ASPECTOS BIOLÓGICOS DA ACUMULAÇÃO DE CU E ZN EM Littoraria angulifera
Bioacumulação. Micronúcleo. Absorção atômica. Hemolinfa. Morfometria.
Como vive a espécie Littoraria angulifera, capaz de hiperacumular Cu e Zn em seus órgãos? Propusemos quantificar Cu e Zn em matrizes biológicas dessa espécie por meio de técnicas analíticas nucleares e testes citotóxicos, correlacionado ao estudo da morfometria e concentração desses elementos químicos em Sedimento em Suspensão de manguezais de Pernambuco e da Paraíba. A análise da genotoxicidade fez-se com o teste do micronúcleo. O teste do cometa foi utilizado em ensaio de bioacumulação. Cu e Zn, foram quantificados da glândula digestiva, demais componentes da massa visceral e pênis, também do Sedimento em Suspensão. Altas concentrações dos elementos químicos estudados foram encontradas nos órgãos e hemolinfa de animais de Pontinhas e Maria Farinha. Foi em Pontinhas também que o Sedimento em Suspensão apresentou elevados valores de Zn, já para Cu a maior concentração foi observada em Maria Farinha. Diante dos resultados, sugerimos ser esse excesso de Zn em Pontinhas o fator relevante para os menores tamanhos dos espécimes. No teste do micronúcleo, houve diferença significativa nos indivíduos de Pontinhas-PB quando comparado aos demais locais estudados. A presença de danos celulares demonstrou toxicidade elevada nos manguezais estudados. A análise morfométrica foi significativamente diferente entre machos e fêmeas e o ensaio de bioacumulação mostrou que o dano no DNA responde ao excesso de Zn do manguezal e que o Sedimento em Suspensão é o estoque desse Zn acumulado pela espécie.