PPGBQF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E FISIOLOGIA - CB DEPARTAMENTO DE BIOQUIMICA - CB Telefone/Ramal: (81) 8729-2466
Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • LILIAN VANESSA DA PENHA GONCALVES
  • "Pode a ultramaratona associada ao exercício de elevado volume induzir metaplasticidade no córtex cerebral de ratos?"

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • GISELIA DE SANTANA MUNIZ
  • MATHEUS SANTOS DE SOUSA FERNANDES
  • Data: 29/02/2024

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  • Corridas de ultra-maratona, caracterizadas por longas distâncias, estão sendo cada vez mais procuradas pelos atletas. Estudos indicam seus efeitos negativos em vários sistemas orgânicos, incluindo o cardiovascular, respiratório, muscular esquelético, renal e até o imunológico. Porém, pouco se sabe como o exercício de ultra-resistência e o treinamento antecedente podem modular as respostas do sistema nervoso central, sua resposta antioxidante e o funcionamento das células gliais. O presente estudo visa compreender mecanismos de estresse oxidativo e de ativação astrocitária que envolvem a resposta do córtex cerebral ao exercício físico de ultra-resistência. MÉTODOS: 45 ratos foram treinados 5x/semana durante 12 semanas com duração
    progressiva até cerca de 90min/dia em esteira motorizada, para configurar o elevado
    volume (EV). Após o fim desse treinamento, metade desses animais foram submetidos
    ao teste de exaustão (EV-TE), que simulou uma corrida de ultra-maratona. Os animais
    do grupo controle (CT) não treinaram, e metade deles, foram também submetidos ao
    teste de exaustão (CT-TE). Os ratos foram eutanasiados e homogenados corticais
    foram obtidos para mensurar níveis de espécies reativas de oxigênio (EROS), GSH,
    GSSG e óxido nítrico, IL1b, ERK e JNK total e fosforiladas. Foram também analisadas a
    atividade das enzimas SOD, CAT, NADPH oxidase e o perfil de isoformas proteicas de
    GFAP para analisar as respostas e plasticidade do astrócito à injúria. O treinamento de
    elevado volume aumentou as atividades da SOD e CAT e efeito aditivo do TE foi
    evidenciado na SOD apenas no grupo CT. Os níveis de óxido nítrico e de IL-1b foram
    aumentados pelo TE no grupo controle, mas não no grupo EV. Por outro lado, a
    atividade da NADPH oxidase e os níveis totais de EROS não diferiram entre os grupos.
    Os níveis de ERK fosforilada/ ERK total foram reduzidos pelo EV mas não afetados pelo
    TE. Por outro lado, um aumento nos níveis da JNK fosforilada foi observado no grupo
    EV-TE comparado ao grupo EV. Os níveis das isoformas proteicas de GFAP de 39, 42, 45
    e 50 KDa foram aumentados pelo elevado volume. Nas isoformas 39, 42, e 45 esses
    níveis foram revertidos aos valores do controle no grupo EV-TE. O córtex cerebral
    apresenta resiliência ao dano oxidativo induzido pelo treinamento de alto volume o
    qual foi capaz de induzir aumento na atividade de enzimas antioxidantes e os níveis de
    marcadores de inflamação com IL1b e NO. No entanto, tais efeitos não são
    intensificados pela prova de ultraendurance. A falta de reatividade antioxidante ou
    astroglial adicional após TE indica respostas plásticas adaptativas relacionadas a vias de
    sinalização celular distintas.


  • Mostrar Abstract
  • Corridas de ultra-maratona, caracterizadas por longas distâncias, estão sendo cada vez mais procuradas pelos atletas. Estudos indicam seus efeitos negativos em vários sistemas orgânicos, incluindo o cardiovascular, respiratório, muscular esquelético, renal e até o imunológico. Porém, pouco se sabe como o exercício de ultra-resistência e o treinamento antecedente podem modular as respostas do sistema nervoso central, sua resposta antioxidante e o funcionamento das células gliais. O presente estudo visa compreender mecanismos de estresse oxidativo e de ativação astrocitária que envolvem a resposta do córtex cerebral ao exercício físico de ultra-resistência. MÉTODOS: 45 ratos foram treinados 5x/semana durante 12 semanas com duração
    progressiva até cerca de 90min/dia em esteira motorizada, para configurar o elevado
    volume (EV). Após o fim desse treinamento, metade desses animais foram submetidos
    ao teste de exaustão (EV-TE), que simulou uma corrida de ultra-maratona. Os animais
    do grupo controle (CT) não treinaram, e metade deles, foram também submetidos ao
    teste de exaustão (CT-TE). Os ratos foram eutanasiados e homogenados corticais
    foram obtidos para mensurar níveis de espécies reativas de oxigênio (EROS), GSH,
    GSSG e óxido nítrico, IL1b, ERK e JNK total e fosforiladas. Foram também analisadas a
    atividade das enzimas SOD, CAT, NADPH oxidase e o perfil de isoformas proteicas de
    GFAP para analisar as respostas e plasticidade do astrócito à injúria. O treinamento de
    elevado volume aumentou as atividades da SOD e CAT e efeito aditivo do TE foi
    evidenciado na SOD apenas no grupo CT. Os níveis de óxido nítrico e de IL-1b foram
    aumentados pelo TE no grupo controle, mas não no grupo EV. Por outro lado, a
    atividade da NADPH oxidase e os níveis totais de EROS não diferiram entre os grupos.
    Os níveis de ERK fosforilada/ ERK total foram reduzidos pelo EV mas não afetados pelo
    TE. Por outro lado, um aumento nos níveis da JNK fosforilada foi observado no grupo
    EV-TE comparado ao grupo EV. Os níveis das isoformas proteicas de GFAP de 39, 42, 45
    e 50 KDa foram aumentados pelo elevado volume. Nas isoformas 39, 42, e 45 esses
    níveis foram revertidos aos valores do controle no grupo EV-TE. O córtex cerebral
    apresenta resiliência ao dano oxidativo induzido pelo treinamento de alto volume o
    qual foi capaz de induzir aumento na atividade de enzimas antioxidantes e os níveis de
    marcadores de inflamação com IL1b e NO. No entanto, tais efeitos não são
    intensificados pela prova de ultraendurance. A falta de reatividade antioxidante ou
    astroglial adicional após TE indica respostas plásticas adaptativas relacionadas a vias de
    sinalização celular distintas.

2
  • DEYVISON GUILHERME MARTINS SILVA
  • “EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBIO SOBRE O CÓRTEX PRÉ-FRONTAL DE
    RATOS SUPERNUTRIDOS DURANTE A LACTAÇÃO”

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • THAYNAN RAQUEL DOS PRAZERES OLIVEIRA
  • Data: 01/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Obesidade e níveis de atividade física têm andado por caminhos opostos. À medida que
    a Federação Mundial de Obesidade estima que mais da metade das pessoas do planeta
    estejam obesas até 2035, a Organização Mundial de Saúde prevê um gasto de 27 bilhões
    de dólares anuais com doenças crônicas até 2030 se os índices de atividade física não
    mudarem. As consequências deste panorama são especialmente preocupantes sobre o
    Sistema Nervoso Central (SNC) e, mais ainda, sobre o córtex pré-frontal (CPF) – região
    importante para a regulação de funções executivas, mas também associada a
    comportamentos alimentares. Dessa forma, sabendo que o SNC é um alvo fácil de agentes
    pró-oxidantes, tivemos como objetivo avaliar o efeito do exercício físico aeróbio de
    intensidade moderada sobre o balanço oxidativo no CPF de ratos supernutridos durante a
    lactação. Para tanto, utilizamos ratos Wistar machos que foram submetidos ou não à
    supernutrição durante a lactação. Ao final deste período os animais controle e
    supernutridos foram subdivididos agora em treinados e não treinados, formando 4 grupos
    experimentais. O treinamento se deu através de um protocolo de corrida em esteira
    durante 4 semanas, 5 dias/semana, 60 minutos/dia, à 50% da capacidade máxima de
    corrida. Como resultados, identificamos que a supernutrição perturbou o balanço
    oxidativo, diminuindo o conteúdo de coenzima reduzida (p<0,05), aumentando a
    produção de espécies reativas de oxigênio (p<0,001), a razão entre coezimas oxidadas e
    reduzidas (p<0,05), marcadores de dano oxidativo a lipídeos (p<0,01) e proteínas
    (p<0,05) além de prejudicar defesas antioxidantes enzimáticas (superóxido dismutase,
    p<0,01) e não enzimáticas (glutationa reduzida, p<0,0005; razão entre glutationa reduzida
    e oxidada, p=0,0001 e conteúdo de sulfidrilas, p<0,01). O exercício aeróbio, por outro
    lado, reverte os efeitos deletérios da supernutrição, restaurando a maioria destas medidas
    a níveis normais (espécies reativas, p<0,0001; razão entre coenzimas reduzidas e
    oxidadas, p<0,05; oxidação de lipídeos, p<0,01, proteínas p<0,01 e conteúdo de
    sulfidrilas, p<0,05); fato possivelmente associado ao aumento da expressão do ácido
    ribonucleico mensageiro (RNAm) da sirtuína 1 (p<0,0001) e redução do RNAm da
    interleucina 6 (p<0,0001). Portanto, concluímos que a supernutrição causa estresse oxidativo no CPF à medida que o exercício restaura o balanço oxidativo por vias possivelmente dependentes de sirtuína 1.


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  • Obesidade e níveis de atividade física têm andado por caminhos opostos. À medida que
    a Federação Mundial de Obesidade estima que mais da metade das pessoas do planeta
    estejam obesas até 2035, a Organização Mundial de Saúde prevê um gasto de 27 bilhões
    de dólares anuais com doenças crônicas até 2030 se os índices de atividade física não
    mudarem. As consequências deste panorama são especialmente preocupantes sobre o
    Sistema Nervoso Central (SNC) e, mais ainda, sobre o córtex pré-frontal (CPF) – região
    importante para a regulação de funções executivas, mas também associada a
    comportamentos alimentares. Dessa forma, sabendo que o SNC é um alvo fácil de agentes
    pró-oxidantes, tivemos como objetivo avaliar o efeito do exercício físico aeróbio de
    intensidade moderada sobre o balanço oxidativo no CPF de ratos supernutridos durante a
    lactação. Para tanto, utilizamos ratos Wistar machos que foram submetidos ou não à
    supernutrição durante a lactação. Ao final deste período os animais controle e
    supernutridos foram subdivididos agora em treinados e não treinados, formando 4 grupos
    experimentais. O treinamento se deu através de um protocolo de corrida em esteira
    durante 4 semanas, 5 dias/semana, 60 minutos/dia, à 50% da capacidade máxima de
    corrida. Como resultados, identificamos que a supernutrição perturbou o balanço
    oxidativo, diminuindo o conteúdo de coenzima reduzida (p<0,05), aumentando a
    produção de espécies reativas de oxigênio (p<0,001), a razão entre coezimas oxidadas e
    reduzidas (p<0,05), marcadores de dano oxidativo a lipídeos (p<0,01) e proteínas
    (p<0,05) além de prejudicar defesas antioxidantes enzimáticas (superóxido dismutase,
    p<0,01) e não enzimáticas (glutationa reduzida, p<0,0005; razão entre glutationa reduzida
    e oxidada, p=0,0001 e conteúdo de sulfidrilas, p<0,01). O exercício aeróbio, por outro
    lado, reverte os efeitos deletérios da supernutrição, restaurando a maioria destas medidas
    a níveis normais (espécies reativas, p<0,0001; razão entre coenzimas reduzidas e
    oxidadas, p<0,05; oxidação de lipídeos, p<0,01, proteínas p<0,01 e conteúdo de
    sulfidrilas, p<0,05); fato possivelmente associado ao aumento da expressão do ácido
    ribonucleico mensageiro (RNAm) da sirtuína 1 (p<0,0001) e redução do RNAm da
    interleucina 6 (p<0,0001). Portanto, concluímos que a supernutrição causa estresse oxidativo no CPF à medida que o exercício restaura o balanço oxidativo por vias possivelmente dependentes de sirtuína 1.

