIXA ENERGIA

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ANTONIO VICENTE FERREIRA JUNIOR
  • PAULO HENRIQUE GOMES DE OLIVEIRA SOUSA
  • ROBERTO LIMA BARCELLOS
  • TAÍS KALIL RODRIGUES
  • TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
  • Data: Feb 13, 2023


  • Show Abstract
  • Uma série de barras transversais foram identificada s e mapeadas em uma costa arenosa tropical de baixa energia bordejada por obstáculos naturais na antepraia sob regime de mesomarés semidiurnas. A baixa altura de ondas advindas preferencialmente do quadrante SE geram um transporte longitudinal sentido SW NE. O mapeamento multitemporal de médio (2007 2017) e curto prazo (2017 2018) das bar ras e da linha de costa foi confeccionado utilizando imagens de satélite e ortomosaicos derivados de sobrevoos com Veículo Aé reo N ão Tripulado (A taxa de variação da linha de costa foi calculada utilizando a extensã o Digital Shoreline Analysis Syste m (A área de estudo foi dividida em três setores: norte, central e sul e foram observados cinco grupos preferenciais de barras a depender do ângulo formado entre a crista e a linha de costa. As barras transversais ocorrem em maior proporção 10) n os setores central e norte. Além disso, o processo de erosão predominou no setor sul e central e a deposição predominou no setor norte. Possivelmente, as ondas e transporte longitudinal retiraram os sedimentos do setor sul e transportaram para o setor nort e depositando os devido à zona de sombra gerada pelo recife de calcário. A análise da interação entre a praia e as barras transversais são fundamentais para o entendimento dos ambientes costeiros modernos e gestão das zonas costeiras.

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  • JULIANA GUZMÁN GONZÁLEZ
  • CORRELAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E FACIOLÓGICAS DA FASE PÓS-RIFTE DAS BACIAS DE ARARIPE, TUCANO NORTE E JATOBÁ, NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : ENELISE KATIA PIOVESAN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CRISTIANINI TRESCASTRO BERGUE
  • EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • ENELISE KATIA PIOVESAN
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • JOÃO CARLOS COIMBRA
  • MITSURU ARAI
  • Data: Feb 27, 2023


  • Show Abstract
  • As bacias mesozoicas interiores de Araripe, Tucano Norte e Jatobá representam um ramo do Rifte Sul-Atlântico abortado no Eoaptiano. A fase pós-rifte, correspondente ao Andar Local Alagoas, Biozona Ostracoda RT-011 (=Aptiano), é registrada na Bacia do Araripe pelo Grupo Santana, que é constituído de base para topo pelas formações Barbalha, Crato, Ipubi e Romualdo. Nas bacias de Tucano Norte e Jatobá, a Formação Marizal é correlata à Formação Barbalha e, com exceção da Formação Ipubi, as demais unidades litoestratigráficas do Grupo Santana são registradas. Seis testemunhos de sondagem, além de quinze afloramentos foram litologicamente caracterizados e amostrados da sequência pós-rifte das três bacias estudadas. Mais de 100.000 espécimes de ostracodes e foraminíferos foram recuperados ao longo da sequência pós-rifte, permitindo o detalhamento bioestratigráfico da Biozona RT-011 e a reinterpretação paleoambiental do Grupo Santana da Bacia do Araripe e unidades correlatas nas bacias de Tucano Norte e Jatobá, formações Marizal, Crato e Romualdo. Vinte e cinco táxons de ostracodes foram identificados, incluindo cinco novas espécies, e a partir destes e das ocorrências de foraminíferos foi possível estabelecer três associações faunísticas. A Associação 1, caracterizada pela presença de Candonopsis alagoensis e Pattersoncypris cucurves sp. nov. em associação a P. micropapillosa, Damonella grandiensis e foraminíferos bentônicos aglutinantes dos gêneros Simobaculites/Ammobaculites da fácies de folhelhos ricos em matéria orgânica das Camadas Batateira/Amargosa da Formação Barbalha/Marizal, é interpretada como o registro de um ambiente estuarino confinado alimentado por deltas de cabeceira. A Associação 2 de fácies de ritmitos calcário-argilito e folhelhos intercalados da Formação Crato, apresenta alta diversidade de microfósseis carbonáticos, com abundância de espécimes de Damonella grandiensis e Pattersoncypris micropapillosa. Associadas a estas são registrados os táxons Damonella pumila sp. nov., Brasacypris subovatum, Zonocypris sp. 1, Zonocypris sp. 2, foraminíferos bentônicos e ostracodes tipicamente flúvio-lacustres, como Ilyocypris coimbrai sp. nov., Neuquenocypris berthoui, Neuquenocypris sp. 1, Rhinocypris spinata sp. nov., Theriosynoecum silvai, Theriosynoecum sp. 1, Cypridea araripensis, Alicenula martinsi e Timiriasevia ? sp. 1, que permitem inferir o ambiente deposicional da Formação Crato como uma baía semiconfinada, com registro de estágios de maior influência fluvial e de deposição dominada pela maré. A Associação 3 corresponde à fauna recuperada da fácies de folhelhos intercalados entre lentes de evaporito da Formação Ipubi e de fácies de calcários, margas e folhelhos da Formação Romualdo das bacias de Araripe e Jatobá. A espécie Pattersoncypris crepata representa um marcador bioestratigráfico, ocorrendo associada a P. alta, Pattersoncypris krommelbeinsis sp. nov., P. symmetrica, Theriosynoecum colini, foraminíferos planctônicos como Hedbergella infracretacea, Hedbergella aptiana e Microhedbergella miniglobularis, além de foraminíferos bentônicos, sugerindo que a deposição das formações Ipubi e Romualdo ocorreu em um mar epicontinental tipo seaway. A recuperação de foraminíferos planctônicos em folhelhos intercalados aos evaporitos podem indicar que a Formação Ipubi corresponde a ramos de mar isolados do corpo principal durante o Neoaptiano.

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  • CRISTIAN DAVID USMA CUERVO
  • GEOQUÍMICA E COMPORTAMENTO ISOTÓPICO (C, O, Cr e Sr) DE ROCHAS NEOPROTEROZOICAS DO TERRENO CACHOEIRINHA – SALGUEIRO, PERNAMBUCO, NE DO BRASIL

  • Advisor : ALCIDES NOBREGA SIAL
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ALCIDES NOBREGA SIAL
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • CLÁUDIO RICCOMINI
  • CLAUDIO GAUCHER PEPE
  • Data: Mar 8, 2023


  • Show Abstract
  • O Grupo Cachoeirinha de idade neoproterozoica é caracterizado litologicamente por uma
    sequência metaturbidítica, intercalada com rochas metavulcânicas e precipitados químicos
    significativos como carbonatos e formações ferríferas bandadas (BIF) depositados numa
    bacia marinha. Duas unidades compõem o Grupo Cachoeirinha, a Formação Serra Olho
    d’Água basal e a Formação Santana do Garrotes sobreposta. As distribuições de elementos
    de terras raras permitiram identificar frações autigênicas e componentes detríticos dos
    carbonatos e BIF estudados das formações do Grupo Cachoeirinha. Carbonatos associados
    com depósitos metaconglomeraticos da Formação Serra Olho dÁgua, exibem valores
    negativos de δ13C entre -2,83‰ e -0,71‰ comumente associados com períodos glaciais. Os
    valores nas razões 87Sr/86Sr entre 0,70776 e 0,70862 considerados primários, permitem
    correlacionar os carbonatos da Formação Serra Olho d’Água com depósitos glaciais do
    Criogeniano, a idade U-Pb máxima de deposição em zircões detríticos desta formação data
    de 880 ±8 Ma. Os carbonatos da Formação Serra Olho d’Água com valores positivos de
    anomalia Ce/Ce* e razões Y/Ho entre 26 e 30, são associados com depósitos de ambientes
    transicionais costeiros de mar restrito com baixos níveis de oxigenação. Os carbonatos da
    Formação Santana dos Garrotes associados a BIF, exibem valores positivos de δ13C entre
    3,1 e 5,5‰ correspondentes a períodos mais cálidos interglaciais. Os valores nas razões
    87Sr/86Sr entre 0,70792 até 0,70956 dos carbonatos são consideradas primarias e compatíveis
    com a máxima idade de deposição de 630–610 Ma U-Pb em zircões detríticos, indicando o
    início do Ediacarano como idade dos carbonatos da Formação Santana dos Garrotes. Os
    valores δ53Cr positivamente fraccionados de 0.15 até 1.04‰ em carbonatos e BIF são
    indicadores de intemperismo oxidativo na área de origem e comuns para esta idade. Os
    valores Ce/Ce* são predominantemente negativos nos carbonatos e para os BIF as anomalias
    de Ce/Ce* são positivas, estas anomalias sugerem condições de precipitação de águas
    oxigenadas para os carbonatos e o acumulo de BIF em condições de deficiência de oxigeno
    em um ambiente mais profundo logo abaixo da redoxclina. Esta interpretação esta suportada
    com as concentrações de elementos traço sensíveis ao redox como Cr, U, Th e Mo, os quais
    não apresentaram enriquecimento nos carbonatos e são relativamente enriquecidos nos BIF
    com valores nas razões MoEF/UEF acima de 6,8. Considerando o anterior, pode se interpretar
    que a deposição dos carbonatos da Formação Santana dos Garrotes em ambiente marinho
    raso e sob condição predominantemente oxigenada. Para os BIF, a ausência de componentes 

    glaciogênicos, a associação com carbonatos, a falta de anomalia positiva de Eu, além dos
    valores positivo de δ53Cr, permitiram classificar os BIF como do tipo Superior, similar com
    outras formações de ferro depositados no Brasil e outros lugares durante o Ediacarano. O
    diferenciado comportamento geoquímico dos depósitos das formações Serra Olho d’Água e
    Santana dos Garrotes, permite inferir que o Grupo Cachoerinha registra a evolução de uma
    bacia marinha restrita a uma bacia de mar aberto e mais oxigenado do Criogeniano para o
    início do Ediacarano.

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  • RUDAH RUANO CAVALCANTI DUQUE
  • TAXONOMIA DE NOVOS PTEROSSAUROS DA FORMAÇÃO ROMUALDO, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO ARARIPE, NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • BORJA HOLGADO PALACIOS
  • EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • FELIPE LIMA PINHEIRO
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • RENAN ALFREDO MACHADO BANTIM
  • TAISSA RODRIGUES MARQUES DA SILVA
  • Data: Mar 13, 2023


  • Show Abstract
  • A Formação Romualdo, Bacia Sedimentar do Araripe, teve sua deposição entre o Neoaptiano e o Eoalbiano é conhecida pela grande quantidade de nódulos calcários, a maioria contendo fósseis de excepcional preservação. Com exceção dos peixes, os pterossauros são os paleovertebrados mais abundantes da bacia, e estão entre os mais bem preservados do mundo. A Ordem Pterosauria é pioneira entre os vertebrados com adaptações ao vôo, com registro entre o Triássico superior e Cretáceo superior, na Era Mesozóica. Uma problemática desse grupo, na Bacia do Araripe, ainda é a falta de estudos que apresentem dados geográficos e/ou estratigráficos do local de coleta dos espécimes, bem como as associações fossilíferas. Esta tese de doutorado tem como objetivo o estudo taxonômico e paleoecológico de novos fósseis de pterossauros da Formação Romualdo, contribuindo com novos dados sobre paleobiodiversidade, associação fossilífera e distribuição geográfica do grupo no Cretáceo Inferior da Bacia do Araripe. Como resultado da presente tese serão apresentados três manuscritos: 1) O primeiro se deteve na descrição e identificação de um fragmento anterior de rostro de pterossauro coletado no município de Exu, Pernambuco. A partir de análises cladísticas e de morfologia geométrica, foi visto uma íntima correspondência com o gênero Anhanguera, sendo o primeiro relato desse gênero sem crista pré-maxilar, corroborando com propostas anteriores dessa ser uma característica fortemente controlada pela ontogenia (submetido ao periódico Journal of Vertebrate Paleontology). 2) O segundo manuscrito consiste da descrição anatômica de três espécimes de pterossauros, do Sítio Sobradinho, Jardim, Ceará. Correspondem a um úmero isolado, um fragmento de cintura pélvica e dois pares de escápula e coracóide, vértebra e costela, identificados como anhanguerídeos (artigo submetido ao periódico Journal of South American Earth Sciences). 3) O último espécime a ser descrito, também proveniente de Jardim (CE) é um indivíduo pequeno, quase completo preservado em nódulo. Os dois primeiros manuscritos serão apresentados e discutidos no exame de qualificação.

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  • RILDA VERÔNICA CARDOSO DE ARARIPE
  • PALEOCOLOGIA E BIOESTRATIGRAFIA DE MICROFÓSSEIS CARBONÁTICOS DA FORMAÇÃO ROMUALDO, CRETÁCEO INFERIOR, BACIA DO ARARIPE – NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • CECÍLIA DE LIMA BARROS
  • GEISE DE SANTANA DOS ANJOS ZERFASS
  • GELSON LUIS FAMBRINI
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • RENATA MOURA DE MELLO
  • Data: Mar 14, 2023


  • Show Abstract
  • Este trabalho tem por objetivo fornecer novas contribuições bioestratigráficas, paleecológicas e paleoambientais para a Formação Romualdo, Albiano-Aptiano da Bacia sedimentar do Araripe, através da análise integrada de dados de microfósseis carbonáticos, incluindo ostracodes, foraminíferos (bentônicos e planctônicos) e nanofósseis calcários. Foram selecionados quatro afloramentos baseando-se na presença de invertebrados marinhos (equinodermatas, gastrópodes, biválvios e crustáceos), e elaboradas quatro seções estratigráficas. Foram coletadas 103 amostras em afloramentos localizados nas porções centro-sul e leste da bacia: PE-01-SA (6m), PE-02-CD (22m), CE-01-SB (50m) e CE-02-SB (30m). No total, foram identificadas trinta e três espécies de foraminíferos bentônicos, seis espécies de foraminíferos planctônicos, uma inédita e diversificada associação de ostracodes marinhos e a primeira ocorrência de nanofósseis calcários para a Bacia do Araripe. A fauna pertence ao Aptiano Superior com a ocorrência do ostracode Damonella grandiensis (biozona-O11) e dos foraminíferos planctônicos Hedbergella aptiana e Pseudoguembelitria sp. (biozona P. rohri). Porém na seção PE-01-SA é registrado o início do Albiano, pela presença do nanofóssil Hayesites albiensis (biozona CC8). As diferentes associações encontradas, reflete paleoambiente transicional a marinho raso, desenvolvidos de forma gradativa durante o estabelecimento do ambiente marinho na Bacia do Araripe. A qualificação é apresentada na forma de dois artigos: Upper Aptian–Lower Albian Of The Southern-Central Araripe Basin, Brazil: Microbiostratigraphic And Paleoecological Inferences publicado a Journal of South American Earth Science e Upper Aptian–Albian Foraminiferal assemblages from the Romualdo formation, Araripe Basin, Brazil: Taxonomy And Paleoenvironmental Inferences em vias de submissão ao Anuário do Instituto de Geociências.

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  • MÁRCIO LIMA ALENCAR
  • ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DE HETEROGENEIDADES GEOLÓGICAS EM MODELOS ANÁLOGOS 3D COM BASE NO ESTUDO DE PSEUDOPOÇOS EM SUCESSÕES DE CALCÁRIOS LAMINADOS

  • Advisor : TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • DEBORA CRISTINA ALMEIDA DE ASSIS
  • FRANCISCO MANOEL WOHNRATH TOGNOLI
  • GORKI MARIANO
  • JOSÉ RICARDO GONÇALVES MAGALHÃES
  • TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Sep 5, 2023


  • Show Abstract
  • Modelos discretos de fratura (DFN) tridimensionais representam uma ferramenta chave na caracterização de reservatórios estruturalmente complexos. Sistemas de fraturas possuem um importante papel na distribuição da rede permoporosa de reservatórios carbonáticos de hidrocarbonetos e água subterrânea. O presente estudo investiga a distribuição de heterogeneidades geológicas (estruturas rúpteis, sedimentares e feições diagenéticas) dos calcários laminados, lacustres, Aptiano da Formação Crato, Bacia do Araripe, NE Brasil. Os calcários laminados da Formação Crato são considerados análogos à fácies de reservatórios carbonáticos do intervalo pré-sal das bacias sedimentares da margem leste brasileira. Portanto, a Formação Crato é considerada como uma unidade litoestratigráfica chave para entender a complexidade estrutural de reservatórios carbonáticos de subsuperfície. Este trabalho tem como objetivo principal analisar a ocorrência de sismitos e a variação da rede permoporosa em laminitos de baixa permeabilidade. Foram elaborados modelos tridimensionais de fraturas em duas escalas: reservatório (1:15.000) e afloramento (1:1). Os modelos de fratura realizados em escala de afloramento foram construídos com base em técnicas clássicas de aquisição estrutural realizadas diretamente em exposições contínuas e em faixas de varredura (pseudo-poços). Adicionalmente, com o uso de Schmidt Hammer foram realizados perfis de resistência mecânica para analisar a variação vertical da rigidez dos depósitos e observar a sua influência na continuidade das fraturas. Os resultados deste trabalho mostraram que as estruturas sedimentares são sin-deposicionais e foram formadas por abalos sísmicos de magnitudes maiores que 6 na escala Richter, com possível fonte de atividade sísmica relacionada a deformação rúptil da Zona de Cisalhamento Patos. Os dados de DFN apresentaram anisotropia com uma variações de 101, tanto na porosidade quanto na permeabilidade equivalente vertical para os modelos de escala de reservatório e modelos em escala de afloramento. Esta anisotropia pode estar associada a descontinuidade vertical das fraturas devido a variação mecânica dos laminitos. Os dados apresentaram isotropia na permeabilidade equivalente horizontal entre os DFN na escala de afloramento e de reservatório. Portanto, os resultados deste trabalho contribuem para a parametrização de modelos discretos de fratura relacionados a reservatórios carbonáticos de baixa permeabilidade.

