Estudo comparativo da utilização de um hidrogel e um nanocompósito magnético à base de grafeno como adsorventes para tratamento de efluentes petroquímicos
Quinolina, óxido de grafeno, ágar biopolímero, nanocompósito magnético, adsorção
Nos efluentes de refinarias encontram-se altas concentrações de fenóis, quinolinas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, principalmente após o coqueamento. A etapa do refino de petróleo é o principal contribuinte para a produção de quinolina, superando 2000 toneladas por ano (KANG et al., 2021). A quinolina é um dos contaminantes orgânicos presentes em efluentes da indústria petroquímica, e por apresentar propriedades tóxicas, mutagênicas e cancerígenas, e baixa degradabilidade, sua presença em efluentes tem um impacto negativo na saúde humana e no meio ambiente (LUO et al., 2020). O objetivo deste trabalho é sintetizar e caracterizar materiais à base de óxido de grafeno (OG), hidrogel (50%OG-50%ágar) (ARAUJO et al., 2023) e o nanocompósito magnético (OG-Mag) (NASCIMENTO et al., 2022), além de utilizá-los como adsorventes para a remoção da quinolina em meio aquoso, verificando as respectivas capacidades adsortivas. Devido a sua polaridade e característica básica, a quinolina acaba interagindo com os sítios ácidos dos catalisadores, desativando-os, o que não é interessante para o processo do refino do petróleo, sendo necessária sua redução ou até mesmo remoção (ALVES, 2019). Pelo modelo cinético de difusão extera de Boyd as capacidades adsortivas foram de 10,28 mg.g-1 (50%OG 50%ágar) e 29,06 mg.g-1 (OG-Mag). Os nanocompósitos à base de OG são promissores para a adsorção de quinolina, entretanto, outros testes serão realizados posteriormente a fim de comprovar a eficiência de tais materiais no tratamento de efluentes de indústria petroquímica.