ESTIMULAÇÃO CEREBELO-ESPINAL TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA ASSOCIADA À FISIOTERAPIA NOS DISTÚRBIOS DA MARCHA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
Doença de Parkinson, marcha, estimulação elétrica, reabilitação
A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada por tremor de repouso, bradicinesia, rigidez e instabilidade postural. Essas disfunções motoras podem comprometer a marcha dos indivíduos, impactando diretamente na sua mobilidade funcional. O tratamento mais adotado para o tratamento da doença é o medicamentoso, este, apesar de promover a redução dos sintomas motores, quando utilizado a longo prazo, provoca um aumento das discinesias com uma piora do quadro clínico dos indivíduos. Recentemente, as técnicas de estimulação elétrica invasiva do cerebelo e da medula espinal têm sido usadas como alternativas para promover a função da marcha. No entanto, apesar de promissoras, essas técnicas são limitadas para alguns indivíduos, devido aos riscos associados à cirurgia e aos custos elevados. Neste cenário, as técnicas de estimulação não invasiva, como a estimulação cerebelo-espinal por corrente contínua (csDCS, do inglês cerebellar spinal direct current stimulation) surgem como promissoras para aumentar a mobilidade funcional de indivíduos com disfunções da marcha. Considerando que estudos apontam que associação de técnicas de estimulação não invasiva do sistema nervoso com a fisioterapia potencializa os efeitos terapêuticos, o objetivo do presente estudo é avaliar a eficácia da combinação da csDCS com fisioterapia na mobilidade funcional de pacientes com DP. Para isso, os indivíduos serão alocados em dois grupos: i) csDCS real + fisioterapia; ii) csDCS sham + fisioterapia. O protocolo completo consta com 10 sessões terapêuticas que serão realizadas ao longo de duas semanas. Para analisar a eficácia do protocolo serão avaliados: a segurança da estimulação para indivíduos com DP, mobilidade funcional (Timed Up and Go), equilíbrio estático e dinâmico (Balance Evaluation System Test), função motora (Unified Parkinson Disease Rating Scale-II e Unified Parkinson Disease Rating Scale-III), congelamento de marcha (Freezing of Gait Questionnaire) e percepção de melhora do paciente (Percepção Global de mudança).