PRODUÇÃO DE BIOETANOL COM RESÍDUOS DE ALIMENTOS: Avaliação de Hidrólises Ácida, Enzimática e Fermentação com Diferentes Leveduras
resíduos de alimentos; hidrólise ácida; hidrólise enzimática; fermentação; biocombustíveis
Esse trabalho objetivou o uso de resíduo de alimentos (RA) para a produção de bioetanol. Para tanto, realizou-se hidrólise enzimática de RA com celulases e amilases, com e sem a extração de lipídios. Analisou-se a hidrólise ácida com ácido sulfúrico através de dois planejamentos experimentais. Obteve-se maior concentração de açúcares redutores (AR) no ensaio com 1,5% de ácido sulfúrico, 15% de sólidos, 1 h e 127 °C. A concentração de AR para o desengordurado ácido foi de 83,71 ± 2,64 g/L, sendo superior àquela do melhor hidrolisado enzimático, também desengordurado, de 36,8 ± 2,7 g/L. Observou-se que o processo de extração de lipídios não influencia no processo hidrolítico. O ácido foi recirculado, obtendo uma concentração de 120,98 ± 8,87 g/L de AR no 3° ciclo do RA in natura. Os hidrolisados enzimáticos e ácidos de 1° e 3° ciclos, foram fermentados, com 10% de concentração de células de levedura, em fermentação líquida estática durante 24 h. Utilizou-se quatro cepas de leveduras: JP1 (S. cerevisiae industrial), P6HMF9 (S. cerevisiae modificada geneticamente), DB (Dekkera bruxellensis) e MC (Meyerozyma caribbica). As maiores concentrações de etanol foram obtidas para os hidrolisados enzimáticos – não havendo diferença entre cepas – e para o 1° ciclo do hidrolisado ácido de P6HMF9, DB e MC – cerca de 30 g/L. Os resultados demonstraram o potencial de aproveitamento dos RA para a produção de bioetanol.