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  • LEONARDO DE MELO CARNEIRO
  • OS METATÉRIOS DA BACIA DE ITABORAÍ: SISTEMÁTICA E DIVERSIDADE

  • Advisor : EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FRANCISCO JAVIER GOIN
  • PIERRE-OLIVIER ANTOINE
  • EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • KLEBERSON DE OLIVEIRA PORPINO
  • LEONARDO RODRIGO KERBER TUMELEIRO
  • LILIAN PAGLARELLI BERGQVIST
  • Data: Oct 6, 2023


  • Show Abstract
  • Metatheria representou o grupo de mamíferos paleogenos de maior diversidade da América do Sul. Dentre as faunas paleogenas, a fauna de metatérios do Eoceno inferior (ca. 56.1-51.4 Ma - Itaboraian SALMA) da Bacia de Itaboraí, São José de Itaboraí, RJ, Brasil, é uma das mais proeminentes. Esta fauna preservou a maior diversidade de metatérios insetívoros, frugívoros e táxons com especializações durófagas (Gaylordia, Didelphopsis e Eobrasilia) em uma única associação faunística do Paleogeno-Neogeno da América do Sul. Os metatérios foram representados por, pelo menos, 25 gêneros e 41 espécies cuja massa corporal variou entre menos de 10 gramas (Minusculodelphis spp.) a mais de 7 kg (cf. Nemolestes sp. e Eobrasilia coutoi). Essa fauna registrou os mais antigos representantes conhecidos dos Didelphimorphia (Monodelphopsis e Protodidelphidae - Guggenheimia, Protodidelphis e Carolocoutoia), e também um Australidelphia-“Woodburnodontidae” (Austropediomys), a linhagem-irmã aos Microbiotheria e Diprotodontia. A presença de Paucituberculata não foi confirmada na fauna, visto que “Riolestes” deve representar um terceiro pré-molar inferior decíduo de Protodidelphis mastodontoides. Sparassodonta foi representado na fauna por Patene e cf. Nemolestes sp., que ocuparam o nicho trófico dos principais mamíferos predadores. Polydolopimorphia foi representado por Epidolops, o metatério mais abundante dessa fauna, e por Gashternia, de dieta folívoro-frugívora. O enigmático Eobrasilia pode ter sido um Alphadontia-Hatcheriformes, um clado considerado como endêmico do Cretáceo da América do Norte. “Zeusdelphys” e “Periprotodidelphis” são prováveis sinônimos de Eobrasilia. A grande variedade de “ameridélfios” Itaboraienses incluiu, entre outros, “Peradectoidea” (Bergqvistherium e Peradectoidea gen. nov.), Caroloameghinioidea (Procaroloameghinia, Mirandatherium e Bobbschaefferia), Jaskhadelphyidae (Minusculodelphis) e táxons afins (Marmosopsis e Gaylordia), e Sternbergiidae (Carolopaulacoutoia, Itaboraidelphys e Didelphopsis), que representaram grupos mais antigos do que os Marsupialia. Os Derorhynchidae (Derorhynchus, Diogenesia e Derorhynchidae gen. nov.) e Herpetotheriidae (cf. Armintodelphys sp.) foram os táxons irmãos de Marsupialia. A revisão dos materiais depositados em coleções brasileiras permitiu a associação de elementos dentários e de dentição (superior e inferior) para quase todos os gêneros conhecidos dessa fauna. A reavaliação dos oito morfotipos de petrosos recuperados em Itaboraí permitiu uma reassociação preliminar com alguns táxons dessa fauna, corroborando uma origem comum para a maioria dos clados sul-americanos. A presença de marsupiais didelfimórfios na fauna de Itaboraí é corroborada pela identificação de um morfótipo de petroso (tentativamente associado ao Monodelphopsis) e dois morfótipos de elementos tarsais (tentativamente associados a Monodelphopsis e Carolocoutoia). A fauna de Itaboraí apresentou representantes da maioria dos clados conhecidos de metatérios do Eoceno inferior da América do Sul, a exceção de “Glasbiidae”, Polydolopidae, Prepidolopidae (todos Polydolopimorphia), Paucituberculata (Marsupialia) e Microbiotheriidae (Australidelphia) conhecidos para as faunas de Las Flores, Chubut, Argentina; e/ou La Meseta/Marambio, Península Antártica (Itaboraiense e Riochiquense SALMAs, respectivamente). É possível que esses grupos estivessem restritos ao Reino Austral durante o Eoceno inferior. A presença de táxons aparentados aos Anatoliadelphyidae e aos Peratheriinae na fauna de Itaboraí, como sugerido na literatura, poderia indicar uma similaridade faunística compartilhada entre o sudeste brasileiro e Euro-Afro-Anatólia (hipótese da Atlantogea), em comparação com as faunas Patagônicas e Antárticas. Entretanto, essa hipótese não pôde ser corroborada com base nos materiais conhecidos.

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  • JOÃO PEDRO SANTANA BEZERRA
  • CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, GEOQUÍMICA E GEOCRONOLÓGICA DE ORTOGNAISSES TONIANOS E ORTOGNAISSES E PLUTONS CRIOGENIANOS A EDIACARANOS NO DOMÍNIOS PERNAMBUCO-ALAGOAS OESTE (FLORESTA, PERNAMBUCO): implicações tectônicas

  • Advisor : SERGIO PACHECO NEVES
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • SERGIO PACHECO NEVES
  • GORKI MARIANO
  • IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • HERBET CONCEICAO
  • WAGNER DA SILVA AMARAL
  • Data: Oct 6, 2023


  • Show Abstract
  •  

    A Província Borborema apresenta uma evolução complexa que se estende do Arqueano ao Cambriano. É subdividida em três subprovíncias: Norte, Central e Sul. Trabalhos anteriores identificaram ortognaisses tonianos relacionados ao evento Cariris Velhos nos domínios Pernambuco Alagoas (DPEAL) e Alto Pajeú (DAP), nas subprovíncias sul e central respectivamente. O objetivo desta pesquisa foi comparar a evolução crustal do DPEAL Oeste e do DAP, com base no mapeamento geológico, geoquímica e geologia isotópica de granitos e gnaisses localizados na região de Floresta, Pernambuco. A área de estudo é limitada a norte pela Zona de Cisalhamento Pernambuco Oeste (ZCPW) e é cortada pela Zona de Cisalhamento Poço da Areia (ZCPA), ambas com cinemática destral. As unidades cartografadas são os complexos Airi e Cabrobó, os ortognaisses Cipriano e os plutons Caraíbas e Poço da Areia. O Complexo Airi consiste em biotita-anfibólio ortognaisses monzograníticos a sienograníticos com níveis anfibolíticos, com 65-75% de SiO2 e caráter magnesiano a ferroso. Sete amostras forneceram idades U-Pb em zircão entre 1010 e 965 Ma. Análises Lu-Hf em zircão apresentam eHf(t) negativo e idade modelo paleoproterozoica. O Complexo Cabrobó consiste em xistos, paragnaisses e quartzitos. Zircões detríticos em duas amostras apresentaram dois picos de idade de 1000 e 650 Ma. Um gnaisse félsico intercalado na sequência provavelmente representa fusão parcial dos metassedimentos e apresenta idades de cristalização de 630 Ma e metamorfismo de 600 Ma. Os ortognaisses Cipriano compreendem vários corpos alongados de direção E-W, de composição diorítica a granítica, associados com lentes e enclaves anfibolíticos. Os dados geocronológicos em três amostras apresentaram idades U-Pb de c. 650 Ma e a geoquímica das amostras aponta afinidade shoshonítica. O plúton Caraíbas consiste em monzogranitos a sienogranitos inequigranulares a porfiríticos com geoquímica e idades similares aos ortognaisses Cipriano. Análises Lu-Hf em zircão apresentam eHf(t) negativo e idade modelo TDM variando de 1,7 a 2,0 Ga. O plúton Poço da Areia consiste de sienogranitos a monzogranitos porfiríticos inequigranulares, predominantemente cálcio-alcalinos de alto potássio. Datações U-Pb em zircão e titanita forneceram idades de cristalização e metamorfismo, respectivamente, de 630 Ma e 602 Ma. Um granito sin-cinemático à ZCPW forneceu grãos herdados com idades paleoproterozoicas e idade de cristalização U-Pb em rutilo de 550 Ma. A conclusão desta tese será a elaboração de três artigos. O primeiro foi submetido à revista Lithos e descreve a primeira ocorrência de ortognaisses e granitóides de idade Criogeniana (650 Ma) na parte oeste do Domínio Pernambuco Alagoas e são interpretados como um raro exemplo de rochas shoshoníticas alojadas em ambiente extensional. O segundo artigo (ainda em construção) descreve ocorrências de rochas datadas entre 630 e540 Ma e discute seu significado para a Orogênese Brasiliana. O terceiro artigo focará os ortognaisses tonianos que constituem as principais ocorrências presentes na área.

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  • RENAN SIQUEIRA
  • ISÓTOPOS DE OXIGÊNIO, TERMOBAROMETRIA, IDADE E ORIGEM DOS PLÚTONS ADJACENTES DE TAMBORIL E OLHO D’ÁGUA, TERRENO CACHOEIRINHA-SALGUEIRO, NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : ALCIDES NOBREGA SIAL
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ALCIDES NOBREGA SIAL
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • RIELVA SOLIMAIRY CAMPELO DO NASCIMENTO
  • HERBET CONCEICAO
  • THYEGO ROBERTO DA SILVA
  • Data: Nov 7, 2023


  • Show Abstract
  • Plútons Neoproterozóicos granodioríticos a tonalíticos cálcio-alcalinos e cálcio-alcalinos de alto potássio com epidoto magmático intrudiram metassedimentos de baixo grau Neoproterozóicos no Terreno Cachoeirinha-Salgueiro (CST) a Alto Pajeú (APT) Domínio da Zona Transversal, nordeste do Brasil. Os stocks graníticos Tamboril e Olho d'Água fazem parte das abundantes rochas graníticas cálcio-alcalinas com epidoto magmático no Terreno Cachoeirinha-Salgueiro. O stock Olho d'Água é composto por clinopiroxênio-biotita tonalito equigranular de granulação média contendo anfibólio, epidoto magmático e titanita. O stock Tamboril é um granodiorito porfirítico de granulação grossa, com megacristais de plagioclásio e cotendo quartzo, K-feldspato, biotita, anfibólio, epídoto magmático, ± clinopiroxênio e titanita. A composição do epidoto no stock Olho d'Água (Ps18-26) e no estoque Tamboril (Ps17-20) é consistente com a cristalização sob fugacidade de oxigênio entre os tampões QFM e HM. No stock Olho d'Água, os valores de pressão calculados variam de 5,1 a 6,6kbar e no stock Tamboril de 6,2 a 7,0kbar. As temperaturas de solidificação estimadas dos pares plagioclásio-hornblenda no stock Olho D´Água variam de 637 a 679ºC e para Tamboril de 587 a 641ºC. As estimativas de temperatura de saturação de Zr são de 788 a 819ºC (Olho d'Água) e 807 a 829ºC (Tamboril). O stock Tamboril apresenta idade modelo Nd (TDM) variando de 1,0 a 1,2Ga e valores negativos de εNd (0,6Ga) variando de -0,37 a -2,33. O stock Olho d'Água apresenta idade modelo Nd (TDM) de 1,2 Ga e valores negativos de εNd (0,6 Ga) entre -2,15 e -2,18. Datações U-Pb mostram a intrusão de dois stocks, onde o stock Tamboril tem 639,2 ± 2,0Ma e o stock Olho d'Água tem 653,9 ± 2,0Ma. Os valores negativos de εNd (0,6Ga) desses stocks são convergentes com associações de magmas juvenis que também tendem a ter valores mais negativos, compatíveis com a interação com uma crosta mais espessa. As composições isotópicas de oxigênio do zircão, quartzo e piroxênio sugerem que a maioria de seus magmas hospedeiros foram derivadas de uma porção significativa da crosta continental. Os resultados obtidos de δ18O > 10‰ para o magma calculado a partir de zircão, quartzo e piroxênio também podem ter sido resultado da interação em baixas temperaturas entre a fonte magmática e as águas oceânicas, o que também pode ter afetado as razões de Sr nesses stocks. As idades 206Pb/238U obtidas em cristais magmáticos de zircão nos stocks Tamboril e Olho d'Água evidenciam a teoria inicial de dois pulsos magmáticos distintos. Os restitos observados nos ARC podem indicar a natureza da fonte das rochas hospedeiras, uma vez que se trata de um remanescente de material refratário após a fusão parcial das rochas geradoras, onde o restito primário deve ser mais máfico que as composições dioríticas. Precursores de ARC ricos em clinopiroxênios com ou sem inclusões, com baixo teor de SiO2, podem representar o resto primário da fonte após a fusão parcial. Portanto, a fonte deve ter uma composição máfica, como anfibolito, para produzir uma composição restítica primária e um magma granodiorítico com características do Tipo I. Os stocks estudados cristalizaram a partir de dois pulsos magmáticos distintos formados a partir da fusão fracionada de uma única fonte anfibolítica. Estes dois pulsos de magma sofreram posterior cristalização, em câmara magmática convectiva, a pressões bastante elevadas.

2022
Dissertations
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  • CAIO DOS SANTOS PEREIRA
  • INTEGRAÇÃO GEOFÍSICA-ESTRUTURAL APLICADA À EVOLUÇÃO DO TERRENO ICAIÇARA: Um candidato a Ribbon Continent no interior da Zona Transversal da Província Borborema, NE do Brasil

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HAROLDO MONTEIRO LIMA
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • LUÍS GUSTAVO FERREIRA VIEGAS
  • Data: Jan 7, 2022


  • Show Abstract
  • O extremo oeste da Zona Transversal da Província Borborema abrange supostos terrenos alóctones alojados na Faixa Piancó-Alto Brígida, incluindo o Terreno Icaiçara. Neste trabalho foram integrados dados aerogeofísicos regionais e locais buscando apoiar o entendimento estrutural deste suposto terreno exótico. Os mapas gama-espectrométricos permitiram o mapeamento de estruturas rasas e o delineado geral dos domínios geológicos, enquanto os dados magnéticos e gravimétricos permitiram estimar a continuidade em profundidade das principais zonas de cisalhamento, marcando possíveis estruturas litosféricas. A integração dos dados geofísicos revelou que as zonas de cisalhamento Sítio dos Moreiras, Trempe e Parnamirim atingiram profundidades de 10-16 km, constituindo assim importantes limites crustais. Os dados gravimétricos utilizados, foram obtidos a partir de perfis terrestres. Por exemplo, a seção gravimétrica regional de 150 km entre as cidades de Araripina e Salgueiro mostrou que o bloco mais denso na região é o núcleo profundo do Icaiçara, com repercussão até o limite crosta/manto num processo de espessamento e soerguimento crustal. Na faixa de 14 a 16 km há uma ascensão forte das rochas mais densas com expressão ligeira no manto litosférico (em torno de 32 km). Estes dados fomentaram a análise estrutural conduzida no TIC, cuja estruturação regional é materializada por uma megadobra antiforme revirada de superfície axial (Sax3) com eixo Lb3 de direção NE. A partir da análise de afloramentos e cartografia geológica, hierarquizou-se três fases de caráter dúctil (D1, D2 e D3) e uma de caráter rúptil (D4). Dados de foliação e lineação de estiramento mineral indicam que a estruturação geral corresponde a um padrão de interferência de dobramentos do tipo “domos e bacias”, nos quais as superfícies axiais pretéritas (Sax1) com eixo Lb1 de direção E-W encontraram-se reviradas por superfícies ortogonais (Sax2) de direção N-S. Os marcadores deformacionais pretéritos são ainda paralelizados pela tectônica transcorrente (D3), sobretudo na porção sul onde predominam milonitos ligados ao Lineamento Pernambuco; na porção leste pela Zona de Cisalhamento Parnamirim, e oeste pela Zona de Cisalhamento Trempe, ambas de direção NE-SW e cinemática transcorrente sinistral. Estas estruturas representam o mais importante registro do evento Brasiliano, verticalizando e transpondo estruturas pretéritas tanto do Riaciano, quanto do Toniano (?), sendo ainda responsável pela inversão tectônica das paleobacias ediacaranas da Faixa Piancó-Alto Brígida. Interpreta-se aqui que essas três zonas de cisalhamento em conjunto geraram rotação horária e acomodação do transporte deste bloco crustal por meio de mecanismos de escape lateral. Finalmente, sugere-se que o Terreno Icaiçara constitui segmento crustal polideformado, sendo um provável terreno exótico do tipo metamórfico, alojado por meio de tectônica transcorrente na forma de ribbon continent, conceito recentemente postulado na literatura para a evolução do continente Gondwana.

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  • LÍLIA ALBUQUERQUE DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO ESPECTRAL DE SKARNS MINERALIZADOS EM W-Mo-VESUVIANITA: o exemplo do skarn de Umbuzeiro Doce (PB)

  • Advisor : THAIS ANDRESSA CARRINO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GUSTAVO MACEDO DE MELLO BAPTISTA
  • SEBASTIAO RODRIGO CORTEZ DE SOUZA
  • THAIS ANDRESSA CARRINO
  • Data: Jan 26, 2022


  • Show Abstract
  • A Província scheelitífera do Seridó e conhecida pela ocorrência de depósitos minerais de skarns mineralizados principalmente em W, Mo e Au. Neste trabalho, estudou-se bolsões de skarns de Umbuzeiro Doce, localizado na cidade de Santa Luzia (PB). Para a caracterização mineral, foi utilizada a técnica de espectroscopia de reflectância associada a análise petrografica. Foram utilizadas 61 curvas espectrais que foram normalizadas pela técnica de remoção do contínuo, onde foi possível individualizar as principais fases minerais, estabelecendo-se os seguintes zoneamentos minerais: (i) a zona de mármore, com feições de absorção em 2340 e 2475nm (C-O); (ii) a zona de tremolita mármore, com absorções típicas em 1393 (OH) e 2313nm (Mg-OH); (iii) a zona de granada-vesuvianita que apresenta absorção principal em 2215nm (OH); (iv) a zona de diopsídio-hornblenda com feição de absorção característica em 1153nm (Fe2+); (v) a zona de wollastonita tardia, que não apresenta assinatura espectral diagnóstica. Cristais de molibdenita ocorrem na interface de mármore com zonas de alteração granada-vesuvianita e diopsídio-hornblenda. Apenas houve um registro de afloramento de mármore portador de cristais de vesuvianita violeta com potencial gemológico, diferenciada de outras variações por absorções de Cr3+ em ~548 e 680nm. A partir das associações minerais e análise pontual da espectroscopia de reflectância, foram gerados índices espectrais, de forma a automatizar e otimizar a identificação de zonas potenciais a exploração de Mo, W e de vesuvianita gemológica. Os índices elaborados foram o índice espectral de mármore (MI = 2414nm/2475nm), o índice espectral de tremolita mármore (TMI = 1360nm/1393nm), o índice espectral da zona de granada-vesuvianita (GVI = 2140nm/2215nm); o índice espectral da zona de diopsídio-hornblenda (DHI = (500nm/1153nm)/1380nm), e o índice espectral de vesuvianita violeta (VVI = 476nm/548nm). Esta metodologia baseada na caracterização espectral e criação de métricas espectrais pode ser usada como guia exploratório para ocorrências e depósitos de Mo e/ou W e vesuvianita violeta que apresentem um zoneamento mineral semelhante ao de Umbuzeiro Doce.