3
  • ALINE RODRIGUES DA SILVA SANTOS
  • "Avaliação dos efeitos de preparações de sementes de Moringa oleifera na
    sobrevivência e atividades de enzimas de Alphitobius diaperinus (Panzer) adultos”
  • Orientador : EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • NATALY DINIZ DE LIMA SANTOS
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • Data: 21/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente conhecido
    como cascudinho, é um inseto-praga e vetor de agentes patogênicos como Escherichia
    coli, Salmonella sp., Staphylococcussp. para aves. Embora os inseticidas sintéticos sejam
    tradicionalmente utilizados para controle de pragas, seu uso excessivo tem causado
    diversos danos a organismos não alvo e ao meio ambiente. O desenvolvimento de
    métodos alternativos à base de compostos naturais vem crescendo devido à sua maior
    biodegradabilidade e, consequentemente, menor persistência no ambiente. A espécie
    Moringa oleifera Lam. (Moringaceae) é uma planta pantropical cujas sementes e flores
    são fontes de agentes inseticidas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar os
    efeitos de preparações proteicas (infusão, extrato, fração e lectina soluvel em água -
    WSMoL) e óleo fixo das sementes de M. oleifera na sobrevivência de adultos de A.
    diaperinus. Ensaio de toxicidade por ingestão foi realizado em quintuplicata utilizando
    insetos adultos (n = 10) para investigar o potencial inseticida das preparações proteicas.
    Os insetos foram acondicionados em placas de Petri contendo dieta artificial composta
    por flocos de aveia e diferentes concentrações de infusão, extrato, fração ou WSMoL.
    No controle, apenas água foi adicionada à aveia. O peso dos insetos foi medido no início
    do experimento e após sete dias de tratamento, quando a mortalidade também foi
    avaliada. Adicionalmente, o efeito in vitro das preparações proteicas sobre enzimas
    digestivas (proteases totais, tripsina símile e amilase) dos insetos foi investigado. A
    toxicidade do óleo fixo foi avaliada por contato. O óleo foi posto no centro do placa, os
    insetos (n = 10) foram adicionados e o sistema foi agitado. No controle, os insetos foram
    acondicionados em placa contendo Tween 5%. Foram realizadas quintuplicatas e a
    mortalodade foi registrada diariamente durante dez dias. O efeito in vitro do óleo na
    atividade de acetilcolinesterase foi determinado para investigar neurotoxicidade. Os
    resultados revelaram que a infusão, o extrato, a fração e WSMoL não afetaram a
    sobrevivência dos insetos. Por outro lado, a atividade de tripsina foi estimulada na
    presença da fração e de WSMoL, enquanto a amilase foi inibida pela fração e por
    WSMoL. O óleo fixo matou os insetos com LC50 de 17mg/mL e LC90 112,5 mg/mL e foi
    capaz de inibir a atividade da acetilcolinesterase. Em conclusão, o óleo fixo de M.
    oleifera é um agente inseticida para adultos de A. diaperinus e a inibição de
    acetilcolinesterase pode ser um mecanismo envolvido na sua toxicidade. Em adição,
    embora a infusão, o extrato, a fração e WSMoL não tenham acarretado em mortalidade
    dos insetos, o seu efeito sobre enzimas de A. diaperinus pode ser futuramente
    aproveitado com o objetivo de aumentar a sensibilidade a outros agentes inseticidas.

  • Mostrar Abstract
  • Alphitobius diaperinus Panzer (Coleoptera: Tenebrionidae), popularmente conhecido
    como cascudinho, é um inseto-praga e vetor de agentes patogênicos como Escherichia
    coli, Salmonella sp., Staphylococcussp. para aves. Embora os inseticidas sintéticos sejam
    tradicionalmente utilizados para controle de pragas, seu uso excessivo tem causado
    diversos danos a organismos não alvo e ao meio ambiente. O desenvolvimento de
    métodos alternativos à base de compostos naturais vem crescendo devido à sua maior
    biodegradabilidade e, consequentemente, menor persistência no ambiente. A espécie
    Moringa oleifera Lam. (Moringaceae) é uma planta pantropical cujas sementes e flores
    são fontes de agentes inseticidas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar os
    efeitos de preparações proteicas (infusão, extrato, fração e lectina soluvel em água -
    WSMoL) e óleo fixo das sementes de M. oleifera na sobrevivência de adultos de A.
    diaperinus. Ensaio de toxicidade por ingestão foi realizado em quintuplicata utilizando
    insetos adultos (n = 10) para investigar o potencial inseticida das preparações proteicas.
    Os insetos foram acondicionados em placas de Petri contendo dieta artificial composta
    por flocos de aveia e diferentes concentrações de infusão, extrato, fração ou WSMoL.
    No controle, apenas água foi adicionada à aveia. O peso dos insetos foi medido no início
    do experimento e após sete dias de tratamento, quando a mortalidade também foi
    avaliada. Adicionalmente, o efeito in vitro das preparações proteicas sobre enzimas
    digestivas (proteases totais, tripsina símile e amilase) dos insetos foi investigado. A
    toxicidade do óleo fixo foi avaliada por contato. O óleo foi posto no centro do placa, os
    insetos (n = 10) foram adicionados e o sistema foi agitado. No controle, os insetos foram
    acondicionados em placa contendo Tween 5%. Foram realizadas quintuplicatas e a
    mortalodade foi registrada diariamente durante dez dias. O efeito in vitro do óleo na
    atividade de acetilcolinesterase foi determinado para investigar neurotoxicidade. Os
    resultados revelaram que a infusão, o extrato, a fração e WSMoL não afetaram a
    sobrevivência dos insetos. Por outro lado, a atividade de tripsina foi estimulada na
    presença da fração e de WSMoL, enquanto a amilase foi inibida pela fração e por
    WSMoL. O óleo fixo matou os insetos com LC50 de 17mg/mL e LC90 112,5 mg/mL e foi
    capaz de inibir a atividade da acetilcolinesterase. Em conclusão, o óleo fixo de M.
    oleifera é um agente inseticida para adultos de A. diaperinus e a inibição de
    acetilcolinesterase pode ser um mecanismo envolvido na sua toxicidade. Em adição,
    embora a infusão, o extrato, a fração e WSMoL não tenham acarretado em mortalidade
    dos insetos, o seu efeito sobre enzimas de A. diaperinus pode ser futuramente
    aproveitado com o objetivo de aumentar a sensibilidade a outros agentes inseticidas.
4
  • CATARINA NICACIO DOS SANTOS
  • INTERAÇÃO EXERCÍCIO FÍSICO/SISTEMA COLINÉRGICO: ANÁLISE ELETROFISIOLÓGICA EM RATOS DESNUTRIDOS E NUTRIDOS SUBMETIDOS AO TRATAMENTO TÓPICO CORTICAL COM AGONISTA E ANTAGONISTA COLINÉRGICO

  • Orientador : RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • ELIAN DA SILVA FRANCISCO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
  • Data: 27/03/2024

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  • Os neurônios colinérgicos, produtores do neurotransmissor acetil-colina (ACh), desempenham papel essencial na regulação de processos fisiológicos no organismo de mamíferos. O exercício físico regular exerce efeitos benéfico sobre o desenvolvimento e funções cerebrais. A desnutrição continua a ser uma preocupação global, afetando milhões de pessoas em diferentes partes do mundo, e seu estudo experimental ajuda a entender seus efeitos sobre o funcionamento adequado do organismo em todas as suas dimensões. Neste trabalho, estudou-se, em ratos exercitados e sedentários, os efeitos da aplicação tópica cortical do agonista colinérgico Pilocarpina e do antagonista Escopolamina sobre a propagação do fenômeno eletrofisiológico denominado Depressão Alastrante Cortical (DAC). Adicionalmente, investigou-se a influência da desnutrição na ação desses fármacos. Os resultados confirmaram que o exercício físico em esteira desacelerou a propagação da DAC. À semelhança do observado previamente com a aplicação sistêmica da pilocarpina, no presente estudo a aplicação tópica de pilocarpina na concentração de 10 mg/ml, mas não na de 5 mg/ml, desacelerou significativamente, de forma reversível, a propagação da DAC. Ao contrário, a escopolamina (também de forma dose-dependente), bem como a desnutrição, acelerou a DAC, e o efeito da escopolamina não foi impedido pela desnutrição. Concluiu-se que a modulação farmacológica da atividade colinérgica cerebral está inversamente associada à propagação da DAC. O exercício físico, que é considerado neuroprotetor, não impediu, mas modulou, a ação da pilocarpina, e da Escopolamina. A eficácia da aplicação tópica do agonista e do antagonista colinérgicos sugere que a ação colinérgica sobre a DAC, mesmo em tratamento farmacológico sistêmico, como estudado anteriormente, baseia-se em mecanismos localizados no tecido cerebral.


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  • Os neurônios colinérgicos, produtores do neurotransmissor acetil-colina (ACh), desempenham papel essencial na regulação de processos fisiológicos no organismo de mamíferos. O exercício físico regular exerce efeitos benéfico sobre o desenvolvimento e funções cerebrais. A desnutrição continua a ser uma preocupação global, afetando milhões de pessoas em diferentes partes do mundo, e seu estudo experimental ajuda a entender seus efeitos sobre o funcionamento adequado do organismo em todas as suas dimensões. Neste trabalho, estudou-se, em ratos exercitados e sedentários, os efeitos da aplicação tópica cortical do agonista colinérgico Pilocarpina e do antagonista Escopolamina sobre a propagação do fenômeno eletrofisiológico denominado Depressão Alastrante Cortical (DAC). Adicionalmente, investigou-se a influência da desnutrição na ação desses fármacos. Os resultados confirmaram que o exercício físico em esteira desacelerou a propagação da DAC. À semelhança do observado previamente com a aplicação sistêmica da pilocarpina, no presente estudo a aplicação tópica de pilocarpina na concentração de 10 mg/ml, mas não na de 5 mg/ml, desacelerou significativamente, de forma reversível, a propagação da DAC. Ao contrário, a escopolamina (também de forma dose-dependente), bem como a desnutrição, acelerou a DAC, e o efeito da escopolamina não foi impedido pela desnutrição. Concluiu-se que a modulação farmacológica da atividade colinérgica cerebral está inversamente associada à propagação da DAC. O exercício físico, que é considerado neuroprotetor, não impediu, mas modulou, a ação da pilocarpina, e da Escopolamina. A eficácia da aplicação tópica do agonista e do antagonista colinérgicos sugere que a ação colinérgica sobre a DAC, mesmo em tratamento farmacológico sistêmico, como estudado anteriormente, baseia-se em mecanismos localizados no tecido cerebral.

