Efeito de um programa de exercícios terapêuticos na funcionalidade de pacientes com artrite reumatoide: ensaio clínico randomizado
Artrite Reumatoide, Exercícios Terapêuticos, Funcionalidade, Fadiga, Qualidade de Vida, Dor
Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença articular inflamatória crônica, caracterizada pela presença de poliartrite simétrica, com comprometimento principalmente das mãos, punhos, pés e joelhos. Há evidências indicando que o exercício pode ser um recurso valioso no tratamento de diversos sintomas da AR. Objetivo: Avaliar eficácia de exercícios terapêuticos na funcionalidade, qualidade de vida, dor e fadiga em pacientes com artrite reumatoide. Métodos: Ensaio clínico controlado randomizado com amostra composta por voluntários de ambos os sexos, entre 18 e 65 anos de idade, com diagnóstico de AR, com nível de atividade da doença considerado baixo ou moderado, e que não tenham hábito regular de exercício físico em sua rotina. Os voluntários serão aleatoriamente alocados em dois grupos: Grupo de exercícios funcionais (GEF) e Grupo controle (GC). No GEF os indivíduos receberão uma cartilha de orientação sobre a AR da Sociedade Brasileira de Reumatologia e serão submetidos a um protocolo de exercícios terapêuticos baseados em atividades funcionais. As intervenções serão realizadas duas vezes por semana, por dez semanas. O GC receberá apenas a cartilha de orientações. Serão avaliadas características sociodemográficas e clínicas (idade, sexo, IMC, grau de instrução, comorbidades, queixa principal, queixa funcional, intensidade da dor (EVA), articulações dolorosas e/ou edemaciadas, presença de rigidez e registro de medicamentos) (Ficha de avaliação); Desfecho primário: Funcionalidade (Health Assessment Questionnaire). Desfechos secundários: Desempenho funcional (Teste de Sentar e Levantar da Cadeira em 30 segundos, Teste de Caminhada de 6 minutos e Disabilities of the Arm, Shoulder, Hand Questionnaire - DASH); Qualidade de vida (Short Form 36 - SF-36); Intensidade da dor (Escala Visual Analógica - EVA); grau de fadiga (BRAF MDQ). Ao final do protocolo (10 semanas), serão repetidos os mesmos procedimentos da avaliação e será respondido o Patient Global Impression of Change (PGIC). Na análise serão utilizados média e intervalo de confiança quando seguirem distribuição normal (Kolmogorov-Smirnov), porém quando não normais, mediana e intervalo interquartil. Será realizada a diferença de média e análise por intenção de tratar.