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  • LEONARDO MARINHO DE OLIVEIRA
  • TAFONOMIA DE VERTEBRADOS E O PRIMEIRO DINOSSAURO DA FORMAÇÃO ALIANÇA, JURÁSSICO SUPERIOR DA BACIA DE JATOBÁ

  • Advisor : EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HERMÍNIO ISMAEL DE ARAÚJO JÚNIOR
  • EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Feb 1, 2022


  • Show Abstract
  • A Formação Aliança, integrante do Grupo Brotas, Bacia de Jatobá, representa o primeiro pulso lacustre que ocorreu durante a fase de início de rifte nos primeiros esforços de separação do Gondwana Ocidental, durante o Neojurássico. Nesse contexto, uma importante fauna de vertebrados é encontrada em diversos estratos dessa unidade, principalmente na região de Ibimirim, Estado de Pernambuco. Os dois objetivos principais desse trabalho incluem: (1) descrever as tafofáceis de vertebrados e (2) realizar o estudo taxonômico do primeiro fóssil de dinossauro dessa formação. A tafocenose encontrada é constituída fundamentalmente por elementos ósseos desarticulados. A partir da determinação de litofácies, de classes tafonômicas e de aspectos tafonômicos intrínsecos, como representação óssea, tipos de fraturas, marcas de abrasão e coloração de dentes e ossos, foram identificadas em calcarenitos as tafofácies A e B, e em calcilutitos, a tafofácies C. O modelo integrado sugere que a gênese das tafofácies está ligada à atuação do rebaixamento do nível de água do paleolago, e os agentes de transporte e desarticulação relacionados à exposição subaérea pré-soterramento, a ação de correntes de turbidez unidirecionais em águas rasas e provável atuação de tempestades. Para os calcilutitos da Formação Aliança é registrada uma vertebra caudal do primeiro dinossauro terópode para essa unidade, que constitui o registro mais antigo de dinossauro do jurássico brasileiro. Comparado a terópodes da América do Sul e África, esse espécime se aproxima taxonomicamente de ceratossaurídeos do Jurássico Tardio da Tanzânia, na Formação Tendaguru. Finalmente, esse dinossauro representa o primeiro fóssil com um amplo poder de correlação paleobiogeográfica e bioestratigráfica, reforçando à idade do Jurássico tardio paraa Formação Aliança.

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  • JOSÉ DINIZ MADRUGA NETO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DOS PROCESSOS EROSIVOS E DE VULNERABILIDADE NO LITORAL DO MUNICÍPIO DO PAULISTA – PE, E SUAS IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FABIO JOSÉ DE ARAÚJO PEDROSA
  • ROCHANA CAMPOS DE ANDRADE LIMA SANTOS
  • VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • Data: Feb 23, 2022


  • Show Abstract
  • Esta pesquisa foi realizada no munícipio do Paulista, litoral norte do estado de Pernambuco (Bacia da Paraíba), entre as praias de Enseadinha, localizada ao norte da desembocadura do rio Paratibe, e o pontal de Maria Farinha, localizada ao sul da desembocadura do rio Timbó. O trabalho teve intuito de levantar informações sobre o sistema costeiro, com base na caracterização morfodinâmica e geoambiental, quantificando o balanço sedimentar através de análises granulométricas; definir uma linha de preamar máxima atual; realizar levantamentos hidrodinâmicos; e analisar a vulnerabilidade das praias do referido município. Para isto, fez-se um monitoramento bimestral com o levantamento de sete perfis topográficos associados a coletas de sedimentos nos setores praiais, tais quais a antepraia, o estirâncio e pós-praia (quando houve), entre os meses de julho/2019 e março/2020. Na correlação dos perfis topográficos associados à sedimentologia das amostras, os resultados indicaram que o balanço sedimentar foi positivo (deposicional) em quatro pontos, sendo o perfil praial 4, na praia de Pau Amarelo, onde houve a maior variação com +17,6m³/m. Em outros três perfis, o balanço final foi negativo, sendo o perfil 2 o que obteve a maior variação negativa com -26,4m³/m. A sedimentologia mostrou que aproximadamente 90% das 79 amostras coletadas foram classificadas na fração areia. O perfil 4 apresentou 100% das amostras com assimetria negativa, típica de ambientes praiais, e que, associada a outros parâmetros, podem indicar áreas que estão em processo de erosão. No que se refere ao levantamento da linha de preamar máxima, constatou-se a retrogradação da linha de costa em grande parte da área de estudo, em virtude, sobretudo, da ocupação desordenada no litoral, onde a população busca cada vez mais morar em frente ao mar, realizando, para isso, obras antrópicas e invadindo a faixa de praia. Com relação a análise da vulnerabilidade, foram utilizadas duas variáveis: a Costeira e a Continental. De modo geral, os indicadores utilizados revelaram um litoral altamente vulnerável, com aproximadamente 65% da linha de costa apresentando intenso processo erosivo, com a presença de obras de proteção costeira sem uma fundamentação técnica adequada, e/ou em mau estado de conservação. Em 31% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como moderada, apresentando em geral uma faixa de praia estreita, vegetação do tipo gramínea e um baixo quantitativo de ocupações. Apenas no extremo norte da área, no pontal da praia de Maria Farinha, representando 4% da área de estudo, a vulnerabilidade foi classificada como baixa. Isto ocorreu, sobretudo, pelo bom suprimento sedimentar na área, acresção da linha de costa, presença de bancos de areia e, principalmente, pela ausência de ocupações.

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  • ALLAN ALCANTARA PAIVA DA CUNHA
  • DEFORMAÇÃO INTRACONTINENTAL NO INTERIOR DO TERRENO ALTO MOXOTÓ: caso de estudo da região de Sumé, Paraíba

  • Advisor : LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HAROLDO MONTEIRO LIMA
  • JOAO PAULO ARAUJO PITOMBEIRA
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • Data: Apr 18, 2022


  • Show Abstract
  • O Terreno Alto Moxotó da Província Borborema envolve o mais antigo registro crustal da Zona Transversal da Província Borborema. A região de Sumé, Paraíba, está localizada no coração desse terreno, tendo sido alvo de recentes investigações em função da sua complexidade geológica e geocronológica. Nesta área, as rochas aflorantes correspondem a ortognaisses, migmatitos, metagranitos e sequências ultramáficas e metavulcanossedimentares datadas entre 2,15 e 1,60 Ga. Por representar um domínio do embasamento pouco retrabalhado, o Terreno Alto Moxotó apresenta uma excelente oportunidade de combinar dados aerogeofísicos com análise estrutural em escala mesoscópica. A partir da análise dos mapas magnetométricos incluindo amplitude do sinal analítico, primeira derivada e campo magnético anômalo, conclui-se que a estruturação principal possui trend NE-SW, com estruturas de segunda ordem na direção E-W. As principais estruturas que atuam na área representam bem as anomalias geofísicas sendo as zonas de cisalhamento Congo-Cruzeiro do Nordeste a sul, representando o possível limite com o Terreno Rio Capibaribe e Xinxó à norte, que corta o interior do Terreno Alto Moxotó. Essas estruturas, formam um par conjugado de Riedel, responsáveis pelo retrabalhamento parcial de estruturas relacionadas à tectônica anterior, interpretada como cavalgamentos relacionados ao sistema Riachão do Bacamarte. Conclui-se que tais estruturas, seriam responsáveis pela configuração dobrada da área, materializada em uma mega sinforme moderadamente inclinada, interpretada como o resultado de arrasto regional. Tal interpretação é reforçada pela mudança gradativa do ângulo de foliação, bem como a rotação da lineação de estiramento mineral, incluindo geometria oblíqua, típica de deformação progressiva relacionada a um único evento regional. Conclui-se que a intracontinental ou intracratônica foi responsável pelo principal processo tectônico dentro do Terreno Alto Moxotó, interpretado como um fragmento microcontinental Paleoproterozoico no interior da Província Borborema.

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  • GUILHERME AUGUSTO MENDONÇA MAIA
  • CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA PLATAFORMA CONTINENTAL DO ESTADO DA PARAÍBA, BRASIL

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GEORGE SATANDER SÁ FREIRE
  • MAAMAR EL-ROBRINI
  • NARELLE MAIA DE ALMEIDA
  • Data: Apr 22, 2022


  • Show Abstract
  • Estudos da plataforma continental brasileira, sobretudo a do Nordeste e em particular a da Paraíba são escassos. Com a finalidade de diminuir essa lacuna, este trabalho mapeou os sedimentos do fundo marinho da plataforma continental do estado da Paraíba concomitante com a elaboração de um mapa batimétrico e análises estatísticas dos dados. Para isso, contou com 1096 amostras de sedimentos do fundo marinho coletadas durante o projeto GranMar (Granulados Marinho do Brasil). A coleta foi realizada por amostrador do tipo VanVeen e a profundidade computada pelo ecobatímetro EDO 185 Oceanográfico de 12 KHz. As amostras foram submetidas aos processos de lavagem, secagem, separação granulométrica e o cálculo do teor de carbonato de cálcio (CaCO3) utilizando o Calcímentro de Bernard adaptado. Todos os resultados foram armazenados e processados no programa ANASED que também calculou alguns parâmetros estatísticos. As isóbatas variaram entre 7 m e 37 m, com evidências morfológicas de fundo distintas entre as regiões norte e sul da plataforma, coincidentes com a subdivisão da bacia Paraíba. Destaca-se a porção norte com um relevo mais irregular e com maior presença de canais submersos em relação a região sul. A plataforma é definida como carbonática com teores acima de 75%, composta majoritariamente por bioclastos. Cascalho e areia são as principais granulometrias encontradas, já os sedimentos finos não são representativos. Diante às análises foi possível identificar e mapear três fácies sedimentares ao longo da plataforma continental da Paraíba. A fácies areia bioclástica com grânulos e cascalhos é dominante e com maiores concentrações na porção sul da plataforma. Cascalho bioclástico se encontra em maiores concentrações no setor norte, já no Sul a fácies areia bioclástica é a mais presente. Não há correlação entre os parâmetros estatísticos, granulometria, teor de carbonato e profundidade. Aparentemente a morfologia de fundo é a principal controladora dos sedimentos, já que há contrastes entre a região que possui maior presença de recifes e relevo variado (norte) e outra com um relevo mais regular (sul). A caracterização faciológica dos sedimentos do fundo marinho constitui-se um dos parâmetros importantes para a compreensão do ambiente plataformal que refletem processos geológicos e hidrodinâmicos passados e atuais. Além disto, pode ajudar a subsidiar o embasamento para pesquisas no âmbito ambiental e econômico da região.

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  • VIVIAN SILVANI DE ARRUDA PASSOS
  • CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DAS ZONAS DE FALHA DA BORDA LESTE DA BACIA DO ARARIPE, NE BRASIL

  • Advisor : TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • JOSÉ RICARDO GONÇALVES MAGALHÃES
  • Data: Apr 29, 2022


  • Show Abstract
  • Zonas de falha são faixas de deformação rúptil importantes em bacias sedimentares porque exercem forte controle na compartimentação estrutural, migração e trapeamento de fluidos como hidrocarbonetos e água subterrânea. Além disso, zonas de falha são geralmente estruturalmente complexas e podem representar um importante papel na evolução tectônica de bacias sedimentares. Esta pesquisa apresenta a caracterização estrutural da deformação rúptil associada à borda leste da Bacia do Araripe, NE Brasil. Esta região abrange o contato entre rochas miloníticas (zona de cisalhamento Patos) do embasamento e a cobertura sedimentar da bacia (Formação Cariri). Neste trabalho, foram aplicados métodos de quantificação estrutural visando preencher uma lacuna na bibliografia sobre a evolução tectônica deste setor da bacia. Foram realizados estudos sobre a organização do arranjo espacial de lineamentos estruturais (topográficos e aeromagnéticos) e de bandas de deformação da Formação Cariri. Além disso, com a utilização da técnica da Deconvolução de Euler foi investigado a variação da profundidade das fontes de anomalias magnéticas que estão associadas às zonas de falha da área de estudo (falhas Mauriti, Coité e Umburanas). O arranjo espacial dos lineamentos topográficos, aeromagnéticos e das bandas de deformação da Formação Cariri apresentam padrões de espaçamentos irregulares. Os lineamentos regionais são caracterizados por arranjos aleatórios, enquanto as bandas de deformação possuem arranjos agrupados. Os lineamentos estruturais no setor da bacia e as bandas de deformação configuram pares conjugados com orientação NW-SE (R) e N-S (R'), e NNE-SSW (R) e ENE-WSW (R') de acordo com o modelo de Riedel, para transcorrência destral e sinistral, respectivamente. Os dados de posição e profundidade das anomalias magnéticas referente às zonas de falha (falhas Mauriti, Coité e Umburanas) mostram valores assimétricos (200 a 800 m) que delineiam altos e baixos estruturais (horsts e grabens). Os resultados deste trabalho indicaram que as principais zonas de falha da borda leste da Bacia do Araripe apresentam uma concentração de deformação rúptil com clusters de lineamentos topográficos e bandas de deformação. Adicionalmente, esta pesquisa propõe que a reativação rúptil da trama dúctil da zona de cisalhamento Patos controlou a evolução tectônica da borda leste da Bacia do Araripe.

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  • DANIELE DE MELO MENDES BRITTO
  • OSTRACODES NÃO MARINHOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA (CRETÁCEO INFERIOR), BACIA RECÔNCAVO, NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : ENELISE KATIA PIOVESAN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CRISTIANINI TRESCASTRO BERGUE
  • EDISON VICENTE OLIVEIRA
  • ENELISE KATIA PIOVESAN
  • Data: May 30, 2022


  • Show Abstract
  • O avanço dos estudos abordando a bioestratigrafia com base em ostracodes tem evidenciado uma contribuição efetiva deste grupo microfóssil no conhecimento da história geológica das bacias do Nordeste brasileiro. Os resultados bioestratigráficos obtidos através do estudo de ostracodes não marinhos na Bacia do Recôncavo foram determinantes na caracterização cronoestratigráfica do Mesozoico das bacias brasileiras. Além da idade, o reconhecimento dos andares locais da Série Bahia tem permitido correlações estratigráficas e faunísticas em diversas bacias interiores do Brasil. Neste contexto, o presente trabalho objetivou a análise de ostracodes não marinhos dos Andares Rio da Serra (Berriasiano–Hauteriviano) e Aratu (Hauteriviano–Barremiano), recuperados da Formação Maracangalha, Bacia do Recôncavo. A metodologia de preparação de amostras seguiu os procedimentos usuais para recuperação de microfósseis carbonáticos em folhelhos e siltitos ao longo dos perfis Gameleira e Manguinhos (Ilha de Itaparica) e Praia da Falha (Ilha dos Frades) Baía de Todos os Santos. Foram realizadas sessões de Microscopia Eletrônica de Varredura e Espectrometria de Energia Dispersiva, de modo a detalhar elementos morfológicos das carapaças, bem como o hábito mineral das piritas e a identificação pontual de elementos químicos nas carapaças dos ostracodes. No material analisado, foram identificadas sete espécies do gênero Cypridea Bosquet, 1852; duas espécies de Reconcavona Krömmelbein, 1962; três espécies de Ilhasina Krömmelbein, 1963; uma espécie de Candona Baird, 1945; uma espécie de Brasacypris Krömmelbein, 1965 e uma espécie do gênero Alicenula Rossetti & Martens, 1998. A associação de ostracodes encontrada foi interpretada como típica de ambiente lacustre. O posicionamento biocronoestratigráfico no Andar Rio da Serra (Berriasiano–Valanginiano), subzona RT-004.2, foi possível pela presença da espécie-guia Reconcavona? polita Viana, 1966, no afloramento Manguinhos. No afloramento Praia da Falha, a associação faunística permitiu inferir sua idade entre os andares Rio da Serra e Aratu (Valanginiano–Hauteriviano), através do registro das espécies Ilhasina amphotera e Cypridea lunula. No afloramento Gameleira, as interpretações de idade foram inconclusivas, devido à raridade e preservação da assembleia microfossílífera. O padrão de preservação das carapaças de ostracodes variou conforme a mudança de fácies sedimentares, o que implicou em ostracodes com substituição total ou parcial da carapaça por pirita. Os resultados das análises de EDS indicaram a presença de Fe e S corroborando mineralização por sulfeto de ferro. As imagens de MEV revelaram o hábito euédrico e framboidal das piritas nas carapaças, que indicam condições de diagênese precoce e baixas profundidades de soterramento.