5
  • POLLIANY DA SILVA MENDONCA
  • Prolina-glicina cíclica (cGP) intra-córtex pré-frontal reverte os sintomas do tipo positivos, negativos e cognitivos em um modelo experimental de esquizofrenia induzido pela ativação imune neonatal associado à quetamina na adolescência

  • Orientador : FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 27/03/2024

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  • A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico altamente incapacitante, cujos sintomas se manifestam no final da adolescência e início da vida adulta. A doença é caracterizada pela presença de sintomas positivos, negativos e cognitivos. Embora o tratamento atual apresente elevada eficácia no controle dos sintomas positivos, pouco benefício ocorre sobre os sintomas negativos e cognitivos. A prolina-glicina cíclica (cGP) é um dipeptídeo metabólito natural do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1) que vem se destacando pelo seu papel na regulação do desenvolvimento cerebral e na neuroproteção. Entretanto, até o presente momento, não há evidências de que o cGP seja capaz de modular os sintomas subjacentes à esquizofrenia. O objetivo do presente estudo foi investigar os eventuais efeitos da suplementação com cGP contra as alterações neurocomportamentais e bioquímicas em um modelo experimental de esquizofrenia induzido pela ativação imune neonatal e expostos à quetamina na adolescência. Ratos Wistar machos, neonatos, receberam ácido poli-inosínico:policitidílico [Poly(I:C)] 2mg/kg/dia ou veículo por via intraperitoneal (i.p.) do 5º ao 7º dia de vida e, posteriormente, receberam quetamina 20mg/kg/dia ou veículo por via i.p. entre o 35º e 40º dia de vida. No 60º dia, os animais foram canulados no córtex pré-frontal (CPF) por estereotaxia. Após 48h os animais receberam veículo (0,5µL/dia) ou cGP 2µg (0,5µL/dia) por via intra-CPF durante 5 dias consecutivos e, após 24 h, o comportamento dos animais foi avaliado nos testes do campo aberto (TCA), comportamento estereotipado (TCE), transição claro-escuro (TTCE) e esquiva inibitória (TEI). Outros grupos experimentais, mantidos em isolamento após o desmame, foram submetidos ao mesmo protocolo de tratamento descrito anteriormente e, quando adultos, foram avaliados no teste da interação social (TIS). Ao final, cada animal foi eutanasiado e o CPF dissecado para determinação do imunoconteúdo da IL-1β e do receptor TLR4 por Western blotting. Nossos resultados mostraram que a associação Poly(I:C) + quetamina induziu hiperlocomoção no TCA, efeito que foi totalmente revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. Um aumento da movimentação central foi observado no grupo tratado com cGP, sugerindo um efeito do tipo-ansiolítico. No TTCE, a Poly(I:C) + quetamina reduziu a latência para 1ª entrada no compartimento escuro, indicando um efeito do tipo-ansiogênico que foi revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TEI, a associação Poly(I:C) + quetamina reduziu a latência para a descida da plataforma nas sessões de 5s, 1,5h e 24h após o choque, indicando um prejuízo na memória de trabalho, de curta e de longa duração, respectivamente. Esse prejuízo cognitivo foi abolido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TCE, a associação Poly(I:C) + quetamina induziu comportamento estereotipado nos ratos entre o período de 5 a 25 min do teste, efeito que foi totalmente revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TIS, a Poly(I:C) + quetamina reduziu a frequência e o tempo total das interações sociais, efeitos que foram abolidos pelo tratamento intra-CPF com cGP. Nenhuma alteração foi observada nos diferentes grupos experimentais para o imunoconteúdo de IL-1β e TLR4. Nossos resultados sugerem que a suplementação com cGP, quando administrado intra-CPF, promove efeitos protetores revertendo os sintomas do tipo-positivos, negativos e cognitivos no modelo neurodesenvolvimental de esquizofrenia induzido pela ativação imune neonatal expostos à quetamina na adolescência.


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  • A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico altamente incapacitante, cujos sintomas se manifestam no final da adolescência e início da vida adulta. A doença é caracterizada pela presença de sintomas positivos, negativos e cognitivos. Embora o tratamento atual apresente elevada eficácia no controle dos sintomas positivos, pouco benefício ocorre sobre os sintomas negativos e cognitivos. A prolina-glicina cíclica (cGP) é um dipeptídeo metabólito natural do fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1) que vem se destacando pelo seu papel na regulação do desenvolvimento cerebral e na neuroproteção. Entretanto, até o presente momento, não há evidências de que o cGP seja capaz de modular os sintomas subjacentes à esquizofrenia. O objetivo do presente estudo foi investigar os eventuais efeitos da suplementação com cGP contra as alterações neurocomportamentais e bioquímicas em um modelo experimental de esquizofrenia induzido pela ativação imune neonatal e expostos à quetamina na adolescência. Ratos Wistar machos, neonatos, receberam ácido poli-inosínico:policitidílico [Poly(I:C)] 2mg/kg/dia ou veículo por via intraperitoneal (i.p.) do 5º ao 7º dia de vida e, posteriormente, receberam quetamina 20mg/kg/dia ou veículo por via i.p. entre o 35º e 40º dia de vida. No 60º dia, os animais foram canulados no córtex pré-frontal (CPF) por estereotaxia. Após 48h os animais receberam veículo (0,5µL/dia) ou cGP 2µg (0,5µL/dia) por via intra-CPF durante 5 dias consecutivos e, após 24 h, o comportamento dos animais foi avaliado nos testes do campo aberto (TCA), comportamento estereotipado (TCE), transição claro-escuro (TTCE) e esquiva inibitória (TEI). Outros grupos experimentais, mantidos em isolamento após o desmame, foram submetidos ao mesmo protocolo de tratamento descrito anteriormente e, quando adultos, foram avaliados no teste da interação social (TIS). Ao final, cada animal foi eutanasiado e o CPF dissecado para determinação do imunoconteúdo da IL-1β e do receptor TLR4 por Western blotting. Nossos resultados mostraram que a associação Poly(I:C) + quetamina induziu hiperlocomoção no TCA, efeito que foi totalmente revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. Um aumento da movimentação central foi observado no grupo tratado com cGP, sugerindo um efeito do tipo-ansiolítico. No TTCE, a Poly(I:C) + quetamina reduziu a latência para 1ª entrada no compartimento escuro, indicando um efeito do tipo-ansiogênico que foi revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TEI, a associação Poly(I:C) + quetamina reduziu a latência para a descida da plataforma nas sessões de 5s, 1,5h e 24h após o choque, indicando um prejuízo na memória de trabalho, de curta e de longa duração, respectivamente. Esse prejuízo cognitivo foi abolido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TCE, a associação Poly(I:C) + quetamina induziu comportamento estereotipado nos ratos entre o período de 5 a 25 min do teste, efeito que foi totalmente revertido pelo tratamento intra-CPF com cGP. No TIS, a Poly(I:C) + quetamina reduziu a frequência e o tempo total das interações sociais, efeitos que foram abolidos pelo tratamento intra-CPF com cGP. Nenhuma alteração foi observada nos diferentes grupos experimentais para o imunoconteúdo de IL-1β e TLR4. Nossos resultados sugerem que a suplementação com cGP, quando administrado intra-CPF, promove efeitos protetores revertendo os sintomas do tipo-positivos, negativos e cognitivos no modelo neurodesenvolvimental de esquizofrenia induzido pela ativação imune neonatal expostos à quetamina na adolescência.

6
  • ANGELO RAPHAEL ALEXANDRE DA SILVA
  • “Novas estratégias para o processamento do sururu Mytella strigata (Hanley, 1843)
    focando em melhorias sanitárias e de qualidade”,

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO OLIVEIRA DE VERAS
  • GLAUBER PEREIRA DE CARVALHO SANTOS
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 29/07/2024

  • Mostrar Resumo
  • O sururu (Mytella strigata) é um alimento tradicional em regiões litorâneas
    brasileiras, conhecido por suas propriedades nutricionais e aceitação cultural. Por ser
    um bivalve filtrador, pode acumular contaminantes presentes na água, como metais
    pesados e microorganismos patogênicos. A pesca e a comercialização desses moluscos
    são atividades importantes para as populações ribeirinhas, mas enfrentam desafios
    significativos em termos de segurança alimentar e sustentabilidade. A legislação
    brasileira estabelece normas para o controle higiênico-sanitário de moluscos bivalves,
    a implementação efetiva dessas normas é muitas vezes insuficiente. E, embora seja um
    alimento tradicional, a qualidade sanitária desses moluscos é frequentemente
    comprometida devido às práticas inadequadas de manejo e comercialização. Assim,
    este estudo visa avaliar a eficiência das boas práticas de manipulação, especialmente a
    depuração, na qualidade sanitária do sururu comercializado no litoral norte de
    Pernambuco. Para tanto, o material foi coletado, depurado, desconchado e avaliado
    em relação a sua composição centesimal, microbiologia e enzimologia. Os resultados
    indicam que a depuração é eficiente na redução de contaminantes microbiológicos no
    sururu. O desconchamento via vapor mostrou-se mais eficiente em termos de
    rendimento e preservação de nutrientes em comparação ao método tradicional de
    fervura. A análise centesimal revelou que o sururu é uma rica fonte de proteínas,
    ácidos graxos poliinsaturados, e minerais. As análises microbiológicas destacaram a
    necessidade de práticas adequadas de manipulação para evitar contaminações. Assim,
    foi observado que os métodos de beneficiamento, especialmente a depuração e o
    desconchamento via vapor, são cruciais para garantir a qualidade sanitária e
    nutricional do sururu. A implementação dessas práticas pode mitigar os riscos
    associados ao consumo de moluscos contaminados e promover a segurança alimentar
    nas comunidades ribeirinhas. Desse modo, a adoção de boas práticas de manipulação
    e beneficiamento do sururu, conforme demonstrado neste estudo, pode melhorar
    significativamente a qualidade sanitária do produto final, beneficiando tanto os
    consumidores quanto os produtores locais.


