MONITORAMENTO DA VELOCIDADE DA BARRA PARA QUANTIFICAR A FADIGA NO TREINAMENTO RESISTIDO: A MAGNITUDE DA CARGA E AS VARIÁVEIS DA VELOCIDADE AFETAM A SENSIBILIDADE?
treinamento baseado em velocidade; treinamento de força; fadiga neuromuscular
Este estudo comparou os efeitos das variáveis magnitude da carga e velocidade da barra na
sensibilidade à fadiga neuromuscular no treinamento resistido. Dezessete homens treinados em
força (idade = 25.7 ± 4.9 anos; altura = 177.0 ± 7.2 cm; massa corporal = 77.7 ± 12.3 kg; 1 RM
no agachamento = 145.0 ± 33.9 kg) participaram do estudo. O desempenho neuromuscular foi
avaliado pré e pós (+ 5 min e + 20 min) no exercício resistido por meio do salto com
contramovimento (SCM) e da máxima velocidade concêntrica (MVC) no agachamento a 40%,
60% e 80% de 1RM. As alterações pré e pós-exercício na velocidade propulsiva média (VPM)
e na velocidade de pico (VP) no agachamento em diferentes intensidades foram comparadas
com às variações na altura do SCM. A altura do SCM diminuiu significativamente do pré para
o pós-exercício (∆%= -7.5 a -10.4; p<0.01; ES=0.37 a 0.60). A velocidade da barra (VPM e
PV) também diminuiu significativamente em todas as intensidades de carga (∆%= -4.0 a -12.5;
p<0.01; ES=0.32 a 0.66). A diminuição no desempenho foi semelhante entre o SCM, VPM
(40% e 80% 1RM; p=1.00), e PV (80% 1RM; p=1.00). O SCM identificou maior diminuição
no desempenho pós-exercício em comparação a VPM (60% 1RM; p=0.05) e PV (40% e 60%
1RM; p<0.01). Baixo viés sistemático e níveis aceitáveis de concordância entre o SCM e a
velocidade da barra foram encontrados apenas usando a VPM a 40% e 80% de 1RM (bias =
0.35 a 1.59; ICC = 0.51 a 0.71; CV = 5.1% a 8.5%). Nossos resultados sugerem que o uso da
VPM a 40% ou 80% de 1RM para monitorar a fadiga por meio de mudanças na velocidade da
barra promove ótima sensibilidade.