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  • JOÃO VICENTE TAVARES CALANDRINI DE AZEVEDO
  • ASPECTOS DIAGENÉTICOS, TECTONO-ESTRATIGRÁFICOS E POTENCIAL EXPLORATÓRIO DE HIDROCARBONETOS DA FORMAÇÃO POTI, BACIA DO PARNAÍBA, NORDESTE DO BRASIL

  • Advisor : MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CLAUS FALLGATTER
  • MARCELA MARQUES VIEIRA
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • Data: Jul 29, 2022


  • Show Abstract
  • Esta pesquisa apresenta uma análise sedimentológica, estratigráfica e icnológica da sucessão Neo-carbonífera exposta à sudeste e nordeste das cidades de Itaueira e Floriano, nordeste da Bacia do Parnaíba. O estudo focou na descrição de diferentes fácies, as quais foram associadas e determinaram os ambientes deposicionais. Tal sucessão é composta pelas Formações Poti e Piauí que compõem cinco associações de fácies: plataforma dominada por ondas de tempestade (AF1-Poti), ambientes deltáicos (AF-2; AF-2-Poti), canais fluviais com barras arenosas (AF-4; Piauí) e depósitos de overbank (AF-5-Piauí). As plataformas dominadas por ondas de tempestade registraram variação climática periódica, que mudava a linha de base de ação das ondas, e variações eustáticas na plataforma, evidenciada pelo padrão deposicional. O conteúdo icnofóssil indica o predomínio de condição marinha rasa em direção ao topo dos perfis estratigráficos. Na região de Floriano os depósitos costeiros e continentais predominavam, sendo representado pelo lobos deltáicos que eram alimentados por canais fluviais em ambientes flúvio-deltáicos, com variações eustáticas, evidenciadas pelo padrão deposicional. As associações de fácies da Formação Piauí evidenciaram a ocorrência de depósitos fluviais com descargas variáveis de sedimentos que formaram barras arenosas e depósitos de overbank, por processos de avulsão do canal. Os depósitos da porção central da Bacia do Parnaíba foram influenciados por variações climáticas, eustáticas e tectônicas na porção oeste do supercontinente Gondwana que regularam o padrão de sedimentação. Além disso, foram aplicadas análises petrográficas, difração de raios-x (DRX) e imageamento de catodoluminescência (CL) nos arenitos da associação de fácies de plataforma dominada por onda tempestade da Formação Poti. Os resultados permitiram fazer inferências em relação a area fonte de sedimentos e determinar suas características como rocha reservatório. Os processos diagenéticos identificados foram: infiltração mecânica de argila, compactação mecânica e química, sobrecrescimento/cimentação de quartzo, dissolução, alteração, substituição de grãos e cimentação de hematita e óxido de titânio. As associações de fácies de shoreface inferior/offshore (AF-1) e shoreface superior (AF-2) são compostas por arenitos de granulometria silte e areia fina a grossa com grãos subangulosos a angulosos e pobremente selecionados. Ambas são texturalmente homogêneas e diferem na granulometria, sistema deposicional e intensidade dos eventos diagenéticos, os quais afetaram o sistema permo-poroso dessas rochas. A cimentação de argila e hematita tiveram um impacto negativo na qualidade do reservatório, especialmente nos arenitos da associação de fácie de shoreface inferior/offshore e das camadas basais da sucessão, nos quais a porosidade diminuiu. Entretanto, os mesmos eventos diagenéticos não foram significativos na associação de fácies de shoreface superior e nas camadas superiores, não afetando, portanto, a qualidade do reservatório. Além disso, a influência de fluidos hidrotermais ácidos ajudou na melhora da qualidade, pois aumentou a porosidade e permeabilidade. Em termos de proveniência foi possível determinar, através da catodoluminescência, padrão de paleocorrente e análise de minerais pesados que os sedimentos provinham do sudeste da Bacia do Parnaíba em direção à noroeste, e que as rochas da Província Borborema e Cráton São Francisco foram a principal fonte sedimentar, a qual é representada por rochas metamórfica peraluminosas de alto grau e granitos ricos em feldspatos (Tipo-I), gerados no final do Ciclo Brasiliano.

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  • EMMANUEL FRANCO NETO
  • ANÁLISE ICNOTAXONÔMICA E PALEOAMBIENTAL DE UMA SEÇÃO DA FORMAÇÃO PIMENTEIRA, DEVONIANO DA BACIA DO PARNAÍBA

  • Advisor : MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ANTONIO CARLOS SEQUEIRA FERNANDES
  • SANDRO MARCELO SCHEFFLER
  • SONIA MARIA OLIVEIRA AGOSTINHO DA SILVA
  • Data: Sep 6, 2022


  • Show Abstract
  • A Bacia do Parnaíba é caracterizada por uma extensa e complexa história geológica, apresentando uma coluna sedimentar com rochas paleozoicas e mesozoicas, que abrange cerca de 3.500 m no depocentro, cortadas por rochas ígneas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos magmáticos. Essa bacia ocupa uma área em torno de 600 mil km² nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, em parte dos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará e Bahia. A Formação Pimenteira (Eifeliano-Frasniano), que está inserida no Grupo Canindé, foi depositada durante a maior ingressão marinha da Bacia do Parnaíba. Sua litologia é definida por folhelhos cinza escuro a preto ou esverdeados, radioativos, com níveis ricos em estruturas de bioturbação e um elevado teor de matéria orgânica. Registram-se também a intercalação dos folhelhos com siltitos e arenitos. O ambiente deposicional é interpretado como uma plataforma dominada por tempestades. Em termos icnológicos, essa formação é a que apresenta maior diversidade e abundância de icnofósseis no Grupo Canindé. Este trabalho tem como objetivo analisar os icnofósseis e interpretar o paleoambiente em seções da Formação Pimenteira. O presente estudo baseou-se em descrições in loco e em amostras coletadas no município de Pimenteiras (Piauí). A seção em estudo localiza-se no leito do Rio Sambito, sendo caracterizada pela intercalação de arenitos fino a muito fino e siltitos. No topo das camadas dos arenitos é registrado marcas de onda (intervalo mais abundantes em estruturas de bioturbação) e estratificação cruzada swaley e hummocky. Foram identificados 28 icnotáxons: Arenicolites isp., Arthraria isp., Beaconites isp., Bifungites cruciformis, B. piauiensis, Cruziana isp., Cylindrichnus isp., Didymaulichnus isp., Diplichnites isp., Diplocraterion isp., Granularia isp., Gyrophyllites isp., Halimedides annulata, Helminthopsis isp., Lockeia siliquaria, Lophoctenium haudimmineri, Nereites isp., Palaeophycus tubularis, Psammichnites isp., Planolites isp., Protopaleodictyon spinata, , Rosselia isp., Rusophycus isp., Schaubcylindrichnus isp., Skolithos isp., Taenidium barretti, Teichichnus rectus e Thalassinoides isp. Esses icnotáxons concentram-se em estratos associados à deposição em contexto de offshore transicional a shoreface inferior, com predomínio de estruturas biogênicas horizontalizadas, além de estruturas verticais ocorrendo de modo subordinado. A partir dessa icnoassociação foi possível caracterizar as suítes Bifungites, Lophoctenium e Palaeophycus, que representam uma icnofauna residente geralmente atribuível à icnofácies Cruziana e uma icnofauna pós-tempestade atribuível à icnofácies Skolithos e representada pela suíte homônima. A icnofauna pós-tempestade apresenta dominância de escavações verticais com intensidades variáveis e estão associadas às condições de alta energia resultantes do evento de tempestade. Por outro lado, o topo dos leitos de tempestade pode ser retrabalhado pela fauna bentônica, resultando em expressões comuns à icnofácies Cruziana.

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  • SALVIANO PEREIRA DA SILVA
  • HISTÓRIA METAMÓRFICA DE UM PLATÔ OCEÂNICO: o exemplo do Complexo Raspas, Equador

  • Advisor : CARLA JOANA SANTOS BARRETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • RAFAEL GONÇALVES DA MOTTA
  • CARLA JOANA SANTOS BARRETO
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • Data: Dec 5, 2022


  • Show Abstract
  • Platôs oceânicos são porções da crosta anomalamente espessas cuja origem é associada a grandes volumes de magma oriundos de plumas mantélicas. A maior parte do seu registro é apenas acessível como fragmentos acrescionados em margens ativas. Contudo, apesar de modelos matemáticos preverem a possibilidade de platôs oceânicos serem subduzidos não existem registros de fragmentos que atingiram grandes profundidades e exumados, como eclogitos e xistos azul. Nesse trabalho são apresentadas evidências geoquímicas, geocronológicas e de modelagem termodinâmica que provam a subducção e exumação de platôs oceânicos. A partir desses dados discutirá o caminho tectônico percorrido a partir da assinatura metamórfica imprimido em eclogitos e xistos azuis.

    O estudo teve foco no Complexo Metamórfico Raspas, localizado no sudeste do Equador. Esse complexo ofiolítico de alta pressão é majoritariamente composto por eclogitos, metaultramáficas e xistos azuis além de incipientes assembleias retrógradas como xistos verde e granada anfibolitos subduzidos no Cretáceo Inferior. A assinatura geoquímica demonstra similaridades com N-MORB e E-MORB e material originados em uma fonte mantélica heterogênea (Zr/Nb – 7.69-112.66). Durante a ascensão da pluma mantélica houve o aumento do grau de fusão parcial (Sm/Yb ­ 0.94-1.95) e empobrecimento do material (La/Yb ­ 0.76-6.86).

    Devido sua elevada espessura as porções mais internas possivelmente receberam menos energia térmica vinda do manto, ou pelo menos o aquecimento foi mais lento. O que foi refletido na diferença de ~100 °C registrada pelos eclogitos e xistos azuis, permitindo a preservação da assembleia formada nos estágios iniciais pelos xistos azuis. O início do evento de alta pressão é marcado pela formação da assembleia winchita + paragonita/fengita + epidoto + quartzo ± chlorita no xisto azul em 490 °C/1.15 GPa durante a colisão do platô com a margem Andina facilitado pela sua menor densidade comparado a uma crosta oceânica normal. Resultando em uma compressão isotérmica durante a formação de núcleos de granada em 523 °C/1.68 GPa. No eclogito essa fase é registrada pela assembleia onfacita + katoforita + clinozoisita + granada + quartzo ± fengita entre 598-661 °C/1.43-1.63 GPa.

    Durante a subducção à medida que o platô oceânico era transformado em eclogito o aumento de densidade resultante favoreceu o aumento do ângulo de subducção. Esse processo possivelmente gerou um adelgaçamento do platô visto que as porções mais rasas com menor densidade resistiam à subducção enquanto as regiões mais densas, já transformada em eclogito, “puxavam” o platô para o manto. Isso é refletido no aquecimento isobárico imprimido nos eclogitos durante a formação de granadas em atol (709 °C/1.61 GPa) e em uma leve descompressão com aumento de temperatura durante a formação de granada (borda) + fengita + clinozoisita + onfacita + winchita + quartzo entre 570-590 °C e 1.4-1.7 GPa no xisto azul.

    Idades Ar/Ar em fengita no eclogito indicam que a exumação ocorreu em 129 Ma, logo após o principal evento de alta pressão ocorrido em 133 Ma. O metamorfismo retrógrado impresso durante a exumação caracteriza-se por uma descompressão isotermal. A qual é representada pela assembleia pargasita + Mg-hornblenda + albita + epidoto + chlorita (450-550 °C /< 0.6 GPa) que substitui em graus variados os xistos azuis. A trajetória metamórfica durante a exumação somado a rápida duração da mesma (1.25-0.5 cm/ano) indicam que o principal mecanismo de exumação foi um slab breakoff regional consistente com o mecanismo previamente proposto à outras ocorrências na Colômbia.

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  • BRUNO DE ARAÚJO GOMES
  • TAFONOMIA, PALEOECOLOGIA E PALEOGEOGRAFIA DA FAUNA DE INVERTEBRADOS EM NOVOS SÍTIOS FOSSILÍFEROS DA FORMAÇÃO ROMUALDO, APTIANO-ALBIANO, BACIA SEDIMENTAR DO ARARIPE, NE DO BRASIL

  • Advisor : ALCINA MAGNOLIA DA SILVA FRANCA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ISMAR DE SOUZA CARVALHO
  • LUDMILA ALVES CADEIRA DO PRADO
  • PRISCILLA ALBUQUERQUE PEREIRA
  • Data: Dec 6, 2022
    Ata de defesa assinada:


  • Show Abstract
  • Os invertebrados fósseis são de grande importância para o entendimento de fenômenos pretéritos, principalmente no que se diz respeito a mudanças no paleoambiente. A Formação Romualdo (Aptiano-Albiano) da Bacia do Araripe apresenta abundantes e diversos grupos de invertebrados que juntos podem contribuir para melhor compreensão do seu ambiente deposicional, uma vez que os aspectos paleoambientais e paleogeográficos da unidade ainda são descutidos. Como resultado, foram analisadas 4 seções estratigráficas expostas em mineradoras de gipsita (Formação Ipubi), nos municípios de Araripina e Ipubi, PE, porção oeste da Bacia do Araripe e foram identificados 13 táxons (Decapoda: Paleomattea deliciosa, Kellnerius jamacaruensis; Spinicaudata: Cyzicus brauni, Cyzicus pricei, Martinestheria codoensis, Estheriina costai; Gastropoda: Tylostoma ranchariensis, Paraglaugonia sp., Pseudomesalia (‘Pseudomesalia’) santanensis, cassiopídeos, ceritídeos e naticídeos indeterminados; e Bivalvia: Brachidontes araripensis). Estes foram agrupados em três associações: Paleomattea deliciosa, Cizycus sp. e Cassiopidae, e três paleoambientes distintos: transicional, incursão I e II. Enquanto as associações Cyzicus sp. e Paleomattea deliciosa evidenciam ambientes de baixa energia, a associação Cassiopidae implica em soterramento tempestítico. Os resultados apontam para influência do Mar Tétis, possivelmente através da Bacia Potiguar ou do Parnaíba. Além disso, realizou-se uma revisão de literatura que compilou dados paleoambientais e paleogeográficos a respeito dos invertebrados fósseis da Bacia do Araripe, com a finalidade de guiar novas pesquisas sobre esta temática.

Thesis
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  • OSVALDO JOSE CORREIA FILHO
  • ANÁLISE DE PROCESSOS DE REATIVAÇÃO TECTÔNICA NA MARGEM ORIENTAL DO NE DO BRASIL E CROSTA OCEÂNICA ADJACENTE A PARTIR DE DADOS SÍSMICOS

  • Advisor : JOSE ANTONIO BARBOSA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HÉLIO JORGE PORTUGAL SEVERIANO RIBEIRO
  • FRANCISCO CÉZAR COSTA NOGUEIRA
  • GORKI MARIANO
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • Data: Jan 28, 2022


  • Show Abstract
  • As bacias marginais de Pernambuco, Paraíba e a Plataforma de Natal estão localizadas na margem leste atlântica do Brasil. Evidências de reativação tectônica pós-rifte têm sido descritas de forma sistemática no setor onshore e no embasamento adjacente destas bacias. No entanto, o impacto destes eventos de reativação na região offshore é pouco conhecido. Processos de reativação apresentam extrema importância para os modelos exploratórios de bacias sedimentares, pois podem gerar excelentes trapas estruturais e rotas de migração de hidrocarbonetos. Esta pesquisa apresenta uma avaliação dos efeitos de reativação nestas bacias com base em dados de sensoriamento remoto, dados geofísicos potenciais, e de sísmica de reflexão. Os resultados permitiram comprovar a existência de processos de reativação tectônica que afetaram a região offshore destas bacias, e também da crosta oceânica adjacente. A pesquisa conseguiu estabelecer as relações entre as extensas zonas de cisalhamento com orientação NE-SW e E-W, do embasamento adjacente, com o arcabouço criado pelo rifte Cretáceo, e com as zonas de fratura do domínio oceânico. A análise de 130 seções sísmicas 2D permitiu mapear planos de falhas propagados a partir da reativação de falhas do rifte, que afetaram depósitos do Cretáceo Superior e do Cenozoico-Recente na região de plataforma destas bacias. O estudo também conseguiu mapear a extensão da camada de sal que ocorre no Platô de Pernambuco, a partir da tectônica de sal produzida pela sua deformação. Foram reconhecidas estruturas como diápiros, almofadas de sal, salt sheets e salt teardrop. O estudo estatístico da distribuição das falhas pós-rifte revelou que a reativação também afetou a região de crosta oceânica durante o Cenozoico. O tratamento estatístico da magnitude das componentes de rejeitos dos planos de falhas reativadas mostrou que a configuração estrutural do embasamento Pré-Cambriano controlou a intensidade dos processos/deformação de reativação os quais foram dominados durante o Cenozoico por um regime transcorrente, por um campo máximo de tensões compresivo com direção E-W, e um campo de tensões extensional com direção N-S.

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  • LUCIA HELENA DE SOUZA ELEUTERIO
  • IDENTIFICAÇÃO SISTEMÁTICA DE VERTEBRADOS CRETÁCICOS DA SUB-BACIA JAMES ROSS (PENÍNSULA ANTÁRTICA) POR MEIO DA ANÁLISE OSTEOHISTOLÓGICA

  • Advisor : JULIANA MANSO SAYAO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • FLAVIANA JORGE DE LIMA
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • JULIANA MANSO SAYAO
  • MARINA BENTO SOARES
  • RENAN ALFREDO MACHADO BANTIM
  • Data: Feb 11, 2022


  • Show Abstract
  • Os fósseis da Antártica podem ser considerados bastante raros, inclusive em termos de vertebrados. A maioria dos materiais tetrápodes apresenta aspecto fragmentado e desarticulado, dificultando a identificação. A análise paleohistológica ajuda a identificar esses animais através dos registros de vida na microestrutura óssea. É possível verificar padrões de crescimento, modo de vida e uma série de adaptações ecológicas e fisiológicas. Poucos trabalhos com paleohistologia foram realizados em répteis da Antártica. O objetivo deste estudo foi identificar o grupo de tetrápodes cretáceos preservados na Sub-bacia James Ross (Península Antártica) por análise histológica comparando sua microestrutura com outras biotas gondwânicas e de outros continentes. O material utilizado é proveniente da exepdição PALEOANTAR coletada entre os anos de 2015 e 2016. Foram selecionados 20 fragmentos de répteis não identificados morfologicamente para confecção das lâminas osteohistológicas. Répteis aquáticos associados a Plesiosauria e Mosasauria foram encontrados, além de uma microestrutura não identificada por ausência de estudos realizados. Para Plesiosauria, foram observados animais com hábitos de vida variados em diferentes estágios ontogenéticos. Em Mosasauria, animais hidropélvicos e plesiopélvicos integraram partes das amostras. Estruturas osteoporóticas, paquiostóticas, osteocleróticas e paquitosocleróticas foram encontradas na microanatomia desses espécimes aquáticos. Com a adaptação secundária à uma vida aquática diversificada, diferentes microestruturas e tecidos foram visualizados. O dinossauro terrestre Ankylosauria também foi associado com osteodermo e fragmento ósseo corporal em partes da análise. Este estudo integra mais informações sobre a microestrutura e padrões microanatômicos de répteis antárticos. Contribui para um maior conhecimento da história evolutiva, diversidade e paleobiologia da fauna na Península Antártica e seu vínculo passado com o supercontinente Gondwana.