  • Mostrar Abstract
  • O sururu (Mytella strigata) é um alimento tradicional em regiões litorâneas
    brasileiras, conhecido por suas propriedades nutricionais e aceitação cultural. Por ser
    um bivalve filtrador, pode acumular contaminantes presentes na água, como metais
    pesados e microorganismos patogênicos. A pesca e a comercialização desses moluscos
    são atividades importantes para as populações ribeirinhas, mas enfrentam desafios
    significativos em termos de segurança alimentar e sustentabilidade. A legislação
    brasileira estabelece normas para o controle higiênico-sanitário de moluscos bivalves,
    a implementação efetiva dessas normas é muitas vezes insuficiente. E, embora seja um
    alimento tradicional, a qualidade sanitária desses moluscos é frequentemente
    comprometida devido às práticas inadequadas de manejo e comercialização. Assim,
    este estudo visa avaliar a eficiência das boas práticas de manipulação, especialmente a
    depuração, na qualidade sanitária do sururu comercializado no litoral norte de
    Pernambuco. Para tanto, o material foi coletado, depurado, desconchado e avaliado
    em relação a sua composição centesimal, microbiologia e enzimologia. Os resultados
    indicam que a depuração é eficiente na redução de contaminantes microbiológicos no
    sururu. O desconchamento via vapor mostrou-se mais eficiente em termos de
    rendimento e preservação de nutrientes em comparação ao método tradicional de
    fervura. A análise centesimal revelou que o sururu é uma rica fonte de proteínas,
    ácidos graxos poliinsaturados, e minerais. As análises microbiológicas destacaram a
    necessidade de práticas adequadas de manipulação para evitar contaminações. Assim,
    foi observado que os métodos de beneficiamento, especialmente a depuração e o
    desconchamento via vapor, são cruciais para garantir a qualidade sanitária e
    nutricional do sururu. A implementação dessas práticas pode mitigar os riscos
    associados ao consumo de moluscos contaminados e promover a segurança alimentar
    nas comunidades ribeirinhas. Desse modo, a adoção de boas práticas de manipulação
    e beneficiamento do sururu, conforme demonstrado neste estudo, pode melhorar
    significativamente a qualidade sanitária do produto final, beneficiando tanto os
    consumidores quanto os produtores locais.

7
  • LAVINIA BEATRIZ HERMINIO DA SILVA
  • Efeito do antagonismo do receptor AT1 com losartan na doença hepática gordurosa não alcoólica associada à obesidade induzida dieteticamente em ratos Wistar: possível papel da sirtuina 1

  • Orientador : VALERIA NUNES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • GLORIA ISOLINA BOENTE PINTO DUARTE
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • CHRISTIANE CAVALCANTE FEITOZA
  • LUIZA ANTAS RABELO
  • Data: 06/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A obesidade é um fator de risco para outras doenças, a exemplo do diabetes mellitus tipo 2, de doenças cardiovasculares e da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A alta prevalência de DHGNA associada à disfunção metabólica representa um sério problema de saúde pública. Além disso, evidências indicam a via da angiotensina II-AT1 no desenvolvimento da DHGNA e a sinalização antagônica entre sirtuína 1 e NFκB regula o metabolismo energético e a resposta inflamatória presentes em muitas doenças metabólicas crônicas. Assim, objetivou-se avaliar o efeito do antagonismo do receptor AT1 com losartan na DHGNA associada à obesidade induzida dieteticamente em ratos e o possível papel da sirtuina 1. Ratos Wistar machos com 8 semanas de idade foram divididos em: Grupo controle (CT, n=5), que recebeu uma dieta padrão de roedor (11,8% kcal de lipídios); Grupo obeso (DHL, n=6), que recebeu uma dieta rica em gordura (58,4% kcal de lipídios) por 16 semanas; Grupo controle+losartan (CT-L, n=7) e grupo obeso+losartan (DHL-L, n=8) que receberam concomitantemente intervenção farmacológica com losartan 15mg/Kg/dia (via oral-gavagem) nas últimas 8 semanas da intervenção dietética. Avaliações metabólicas sistêmicas, hepáticas e no tecido adiposo branco referentes à indução da obesidade e da DHGNA foram realizadas. Análises histológicas foram realizadas pela coloração de hematoxilina e eosina (H&E) e tricomo de masson. A expressão relativa de mRNA foi mensurada pela reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). Comparados ao controle, os grupos que receberam a dieta hiperlipídica apresentaram aumento do peso corporal acompanhado de maior índice de adiposidade. Os níveis de lipídios totais hepáticos foram significativamente maiores no grupo DHL em comparação ao CT, mas não entre os grupos tratados com losartan. Os grupos DHL e DHL-L apresentaram aumento significativo nos triglicerídeos hepáticos em comparação ao respectivo grupo controle, bem como nos níveis de colesterol. Entretanto, o tratamento com losartan diminuiu os níveis de colesterol no grupo DHL-L comparado ao DHL. Associado a elevada deposição lipídica, a análise histológica evidenciou esteatose hepática e maior porcentagem de fibrose nos animais DHL, esta última atenuada no grupo tratado com losartan. Sistemicamente, o grupo DHL apresentou elevação de marcadores de função e lesão hepática, ALT e AST, os quais foram atenuados entre os grupos tratados com losartan. O grupo DHL apresentou aumento na expressão relativa de mRNA para angiotensinogênio, receptor AT1, ECA, CD36, CD68 e NFκB em comparação ao controle, mas não entre os grupos DHL-L e CT-L, sugerindo o envolvimento do eixo angiotensina II-AT1, bem como da inflamação na DHGNA. Além disso, o tratamento com losartan aumentou a expressão relativa de mRNA para sirtuína 1 em DHL-L, acompanhado por uma diminuição em CD68 e NFκB.  Em suma, a via da angiotensina II-AT1 contribuiu para o acúmulo de lipídios e inflamação na DHGNA induzida por dieta hiperlipídica. Além disso, o antagonismo do receptor AT1 atenuou tais distúrbios pela regulação do eixo sirtuin1/NF-kB.


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  • A obesidade é um fator de risco para outras doenças, a exemplo do diabetes mellitus tipo 2, de doenças cardiovasculares e da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A alta prevalência de DHGNA associada à disfunção metabólica representa um sério problema de saúde pública. Além disso, evidências indicam a via da angiotensina II-AT1 no desenvolvimento da DHGNA e a sinalização antagônica entre sirtuína 1 e NFκB regula o metabolismo energético e a resposta inflamatória presentes em muitas doenças metabólicas crônicas. Assim, objetivou-se avaliar o efeito do antagonismo do receptor AT1 com losartan na DHGNA associada à obesidade induzida dieteticamente em ratos e o possível papel da sirtuina 1. Ratos Wistar machos com 8 semanas de idade foram divididos em: Grupo controle (CT, n=5), que recebeu uma dieta padrão de roedor (11,8% kcal de lipídios); Grupo obeso (DHL, n=6), que recebeu uma dieta rica em gordura (58,4% kcal de lipídios) por 16 semanas; Grupo controle+losartan (CT-L, n=7) e grupo obeso+losartan (DHL-L, n=8) que receberam concomitantemente intervenção farmacológica com losartan 15mg/Kg/dia (via oral-gavagem) nas últimas 8 semanas da intervenção dietética. Avaliações metabólicas sistêmicas, hepáticas e no tecido adiposo branco referentes à indução da obesidade e da DHGNA foram realizadas. Análises histológicas foram realizadas pela coloração de hematoxilina e eosina (H&E) e tricomo de masson. A expressão relativa de mRNA foi mensurada pela reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). Comparados ao controle, os grupos que receberam a dieta hiperlipídica apresentaram aumento do peso corporal acompanhado de maior índice de adiposidade. Os níveis de lipídios totais hepáticos foram significativamente maiores no grupo DHL em comparação ao CT, mas não entre os grupos tratados com losartan. Os grupos DHL e DHL-L apresentaram aumento significativo nos triglicerídeos hepáticos em comparação ao respectivo grupo controle, bem como nos níveis de colesterol. Entretanto, o tratamento com losartan diminuiu os níveis de colesterol no grupo DHL-L comparado ao DHL. Associado a elevada deposição lipídica, a análise histológica evidenciou esteatose hepática e maior porcentagem de fibrose nos animais DHL, esta última atenuada no grupo tratado com losartan. Sistemicamente, o grupo DHL apresentou elevação de marcadores de função e lesão hepática, ALT e AST, os quais foram atenuados entre os grupos tratados com losartan. O grupo DHL apresentou aumento na expressão relativa de mRNA para angiotensinogênio, receptor AT1, ECA, CD36, CD68 e NFκB em comparação ao controle, mas não entre os grupos DHL-L e CT-L, sugerindo o envolvimento do eixo angiotensina II-AT1, bem como da inflamação na DHGNA. Além disso, o tratamento com losartan aumentou a expressão relativa de mRNA para sirtuína 1 em DHL-L, acompanhado por uma diminuição em CD68 e NFκB.  Em suma, a via da angiotensina II-AT1 contribuiu para o acúmulo de lipídios e inflamação na DHGNA induzida por dieta hiperlipídica. Além disso, o antagonismo do receptor AT1 atenuou tais distúrbios pela regulação do eixo sirtuin1/NF-kB.

Teses
1
  • FRANCISCA CRISLANDIA OLIVEIRA SILVA
  • "PURIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DO POLISSACARÍDEO EXTRAÍDO DA GOMA DE Cenostigma nordestinum"

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • IZABELA GALVÃO
  • THIAGO BARBOSA CAHU
  • Data: 25/01/2024

