ALTERAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM PACIENTES COM ENDOMETRIOSE: ESTUDO TRANSVERSAL
ALTERAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS; ENDOMETRIOSE; DIAFRAGMA DA PELVE; DOR PÉLVICA; FISIOTERAPIA.
Objetivo: Descrever o perfil de alterações musculoesqueléticas em mulheres com endometriose. Metodologia: Estudo de corte transversal (CAAE: 42943621.0.0000.5208), realizado de agosto de 2021 a agosto de 2022, amostra calculada de 92 mulheres portadoras de endometriose, que foram avaliadas quanto ao perfil sociodemográfico e clínico; qualidade de vida; dor pélvica, funções sensoriais e musculares do assoalho pélvico; teste de Schober e terceiro dedo chão; e palpação dos músculos lombo-pélvicos. Os resultados foram descritos em média, desvio padrão (DP), mediana e intervalo interquartil. Resultados: A idade média foi 33,7(DP 6,95) anos e a mediana do IMC de 26,45(24,4-31,5)Kg/cm2. A maioria das mulheres era casada (45%), possuía mais de 12 anos de estudo, apresentava dismenorreia (97%), nunca engravidaram (59%), relata nocturia (72%), apresenta constipação intestinal (74%); tinha transtorno da dor gênito-pélvica/penetração (97%), sentia dor pélvica (98%), distribuídas entre dor no ventre (95,6%), dor lombar (80%) e dor no períneo (35,6%), sendo relatada dor intensa, em pelo menos uma dessas regiões, em 77% das mulheres. Também apresentaram amplitude de extensão do tronco reduzida (98%) e pontos gatilhos na musculatura lombo-pélvica (99%). Quanto ao músculo levantador do ânus, 93% apresentaram dor à palpação, 83% tônus aumentado e 63% não conseguiam contraí-lo de forma isolada. A qualidade de vida estava prejudicada, principalmente nos domínios controle e impotência, relações sexuais e infertilidade. Conclusão: As mulheres com endometriose apresentaram alterações musculoesqueléticas, dor pélvica intensa, sintomas urinários e evacuatórios, disfunção do assoalho pélvico, prejuízo na qualidade de vida e na atividade sexual.