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  • LUCIANA DANTAS DOS SANTOS
  • SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NO SISTEMA ESTUARINO-LAGUNAR DOS RIOS IPOJUCA E MEREPE (PE)

  • Advisor : ROBERTO LIMA BARCELLOS
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CARLOS AUGUSTO FRANCA SCHETTINI
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
  • ROBERTO LIMA BARCELLOS
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Jul 27, 2022


  • Show Abstract
  • O sistema estuarino-lagunar dos rios Ipojuca e Merepe faz parte do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), localizado na Baía de Suape (8°20’S/34°57’W) a cerca de 40 km ao sul do Recife. A presente qualificação de doutorado traz os capítulos 1, 2 e 3 da tese intitulada “Sedimentação holocênica no sistema estuarino-lagunar dos rios Ipojuca e Merepe (PE)” e as considerações gerais. O capítulo 1 é composto por aspectos gerais da tese (introdução, hipótese do estudo, objetivos, caracterização da área de estudo e a metodologia. O capítulo 2 é composto pelo artigo intitulado “Potencial de estoque e sequestro de carbono em estuários de Pernambuco: contexto atual e perspectivas futuras”. E o capítulo 3 que é composto pelo artigo intitulado “Características e comportamento sazonal da matéria orgânica sedimentar em sistemas estuarinos tropicais sob a influência comum de um complexo industrial portuário”. Observa-se que os estudos sobre MOS realizados até o presente momento em PE apresentam resultados promissores e nos dão uma base satisfatória do comportamento e características gerais da MOS depositada nos diferentes tipos de sistemas estuarinos locais. É necessário, no entanto, a continuidade e aprofundamento de pesquisas sobre a matéria orgânica nos sedimentos estuarinos do litoral Pernambucano, principalmente em regiões que passam por constantes alterações, que é o caso da região do Porto de Suape. Diante disso, o capítulo 3 procurou evoluir o conhecimento sobre processos sedimentares espaço-temporais, em escala de tempo sazonal, dos sistemas estuarinos de Ipojuca e Suape, adjacentes ao CIPS, por meio do comportamento da MOS. Por meio dos resultados, foi possível concluir que a dinâmica sedimentar é influenciada tanto pela hidrologia local quanto, provavelmente, pela espacialidade decorrente das mudanças estruturais sofridas pela instalação do CIPS. E o sistema do Ipojuca apresentou maiores variações nos parâmetros analisados do que o de Suape na distribuição e comportamento dos componentes sedimentares estudadas. Apesar de ter sido observado altos valores de MOT (máxima de 40% e média de 7%), pode-se dizer que os níveis de COT são baixos (COT<5%) e estão abaixo do valor de alerta da resolução do CONAMA. No entanto, o estado trófico indica que o sistema estuarino vem sofrendo com eutrofização, principalmente na região do estuário do rio Ipojuca.

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  • JOSÉ DIEGO DIAS VERAS
  • INTERPRETAÇÃO PALEOAMBIENTAL DA FORMAÇÃO TAMBABA (EOCENO) DA SUB-BACIA ALHANDRA, BACIA PARAÍBA, POR MEIO DE ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, ESTRATIGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS

  • Advisor : VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ALEX SOUZA MORAES
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • Data: Jul 27, 2022


  • Show Abstract
  • A Formação Tambaba possui idade Eocênica e ocorre de forma restrita em superfície na
    região costeira norte da Bacia Paraíba. Anteriormente, os depósitos carbonáticos constituintes
    desta unidade eram frequentemente citados como Formação Marinha Farinha Superior,
    admitindo-se uma formação estratigráfica distinta da Formação Marinha Farinha (de idade
    Paleocênica). Este trabalho teve como objetivo a construção de um modelo paleoambiental
    dos calcários recifais da referida formação através de estudos sedimentológicos,
    estratigráficos e geoquímicos. Os afloramentos estudados estão localizados na faixa costeira
    entre as praias de Tambaba, Coqueirinho e Jacumã, no estado da Paraíba. Estes depósitos
    carbonáticos apresentam um aspecto coquinoide e devido à erosão, um aspecto ruiniforme
    irregular. Porções acumuladoras de bivalves e gastrópodes propiciaram um intenso processo
    de bioerosão, causado principalmente por organismos perfuradores. Além disso, apresentam
    uma intensa variação de fácies que foram caracterizadas através de microscopia óptica e
    catodoluminescência entre Mudstones, Wackestones e Packstones. São compostas
    essencialmente por uma matriz micrítica com a presença ainda de pirita e sílica em menores
    proporções, entretanto, as fácies sofrem o processo diagenético de substituição de calcita por
    dolomita (dolomitização). Outros processos diagenéticos como dissolução, cimentação e
    compactação foram identificados nos estudos petrográficos. A evidência de bastante
    piritização substituindo valvas e fragmentos de bioclastos, e substituindo tubos de
    Thallassinoides indicam um estágio eodiagenético. Os valores de δ13C variam de 1.0 a 2.8‰
    e os de δ18O, de -1.3 a 1.8‰ VPDB, sugerindo deposição em ambiente de plataforma rasa
    restrito. Análises por fluorescência de raios-X sugeriram alterações diagenéticas, como
    dedolomitização (Mn/Sr varia de 0.6 a 28) e dolomitização sugerido pela alta razão Mg/Ca (0.5
    a 0.6). Além disso, os baixos teores de SiO2 e Al2O3 corroboram o baixo influxo de materiais
    terrígenos. A interpretação dessa resposta sugere mudanças ambientais, como aumento ou
    diminuição da bioprodutividade dos organismos que compõem esses calcários recifais. Essas
    mudanças também são registradas no comportamento dos elementos principais e traços - por
    exemplo, a relação entre SiO2, Al2O3, MgO e CaO, caracterizando dois ciclos diferentes
    durante a deposição desses calcários: o primeiro caracterizado por uma deposição
    predominantemente carbonática, e o segundo apresentando pulso de conteúdo siliciclástico.
    Além disso, os valores de paleotemperatura (9-15°C, a partir de dados de δ18O) obtidos,
    juntamente com os perfis quimioestratigráficos de estudos anteriores (por exemplo, δ13C, CaO,
    MgO, SiO2, Al2O3), indicam que os calcários de recife da Formação Tambaba foram
    provavelmente depositados cerca de 5 ma após o evento Paleoceno-Eoceno Térmico Máximo.

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  • FLÁVIA ARAÚJO DE ARRUDA CABRAL
  • CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS CARBONÁTICAS DA FORMAÇÃO MORRO DO CHAVES, BACIA DE SERGIPE-ALAGOAS, NE DO BRASIL

  • Advisor : VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • CLAUS FALLGATTER
  • GELSON LUIS FAMBRINI
  • VALÉRIA CENTURION CÓRDOBA
  • VICTOR HUGO SANTOS
  • Data: Jul 28, 2022
    Ata de defesa assinada:


  • Show Abstract
  • A unidade de interesse neste trabalho é a Formação Morro do Chaves (Cretáceo Inferior), da Fase Rifte da Bacia Sergipe-Alagoas, caracterizada por calcarenitos e calciruditos intercalados com arenitos, argilitos e folhelhos. As coquinas (calcários bioclásticos) da Formação Morro do Chaves representam um importante estudo de caso por serem rochas análogas aos reservatórios do Pré-Sal. Neste trabalho, estão destacadas as rochas carbonáticas (coquinas) e os arenitos calcíferos com bioclastos. Petrograficamente, as rochas carbonáticas possuem composição calcítica, com grandes quantidades de bioclastos (conchas de moluscos bivalves) e presença de grãos siliciclásticos. De acordo com Dunhan (1962), estas rochas foram classificadas como packstones e grainstones e, de acordo com Embry e Klovan (1971), como rudstones. A partir de análises geoquímicas foi possível verificar que SiO2, TiO2, Al2O3, MgO e K2O são provenientes da fração detrítica e possivelmente de argilomireais, enquanto que CaO está representando a fração química. Os valores de CaO nos calcários variam de 30,32 a 58,03%, SiO2 de <0,001 a 37,78 %, Al2O3 de <0,001 a 2,44%, P2O5 de 0,02 a 1,78% e PF de 26,34 a 43,89%. O teor de magnésio nessas rochas carbonáticas são muito baixos, evidenciando que não houve processo de dolomitização e que as calcitas são de baixo teor de magnésio. De acordo com os valores das razões Mn/Sr, Fe/Sr Mg/Ca e Sr/Ca pode-se dizer que essas rochas não sofreram alterações diagenéticas consideráveis em sua composição capaz de influenciar os resultados isotópicos. Foram analisados os isótopos de carbono e oxigênio, cujos valores de δ13C variam de -5,34 a -3,67‰ e os de δ18O, de -8,56 a -4,13‰ VPDB típicos de ambiente lacustre de água doce. A distribuição vertical dos valores da composição isotópica de carbono e oxigênio foram calculados por intervalos, referentes a cinco bancadas na Pedreira Atol, onde os coeficientes de correlação de δ13C vs. δ18O são: Bancada 00 (r=0,34), Bancada 01 (r= 0,56), Bancada 02 (r= 0,95), Bancada 03 (r=0,61) e Bancada 04 (r=0,12). Estes valores mostram que apenas as amostras da Bancada 02 (15,82 a 25,29m) apresenta uma alta covariância dos valores isotópicos e, portanto, é possível dizer que neste período o lago tinha característica hidrológica de um sistema lacustre fechado, enquanto que nos outros intervalos da sessão estudada (0 a 15,82m e de 25,29 até 43,64m), o lago tinha um comportamento hidrológico aberto. Os valores calculados de salinidade variam de 112,56 a 117,73 e confirmam um ambiente de água doce para formação dessas rochas. Os valores calculados para paleotemperatura variaram de 8,4 a 17,4°C.

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  • THALES LÚCIO SANTOS DA SILVA
  • PALEOGEOGRAFIA DO CRETÁCEO NO NORDESTE DO BRASIL: IMPLICAÇÕES GEOQUÍMICAS DAS BACIAS DO ARARIPE E DE SÃO LUÍS-GRAJAÚ

  • Advisor : JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • CLAUS FALLGATTER
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • JULIANA CHARÃO MARQUES
  • RENÉ RODRIGUES
  • Data: Aug 31, 2022
    Ata de defesa assinada:


  • Show Abstract
  • As formações Codó (Bacia de São Luís-Grajaú) e Ipubi (região Norte da Bacia do Araripe), que constituem sequências de folhelhos betuminosos e evaporitos, vêm sendo correlacionadas devido a sua distribuição litológica e conteúdo fossilífero. En-tretanto, estudos geoquímicos relacionando ambas as formações não tinham sido re-alizadas, até o momento, de forma a elucidar questionamentos sobre o ambiente de-posicional, idade de deposição e consequente contexto paleogeográfico. Dessa forma, com o uso de estudos geoquímicos (orgânicos, inorgânicos e isotópicos), apre-sentam-se aqui condições paleoambientais (redox, clima, salinidade, paleoprodutivi-dade, tipo de matéria orgânica), geocronológicas (pelo sistema Re-Os) e paleogeo-gráficas (por perfis de δ13Corg). Utilizou-se como material nesta investigação os folhe-lhos betuminosos das formações Codó e Ipubi. Estes se mostram enriquecidos em Fe, S, V, Cu e Zn (elementos com propriedades organofílicas), sendo esses elementos predominantemente autigênicos, baseando-se na relação deles com Alumínio e res-pectivo elemento do Average Shale. Essas rochas se depositaram em condições óxi-cas-subóxicas (V/Cr < 2; COT/NT > 5; δ15Ntotal = 3,7-6,9 ‰), em um paleoclima quente-úmido (Rb/Sr < 1; Sr/Cu < 5; Fe/Mn elevados; valores de δ13Corg negativos), com va-riações de paleossalinidade (Sr/Ba < 0,2) que ocasionou oscilação da paleoprodutivi-dade primária (valores variando de positivo a negativo para os proxies PORG e SiEX; BaBIO variando entre 180-5.725 ppm) devido ao corpo d’água ser estratificado (perío-dos rasos a profundos; (Al+Fe)/(Ca+Mg) = 0,1-20,7). Além disso, a matéria orgânica desses folhelhos betuminosos sofreu maior influência terrestre à medida que se apro-xima daqueles da Formação Ipubi – ou seja, os folhelhos betuminosos possuem ma-téria orgânica marinha com influência terrígena na Bacia de São Luís-Grajaú e são terrestres com influência lacustre na Bacia do Araripe. Além disso, sugere-se que a deposição dos folhelhos betuminosos de ambas as bacias são geocronocorrelatos, uma vez que os folhelhos betuminosos da Formação Codó se depositaram em ~123 Ma (geocronologia Re-Os) – mesma idade obtida para os folhelhos betuminosos da Formação Ipubi em estudo anterior. Associado a isso, defende-se que esses folhelhos betuminosos são correlatos à folhelhos betuminosos de sessões típicas do Mar de Tethys uma vez que apresentam perfis quimioestratigráficos de δ13Corg semelhantes (excursões negativas do perfil δ13Corg com média -25,5 ‰). Os dados aqui realizados sugerem que a ingressão marinha nas bacias sedimentares do Nordeste ocorreu pela Bacia de São Luís-Grajaú – coincidindo com os Eventos Oceânicos Anóxicos 1a e 1b (~120 Ma e ~111 Ma, respectivamente). Entretanto, pelo fato dos folhelhos betumino-sos da Formação Ipubi apresentarem matéria orgânica predominantemente tesrreste que divergem daqueles da Formação Codó – com matéria orgânica majoritariamente marinha, sugere-se que as primeiras ingressões do Mar de Tethys ocorreu na Bacia de São Luís-Grajaú a ca. de ~123 Ma, mas atingiu apenas a região Sul da Bacia do Araripe (oriundo da Bacia de Sergipe-Alagoas?) durante a deposição dos folhelhos da Formação Ipubi.

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  • CHARLES HENRIQUE FERNANDES SALES DAS NEVES
  • O PLUTON PARNAMIRIM, PE: FONTE, PROCESSOS ÍGNEOS, CONSTRUÇÃO DO BATÓLITO E DEFORMAÇÃO

  • Advisor : VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • HERBET CONCEICAO
  • LUÍS GUSTAVO FERREIRA VIEGAS
  • SERGIO PACHECO NEVES
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • Data: Sep 16, 2022


  • Show Abstract
  • A produção de magmas graníticos a partir da fusão parcial de rochas crustais e o seu respectivo transporte para níveis mais rasos da crosta é considerado o principal mecanismo de diferenciação crustal. A relação estreita de muitas dessas rochas com zonas de cisalhamento pode contribuir para um melhor entendimento de como a deformação é particionada na crosta. O pluton granítico Parnamirim (PP) representa uma típica fusão crustal em pulsos, localizada na Sub-província Central da Província Borborema, nordeste do Brasil. O PP intrude o Complexo Salgueiro, de forma verticalizada, apresentando uma forma alongada ENE-WSW, aproximadamente en cornue, intrusivo entre as zonas de cisalhamento Pernambuco (a sul) e Parnamirim (a oeste). A deformação varia ao longo do pluton, sendo observadas foliações magmáticas que progridem para foliações S-C à medida que se aproxima das zonas de cisalhamento. Essa variação é marcada nas microestruturas de alta temperatura (migração de limite de grão à redução de área), que aumentam o stress à medida que se aproximam das zonas de cisalhamento (presença de fitas de quartzo). As foliações magnéticas no PP são de direção ENE-WSW, com inclinação moderada a verticalizada, e as lineações mergulham preferencialmente para SW e NE, com ângulo baixo. O corpo possui uma forma dominante achatada (oblata) e mostra elevado grau de anisotropia. O PP é composto de sienogranito a monzogranito peraluminoso, carregando biotita e muscovita primárias, além de uma ampla gama de minerais acessórios (alanita, monazita, apatita, ilmenita, magnetita, zircão e rutilo). A presença eventual de magnetita implica em aumento considerável de suscetibilidade magnética, que varia de 0,04 a 3,6 mSI. O PP tem A/CNK > 1,1; teor de SiO2 de 68,13 a 74,18% em peso; álcalis totais acima de 8,24; correlações quase lineares com tendências negativas para a maioria dos elementos principais e traços; baixas razões Rb/Sr (< 2); enriquecido em LREE e LILE; razão LaN/YbN elevadas; anomalias negativas de Eu (pequenas a quase ausentes); e anomalias negativas em Nb, Sr, P, Ti e Ta. Os valores de Nd(0,6 Ga) variam de -23 a -20; 87Sr/86Sr(0,6 Ga) de 0,7107 a 0,7165; TDM(Nd) de 2,7 a 2,0 Ga. Os padrões de ETR, multielementares e as concentrações isotópicas de Nd-Sr são semelhantes aos de rochas do embasamento Arqueano a Paleoproterozóico, localizados próximo ao PP (possíveis fontes). As variações mineralógicas e químicas observadas podem ser explicadas por uma evolução relacionada à fusão parcial; processos de diferenciação não desempenharam um papel importante na formação do PP. É possível que a construção do PP tenha resultado da adição sucessiva de pulsos de magma, gerados a partir de uma fonte heterogênea. A fusão ocorreu por aumento gradual da temperatura (765 a 870 ºC), causando quebra de muscovita e biotita, possivelmente em ausência de fluidos. A intrusão dos pulsos se deu em nível crustal médio (<3,5 kbar), com os primeiros alojados entre 590 e 600 Ma. O PP registra um longo período de adição de pulsos e resfriamento (~50 Ma) associado à atividade prolongada de alta temperatura das zonas de cisalhamento. Os resultados ressaltam o papel fundamental desempenhado pelas rochas geradoras e processos envolvidos na produção do magma, responsáveis pelas principais características mineralógicas, químicas e isotópicas de plutons graníticos, e efeito da canalização de pulsos de magma por zonas de cisalhamento, promovendo atividade prolongada das mesmas.

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  • ANA GABRIELLA DOS SANTOS BATISTA DE MENEZES
  • DESENVOLVIMENTO DE UMA FERRAMENTA DE GESTÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA BACIA SEDIMENTAR DE SÃO JOSÉ DO BELMONTE - PE

  • Advisor : JOSE GEILSON ALVES DEMETRIO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ANDERSON LUIZ RIBEIRO DE PAIVA
  • JAIME JOAQUIM DA SILVA PEREIRA CABRAL
  • JOSE GEILSON ALVES DEMETRIO
  • LEANIZE TEIXEIRA OLIVEIRA
  • LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL
  • Data: Nov 16, 2022


  • Show Abstract
  • A gestão da água subterrânea é uma tarefa complexa, tendo em vista o grande número de
    variáveis envolvidas na sua formulação. No Brasil ainda são tímidas as ferramentas de
    gestão utilizadas pelos gestores. Em Pernambuco a Agência reguladora utiliza as
    chamadas zonas de explotação dos aquíferos, quando disponível, para estabelecer as
    vazões outorgadas. Essas zonas são estabelecidas basicamente com base na profundidade
    dos níveis estáticos, que é uma forma muito limitada para se estabelecer a outorga,
    gerando distorções, como, por exemplo, na Bacia de São José do Belmonte tem fazenda
    dividida por esse zoneamento, de modo que, em uma metade o proprietário pode construir
    poços sem restrição de bombeamento, enquanto na outra metade ele não pode construir
    um poço. Uma ferramenta de gestão eficiente não pode apresentar tal distorção. A
    ferramenta a ser proposta se apoiará no comportamento hidráulico do aquífero, para tanto
    é fundamental um modelo numérico de fluxo da água subterrânea, de forma que, a outorga
    seja feita levando-se em conta os efeitos hidráulicos do bombeamento outorgado,
    fornecendo ao gestor o embasamento técnico necessário para suas tomadas de decisão.
    Os dados, disponíveis para elaboração o modelo numérico de fluxo da Bacia Sedimentar
    de São José do Belmonte, permitiram calibração e validação satisfatórias, o que não limita
    a proposição do modelo de gestão, além do mais o modelo poderá ser refinado à medida
    que os dados sejam refinados e que novas informações sejam incorporadas. No presente
    estágio dos trabalhos a proposição da ferramenta de gestão está na sua fase inicial.