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  • Cenostigma nordestinum (Fabaceae) é uma espécie vegetal endêmica da Caatinga, conhecida popularmente como catingueira e amplamente utilizada na medicina popular para o tratamento de inflamações, infecções gastrointestinais e respiratórias. No período de altas temperaturas, C. nordestinum exsuda uma goma do caule, na qual a estrutura química e efeitos biológicos foram elucidados pela primeira vez nesse estudo. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi purificar, caracterizar estruturalmente o polissacarídeo do tipo arabinogalactano da goma de C. nordestinum (AGCn) e avaliar seus efeitos biológicos. AGCn foi purificado por precipitação etanólica (70%; 1:3 v/v) e caracterizado estruturalmente. Além disso, foi realizado a análise fermentativa in vitro de AGCn com amostras fecais humanas e análises experimentais in vivo, através do teste de toxicidade aguda e modelo de colite ulcerativa induzida por dextrana sulfato de sódio (3%). A microbiota intestinal foi avaliada pelo método dependente de cultivo e análise de sequenciamento do gene 16S rRNA. Após a precipitação etanólica, AGCn apresentou um rendimento final de 38,4±4,67%, com concentração de 93.61±0.63% de carboidratos totais, incluindo 11.50±0.37% de ácido urônico, baixo teor de proteínas (1.70±0.28%) e compostos fenólicos (9.16±0.02%/GAE). AGCn apresentou pesos moleculares (g/mol) de pico (6,19x104), médio (8,35x104), numérico (6,29x104) e dispersidade de 1,33. A análise de FTIR permitiu a identificação de estiramentos correspondentes à grupos OH, CH e vibrações de alongamento C–O–C e C–C. A composição monossacarídica de AGCn revelou a presença de arabinose (38%) e galactose (31%) como monômeros principais, seguidos de ácido urônico, ramnose, xilose, glicose e manose em menores proporções. A análise de ligação glicosídica e os espectros de RMN revelaram que AGCn possui uma cadeia principal de resíduo →6)-β-Galp-(1→ com ramificações →3,6)-β-Galp-(1→ e 5-α-Araf ligadas a cadeias laterais de resíduos 3-α-Araf e →4)-α-GalpA-(1→ e resíduos terminais α-Araf e α-Rhap. Nas análises experimentais in vitro, AGCn promoveu o crescimento de Lactobacillus brevis, L. plantarum e L. casei. A fermentação de AGCn demonstrou propriedades prebióticas, promovendo a diminuição da concentração de carboidratos e do pH fecal, aumento nos níveis de ácidos orgânicos (lactato e AGCC) e influenciando positivamente a composição da microbiota intestinal, com predominância de Bifidobacterium longum e Bacteroides sp. In vivo, o estudo de toxicidade aguda não revelou nenhuma evidência de efeitos tóxicos em animais tratados com AGCn (2.000 mg/Kg), sem alterações hematológicas e bioquímicas. No modelo de colite aguda, foi observado que o pré-tratamento oral com AGCn (100 mg/Kg) preveniu os sinais clínicos da patologia, reduziu a infiltração de células inflamatórias e preservou a integridade da mucosa intestinal dos animais. Além disso, o pré-tratamento com AGCn (100 mg/kg) modulou a microbiota intestinal, promovendo o crescimento de gêneros bacterianos associados à saúde do hospedeiro (Lactobacillus, Bifidobacterium, Acetobacter), diminuição de bactérias patogênicas e aumento significativo nos níveis de Ácidos Graxos de Cadeia Curta. Em conclusão, as características estruturais do polissacarídeo extraído da goma de C. nordestinum demostrou ser um arabinogalactano. Seus efeitos biológicos indicaram potencial efeito prebiótico, sugerindo estratégias preventivas para melhorar a saúde intestinal e prevenir patologias inflamatórias como a colite ulcerativa. 


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  • Purificação, caracterização estrutural e atividades biológicas do polissacarídeo da goma de Cenostigma nordestinum Gagnon & G.P. Lewis

2
  • TARCIANA MARIA PEREIRA DE LIMA
  • EFEITOS AGUDOS E A LONGO PRAZO DA COVID-19: PRINCIPAIS IMPACTOS NEUROLÓGICOS

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARTINHO DINOA MEDEIROS JUNIOR
  • ROGERIO DUBOSSELARD ZIMMERMANN
  • Data: 25/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A COVID-19 é uma doença viral, causada pelo SARS-CoV-2, com comportamento epidemiológico cíclico, causando complicações sistêmicas, principalmente na área neurológica, com variável sintomatologia, de acordo com as variantes virais e proteção imunológica advinda da imunização. Nos últimos anos, esforços têm sido feitos no sentido de esclarecer os mecanismos moleculares envolvidos nesta doença. Diversos estudos têm demonstrado a importância e variedade dos achados de neuroimagem, a maioria dos quais aponta alterações relacionadas a eventos hemorrágicos, inflamatórios e pró-trombóticos, trazendo aumento do risco de morte. O início da pandemia gerou mudanças comportamentais e na realidade da saúde de adultos, crianças e adolescentes, em diversos países, principalmente no aspecto biológico, isolamento social e psicossocial. Objetivo: Avaliar na literatura a frequência, características e fisiopatologia descrita sobre as principais alterações, agudas e crônicas, do sistema nervoso nos pacientes com COVID-19. Metodologia: O presente estudo tratou-se da realização de uma revisão integrativa da literatura. O estudo foi realizado a partir de buscas nas bases de dados da LILACS e PubMed, através da Biblioteca Virtual da Saúde. Foram utilizados os descritores, disponíveis no DeCs, subdivididos em três buscas: I.“Neuroradiologia” e “COVID-19”; II.“COVID-19”, “Pediatria” e “Complicações”; III. “COVID-19”, “covid longa” e “complicações”. Resultados e Discussão: Os presentes dados indicam que a infecção pelo SARS-CoV-2 trouxe uma diversidade de alterações neurológicas em adultos e idosos, com efeitos em longo prazo na cognição. Contudo, especial interesse e investigação precisam ser dados aos casos neonatais e pediátricos, devido aos riscos inerentes à doença, ao desenvolvimento de síndromes inflamatórias sistêmicas e aos óbitos relatados. A maior parte dos estudos relatou sobre as consequências biológicas agudas da infecção pelo novo coronavírus, necessitando de maior ênfase aos sintomas de longo prazo que podem implicar em maior demanda da saúde pública. Os estudos mais recentes direcionam uma mudança na investigação das consequências da pandemia, no âmbito psicológico e social. Conclusão: A COVID-19 trouxe características diferentes de adoecimento entre pacientes adultos e pediátricos, gerando condições inflamatórias multissistêmicas na sua maioria neste último, principalmente no grupo com comorbidades, por isso foi incentivada a vacinação, para controle da transmissão e prevenção das seqüelas. Além disso, o estresse, o medo da doença e o isolamento social, repercutiram no desenvolvimento, comprometeram o tratamento de doenças prévias, e assim contribuíram para o surgimento dos transtornos no âmbito psicossocial. Os sintomas pós-agudos também merecem especial atenção, visando minimizar sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos.


  • Mostrar Abstract
  • A COVID-19 é uma doença viral, causada pelo SARS-CoV-2, com
    comportamento epidemiológico cíclico, causando complicações sistêmicas,
    principalmente na área neurológica, com variável sintomatologia, de acordo
    com as variantes virais e proteção imunológica advinda da imunização. Nos
    últimos anos, esforços têm sido feitos no sentido de esclarecer os mecanismos
    moleculares envolvidos nesta doença. Diversos estudos têm demonstrado a
    importância e variedade dos achados de neuroimagem, a maioria dos quais
    aponta alterações relacionadas a eventos hemorrágicos, inflamatórios e
    pró-trombóticos, trazendo aumento do risco de morte. O início da pandemia
    gerou mudanças comportamentais e na realidade da saúde de adultos,
    crianças e adolescentes, em diversos países, principalmente no aspecto
    biológico, isolamento social e psicossocial. Objetivo: Avaliar na literatura a
    frequência, características e fisiopatologia descrita sobre as principais
    alterações, agudas e crônicas, do sistema nervoso nos pacientes com
    COVID-19. Metodologia: O presente estudo tratou-se da realização de uma
    revisão integrativa da literatura. O estudo foi realizado a partir de buscas nas
    bases de dados da LILACS e PubMed, através da Biblioteca Virtual da Saúde.
    Foram utilizados os descritores, disponíveis no DeCs, subdivididos em três
    buscas: I.“Neuroradiologia” e “COVID-19”; II.“COVID-19”, “Pediatria” e
    “Complicações”; III. “COVID-19”, “covid longa” e “complicações”. Resultados e
    Discussão: Os presentes dados indicam que a infecção pelo SARS-CoV-2
    trouxe uma diversidade de alterações neurológicas em adultos e idosos, com
    efeitos em longo prazo na cognição. Contudo, especial interesse e investigação
    precisam ser dados aos casos neonatais e pediátricos, devido aos riscos
    inerentes à doença, ao desenvolvimento de síndromes inflamatórias sistêmicas
    e aos óbitos relatados. A maior parte dos estudos relatou sobre as
    consequências biológicas agudas da infecção pelo novo coronavírus,
    necessitando de maior ênfase aos sintomas de longo prazo que podem implicar
    em maior demanda da saúde pública. Os estudos mais recentes direcionam
    uma mudança na investigação das consequências da pandemia, no âmbito
    psicológico e social. Conclusão: A COVID-19 trouxe características diferentes
    de adoecimento entre pacientes adultos e pediátricos, gerando condições
    inflamatórias multissistêmicas na sua maioria neste último, principalmente no
    grupo com comorbidades, por isso foi incentivada a vacinação, para controle da
    transmissão e prevenção das seqüelas. Além disso, o estresse, o medo da
    doença
    e
    o
    isolamento
    social,
    repercutiram
    no
    desenvolvimento,
    comprometeram o tratamento de doenças prévias, e assim contribuíram para o
    surgimento dos transtornos no âmbito psicossocial. Os sintomas pós-agudos
    também merecem especial atenção, visando minimizar sequelas e melhorar a
    qualidade de vida dos pacientes acometidos.
3
  • RAFAEL BASTOS GONCALVES PESSOA
  • Bioconjugados de lectinas e pontos quânticos aplicados à patógenos bacterianos

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELBA VERONICA MATOSO MACIEL DE CARVALHO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 26/04/2024

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  • As infecções bacterianas constituem um problema grave de saúde pública ao redor do mundo. Neste contexto, as glicoestruturas de superfície desses microrganismos desempenham um papel essencial no estabelecimento e evolução do processo infeccioso. As lectinas, proteínas ligadoras de carboidratos, em associação a pontos quânticos (PQs), têm sido amplamente utilizadas no estudo do glicoma de microrganismos. O objetivo do presente trabalho foi associar as lectinas Cramoll e BmoLL à PQs de CdTe, formando nanossondas fluorescentes, e avaliar sua aplicação aos estudos da glicobiologia de bactérias do gênero Aeromonas e espécies de importância clínica, a exemplo da Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Os PQs foram sintetizados em meio aquoso, utilizando o ácido mercaptosuccínico (AMS) como agente estabilizante/funcionalizante, e conjugados às lectinas Cramoll e BmoLL por adsorção. Inicialmente, quatro cepas de Aeromonas spp. (A. hydrophila, A. caviae, A. dhakensis e A. jandaei) foram incubadas com conjugados de Cramoll-PQs. Os resultados demonstraram uma variedade na composição de glicose/manose entre as cepas, sendo as marcações com A. dhakensis (77±4%) e A. jandaei (90±4%) as mais expressivas, mesmo após a inibição do conjugado com metil-α-D-manopiranosídeo, o que sugere a presença de estruturas complexas e com grande teor de glicose/manose. Assim, Cramoll-PQs e BmoLL-PQs foram utilizados na avaliação do perfil de carboidratos de E. coli, S. aureus e P. aeruginosa e as quatro cepas de Aeromonas spp. previamente mencionadas. A cepa de E. coli foi a que menos interagiu com os dois conjugados, onde apenas 19±3% foram marcadas por Cramoll-PQs e 6,0±0,3% por BmoLL-PQs. S. aureus apresentou uma maior marcação com Cramoll-PQs (74±6%) que BmoLL-PQs (42±2). Contudo, a cepa de P. aeruginosa interagiu mais efetivamente com os dois conjugados (97±0.3%, Cramoll-PQs e 72±2%, BmoLL-PQs), e a expressão em maior quantidade de galactose pode estar relacionada com a alta habilidade dessa espécie em produzir biofilmes. As marcações das Aeromonas com BmoLL-PQs revelaram uma baixa expressão desse carboidrato na superfície desses microrganismos, com exceção da A. jandaei, que apresentou uma marcação expressiva (91±1%) por esse conjugado, diferenciando-se da A. dhakensis, que embora tivesse apresentado um conteúdo similar de glicose/manose, não teve a mesma marcação com BmoLL-PQs (23±4%). Assim, os resultados obtidos pelas análises utilizando Cramoll-PQs e BmoLL-PQs reforçam o grande potencial desses conjugados
    como ferramentas versáteis na avaliação de diferentes composições de açúcares de superfície de bactérias patogênicas.


