Efeitos de um protocolo fisioterapêutico adaptado de multicomponentes sobre a mobilidade funcional e a qualidade de vida em indivíduos com Síndrome Pós-COVID-19: Ensaio clínico, controlado e randomizado
COVID-19, Mobilidade Ativa, Exercício físico e treinamento.
Indivíduos acometidos pela COVID-19 podem apresentar disfunções físicas e funcionais, em sistemas corporais distintos. A fisioterapia parece ser um tratamento não farmacológico eficaz para restaurar a mobilidade e a independência funcional por meio de treinamento de força e desempenho físico funcional. Desta maneira, este estudo teve como objetivo avaliar se o protocolo fisioterapêutico adaptado de multicomponentes foi eficaz no ganho de mobilidade funcional e na qualidade de vida em indivíduos com síndrome pós- COVID-19. Trata-se de um ensaio clínico randomizado e controlado com 59 voluntários divididos em 2 grupos: (31) Grupo Intervenção (GI) e (28) Grupo Controle (GC). Foram realizadas 5 avaliações: Avaliação inicial (TO), reavaliação (T1) na 6ª sessão, reavaliação na 12a sessão (T2), reavaliação na 18 sessão (T3) e na 24 sessão (t4). Foram coletados dados sociodemográficos, para mensuração da mobilidade funcional pelo (TC6M), Escala de Equilíbrio de Berg e Qualidade de vida pelo SF36. Foi realizada a estatística descritiva dos resultados na forma de gráficos de média e desvio padrão, para as variáveis qualitativas. Na comparação do TC6m, Berg e do SF36 utilizou-se abordagem de análise por intenção de tratar. Essa pesquisa foi submetida á apreciação na Plataforma Brasil e obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UFPE sob número de parecer 5.236.588. A pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Cinesioterapia e Recursos Terapêuticos Manuais (LACIRTEM), do Departamento de Fisioterapia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e realizada no período de março a outubro de 2022. Foram incluídos: Indivíduos que foram acometidos pela COVID-19, que tiveram alta hospitalar de pelo menos 15 dias, que são funcionalmente independentes, sem doença neurológica severa, desordem vascular, labirintite e cegueira, sem deformidade severa do pé e na coluna vertebral e que não possuam deficiências ortopédicas, não faça uso de auxiliares para locomoção, sem histórico de fratura nos MMII e na coluna vertebral. Foram excluídos: Indivíduos que estejam com COVID-19; hipertensão não controlada; arritmia não controlada; miocardite ativa; sinais de desconforto respiratório em repouso; saturação de oxigênio menor que 88%, doença sistêmica aguda ou febre; freqüência cardíaca de repouso menor que 50 e maior que 100 batimentos por minuto;náuseas; tontura; falta de ar e/ou fadiga intensa; sudorese excessiva; crise de ansiedade, palpitações, dor ou sensação de aperto no peito; apresenta dor durante o treinamento; Inadequada execução das atividades durante o procedimento de intervenção; Não assinatura do TCLE. Á distância percorrida no TC6m, ficou entre 464,4 a 518,6 metros, no GI, mas no GC houve um decréscimo de 441,2 a 433,9 metros. A pontuação obtida na escala de equilíbrio de Berg ficou entre 48 a 51,9, no GI, e no GC, 47,8 e 47,9 pontos. Em relação á qualidade de vida, no GI apresentou escore entre 96,26 a 102,6, e no GC,96,4 e 97,7. Foi possivel constar os benefícios da utilização deste protocolo adaptado de multicomponentes nesta população no ganho de mobilidade funcional e de qualidade de vida.