2021
Dissertations
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  • SARA CRISTINA MEMORIA CAMPELO
  • ICNOFÓSSEIS SILURO-DEVONIANO DO CÂNION DO RIO POTI, BACIA DO PARNAÍBA, ESTADO DO PIAUÍ, NE DO BRASIL

  • Advisor : SONIA MARIA OLIVEIRA AGOSTINHO DA SILVA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • SONIA MARIA OLIVEIRA AGOSTINHO DA SILVA
  • ANTONIO CARLOS SEQUEIRA FERNANDES
  • MARIA SOMALIA SALES VIANA
  • Data: Feb 1, 2021


  • Show Abstract
  • O intervalo Siluriano-Devoniano da Bacia do Parnaíba apresenta alta diversidade de traços fósseis. Os novos afloramentos aqui estudados são referentes à Formação Tianguá (Grupo Serra Grande) e Formação Pimenteira (Grupo Canindé) que afloram ao longo das margens do Cânion do rio Poti, município de Buriti dos Montes, estado do Piauí. Desta maneira, esta pesquisa objetivou a análise e caracterização destes novos afloramentos icnofóssilíferos. Foi realizada a descrição taxonômica e classificação etológica dos icnofósseis encontrados na área, bem como análise comparativa com outros icnofósseis já descritos e ilustrados através de literatura especializada, totalizando 14 icnotaxons identificados, dos quais, 10 são oriundos da Formação Tianguá (Climactichnites wilsoni, Didymaulichnus lyelli, Didymaulyponomos rowei, Diplocraterion isp., Heimdallia isp., Lockeia siliquaria, Nereites irregularis, Palaeophycus tubularis, Thalassinoides e também cristas epichinais não identificadas) e cinco da Formação Pimenteira (Beaconites antarcticus, Bifungites crucifomis, Bifungites munizi, Nereites isp., Rhizocorallium commune). A análise integrada da sedimentologia e da icnologia dos afloramentos estudados, permitiu caracterizar icnofácies Cruziana, onde a comunidade icnológica vivia em ambientes de águas plataformais rasas de baixa energia. A assembleia de icnofósseis aqui relatada, já é comum em outras bacias siluriano-devonianas do Gondwana, e será útil para expandir as correlações icnofossilíferas e refinar a icnoestratigrafia do Paleozoico Inferior em todo o Gondwana.

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  • CAIO CEZAR GARNIER BRAINER
  • GEOLOGIA, PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DE GRANITOS A DUAS MICAS E BIOTITA GRANITOS NA PROVÍNCIA BORBOREMA: CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA OROGÊNESE BRASILIANA

  • Advisor : IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • SERGIO PACHECO NEVES
  • MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA
  • Data: Jul 7, 2021


  • Show Abstract
  • Leucogranitos peraluminosos são rochas tidas como características de ambientes colisionais, sendo considerados como produtos oriundos de fusão parcial da crosta continental. A presença de leucogranitos peraluminosos abrange todos os setores da Província Borborema, estando em maior quantidade na Subprovíncia Sul. O pluton Quipapá, situado no domínio Pernambuco – Alagoas, é caracterizado como um leucogranito a duas micas, formado essencialmente por quartzo, k-feldspato, plagioclásio, muscovita e biotita. A química mineral do pluton Quipapá é caracterizada por cristais de muscovita de caráter primário, biotita peraluminosa e rica na molécula annita. Dados termobarométricos apontam para uma cristalização em temperaturas < 800 °C e pressões variando entre 4 a 7,8 Kbar, indicando alojamento em níveis crustais rasos e sob baixa fugacidade de oxigênio. Geoquimicamente as rochas são caracterizadas como peraluminosas, ferrosas e álcali-cálcicas formadas através de fusão por desidratação de muscovita em rochas metapelíticas. Os dados U-Pb em zircão indicam uma idade de cristalização de 641 ± 5 Ma associada ao estágio compressional da orogênese Brasiliana no domínio Pernambuco – Alagoas, tendo Shear heating como a provável fonte de calor para sua gênese. O pluton Mamanguape, localizado na subprovíncia central, também é caracterizado como um leucogranito a duas micas cuja mineralogia é similar aos diversos leucogranitos peraluminosos da província Borborema. É caracterizado como um granito peraluminoso, de caráter ferroso e assinatura álcali - cálcica, com idade de cristalização de 574 ± 2 Ma obtida por U-Pb em zircão e valores εHf variando entre +1,5 e -13,7 com idades TDM entre 1,4 a 2,2 Ga indicando uma possível mistura de material crustal Paleoproterozóico com material mantélico juvenil. A compilação e comparação dos dados petrográficos, geoquímicos e geocronológicos dos diversos plutons leucograníticos presentes em todos os setores da Província Borborema apontam para um grupo coeso de rochas de caráter peraluminoso, majoritariamente ferroso e variando entre álcali-cálcicas a cálcio-alcalinas com temperaturas < 800 °C. Os aspectos petrogenéticos apontam para fontes heterogêneas, com protólitos variando de metapelitos e metagrauvacas. Os diferentes intervalos de idade apontam para os diferentes estágios da orogênese Brasiliana – Pan-Africana, abrangendo desde o pico do estágio contracional até a transcorrência.

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  • RENATA JULIANA ARRUDA MAIA
  • OSTRACODES BATIAIS DO PLEISTOCENO–HOLOCENO DO CONE DO RIO GRANDE, BACIA DE PELOTAS, BRASIL

  • Advisor : ENELISE KATIA PIOVESAN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ENELISE KATIA PIOVESAN
  • CLAUS FALLGATTER
  • MARIA INÊS FEIJÓ RAMOS
  • Data: Jul 8, 2021


  • Show Abstract
  • Ostracodes constituem um grupo de artrópodes bivalves, de tamanho diminuto, dotados de uma carapaça predominantemente carbonática composta por duas valvas articuladas na região dorsal. Possuem hábito essencialmente aquático, podendo ser encontrados em ambientes marinhos, não marinhos e de transição. O estudo das valvas e carapaças preservadas no registro fóssil abrange principalmente pesquisas de cunho sistemático, bioestratigráfico, paleoecológico e paleozoogeográfico. Para a realização desse trabalho, foram estudadas 87 amostras provenientes de cinco piston cores, do Cone do Rio Grande, Bacia de Pelotas, Brasil. A Bacia de Pelotas está localizada no extremo sul da margem brasileira, com aproximadamente 210.000 km2, sendo limitada ao norte pelo Alto Florianópolis, no estado de Santa Catarina, e ao sul pelo Alto Polônio, no Uruguai. A metodologia incluiu a pesagem, lavagem, secagem e triagem das amostras, seguida de imageamento, identificação taxonômica dos espécimes coletados e interpretação dos dados. Um total de 21 gêneros e 32 espécies foram identificadas, revelando uma fauna batial de ostracodes, com dominância dos gêneros Apatihowella, Cytheropteron e Cytherella, intercalada a uma fauna nerítica alóctone, com dominância do gênero Cativella. Eucytherura fossapunctata foi descrita como uma nova espécie. A ocorrência geográfica das espécies Krithe hunti, Poseidonamicus hisayoae e Pectocythere magellanensis foi estendida para a margem sul do Brasil. A análise bioestratigráfica adicional dos foraminíferos planctônicos posicionou as amostras estudadas nas Biozonas Z e Y, correspondentes ao intervalo Pleistoceno–Holoceno. Parte dos táxons recuperados foram relacionados a um ambiente de escape de gás, sendo pertencentes a uma comunidade quimiossintética. Os ostracodes Paracytherois, Cytheropteron, Cytherella, Macropyxis, Krithe hunti, Krithe reversa, Henryhowella asperrima, Eucytherura fossapunctata, Rimacytheropteron longipunctatum, Apatihowella bernardi e Apatihowella asperrima e os foraminíferos Bolivina, Bulimina, Nonion, Nonionellina, Oridorsalis, Uvigerina, Epistominella e Cassidulina estão relacionados a hidratos de gás e ao ambiente eutrófico-mesotrófico em uma condição disóxica-anóxica.

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  • DÉBORA SOARES DE ALMEIDA LIMA
  • OSTRACODES DAS FASES RIFTE E PÓS-RIFTE DAS BACIAS JATOBÁ, TUCANO NORTE E ARARIPE: TAXONOMIA, BIOESTRATIGRAFIA E PALEOECOLOGIA

  • Advisor : ENELISE KATIA PIOVESAN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • JOÃO CARLOS COIMBRA
  • CRISTIANINI TRESCASTRO BERGUE
  • ENELISE KATIA PIOVESAN
  • Data: Jul 15, 2021


  • Show Abstract
  • As bacias do Araripe, Jatobá e Tucano Norte representam bacias interiores localizadas na região Nordeste do Brasil que foram implantadas sobre terrenos cristalinos Pré-Cambrianos que constituem a Província Borborema. O empilhamento sedimentar destas bacias é subdividido nas sequências tectono-estratigráficas Sinéclise, Início de Rifte, Clímax de Rifte e Pós-Rifte. O arcabouço bioestratigráfico das bacias interiores do Nordeste do Brasil foi estabelecido a partir da identificação de sua ostracofauna, tendo, portanto, representantes da Classe Ostracoda como marcadores de seus andares locais. Com o intuito de refinar o conhecimento das fases rifte e pós-rifte a respeito da sistemática taxonômica, o arcabouço bioestratigráfico e realizar inferências a respeito dos paleoambientes em que esses ostracodes se encontravam inseridos, foram estudadas 109 amostras coletadas de 29 afloramentos, provenientes das formações Brejo Santo, Abaiara e Romualdo, na Bacia do Araripe, e formações Aliança, Candeias e Grupo Ilhas, nas bacias do Jatobá e Tucano Norte. Após preparação laboratorial destas amostras para a recuperação dos microfósseis calcários e triagem do material, foram identificadas 30 espécies, pertencentes aos gêneros não-marinhos Theriosynoecum, Cypridea, Paracypridea, Salvadoriella, Reconcavona, Rhinocypris, Darwinula, Alicenula e Pattersoncypris. Uma dessas é uma nova espécie, nomeada como Pattersoncypris minima Almeida-Lima & Piovesan sp. nov., recuperada nos depósitos da Formação Romualdo. Foi realizada uma emenda na diagnose e na descrição e de Theriosynoecum pricei (Pinto & Sanguinetti, 1958) e a revisão deste táxon, que representa um importante fóssil guia para a datação do Tithoniano (Jurássico Superior) nas bacias sedimentares interiores do nordeste do Brasil e demais bacias cronocorrelatas. A partir da classificação dos ostracodes foi possível identificar as biozonas RT-001 Andar Dom João (=Tithoniano), RT-002, RT-003 e RT-004 Andar Rio da Serra (=Berriasiano–Hauteriviano), RT-005 e RT-006 Andar Aratu (=Hauteriviano–Barremiano), RT-007 Andar Buracica (=Barremiano) e RT-011 Andar Alagoas (=Aptiano).

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  • BIANCA THALITA ARAÚJO DE LIMA ALBUQUERQUE
  • PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DO GRANITO COM EPIDOTO MAGMÁTICO CARMO, TERRENO CACHOEIRINHA-SALGUEIRO, PERNAMBUCO

  • Advisor : VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • HERBET CONCEICAO
  • IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • Data: Jul 29, 2021


  • Show Abstract
  • Durante a Orogênese Brasiliana, extenso magmatismo granítico foi gerado na Província Borborema, nordeste do Brasil. No Domínio Central desta província, os granitóides que correspondem ao pulso mais antigo (640 – 620Ma) são principalmente granodioritos e tonalitos, cálcio-alcalinos de alto K, metaluminosos, com epidoto magmático. Novos dados do pluton Carmo, intrusivo nas rochas metassedimentares do Domínio Cachoeirinha-Salgueiro são apresentados neste trabalho. O stock Carmo é constituído por monzogranitos e granodioritos porfiríticos, com megacristais de plagioclásio. As rochas contêm abundantes enclaves microgranulares máficos (MMEs) de composição quartzo monzodioritica e clots ricos em anfibólio, ambos distribuídos aleatoriamente no pluton. Dados U-Pb LA-ICP-MS em grãos de zircão indicam cristalização em torno de 615 para os granitóides Carmo. Pressões de solidificação de 6 a 7 kbar, temperaturas (TZr) próximas ao liquidus (749 a 776°C), e condições moderadamente oxidantes, ligeiramente abaixo do tampão NNO (ΔNNO de -1,2 a -0,4), foram estimadas para o granodiorito Carmo, e são consistentes com a presença de epidoto magmático cristalizando a altas pressões. Granitóides e MMEs apresentam padrões de REE normalizados em relação a condrito enriquecidos em LREE e empobrecidos em HREE, sendo moderadamente fracionados para os granitóides ([La/Yb]N = 17,36 – 25,82) e mais horizontalizados para os MMEs ([La/Yb]N = 5,33 – 12,39). As rochas apresentam enriquecimento em elementos LILE (e.x., U, K e Ba) e empobrecimento em HFSE (e.x., Nb, Ti e P) em diagramas multielementares normalizados em relação ao manto primitivo. As composições isotópicas são sobrepostas para os MMEs e granitóides hospedeiros, com altas razões (87Sr/86Sr)i (0,70786 – 0,70968), εNd(t) fracamente negativo (-2,1 a -3,1) e idades modelo TDM de 1,31 – 1,40Ga. A similaridade dos valores isotópicos junto com evidências petrográficas, tais como a presença de megacristais de feldspato inclusos nos MMEs, apatita acicular, quartzo ocelli e plagioclásio com zonação oscilatória, indica que MMEs representam bolhas de magma máfico derivado do manto injetado em uma câmara magmática félsica evoluindo. Dados de química dos minerais ferromagnesianos, geoquímica de rocha total e isotópicos sugerem que a fonte do granodiorito Carmo tem componentes do manto e da crosta. As composições isotópicas de Sr-Nd-O são sugestivas de crosta oceânica alterada hidrotermalmente como a fonte máfica, enquanto que as altas razões de Th/La e (La/Sm)N, bem como a presença de lumps de quartzo nos granitóides, apontam para a participação de sedimentos na fonte. Assim, é concluído neste trabalho que os granitóides foram produzidos a partir da fusão parcial de crosta oceânica mais sedimentos. O conjunto de dados petrológicos, geocronológicos e geoquímicos combinados com as características geológicas regionais sugerem que o stock Carmo foi mais provavelmente gerado em um ambiente sin-colisional após o rompimento cedo de uma placa oceânica relativamente fraca.

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  • DIEGO HERNANDO ARDILA MELO
  • PETROLOGIA, GEOQUÍMICA E GEOCRONOLOGIA DO BATÓLITO PAJEÚ, TERRENO ALTO PAJEÚ, DOMÍNIO ZONA TRANSVERSAL, PROVÍNCIA BORBOREMA

  • Advisor : VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • Data: Jul 30, 2021


  • Show Abstract
  • O batólito Pajeú faz parte de um grupo de granitóides cálcio-alcalinos de alto K e shoshoníticos que intrudiram o Domínio Alto Pajeú entre 590 – 570 Ma. Embora estudos anteriores mostraram que o batólito é composto por duas fácies distintas, a relação espacial e temporal entre elas é desconhecida, bem como a natureza das suas rochas fonte. Datações U–Pb em zircão, junto com observações de campo, características petrográficas e interpretações de dados aerogeofísicos, mostram que ao menos dois plutons distintos podem ser identificados no batólito Pajeú. O pluton aflorando ao oeste do batólito (593 ± 1,23 Ma) consiste principalmente de quartzo monzonitos a monzogranitos porfiríticos com megacristais de feldspato alcalino, enquanto o pluton ao leste (567 ± 1,34 Ma) é composto predominantemente de biotita sienogranitos equigranulares de grão fino a médio. Os monzogranitos porfiríticos são magnesianos, possuem composições intermediárias a ácidas (SiO2 = 62,2 – 67,6 wt%) e conteúdos relativamente altos de MgO (1,3 – 2,9 wt%) e #Mg (44 – 55). Em contraste, os biotita granitos são ferrosos, tem altos conteúdos de SiO2 (69,3 – 73,1 wt%) e baixo MgO (0,2 – 0,5 wt%) e #Mg (16 – 36). Ambos grupos de rochas são caracterizados por enriquecimento em LREE ([La/Sm]N = 5,2 – 9,2) e LILE e empobrecimento em HREE ([Gd/Yb]N = 3,21 – 4,91) e HFSE. No entanto, os biotita granitos mostram padrões REE mais fracionados ([La/Yb]N = 67,4 – 101,5), do que os monzogranitos porfiríticos ([La/Yb]N = 35,8 – 54,8), e anomalias negativas de P e Ti mais pronunciadas. As composições isotópicos Sr-Nd para os diferentes tipos de rochas também são aproximadamente semelhantes, mas com razoes 87Sr/86Sr iniciais relativamente maiores (0,71265 – 0,71412) e valores Nd (t) ligeiramente mais negativos (-18,45 a -18,67) para os biotita granitos do que para os monzogranitos porfiríticos (87Sr/86Sr (i) = 0,71077 – 0,71155 e Nd (t) = -16,04 a -16,96). Essas características geoquímicas e isotópicas, em combinação com os dados de química mineral dos minerais ferromagnesianos, sugerem fontes distintas para os dois plutons. Os biotita granitos são de origem puramente crustal, derivados provavelmente da fusão parcial de rochas metaígneas Paleoproterozoicas, enquanto que mistura de tais fundidos crustais com magmas derivados do manto litosférico metassomatizado poderia explicar a origem dos monzogranitos porfiríticos. A afinidade cálcio-alcalina de alto K a shoshonítica desses granitóides, e o magmatismo ultrapotássico e peralcalino contemporâneo amplamente distribuído no Domínio Alto Pajeú, é típico de um cenário geodinâmico pós colisional. A continuidade desse cinturão magmático pós colisional para o sudoeste (Domínio Riacho do Pontal), sugere que um evento de afinamento litosférico local pode ter ocorrido nesta região da Província Borborema.