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  • As infecções bacterianas constituem um problema grave de saúde pública ao redor do mundo. Neste contexto, as glicoestruturas de superfície desses microrganismos desempenham um papel essencial no estabelecimento e evolução do processo infeccioso. As lectinas, proteínas ligadoras de carboidratos, em associação a pontos quânticos (PQs), têm sido amplamente utilizadas no estudo do glicoma de microrganismos. O objetivo do presente trabalho foi associar as lectinas Cramoll e BmoLL à PQs de CdTe, formando nanossondas fluorescentes, e avaliar sua aplicação aos estudos da glicobiologia de bactérias do gênero Aeromonas e espécies de importância clínica, a exemplo da Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Os PQs foram sintetizados em meio aquoso, utilizando o ácido mercaptosuccínico (AMS) como agente estabilizante/funcionalizante, e conjugados às lectinas Cramoll e BmoLL por adsorção. Inicialmente, quatro cepas de Aeromonas spp. (A. hydrophila, A. caviae, A. dhakensis e A. jandaei) foram incubadas com conjugados de Cramoll-PQs. Os resultados demonstraram uma variedade na composição de glicose/manose entre as cepas, sendo as marcações com A. dhakensis (77±4%) e A. jandaei (90±4%) as mais expressivas, mesmo após a inibição do conjugado com metil-α-D-manopiranosídeo, o que sugere a presença de estruturas complexas e com grande teor de glicose/manose. Assim, Cramoll-PQs e BmoLL-PQs foram utilizados na avaliação do perfil de carboidratos de E. coli, S. aureus e P. aeruginosa e as quatro cepas de Aeromonas spp. previamente mencionadas. A cepa de E. coli foi a que menos interagiu com os dois conjugados, onde apenas 19±3% foram marcadas por Cramoll-PQs e 6,0±0,3% por BmoLL-PQs. S. aureus apresentou uma maior marcação com Cramoll-PQs (74±6%) que BmoLL-PQs (42±2). Contudo, a cepa de P. aeruginosa interagiu mais efetivamente com os dois conjugados (97±0.3%, Cramoll-PQs e 72±2%, BmoLL-PQs), e a expressão em maior quantidade de galactose pode estar relacionada com a alta habilidade dessa espécie em produzir biofilmes. As marcações das Aeromonas com BmoLL-PQs revelaram uma baixa expressão desse carboidrato na superfície desses microrganismos, com exceção da A. jandaei, que apresentou uma marcação expressiva (91±1%) por esse conjugado, diferenciando-se da A. dhakensis, que embora tivesse apresentado um conteúdo similar de glicose/manose, não teve a mesma marcação com BmoLL-PQs (23±4%). Assim, os resultados obtidos pelas análises utilizando Cramoll-PQs e BmoLL-PQs reforçam o grande potencial desses conjugados
    como ferramentas versáteis na avaliação de diferentes composições de açúcares de superfície de bactérias patogênicas.

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  • MARILIA GABRIELA MUNIZ ARRUDA
  • Avaliação da composição química e da toxicidade de preparações de frutos de Morinda citrifolia Linn. frente a
    Aedes aegyptiMus musculus

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • KARINE DA SILVA CARVALHO
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • Data: 30/04/2024

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  • No cenário atual, nota-se um aumento expressivo de casos de dengue no Brasil, sendo essa doença considerada um dos principais problemas de saúde pública. O avanço no número de casos tem levado a uma urgência epidemiológica com consequente aumento no uso de inseticidas no combate ao vetor, o mosquito Aedes aegypti, o qual também transmite outras arboviroses, como chikungunya e zika. O uso indiscriminado desses produtos tem aumentado a resistência do vetor a essas substâncias. O presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade inseticida do óleo essencial dos frutos de Morinda citrifolia Linn. contra Ae. aegypti e realizar avaliação toxicológica em modelos in vivo. A análise química do óleo essencial foi realizada através da Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas (CG-EM). Para os ensaios biológicos com Ae. aegypti, utilizou-se a fase larval no terceiro instar, submetida a diferentes concentrações do óleo essencial (0,187 a 1,5 µg/mL). A avaliação da toxicidade oral aguda para camundongos Swiss seguiu a metodologia da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD 423). Genotoxicidade e mutagenicidade do óleo essencial foram investigadas in vivo em camundongos através do ensaio cometa e do teste do micronúcleo, respectivamente. Os componentes majoritários do óleo essencial foram o ácido hexanóico (15%), ácido octanóico (38,55%) e octanoato de etila (24%). O óleo essencial causou a morte das larvas de Ae. aegypti em curtos períodos de exposição. Nas concentrações de 0,75 e 1,5 µg/mL, o óleo promoveu mortalidade de 100% com 2 h e 30 minutos de exposição, respectivamente. A concentração letal necessária para matar 50% das larvas (CL 50 ) do óleo foi de 0,389 µg/mL, considerando 30 min e tratamento. No teste de toxicidade aguda, não foi constatado óbito na maior dose testada (2.000 mg/kg), sendo o óleo enquadrado na Classe 5 (baixa toxicidade). Os índices hematológicos e bioquímicos do sangue dos animais tratados com OEFMc não exibiram variação significativa quando comparados aos do controle. No ensaio cometa, os valores de índice de danos (ID) e frequência de danos (FD) observados para o óleo essencial a 2000 mg/kg (ID = 34,60 ± 5,73; FD = 27,40 ± 1,5) e a 1000 mg/kg (ID = 17,20 ± 4,66; FD = 13,60 ± 2,41) não diferiram do controle negativo (ID = 36,00
    ± 8,60; FD = 26,00 ± 4,64) e foram significativamente menores que o controle positivo (ID = 218,40 ± 9,34; FD = 98,20 ± 2,1). Os números de eritrócitos com micronúcleos para o grupo controle negativo e tratados com o óleo nas doses de 1000 e 2000 mg/kg não tiveram diferença significativa, indicando ausência de efeito mutagênico. A análise histógica dos órgãos (fígado, rim e baço) foram realizadas através da coloração de hematoxilina e eosina, onde foi possível observar que não apresentaram diferença significativa quando comparado com o grupo controle. Dessa forma, através da análise dos resultados, foi possível verificar que o óleo essencial dos frutos de M. citrifolia apresentou atividade larvicida, sem efeitos toxicológicos, frente aos modelos in vivo com camundongos. 


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  • No cenário atual, nota-se um aumento expressivo de casos de dengue no Brasil. Sendo considerada um dos principais problemas de saúde pública, o avanço no número de casos, tem levado a uma urgência epidemiológica com consequente aumento no uso de inseticidas no combate ao agente causador, o mosquito Aedes aegypti. O uso indiscriminado desses produtos, aplicado em ambientes urbanos, como em reservatórios
    de água, tem aumentado a resistência do vetor a essas substâncias. Diante do exposto, levando em consideração a importância do uso de plantas medicinais como alternativa natural e menos efeitos toxicológicos, o presente estudo teve como objetivo avaliar a atividade inseticida do óleo essencial e do extrato etanólico dos frutos de Morinda citrifolia Linn. do Aedes aegypti e realizar avaliação toxicológica em modelos in vivo. A análise química foi realizada através da Cromatografia de Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Gasosa (CG). Para os ensaios biológicos com Ae. aegypti, utilizou-se a fase larval, submetidas a diferentes concentrações do óleo essencial e do extrato etanólico dos frutos de Morinda citrifolia Linn. A avaliação da toxicidade seguiu a metodologia da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD 423) e não foi constatado óbito na maior dose testada, onde o extrato e o óleo essencial apresentou DL50 > 5000 mg/kg, sendo enquadrado na Classe 5 (substância com DL50 superior a 2000 mg/kg e menor que 5000 mg/kg), sendo considerado de baixa toxicidade. No teste de genotoxicidade e mutagenicidade do extrato e óleo de M. citrifolia foi mensurada através do ensaio cometa e do teste do micronúcleo. Os valores de índice de dados (ID) e frequência de danos (FD) observados no ensaio cometa para o extrato a 2000 mg/kg (ID = 83,80 ± 5,40; FD = 67,60 ± 2,3) e a 1000 mg/kg (ID = 39,73 ± 7,89; FD = 23,73 ± 2,5) e o óleo a 2000 mg/kg (ID = 34,60 ± 5,73; FD = 27,40 ± 1,5) e a 1000 mg/kg (ID = 17,20 ± 4,66; FD = 13,60 ± 2,41) não diferiram do controle negativo (CN) (ID = 36,00 ± 8,60; ID = 26,00 ± 4,64) e foram significativamente menores que o controle positivo (CP) (ID = 218,40 ± 9,34; FD = 98,20 ± 2,1). Resultados semelhantes foram obtidos no número de eritrócitos com micronúcleos (MnPCE) para os grupos tratados com as concentrações de 2000 e 1000 mg/kg, respectivamente, do extrato (MnPCE = 5,60 ± 1,14; MnPCE = 3,60 ± 2,07) e do óleo (MnPCE = 7,40 ± 1,14; MnPCE 6,60 ± 1,52) em relação aos controles (CN =8,60 ± 1,67; CP = 31,40 ± 2,70). O extrato e o óleo de M. citrifolia não apresentaram efeito genotóxico in vivo. Dessa forma, através da análise dos resultados, foi possível verificar que o óleo essencial e o extrato etanólico dos frutos de M. citrifolia apresentou atividade larvicida, sem efeitos toxicológicos, frente aos modelos in vivo com camundongos.

