O Núcleo Recife do Observatório das Metrópoles está desenvolvendo pesquisa intitulada “Instrumentos de Política Urbana e as Mudanças Climáticas: possibilidades, limites e desafios” (AIPUAC), com apoio nacional do Ministério das Cidades do Governo Federal e o Observatório das Metrópoles via Termo de Execução Descentralizada (TED). O objetivo geral da pesquisa é analisar as capacidades de diferentes instrumentos urbanos na questão das Mudanças Climáticas na escala dos estados e capitais brasileiras. Dentre as diversas etapas do projeto, está prevista uma Oficina Local com membros da Rede AIPUAC, Ministério das Cidades para apresentação geral e seus resultados preliminares à comunidade local. Assim, o evento local está previsto para acontecer entre os dias 22 e 23 de setembro de 2025, com a presença de atores institucionais, acadêmicos e movimentos sociais com atuações voltadas a minimizar os impactos das mudanças climáticas através de instrumentos urbanos e iniciativas locais, para que possam palestrar sobre suas respectivas atuações e participar de mesas redondas sobre as temáticas envolvidas, de modo a enriquecer a pesquisa e partilhá-la com toda a sociedade. O evento acontecerá no auditório Evaldo Coutinho (Centro de Artes e Comunicação da UFPE), com duração de 2 dias e contará com a explanação do coordenador geral do INCT, Orlando Santos Junior, do coordenador do Núcleo Recife, Fabiano Rocha Diniz, um representante do Ministério das Cidades, assim como de convidados locais de movimentos sociais e outras entidades que estão sendo convidados. Fazem parte da equipe executora os professores, bolsistas e pesquisadores do Núcleo Recife do Observatório. O evento tem como público alvo a Sociedade Civil; Acadêmicos da UFPE; Movimentos sociais; Instituto Intercidadania, Rede GERA e coletivos, Gris Solidário, Fórum Popular do Rio Tejipió, Ibura mais Cultura, Redes do Beberibe, Cores do Amanhã, Caranguejo Tabaiares e Tenda Caboclo Flecheiro D’Araroba.
A diversidade fisiográfica e climática, associada a perfis socioeconômicos diversos, conferem ao estado de Pernambuco o desafio de como desenvolver políticas de adaptação climática. Por um lado, o estado é altamente vulnerável aos efeitos das mudanças climáticas, em especial nas áreas litorâneas de baixa declividade, sujeitas a inundações, e em grande parte do interior do estado, sujeita à desertificação. A polarização climática entre interior, seco e árido, litoral, úmido e repleto estuários nas desembocaduras de rios, conferiram a criação de novas questões de ordem climática a serem incorporadas pelas políticas públicas. Recife e sua região metropolitana apresentam como característica intrínseca, a relação direta com diversos corpos d’água, dada sua posição geográfica no estuário da bacia hidrográfica do rio Capibaribe. Este quadro, associado a altos níveis de pobreza, gerou a exposição constante da população a desastres decorrentes das mudanças climáticas, que são particularmente mais sentidos, pela população mais carente das áreas de morro e planície. Os extratos populacionais mais pobres, frequentemente excluídos do acesso formal à terra urbanizada, encontram nas áreas próximas corpos d’água e áreas alagadiças uma alternativa para a moradia. Estas áreas, muitas vezes desvalorizadas pelo processo formal de urbanização, enfrentam grandes desafios de ocupação devido às suas características geomorfológicas e às restrições jurídico-fundiárias impostas por leis de proteção ambiental. Assim, é comum encontrar uma significativa concentração de assentamentos populares em áreas planas sujeitas a alagamentos e deslizamentos. Nesta perspectiva, é grande urgência a participação popular na construção de planos climáticos sobre regiões ocupadas por comunidades tradicionais (favelas e periferias), que há tempo vem demostrando resiliência por meio de autogestão dos seus problemas cotidianos, incluindo os relativos ao clima. Estas comunidades constroem redes de governança comunitárias, partindo das problemáticas identificadas por sua vivência nestes territórios sensíveis ao clima, como os morros, margens de rios e alagados. Dentro desta perspectiva é que se insere o projeto “Instrumentos de Política Urbana e as Mudanças Climáticas: possibilidades, limites e desafios” (AIPUAC) e o “FÓRUM CIDADE CLIMA: RECIFE E REGIÃO NA ADAPTAÇÃO E RESILIÊNCIA CLIMÁTICA”, que está sendo realizada com apoio nacional do Ministério das Cidades do Governo Federal e o Observatório das Metrópoles via Termo de Execução Descentralizada (TED). O objetivo geral da pesquisa é analisar as capacidades de diferentes instrumentos urbanos na questão das Mudanças Climáticas na escala dos estados e capitais brasileiras, o que incluirá a apresentação do levantamento de dados sobre o estado de Pernambuco e sua capital, Recife. O evento busca promover a discussão sobre a temática ambiental e proporcionar a ampliação da rede com participação popular de ONGs e coletivos que trabalham com as questões climáticas no contexto urbano. Assim, na escala local, o evento contará coma participação da Rede Gera (Governança para o Enfrentamento ao Racismo Ambiental), iniciativa foi liderada pelo Instituto Intercidadania, Gris Solidário, Cores do Amanhã, Caranguejo Tabaiares e Tenda Caboclo Flecheiro D’Araroba, organismos que já possuem um histórico de atuação em territórios vulnerabilizados da Região Metropolitana do Recife (RMR). A Rede Gera tem o objetivo de implementar estratégias de adaptação em territórios específicos de áreas ribeirinhas buscando apoiar, sobretudo, ações de incidência política originárias da sociedade civil. Além destas iniciativas, temos a “Comunidades pelo Clima” que lançou uma campanha com as ONGs Somos Todos Muribeca, Meu Recife e Comissão Ambiental de Jaboatão, cujo enfoque também envolve a incidência na política metropolitana através de manifestações que cobram por mitigação e adaptação climática advindas de iniciativas das populações periféricas.
Discentes e docentes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Comunicação, Letras, Direitos Humanos, Direito, Ciências Políticas, Ciências Sociais.
Sociedade Civil; Acadêmicos da UFPE; Movimentos sociais; Instituto Intercidadania, Rede GERA e coletivos, Gris Solidário, Fórum Popular do Rio Tejipió, Ibura mais Cultura, Redes do Beberibe, Cores do Amanhã, Caranguejo Tabaiares e Tenda Caboclo Flecheiro Araroba, ONU Habitat para Humanidade; Associação Águas do Nordeste; Associação Metropolitana de Ciclistas do Recife; Gestores municipais e estaduais de Pernambuco; representantes dos programas Promorar e Parceria; Secretaria das Periferias, Secretaria do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Urbano
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