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  • RAFAEL FERRAZ LEAL E SÁ
  • PETROGRAFIA E BALANÇO DE MASSA APLICADOS AO ESTUDO DA GÊNESE DOS SKARNS MINERALIZADOS EM Cu, DA FAIXA TIMBAÚBA-MALHADA LIMPA, LESTE DA FAIXA SERIDÓ

  • Advisor : GORKI MARIANO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GORKI MARIANO
  • LAURO CEZAR MONTEFALCO DE LIRA SANTOS
  • SEBASTIAO RODRIGO CORTEZ DE SOUZA
  • Data: Nov 25, 2021


  • Show Abstract
  • A Faixa Seridó, localizada no Domínio Rio Grande do Norte da Província Borborema, é composta dominantemente por uma sequência metassedimentar neoproterozoica dividida em três formações: Jucurutu na base (mica xistos, paragnaisses e lentes de mármores), Formação Equador (quartzito e metaconglomerado) na porção intermediária, seguida pela Formação Seridó (biotita-granada xisto) no topo. Toda essa sequência é intrudida por um volumoso magmatismo granítico e pegmatítico, de idade ediacarana a cambriana. A ocorrência de grandes zonas de cisalhamento, brasilianas, permitiu a permeabilização de fluidos magmáticos ao longo de toda a sequência, o que resultou na formação de skarns regionalmente, principalmente relacionados às lentes de mármores. Sendo estes skarns classificados como do tipo W-Mo, o principal foco de exploração desde a década de 1940 foi o W. No entanto, na Faixa Timbaúba-Malhada Limpa, situada no flanco leste do antiforme que constitui a Serra das Umburanas, os skarns destacam-se também pela presença de minerais de cobre como malaquita e calcocita, considerados anomalia no âmbito regional. Estes skarns, estudados neste trabalho, apresentam-se ora bandados, ora maciços, sendo compostos majoritariamente por anfibólios (10 a 83%) do tipo hornblenda ou tremolita-actinolita, diopsídio (9 a 88%), calcita (1 a 8%), quartzo (1 a 16%) e plagioclásio (< 1 a 5%). Zircão (< 1%) e titanita (< 1%) ocorrem como principais minerais acessórios, além da formação tardia de malaquita (< 1%), esta última preferencialmente associada à covellita (< 1%) e pirita (< 1%). Os resultados das análises geoquímicas utilizados para caracterização dos skarns e rochas encaixantes revelaram, através do balanço de massa realizado, foi possível observar que tanto o Cu quanto Bi foram aportados pelo fluido de maneira intensa durante a formação do skarn, tendo um ganho total de massa de cerca de 70 %. A análise integrada de dados prévios da literatura e dados petrográficos apresentados neste estudo, realizado no contexto cuprífero supracitado, permitiu constatar que as mineralizações cupríferas denotadas por covellita + malaquita proveniente de transformação da pirita, se deu por aporte de Cu pelo fluido da fase retrógrada do metassomatismo (450 a 300 ºC). É possível concluir, também, que a sequência de cristalização foi controlada pela queda na temperatura do sistema, dentro do mesmo evento metassomático.

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  • ANDREZA CAROLINE DIAS FIGUERÊDO
  • QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DA GEODIVERSIDADE DO AGRESTE MERIDIONAL DA PARAÍBA - BRASIL

  • Advisor : GORKI MARIANO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • MARCELO MARTINS DE MOURA-FÉ
  • GORKI MARIANO
  • PAULA ANDREA SUCERQUIA RENDON
  • Data: Dec 2, 2021


  • Show Abstract
  • O trabalho foi desenvolvido no Agreste Meridional do estado da Paraíba numa área de 274km², abrangendo então 5 municípios dessa região. O objetivo principal foi realizar o levantamento da geodiversidade da área, apresentando as características geológicas, geomorfológicas, pedológicas, climáticas, culturais e sociais, bem como a avaliação das geoformas que se destacam na região como propostas de geossítios. O recorte espacial analisado está inserido nos complexos Salgadinho, Floresta e Sertânia de idade paleoproterozóica, assim como também em intrusões graniticas indiscriminadas de idade neoproterozóica. A pesquisa esteve respaldada em levantamento bibliográfico, visita de campo e seleção dos geossítios, tendo embasamento nas metodologias de Inventariação de Brilha (2005), valores da geodiversidade (Gray, 2004), enquadramento dos geossítios em frameworks (Fuertes-Gutiérrez & Fernández-Martínez (2010) e quantificação (Brilha, 2005; Garcia-Cortés e Carcavilla Urqui (2009) e Brilha (2015)). Foram inventariados e quantificados 09 geossítios que se destacam por suas características geológicas, litológicas, assim como também por seu potencial histórico, arqueológico e científico. Por fim, foi realizado o registro no GEOSSIT/CPRM, com as propostas de geossítio para as áreas inventariadas e valorização do geopatrimônio da região estudada, assim como também sugestões sobre a necessidade de proteção, definição dos potenciais didático, científico e educacional.

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  • TIAGO AUGUSTO SOARES DOS SANTOS
  • ASPECTOS ESTRUTURAIS E MICROESTRUTURAIS DA ZONA DE CISALHAMENTO CAIÇARA, DOMÍNIO ALTO MOXOTÓ DA PROVÍNCIA BORBOREMA: implicações tectônicas

  • Advisor : SERGIO PACHECO NEVES
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • LUÍS GUSTAVO FERREIRA VIEGAS
  • SERGIO PACHECO NEVES
  • TIAGO SIQUEIRA DE MIRANDA
  • Data: Dec 29, 2021


  • Show Abstract
  • A Zona de Cisalhamento Caiçara (ZCCA) está localizada no Domínio Alto Moxotó, Subprovíncia Central da Província Borborema, que é caracterizada por um sistema de zonas de cisalhamento transcorrentes conjugadas com direções E-W e NE-SW. A ZCCA possui 30 km de comprimento e integra o grupo das zonas de cisalhamento transcorrentes subsidiárias, com trend NE. Este trabalho objetiva a caracterização estrutural da ZCCA através de análises cinemática, microestrutural e da trama dos eixos-c de quartzo. As litologias afetadas pela ZCCA são ortognaisses quartzofeldspáticos, biotita xistos, sillimanita-biotita-muscovita xistos, quartzitos impuros, rochas calssilicáticas e granitos sin-transcorrentes. A zona milonítica consiste dominantemente de protomilonitos representados por tectonitos LS e SL, gradando localmente para milonitos s.s. A foliação milonítica apresenta pouca variação de atitude, com direção predominante NE-SW e mergulho que varia de médio a alto para NW. Fora da zona milonítica, a foliação regional de baixo ângulo apresenta critérios cinemáticos que indicam transporte tectônico com topo para WSW e SW e é afetada por dobras NW-SE com linha de charneira apresentando caimento fraco a moderado. Em escala de mapa, observa-se que a foliação regional é truncada pela foliação milonítica, e que apresenta uma rotação anti-horária ao aproximar-se da ZCCA, o que indica cinemática sinistral. A lineação, de estiramento é definida por micas, quartzo, feldspato potássico e sillimanita, possuindo caimento de baixo ângulo, com sentido majoritariamente SW. Critérios cinemáticos mesoscópicos, como porfiroclastos assimétricos, vergência de dobras, trama SC e bandas de cisalhamento C’, são condizentes com cinemática sinistral. Em escala microscópica, além de critérios cinemáticos sinistrais, ocorrem, também, critérios que indicam cinemática destral. Dentro da zona milonítica observam-se dois principais grupos de dobras: o primeiro consiste em dobras NE-SW apertadas, com plano axial paralelo à foliação milonítica e linha de charneira horizontalizada; o segundo é formado por dobras também NE-SW que variam de abertas a apertadas, com linha de charneira com caimento forte. As microestruturas indicam que a deformação intracristalina é representada majoritariamente pela formação de subgrãos e extinção xadrez em quartzo. A recristalização é incipiente, porém, nos cristais de quartzo, ocorre recristalização por migração de borda de grão (GBM) e por rotação de subgrão (SGR), e nos cristais de feldspato ocorre recristalização por bulging (BLG) e SGR. As tramas dos eixos-c de quartzo mostram padrões assimétricos em relação ao eixo X do elipsoide de deformação, indicando cinemática sinistral e destral. As feições microestruturais indicam que a deformação iniciou em temperaturas maiores que 600 °C, com temperaturas máximas da ordem 700 °C. A trama dos eixos-c de quartzo e a presença de critérios cinemáticos opostos indicam um importante componente de cisalhamento puro. A superposição da trama regional pela trama milonítica indica que a nucleação da ZCCA foi subsequente à tectônica de baixo ângulo. No entanto, a temperatura elevada registrada nos milonitos sugere que a diferença temporal entre os dois eventos não deve ter sido grande. A localização da deformação na ZCCA provavelmente foi favorecida pela descontinuidade reológica representada pelo contato entre rochas metassedimentares e os ortognaisses. A temperatura elevada da deformação possibilitou a fusão parcial das rochas metassedimentares e o alojamento de corpos graníticos sin-transcorrentes. Esses resultados apontam que o desenvolvimento da ZCCA se deu como produto de uma deformação progressiva, através de uma transição entre a tectônica contracional para a tectônica transpressional.

Thesis
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  • LARISSA FERNANDES DE LAVOR
  • INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICA E GEOMORFOLÓGICA DA ORIGEM DA DEPRESSÃO DO ABIAÍ

  • Advisor : VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • JOSE ANTONIO BARBOSA
  • ANTONIO CARLOS DE BARROS CORREA
  • MAGNO ERASTO DE ARAÚJO
  • SAULO ROBERTO DE OLIVEIRA VITAL
  • Data: May 20, 2021


  • Show Abstract
  • Esta pesquisa aborda aspectos da evolução geológica e geomorfológica da Depressão do Abiaí, avaliando a possibilidade de essa área constituir um modelado do tipo poljé. A história evolutiva da região revela que eventos tectônicos desenvolveram conjuntos de falhas que, por diversas vezes, se reativaram e influenciaram na reestruturação da paisagem, possibilitando a formação de um relevo bastante variado, devido às condições litológicas e climáticas, que viabilizaram o desenvolvimento de processos relacionados a fatores de dissecação, dissolução e acumulação em toda a região. Essa depressão, que aqui passará a se denominar de poljé do Abiaí, localiza-se na porção sul do litoral paraibano e apresenta uma extensão de 46 km². No desenvolvimento desta pesquisa, a área total de estudo foi de 488,31 km², abrangendo todo o entorno da depressão e se estendendo, no sentido oeste, até próximo da borda da bacia sedimentar Paraíba. O objetivo principal desta pesquisa é investigar os elementos constituintes da paisagem geológica e geomorfológica da área e do seu entorno, no sentido de elucidar se ela constitui uma depressão cárstica classificada na literatura geomorfológica de poljé. Como metodologia, utilizou-se o processo analógico-dedutivo, buscando fazer uso de conhecimentos prévios por meio de levantamentos de dados secundários, bibliográficos, cartográficos e documentais. Dessa maneira, foi possível entender a área comparando-a a outras regiões do mundo. Para coleta de dados primários, realizou-se um detalhado trabalho de campo em que se mapearam as informações e, posteriormente, aplicaram-se índices morfométricos nos principais cursos dos rios e analisaram-se dados gravimétricos, no intuito de identificar movimentações tectônicas recentes. Além disso, empregaram-se técnicas cartográficas para a elaboração de mapas temáticos em um Sistema de Informação Geográfica (SIG). O fato de haver um sistema de falhas geológicas perpassando os limites da depressão, associado às variações climáticas no Quaternário brasileiro, explicam as singularidades da região, o relevo relativamente plano com pequenas oscilações topográficas, os diversos afloramentos calcários, as concreções lateritas, as argilas, a grande quantidade de água em superfície e a gênese do poljé. Os cálculos morfométricos indicam possíveis movimentações tectônicas recentes na região, responsáveis pela reestruturação da drenagem que levou ao desenvolvimento do poljé do Abiaí. Já os dados geofísicos relacionados à gravimetria da área identificaram a existência de horsts e grábens na região, inclusive na área onde se localiza o poljé do Abiaí. Os dados adquiridos nesta pesquisa permitiram observar que o fato de existirem rochas calcárias na zona telogenética, solos propícios à acumulação e circulação de água (superficial e de subsuperfície), um terreno localizado em um ponto de cruzamento de falhas com fortes indícios de reativações tectônica recentes, capazes de formar horsts e grábens, e um histórico de variações climáticas durante o Quaternário, contribui com o entendimento de que a Depressão do Abiaí constitui, segundo a literatura pertinente, um poljé.

2
  • JOSÉ CAVALCANTE DE OLIVEIRA FILHO
  • PROCESSOS DE TRANSPORTE E RETENÇÃO DE SEDIMENTOS EM
    ESTUÁRIOS DE RIA COM PEQUENAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • CARLOS AUGUSTO FRANCA SCHETTINI
  • CARLOS EDUARDO PERES TEIXEIRA
  • ELIRIO ERNESTINO TOLDO JUNIOR
  • NILS EDVIN ASP NETO
  • ROBERTO LIMA BARCELLOS
  • Data: Jul 16, 2021


  • Show Abstract
  • O transporte e a distribuição de sedimentos lamosos na zona costeira são influenciados
    por processos hidrológicos, meteorológicos e oceanográficos (marés, descarga fluvial,
    ventos e etc...), em escalas temporais de segundos a anos. Os rios e estuários são
    bastante estudados, pois são as principais fontes de sedimento para a zona costeira,
    funcionando com o um filtro natural entre o continente e o oceano. Além da
    problemática relacionada à erosão ou assoreamento que ocorre na zona costeira, é
    importante entender a dinâmica do sedimento em suspensão para fins de análise de
    distribuição de poluentes e possíveis sumidouros e fontes de substâncias contaminadas.
    A presente tese tem como objetivo investigar a dinâmica e distribuição do sedimento
    fino entre estuários de menor escala espacial e a plataforma interna adjacente, através de
    dados observacionais e modelagem numérica. A primeira parte da tese mostra que
    existe um padrão residual de circulação entra as ilhas de Itamaracá e Itapessoca e a
    morfologia de fundo da seção transversal da Barra de Catuama importa duas vezes mais
    água e sedimento para dentro do sistema. Por outro lado, a água é exportada pela saída
    mais ao sul do sistema, o cabo Orange. Um filtro passa-baixa do tipo butterworth
    evidenciou a circulação gravitacional como sendo a principal forçante da circulação.

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  • JEFFERSON VALDEMIRO DE LIMA
  • CARACTERIZAÇÃO DO MAGMATISMO GRANÍTICO AO LONGO DA ZONA DE CISALHAMENTO PATOS, LIMITE ENTRE AS SUBPROVÍNCIAS TRANSVERSAL E NORTE DA PROVÍNCIA BORBOREMA

  • Advisor : IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • HERBET CONCEICAO
  • IGNEZ DE PINHO GUIMARAES
  • VALDECIR DE ASSIS JANASI
  • VALDEREZ PINTO FERREIRA
  • Data: Aug 2, 2021


  • Show Abstract
  • Rochas graníticas e zonas de cisalhamento transcorrentes constituem importantes feições associadas a orogênese Brasiliana. Nesta tese foram estudados o Batólito Teixeira e o Complexo Esperança, intrusões localizadas, respectivamente, na porção central e leste da Zona de Cisalhamento Patos (ZCPa). O Batólito Texeira consiste num corpo alongado (ENE) de 800 km2, constituído por monzogranitos e sienogranitos, equigranulares a levemente porfiríticos contendo enclaves quartzo monzodiorítico a monzonítico. Já o Complexo Esperança, consiste numa intrusão de 650 Km2 e compreende cinco plutons graníticos de composição monzogranítica a sienogranítica, localmente tonalítica, com granulação média a grossa, e textura porfirítica, contendo enclaves dioríticos de forma mais expressiva. A assembleia mineral dos granitoides do Batólito Teixeira é semelhante à observada em rochas da série magnetita, enquanto o Complexo Esperança contém granitoides com valores mais elevados de ferro e cristais primários de ilmenita, com exceção dos Plutons Areial e Serrote da Cobra. Dados U-Pb em zircão por LA-ICP-MS indicam que os granitoides do Batólito Teixeira foram colocados entre 585 a 595Ma, com uma possível intrusão tardia peralcalina (555Ma). Estes granitoides são classificados como transalcalino e ferro-potássico mostrando afinidade shoshonítica a cálcio-alcalina de alto-K. Apresentam elevados valores de Ba e Sr, padrões de ETR uniformes e sem anomalias de Eu e spidergrams com depressões em Nb, Ta, P e Ti, além de assinatura de elementos traços transicionais entre granitos tipo-I e tipo-A. Estas feições são sugestivas de granitoides originados no início de contexto tectônico pós-colisional. Os valores Zr/Hf em zircão e Ti4+/Al+Fe3+ em titanita, juntamente com núcleos de zircão herdado de 1.8 a 2.1 Ga e 873 a 964 Ma sugerem origem por fusão parcial de fonte híbrida com contribuição, possivelmente, de rochas Cariris Velhos, sendo o magma cristalizado a profundidades variando de 15,5 a 18 km (T= 642-849 °C, P= 4,03-6,38 Kbar). Por outro lado, os granitoides do Complexo Esperança apresentam idades de cristalização mais variadas (592 a 525 Ma), sendo as mais jovens possivelmente associadas a reativações tardias da Zona de Cisalhamento Remígio-Pocinhos (ZCRP). Estes granitos apresentam idade e feições químicas típicas de granitoides pós-colisinal da subprovíncia Tranversal. São granitos transalcalinos e aluminosos, apresentam um caráter cálcio-alcalino de alto-K a shoshonítico, com assinatura de elementos traços semelhante a de granitos tipo-A2, inclusive com valores médios de (Ce+Y+Nb+Zr) > 340 e Ga/Al > 2,6. Os valores de Zr/Hf < 60 nestes granitoides associados a ЄNd variando de -16,53 a -3,46 e idade modelo TDM entre 2.1 e 1.3 Ga é compatível com origem magmática a partir de fusão de crosta paleoproterozoica com envolvimento de quantidades variadas de material juvenil e rochas metassedimentares. As condições termobarométricas de cristalização são: T=688-891 °C e P=4,65-6,83 kbar, compatíveis com cristalização entre 16,5 a 19,5 km de profundidade. Enquanto o Batólito Teixeira compreende uma intrusão pré-transcorrente, alguns plutons do Complexo Esperança apresentam feições de campo e microestruturais sugestivas da ação da ZCRP durante o alojamento, sugerindo que as ZCPa e ZCRP são estruturas distintas ou constituem uma única zona de cisalhamento que se desenvolveu primeiramente no ramo leste.