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  • FRANCISCO AMORIM DE BARROS
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DÉRMICA E ATIVIDADE CICATRIZANTE DE EXTRATO AQUOSO DO CAULE DE Pilosocereus gounellei EM CAMUNDONGOS 

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • SAMUEL PAULO CIBULSKI
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 11/06/2024

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  • Pilosocereus gounellei (Cactaceae), popularmente conhecida como xique-xique, espécie endêmica do Brasil, é amplamente distribuída nos biomas da Caatinga e Mata Atlântica. Apesar disso, ainda há escassez de relatos de validação de seu potencial medicinal e segurança de uso. A presente tese descreve avaliações da toxicidade dérmica aguda e subcrônica de extrato aquoso de P. gounellei, assim como o efeito cicatrizante de um gel contendo o extrato, em camundongos saudáveis e imunocomprometidos. Para a obtenção do extrato, um planejamento fatorial foi conduzido para determinar o método mais eficiente de extração em relação ao teor de polifenóis. Foram consideradas como variáveis independentes o método extrativo (maceração, turbólise e infusão) e a quantidade de droga vegetal (5, 10 ou 15%), utilizando água como solvente. O extrato obtido usando a condição mais eficiente, determinada pela razão entre o teor de polifenóis totais e o resíduo seco, foi analisado por cromatografia de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD). O extrato selecionado foi então avaliado quanto à toxicidade dérmica aguda (6 horas de tratamento; 1 g/mL) ou subcrônica (13 semanas de tratamento) em camundongos. Adicionalmente, foi desenvolvido um gel de caborpol contendo o extrato a 1% e avaliada o efeito cicatrizante (21 dias) em feridas cutâneas de camundongos saudável e imunocomprometidos por metotrexato. Os resultados revelaram que o extrato obtido com 5 g de droga vegetal por meio da maceração foi o mais eficiente. CLAE-DAD revelou a presença de rutina, bem como de outro flavonoide e de um ácido hidroxiciâmico no extrato. Nas avaliações de toxicidade dérmica aguda e subcrônica, o extrato causou uma leve irritação na primeira hora, sem ocorrência de efeitos adversos nos demais períodos de avaliação. Não foram observadas alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos e histopatológicas analisados nos camundongos tratados. Camundongos saudáveis tratados com o gel contendo o extrato de P. gounellei apresentaram aceleração na cicatrização de feridas, atingindo 98% de contração em
    14 dias, enquanto controle negativo e positivo (Fitoscar) apresentaram 80,45% e 82,07%. Para os animais imunocomprometidos, as feridas tratados com o gel contendo o extrato de xique-xique apresentaram 81,45% de contração com 21 dias de tratamento, enquanto controles negativo e positivo apenas 48,33% e 53,69%,
    respectivamente. Houve redução de 42–54% nos níveis séricos das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β nos animais tratados com o gel contendo o extrato. Em suma, o extrato aquoso de P. gounellei não apresentou toxicidade dérmica e mostrou-se eficaz na promoção da cicatrização de feridas em camundongos saudáveis e imunocomprometidos.


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  • Pilosocereus gounellei, espécie endêmica do Brasil, é amplamente distribuída nos biomas da Caatinga e Mata Atlântica. Apesar disso, ainda há escassez de relatos sobre a validação de seu potencial medicinal e segurança de uso. Nesse contexto, foram realizadas avaliações da toxicidade dérmica aguda e subcrônica do extrato aquoso de P. gounellei, assim como do efeito cicatrizante de um gel contendo o extrato, em camundongos saudáveis e imunocomprometidos. Para a obtenção do extrato, o caule foi seco, triturado e submetido à análise de metabólitos secundários por cromatografia em camada delgada (CCD). Em seguida, um planejamento fatorial foi conduzido para determinar o método mais eficiente de extração. Foram consideradas como variáveis independentes o método extrativo (maceração, turbólise e infusão) e a massa de droga vegetal (5, 10 ou 15 g), utilizando água como solvente. O extrato mais eficiente, determinado pela razão entre o teor de polifenóis totais e o resíduo seco, foi analisado por cromatografia de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD). O extrato selecionado (1 g/mL) foi então avaliado quanto à toxicidade dérmica aguda (6 horas de tratamento) e subcrônica (28 dias de tratamento) em camundongos albinos Swiss. Os resultados revelaram que o extrato obtido com 5 g de droga vegetal por meio da maceração foi o mais eficiente. Nas avaliações de toxicidade dérmica, o extrato causou apenas uma leve irritação na primeira hora, sem ocorrência de efeitos adversos nos demais períodos de avaliação. Não foram observadas alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos nos camundongos tratados. Posteriormente, um gel contendo o extrato de P. gounellei foi preparado e avaliado quanto à atividade cicatrizante em feridas cutâneas de camundongos saudáveis e imunocomprometidos. Comparado aos controles negativo e positivo, o gel acelerou significativamente a cicatrização das feridas e promoveu uma redução de 42–54% nos níveis séricos das citocinas pró-inflamatórias TNF-α e IL-1β em relação ao controle negativo. Em suma, o extrato aquoso de P. gounellei não apresentou toxicidade dérmica e mostrou-se eficaz na promoção da cicatrização de feridas em camundongos saudáveis e imunocomprometidos.

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  • REBECA XAVIER DA CUNHA
  • Bioprospecção de Metabólitos Secundários Bioativos em Folhas de Cenostigma microphyllum

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • BIANKA SANTANA DOS SANTOS
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • JOAO RICARDHIS SATURNINO DE OLIVEIRA
  • Data: 29/07/2024

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  • Cenostigma microphyllum, popularmente conhecida como “Catingueira rasteira”, é uma planta endêmica do Brasil e muito comumente encontrada no domínio fitogeográfico da Caatinga. Seu uso popular tem sido reportado para febre e problemas de estômago, além de impotência sexual e reumatismo, porém há poucos relatos científicos sobre a bioatividade e toxicicidade desta espécie. O objetivo do presente trabalho consistiu em extrair, isolar e caracterizar metabólitos secundários em folhas de C. microphyllum, visando identificar atividades biológicas de potencial interesse biotecnológico aplicado à saúde. Inicialmente, foram realizadas extrações de folhas de C. microphyllum em série eluotrópica (metanol, acetato de etila, clorofórmio e ciclohexano), seguidas de fracionamentos em coluna, caracterizações fitoquímicas e isolamento de compostos, a partir dos quais foram realizados testes in vivo ou in vitro, de acordo com a metodologia usada, avaliação da toxicidade em diferentes sistemas biológicos, atividade antioxidante, atividade antidiabética, atividade anti-inflamatória, antinociceptiva, antidiarréica e gastroprotetora. Os processos de extração, fracionamento e purificação resultou em extratos orgânicos, frações e composto isolado com significativas quantidades de compostos fitoquímicos bioativos. Por sua atividade antioxidante significante (DPPH, 84,83%; ABTS, 91,93%) e grande quantidade de compostos fenólicos (345,2 mgEGA/g) o extrato metanólico foi avaliado em sua toxicidade in vitro, não demonstrando significativos sinais de toxicidade sobre os vários sistemas biológicos testados (Lactuca sativa, Tenebrio molitor, Artemia salina e eritrócitos). O extrato acetato de etila apresentou maior conteúdo de flavonoides (157,08 mgEQ/g) e em testes preliminares antidiabéticos in vitro se mostrou o mais promissor, por apresentar bom potencial antioxidante promovendo o sequestro de radicais livres (DPPH, 81,65%), e por demonstrar ter atividade antidiabética, tanto in vitro aumentando em cerca de 60% a entrada de glicose  na célula, quanto in vivo reduzindo significativamente a glicemia (47,48% em 2 h). O extrato clorofórmico mostrou ser o mais relevante para fracionamento a partir das atividades biológicas e perfil fitoquímico preliminarmente realizados. A oitava fração do extrato clorofórmico mostrou potencial antioxidante (TAC 74,06% e reduziu oxido nítrico em cerca de 66%), potencial anti-inflamatório pela redução significativa (p<0,05) do edema (82,64%), e também, atividade antinoceptiva agindo na fase inflamatória da dor (48,18% de inibição). Um composto, isolado por fracionamento do extrato clorofórmico e caracterizado por RMN, demonstrou ser uma flavona com potencial antidiarréico, a qual reduziu significativa a formação e trânsito intestinal das fezes, em comparação com  óleo de rícino (p<0,05). Adicionalmente, essa flavona inibiu significativamente (p<0,05) a percentagem de dano a mucosa gástrica quando comparado com o grupo negativo. Os resultados demonstram que folhas de C. microphyllum são promissoras fontes de compostos naturais bioativos de baixa toxicidade, e com importante potencial de aplicação na indústria farmacêutica, podendo auxiliar no desenvolvimento de novos fármacos de origem natural, na prevenção e/ou como fonte alternativa terapêutica em casos de diarréia persistentes, em condições inflamatórias e, em doenças crônico-metabólicas como o diabetes mellitus. 


  • Mostrar Abstract
  • Cenostigma microphyllum, popularmente conhecida como “Catingueira rasteira”, é uma planta endêmica do Brasil e muito comumente encontrada no domínio fitogeográfico da Caatinga. Seu uso popular tem sido reportado para febre e problemas de estômago, além de impotência sexual e reumatismo, porém é pouco estudada cientificamente em sua bioatividade e toxicicidade. O objetivo do presente trabalho consistiu em extrair, isolar, purificar, caracterizar e investigar a potencial atividades biológicas de folhas de C. microphyllum. Para bioprospecção, foram realizadas extrações eluotrópica de folhas de C. microphyllum com vários solventes orgânicos, seguida de fracionamentos em coluna, caracterizações fitoquímicas e isolamento de compostos. Nesses extratos foram avaliadas a toxicidade em diferentes sistemas biológicos, atividade antioxidante in vitro por diversos métodos de avaliação, atividade antidiabética, atividade anti-inflamatória, antinociceptiva e antidiarreica. Os resultados demonstraram quantidades significativas de compostos fitoquímicos com bioatividades nos extratos orgânicos, frações e composto isolados. Avaliação de toxicidade in vitro, demonstrou que o extrato metanólico não apresentou toxicidade significativa sobre os vários sistemas biológicos testados. O extrato acetato de etila demonstrou ter potencial antioxidante promovendo o sequestro de radicais livres, bem como significativa atividade antidiabética in vitro e in vivo, havendo reduzido a glicemia significativamente. Fração do extrato clorofórmico mostrou potencial antioxidante, anti-inflamatória com redução de mediador da inflamação, e antinoceptivo agindo na fase inflamatória da dor. Composto isolado por fracionamento do extrato clorofórmico e caracterizado por RMN foi antidiarreico apresentando diminuição significativa na formação e trânsito intestinal das fezes. Os resultados demonstram que folhas de C. microphyllum são promissoras fontes de compostos naturais bioativos de baixa toxicidade, e com importante potencial de aplicação na indústria farmacêutica, podendo auxiliar no desenvolvimento de novos fármacos de origem natural na prevenção e/ou como fonte alternativa terapêutica para casos de diarreia persistentes, em condições inflamatórias e, em doenças crônico-metabólicas como o diabetes mellitus.

