Biofuncionalização da superfície de titânio poroso a partir do uso de tanino condensado e terfenol - d para aplicações biomédicas
biofuncionalização; titânio poroso; implante ósseo; magnetostricção; tanino.
Próteses podem ser utilizadas para substituir, mimicar ou reparar partes do tecido ósseo que foram perdidas devido a doenças sistêmicas e/ou lesões. O Titânio e suas ligas são os materiais mais estudados e utilizados na aplicação desse tipo de implante devido a suas características mecânicas, resistência à corrosão, e biocompatibilidade. No entanto, apesar de sua alta qualidade estima-se que nos primeiros cinco anos após o implante haja cerca de 10% de insucesso devido a problemas com osseointegração, acarretando em um custo adicional de USD 100.000 por paciente. Vários trabalhos recentes vêm buscando diferentes soluções para reduzir problemas relacionados a implantes ósseos devido a osseointegração. Parte dessas soluções passa pela biofuncionalização da superfície do titânio. Em nossos estudos focaremos na aplicação de tanino condensado extraído da jurema preta (Mimosa tenuiflora) e do angico vermelho (Anadenanthera macrocarpa), árvores típicas da caatinga do nordeste brasileiro. A escolha desse material se dá pelo seu potencial antibactericida. No primeiro momento foi realizada a caracterização físico química do tanino condensado, a partir das técnicas de FTIR e UV-Vis e posteriormente serão realizadas as medidas de RMN e TG. Uma vez caracterizado, esse material será depositado no substrato de titânio poroso e onde será avaliado o seu potencial antibactericida. Outra solução sugerida por nossos estudos passa pela utilização de materiais que possuem características magnetostritivas como o Terfenol-D (Tb0.3Dy0.7Fe2), sugerimos a biofuncionalização da superfície implantada com prévia deposição deste material magnetostrictivo. Parte desse trabalho, será realizado na Universidade de Sevilha, no período de novembro de 2022 a maio de 2023.