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  • LORENA MONTENEGRO COCENTINO
  • Estudo da mobilidade e dispersão dos metais Cr, Co, Cu, Ni, Pb e Zn no sistema rocha-solo e avaliação do risco da concentração de metais no solo: área em torno de um futuro condomínio residencial no município de Jaboatão dos Guararapes (PE)

  • Advisor : JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • JOAO ADAUTO DE SOUZA NETO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • ANTONIO CARLOS DE BARROS CORREA
  • ELVIS JOACIR DE FRANCA
  • ALEX SOUZA MORAES
  • Data: Aug 6, 2021


  • Show Abstract
  • A área estudada localiza-se a noroeste do município de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana de Recife, onde se pretende construir um condomínio com área residencial, de lazer e comercial. Geologicamente está inserida no Domínio Pernambuco-Alagoas, fazendo parte do Plúton Guarany (572 Ma). Esse Plúton corresponde a um monzodiorito a biotita granito com enclaves máficos e diques associados, que ocorre intrudido nos ortognaisses e migmatitos do Complexo Belém do São Francisco.
    Baseado nos resultados encontrados durante licenciamento ambiental da área realizado pela Agência Estadual de Meio Ambiente, onde identificou-se ocorrência de pontos com amostras de solo (superficial e em profundidade) com concentrações de Cr, Cu, Co, Ni, Pb e Zn próximos/acima dos Valores de Prevenção e Investigação estabelecidos pela Resolução CONAMA 420/2009, foi definido um projeto de doutoramento objetivando o estudo e localização desta fonte de contaminação, a avaliação da mobilidade e dispersão dos metais no sistema rocha-solo e o risco da exposição humana às concentrações dos metais presentes no solo da área investigada.
    Até o momento, apesar dos resultados deste trabalho terem encontrado concentrações de Cu (27-43mg/kg), Ni (26-40mg/kg), Pb (24-44mg/kg) e Zn (43-76mg/kg) acima dos Valores de Referência (Cu=5mg/kg; Ni=9mg/kg; Pb=13mg/kg; Zn=35mg/kg), apenas Ni ocorreu com concentrações acima dos Valores de Prevenção (30mg/kg), porém, bem abaixo do Valor de Investigação (70mg/kg) e dos teores do estudo anterior (139mg/kg).
    Apesar das concentrações dos elementos analisados não se encontrarem acima dos Valores de Investigação estabelecidos pela CONAMA, ainda faltam dados da concentração de outros metais observados com anomalias previamente, como Cr e Co que serão realizados nas etapas seguintes. Essa análise dos demais elementos, assim como a análise da fração biodisponível dessas amostras, permitirão uma melhor avaliação da contaminação na área, sua origem e seus riscos. Além disso, será realizado o estudo das razões isotópicas de Pb para determinação da origem da fonte de contaminação (geogênica ou antropogênica).

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  • MARIANA VALÉRIA DE ARAÚJO SENA
  • HISTOLOGIA E MICROANATOMIA ÓSSEA DE PELOMEDUSOIDES (TESTUDINES, PLEURODIRA) DO BRASIL: uma perspectiva paleoecológica e evolutiva a partir da análise paleohistológica

  • Advisor : GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • GUSTAVO RIBEIRO DE OLIVEIRA
  • JULIANA MANSO SAYAO
  • MARINA BENTO SOARES
  • PEDRO SEYFERTH RIBEIRO ROMANO
  • RENAN ALFREDO MACHADO BANTIM
  • Data: Aug 18, 2021


  • Show Abstract
  • Pelomedusoides (Testudines: Pleurodira) é um grupo no qual Araripemydidae, Euraxemydidae, Bothremydidae, Podocnemididae e Pelomedusidae, na maioria das análises, estão inseridos. Neste estudo foram amostrados espécimes das seguintes unidades litográficas: Cretáceo Inferior das Formações Crato e Romualdo, Bacia do Araripe; Cretáceo Superior da Formação Adamantina, Bacia Paraná; e Paleógeno da Bacia de São José de Itaboraí. Neste trabalho foi realizada uma análise histológica e microanatômica de placas ósseas do casco, vértebras cervicais e ossos longos de Pelomedudoides, incluindo cinco táxons fósseis e para fins comparativos foram utilizados dois táxons de Chelidae atuais. Os resultados indicam que os índices de compactação óssea do casco são incongruentes com os hábitos de vida das tartarugas. As vértebras cervicais de Pelomedusoides possuem padrão histológico conservativo. Pelo padrão histológico ambos podcnemidídeos, Cearachelys placidoi e um Pelomedusoides indet. tiveram modo de vida semiaquático/aquático, enquanto Araripemys barretoi teve estilo de vida terrestre. O xifiplastrão de C. placidoi apresenta redução do tecido esponjoso no sentido craniocaudal, deixando-o mais compacto na sua porção caudal. Sendo também o único elemento que apresenta ossificação metaplástica, caracterizada pela incorporação de feixes de fibras estruturais entrelaçadas. O esqueleto apendicular de um dos espécimes de A. barretoi indica ontogenia avançada. Por fim, foi identificado o primeiro registro de tecido plywood-like em Pleurodira, mais especificamente, na placa costal do Pelomedusoides indet. CR-CHA-1926. Em estudos anteriores esse tipo de tecido ósseo foi descrito apenas nas tartarugas de casco mole, os trioniquídeos. Os dados histológicos revelam informação suplementar à morfologia externa do casco e evidencia a influência de aspectos biomecânicos no arranjo microestrutural dos ossos apendiculares.

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  • SANMY SILVEIRA LIMA
  • CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA DA PORÇÃO OESTE DO BATÓLITO IPOJUCA-ATALAIA (DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS), ATRAVÉS DA INTEGRAÇÃO DE DADOS AEROGEOFÍSICOS E DE SENSORIAMENTO REMOTO

  • Advisor : ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • ANELISE LOSANGELA BERTOTTI
  • ADRIANE MACHADO
  • JOSÉ BATISTA SIQUEIRA
  • MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA
  • Data: Oct 6, 2021


  • Show Abstract
  • Ao longo das últimas décadas, estudos geológicos e geofísicos na Província Borborema (NE, Brasil), evoluíram consideravelmente, principalmente nas subprovíncias Norte e Central. Entretanto, o Domínio Pernambuco-Alagoas, inserido na subprovíncia Sul, não dispõe de estudos geofísicos e geológicos em detalhe. O uso e interpretação de dados e imagens obtidos através de sensores remotos permitem importantes aplicações nas geociências. Nesta pesquisa foram utilizados dados aerogeofísicos de alta densidade e dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) para delimitar litologias e capturar indicadores lineares geológicos e geomorfológicos na porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. Este batólito ocorre de forma longitudinal à costa atlântica de Recife para as proximidades de Maceió e apresenta um formato triangular irregular, alcançando uma área próxima a 4.000 km2 de extensão e é limitado por duas zonas de cisalhamento, a norte pela Zona de Cisalhamento Palmares e a sul pela Zona de Cisalhamento Flexeiras. Utilizando os dados SRTM foi possível aplicar as metodologias de extração da hipsometria, grau de declividade, imagem sombreada e drenagem. O conjunto de produtos extraídos a partir desses dados possibilitou identificar os compartimentos geomorfológicos da área de estudo e como as estruturas geológicas imprimem um forte controle morfoestrutural na região. Nesse contexto, o controle estrutural do relevo é evidenciado pela dissecação das zonas de cisalhamento, onde a litologia granítica sofreu uma maior tensão ao longo do tempo geológico. O estudo aerogeofísico, por sua vez, permitiu delimitar os domínios litogeofísicos e os domínios magnéticos, além das principais direções dos lineamentos, principais zonas de cisalhamento e seu comportamento em profundidade através da continuação ascendente e da Deconvolução de Euler. O conjunto de dados magnetométricos integrados revelou que a região foi intensamente deformada por zonas de cisalhamento transcorrentes com direção NE-SW. Os dados aerogamaespectrométricos possibilitaram o aprimoramento dos limites entre os plútons da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. Sendo assim, este estudo fornece bases sólidas para o aprimoramento dos dados relativos ao plútons, zonas de cisalhamento e dinâmica tectônica da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. Em geral, as características geológicas foram favoráveis ao uso dos dados SRTM e da aerogeofísica como ferramentas para o aprimoramento dos dados relativos as zonas de cisalhamento, aos plútons e demais rochas da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia, logo tais técnicas auxiliaram de forma concreta na tentativa de ampliar as informações geológicas e geomorfológicas da área de estudo.

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  • LUAN CAVALCANTE DÁTTOLI
  • EVOLUÇÃO GEOLÓGICA DA SEQUÊNCIA METAVULCANOSSEDIMENTAR NEOPROTEROZOICA INHAPI, DOMÍNIO PERNAMBUCO-ALAGOAS, PROVÍNCIA BORBOREMA

  • Advisor : ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • ADEJARDO FRANCISCO DA SILVA FILHO
  • ANGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL
  • ELSON PAIVA DE OLIVEIRA
  • ELTON LUIZ DANTAS
  • JOSE MAURICIO RANGEL DA SILVA
  • Data: Oct 15, 2021


  • Show Abstract
  • Sequências metavulcanossedimentares são importantes registros da dinâmica tectônica crustal. No porção centro-oeste da Domínio Pernambuco-Alagoas Leste, essas sequências possuem contextos geológicos semelhantes, porém assinaturas isotópicas distintas. A Sequência Inhapi, objeto deste trabalho, é representada por rochas metavulcanossedimentares, entre elas granada-biotita xisto, metatexitos e diatexitos paraderivados, calcissilicáticas, mármores, metamorfizadas em fácies anfibolito, intercaladas com rochas metavulcânicas máficas e associadas a um magmatismo pré- a pós-colisional. Essas rochas são polideformadas, w registram importantes eventos de fusão parcial, representados por extensas faixas de anatexitos leucossomáticos. A assembleia do pico metamórfico encontrada nos metassedimentos é biotita + estaurolita + granada, estável em condições de fácies anfibolito de baixa temperatura e pressão. Os anfibolitos apresentam condições termobarométricas de formação de 5,9-7,3kb e 90 432,1-510,6°C, indicando baixo a médio grau metamórfico. Os protólitos dos xistos e paragnaisses variam entre lamito, grauvaca e, menos presente, arenito. Os anfibolitos intercalados são basaltos toleíticos metamorfisados em fácies anfibolito baixo, e sugerem duas fontes: (i) manto depletado (ii) manto metassomatisado por fluidos em ambientes de subducção. As granadas presentes nas fácies xistosas mostram alto teor de almandina, com pouca, porém presente, variação química do núcleo para as bordas, com aumento no teor de MnO, indicando uma possível diminuição de P-T em metamorfismo retrogrado. As biotitas são eastonitas e siderofilitas. As condições termobarométricas da formação dos xistos mostram valores entre 3 a 5kbar e 557 a 666°C. Zircões presentes em granada-biotita gnaisse mostram 176Hf/177Hf entre 0,281244 a 0,282346, eHf(t) negativos entre -54,0 e -8,6. As idades modelo TDM (Hf) variam de acordo com as idades U-Pb, com valores entre 986-1027Ma para os zircões criogenianos-ediacaranos, 901-2122Ma para os zircões estenianos-tonianos, e 2180-2760 para os zircões estaterianos. O embasamento consiste em um complexo tonalito-granodiorítico toniano (1100-103 900) formado em ambientes orogênicos acrescionários. A Sequência Inhapi é o registro de uma bacia pull-apart formada em ambiente intra-arco, e posteriormente invertida, durante a Orogênese Brasiliana-Pan Africana.

2020
Dissertations
1
  • LUIS HENRIQUE AGUIAR DE ARAUJO
  • ABORDAGEM INTEGRADA DE DADOS GEOLÓGICOS, DE SENSORIAMENTO REMOTO E GEOQUÍMICOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DA FORMAÇÃO PIMENTEIRAS E OCORRÊNCIAS DE FOSFATO ASSOCIADAS: estudo de caso na região dos municípios de Pimenteiras e Bocaina (PI)

  • Advisor : MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • MARIO FERREIRA DE LIMA FILHO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • CLEIDE REGINA MOURA DA SILVA
  • Data: Jan 30, 2020


  • Show Abstract
  • Estudos prospectivos sobre a existência de alvos fosfáticos na Bacia do Parnaíba datam desde 1940. Por volta da década 70, a CPRM desenvolveu intensas pesquisas no estado do Piauí em um projeto que ficou conhecido como São Miguel do Tapuio e foi responsável pela demarcação de áreas potenciais para a exploração de fosfato sedimentar. Nos últimos anos, há uma crescente demanda por fertilizantes no mercado nacional devido ao expressivo aumento do agronegócio em todo território nacional, sendo este setor um dos pilares da economia brasileira no mercado de exportação. Considerando a demanda crescente, o aumento na produção nacional de fertilizantes está diretamente ligado a descoberta de novos alvos fosfáticos e o detalhamento de alvos antigos. Por isso, nos últimos anos a CPRM vem desenvolvendo o Projeto Fosfato Brasil com o intuito de mapear por todo território nacional áreas potenciais de exploração de fosfato. Neste contexto, o presente trabalho pretende integrar dados de campo, de sensoriamento remoto, geoquimícos e mineralógicos acerca de potenciais alvos localizados na porção leste da Bacia do Parnaíba em alvos conhecidos como Pimenteira e Bocaina. Os dados de campo consistem em seções estratigráficas e descrição de afloramentos, enquanto que o sensoriamento remoto é representado pela análise por espectroscopia de reflectância. Dados geoquímicos consistem em análise por fluorescência de raios-X portátil. Difratômetria de raios-X foi a técnica mineralógica utilizada para possível comparação com dos dados obtidos na espectroscopia de reflectância. Os dados de campo mostram que as rochas fosfáticas estão associadas principalmente com unidades da Formação Pimenteira, sendo encontradas principalmente em arenitos finos, cinza-esbranquiçado e arenitos médios, vermelho-arroxeados com concreções ferruginosas. Fluorescência de raios-X portátil foi utilizada para a determinação de anomalias em amostras coletadas e triagem das amostras para análise posterior por DRX. Espectroscopia de reflectância e DRX foram as técnicas utilizadas para a definição da mineralogia das amostras coletadas durante o trabalho de campo. Estas técnicas evidenciam que há ocorrência de quatro fases fosfáticas prinicipais (fluorapataita, cloroapatita, carbonato-Hidroxiapatita e carbonato-fluorapatita) associadas com minerais ferruginosos (goetita e hematita) e filossilicatos (caolinita, ilita , esmectita, montmonrilonita).

Thesis
1
  • SIDINEYDE SOARES DE LIMA COSTA
  • SEDIMENTOLOGIA, GEOFISICA E ASPECTOS AMBIENTAIS DO TRECHO URBANO DO RIO PARNAÍBA, EM TERESINA, PIAUI, BRASIL

  • Advisor : VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • COMMITTEE MEMBERS :
  • VALDIR DO AMARAL VAZ MANSO
  • VIRGINIO HENRIQUE DE MIRANDA LOPES NEUMANN
  • GEORGE SATANDER SÁ FREIRE
  • JOSE DINIZ MADRUGA FILHO
  • JOSE GUSTAVO NATORF DE ABREU
  • ROCHANA CAMPOS DE ANDRADE LIMA SANTOS
  • Data: Jan 31, 2020


  • Show Abstract
  • A morfologia do rio Parnaíba é função de sua dinâmica. Quando a dinâmica se configura ativa, a morfologia é alterada. Pode-se considerar que as características sedimentológicas e geofísicas, e os aspectos ambientais do rio Parnaíba no trecho urbano de Teresina estão sob condições ambientais modificadas, sendo testemunhos da dinâmica do canal fluvial. A distinta fisionomia atual do rio no trecho urbano de Teresina-Piauí, com aproximadamente 30 quilômetros de extensão, sentido Sul-Norte, caracteriza-se como objeto de estudo. Todavia, o objetivo da pesquisa buscou contribuir para o estudo do Rio Parnaíba, com base em sua história e caracterização física, química e ambiental.  Como indispensável, resgatou-se os aspetos históricos, identificando sua importância para a sociedade piauiense; analisou-se os dados batimétricos do rio; examinou-se os dados físico-químicos e microbiológico de suas águas, e o grau de vulnerabilidade do canal. O estudo foi realizado, em quatro etapas: etapa preliminar - levantamento bibliográfico, e preparação das bases cartográficas; etapa de campo - reconhecimento, detalhamento, descrições e coleta de amostras; etapa de laboratório, análises para definições e individualizações das unidades espaciais; etapa de escritório - interpretação dos dados e confecção do texto-tese. A intrínseca característica do canal do rio tornou-se exposto a partir do resgate dos aspetos históricos evidenciando que no passado o mesmo já foi mais profundo ao ponto de navegar embarcações de médio porte e que atualmente está sedimentando sob um plano de urbanização. Buscando determinar a morfologia do fundo do canal, a análise da batimetria permitiu identificar as características morfológicas de subsuperfície, subdividida em dezesseis seções, onde verificou-se a presença de estruturas emersas e submersas, além de detectar uma redução de sua profundidade, comprovando seu assoreamento. Constatou-se ainda a variação com ganho e/ou perda de sedimentos de acordo com o fluxo de água. A menção da qualidade da água, destaca-se sob a análise dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos lançados no canal do rio com informações relativa as quantidades dissolvidas nas águas e as condições de tolerância para o consumo. Em relação a análise ambiental, destaca-se a vulnerabilidade do rio que está vinculado aos indicadores ambientais na APP. Através da análise dos referidos parâmetros e dos dados da avaliação do grau de vulnerabilidade, percebeu-se o quão sensível está o canal do rio. Tais parâmetros estão alterando a potabilidade das águas, assim como sua margem, influenciada pelos indicadores ambientais.

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