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  • ANDERSON DE OLIVEIRA VASCONCELOS
  • CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL GLICOBIOLÓGICO DO CÂNCER DE MAMA POR ANÁLISE DE
    DADOS DE ALTO RENDIMENTO

  • Orientador : EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CINTIA RENATA COSTA ROCHA
  • EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • PATRICIA MUNIZ MENDES FREIRE DE MOURA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • Data: 28/08/2024

  • Mostrar Resumo
  • Os perfis de glicosilação tumoral desempenham um papel crucial no desenvolvimento e
    na malignidade do câncer de mama. A expressão diferencial de glicogenes nos subtipos
    moleculares de câncer de mama, Luminal A (LumA), Luminal B (LumB), Tipo-Basal e
    Superexpressão de HER2 desponta como um observatório do comportamento biológico
    no câncer de mama, permitindo a busca de inferências que ajudem a compreendê-lo. O
    objetivo deste estudo foi identificar, nesses subtipos moleculares, perfis de expressão
    diferencial de glicogenes e interações entre seus produtos proteicos. A metodologia
    utilizada incluiu o uso do pacote edgeR da linguagem de programação R para analisar
    dados de expressão gênica, implementando um fluxo de trabalho personalizado para
    obter os glicogenes diferencialmente expressos de uma base de dados de 1111 amostras
    biológicas obtidas do projeto TCGA_US. A análise das interações proteicas foi realizada
    utilizando a plataforma STRING. Os resultados deste estudo mostraram que diversas
    famílias de glicogenes permaneceram diferencialmente expressas em todas as

    comparações realizadas entre os subtipos moleculares de câncer de mama. Destacam-
    se as glicuroniltransferases, fucosiltransferases, sialiltransferases, N-
    acetilgalactosaminiltransferases e N-acetilglicosaminiltransferases, além dos genes

    GYS2 e PYGM, envolvidos no metabolismo do glicogênio. A expressão diferencial destas
    enzimas sugere uma seletividade tumoral sobre membros das famílias das
    glicosiltransferases, responsáveis pela adição ou remoção de resíduos de carboidratos
    em proteínas-chave no metabolismo celular dependente do subtipo molecular no
    câncer de mama. Além de preferências energéticas e influência na progressão tumoral,
    adesão celular, invasão e metástase. A análise das interações proteicas revelou que os
    produtos proteicos dos glicogenes diferencialmente expressos interagem entre si,
    formando redes envolvidas na regulação de processos biológicos essenciais para a
    malignidade do câncer de mama. As interações identificadas indicaram seus potenciais
    como alvos terapêuticos e como biomarcadores que podem ser explorados para o
    desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e personalizados. A importância das
    glicosiltransferases na biologia do câncer de mama indicou que a variação do perfil de
    expressão desses genes, entre subtipos tumorais no câncer de mama, contribuem nas
    interações moleculares que influenciam processos biológicos específicos para cada
    subtipo de câncer de mama quanto a sua malignidade, sobrevivência e potencial
    metastático.


  • Mostrar Abstract
  • Os marcadores utilizados na clínica para a classificação das neoplasias mamárias não
    refletem toda a sua heterogeneidade biológica, podendo um tumor que compartilha os
    mesmos marcadores de tipificação molecular e mesma classificação histológica
    apresentarem diferentes facetas de desenvolvimento. A glicobiologia tem evidenciado
    uma ampla variedade fenotípica dos tumores, em decorrência de perfis de expressão
    de glicosilação, influenciando cascatas de sinalização intracelular que repercutem em
    consequências favoráveis ao desenvolvimento tumoral, como desdiferenciação celular,
    crescimento celular e imortalidade, além disso, modificações na expressão de glicanos
    estimulam a imunoevasão, invasão vascular e metástase. O conjunto destas
    características conferem vantagens adaptativas ao tumor que se associam a um
    prognóstico mais reservado. O objetivo deste trabalho é caracterizar o perfil
    glicobiológico do câncer de mama, através da expressão diferencial de glicogenes,
    fornecendo subsídios para prospecção de novos biomarcadores. Para identificação de
    glicogenes diferencialmente expressos entre os subtipos histológicos e moleculares de
    câncer de mama, foram utilizados dados de RNAseq obtidos do banco de dados do
    The Cancer Genome Atlas, processados por pacotes de programação R. O mesmo
    protocolo será aplicado para identificação de proteínas diferencialmente expressas da
    mesma coorte. Em seguida, serão realizados testes de correlação entre proteínas e
    genes diferencialmente expressos, paralelamente à anotação funcional e ontologia
    gênica. Por fim, investigaremos as possibilidades de regulação da expressão destes
    glicogenes através de miRNAs, através de ferramentas computacionais. Identificamos
    o glicogene GXLTY2 como dowregulated no Carcinoma Mucinoso comparado com os
    Carcinomas Ductais e Lobulares Invasivos, o GALNT7 como upregulated no
    Carcinoma Mucinoso comparado com o Carcinoma Medular, e CHI3L1 dowregulated
    no Subtipo Molecular Luminal B quando comparado a todos os Subtipos Moleculares
    juntos. Estes resultados chamam atenção para o gene GXYTL2, cuja função de
    xilosiltransferase foi descrita na última década e pouco foi relatado sobre sua
    relevância no desenvolvimento tumoral. Estudos demonstram que sua atividade está
    diretamente correlacionada com a ativação da via de sinalização Notch, que induz
    características de malignidade ao tumor. Outros estudos ainda sugerem que este gene
    é um potencial biomarcador para câncer gástrico. A identificação deste gene como
    dowregulated no Carcinoma Mucinoso em comparação com Carcinomas Invasivos de
    maior agressividade, sugerem um valor prognóstico para o GXLTY2. Estudos
    demonstram que o gene GALNT7 possui relação com processos de migração,
    invasividade e crescimento celular, mantendo relação com a via EGFR/PI3K/AKT. Por
    sua vez, o gene CHI3L1, é mais bem estudado na oncologia experimental, e tem
    demonstrado funções associadas à imunoevasão, migração e invasividade, já tendo
    sido mencionado como potencial biomarcador para prognóstico de glioma. Em
    neoplasias mamárias com superexpressão de HER2 e fenótipo de Transição Epitélio
    Mesenquimal, o CHI3L1 demonstra ser um importante promotor da migração celular e
    invasão, bem como da angiogênese. Como os glicogenes aqui apresentados estão
    conectados ao desenvolvimento de características de malignidade tumoral, eles
    fornecem subsídios para elucidação sobre o significado prognóstico de diferentes
    subtipos de câncer de mama, ao passo que exigem maior aprofundamento sobre sua
    função na dinâmica tumoral.

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  • MAXMILIANA FERNANDA ALVES MARIANO
  • AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES ANTIMICROBIANA, ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DA LECTINA DE SEMENTES DE Aesculus hippocastanum (AhSL)

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • GUSTAVO RAMOS SALLES FERREIRA
  • SUÉLLEN PEDROSA DA SILVA
  • Data: 30/08/2024

  • Mostrar Resumo
  • As lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos e apresentam diversas atividades biológicas. Uma lectina foi isolada das sementes de Aesculus hippocastanum, sendo denominada AhSL. O presente trabalho teve como objetivos avaliar as atividades antibacteriana, antifúngica, antinociceptiva e anti-inflamatória de AhSL. A lectina foi isolada seguindo o procedimento previamente estabelecido. A atividade antimicrobiana da lectina foi avaliada através do ensaio de microdiluição para determinação das concentrações mínima inibitória (CMI), bactericida (CMB) ou fungicida (CMF). Também foram avaliados possíveis efeitos sinérgicos junto a antibióticos e antifúngico comerciais, bem como a capacidade de AhSL em inibir a formação ou erradicar biofilmes. Os ensaios de atividade anti-inflamatória e antinociceptiva avaliaram os efeitos de AhSL (2,5, 5,0 e 10,0 mg/kg i.p.) em camundongos nos testes de formalina e de contorções abdominais induzidas por ácido acético (nocicepção) e de edema de pata e peritonite induzidos por carragenina (inflamação). AhSL inibiu o crescimento das leveduras Candida glabrata, Candida krusei, Candida albicans e Candida tropicalis com CMI entre 2,04 e 130 µg/mL e apresentou atividade fungicida (CMF: 130 µg/mL) para as duas últimas. A combinação AhSL+fluconazol teve efeito aditivo para C. albicans, C. krusei e C. glabrata e sinérgico para C. parapsilosis. A formação de biofilmes pelos fungos foi inibida em 18,0-57,5% por AhSL a 4 x CMI. Quanto à capacidade de erradicação do biofilme, a AhSL (4 x CMI) reduziu o biofilme das espécies de Candida em 36,4-86,7%. AhSL inibiu o crescimento de isolados de Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Serratia marcescens, Staphylococcus. aureus e Staphylococcus. saprophyticcus com CMI entre 0,625 e 38,0 µg/mL. Efeito bactericida (CMB: 76,0 µg/mL) foi detectado para E. coli, P. aeruginosa, S. aureus e S. saprophyticcus. Com relação às combinações, foi detectado efeito aditivo para AhSL+cefuroxima contra S. enteritidis. Para E. coli, K. pneumoniae, S. marcescens, S. aureus, S. saprophyticcus e P. aeruginosa, foi observado efeito antagônico entre AhSL e os antibióticos. A lectina erradicou biofilme já formado de E. coli em 45,5% na CMI e de S. aureus em 60,5% e 36,6% na CMI e ¼ CMI. Na avaliação de atividade antinociceptiva, AhSL reduziu o número de contorções abdominais em todas as doses testadas em 48-65%. Na primeira fase do teste de formalina, a AhSL diminuiu o tempo de lambedura em 38-64% e na segunda fase em 80-89%. No ensaio de peritonite, houve redução (51-75%) na migração total de leucócitos, com redução no número de neutrófilos e aumento de células mononucleadas. AhSL a 2,5 mg/kg reduziu os níveis de citocinas IL-10, IL-6 e IL-4, e nas doses 5 e 10 mg/kg houve aumento de IL-6 e IL-4; apenas em 10 mg/kg houve aumento de IL-10 e redução de óxido nítrico. Ainda, AhSL (5 e 10 mg/kg) reduziu a atividade da mieloperoxidase em 26% e 27%. Por fim, o edema de pata induzido por carragenina foi suprimido por AhSL em todas as doses em 91,5-94,3%, com redução da atividade da mieloperoxidase (20-29%), óxido nítrico (37-44%) e extravasamento proteico (26-44%). Em conclusão, os resultados fornecem novas perspectivas para o desenvolvimento de drogas antimicrobianas, analgésicas e anti-inflamatórias utilizando AhSL.


  • Mostrar Abstract
  • As lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos e apresentam diversas atividades biológicas. Dentre os mecanismos de ação das lectinas, encontra-se a capacidade de interação com glicoconjugados de superfícies celulares. Aesculus hippocastanum, conhecida como castanheira-da-índia, é uma planta comumente utilizada por suas propriedades anti-inflamatória e vasoprotetora, sendo inclusive utilizada na produção de fitoterápicos. Uma lectina foi isolada das sementes de A. hippocastanum, sendo denominada AhSL (A. hippocastanum seed lectin). AhSL é uma proteína acídica, cuja atividade hemaglutinante é inibida por monossacarídeos, dissacarídeos e glicoproteínas e estável após aquecimento (30–100 °C) e em pH 4,0–8,0. Essa proteína também possui atividade inibidora de tripsina e apresentou efeito imunomodulador sobre esplenócitos murinos. O presente trabalho tem como objetivos avaliar as atividades antibacteriana, antifúngica e anti-inflamatória de AhSL. A lectina foi isolada seguindo o procedimento previamente estabelecido, a partir da cromatografia do extrato salino das sementes em coluna de DEAE-Sephadex equilibrada com tampão Tris-HCl 0,1 M pH 8,0. AhSL foi eluída com o mesmo tampão, porém contendo NaCl 1,0 M. A atividade antimicrobiana da lectina foi avaliada através do ensaio de microdiluição para determinação das concentrações mínima inibitória (CMI), bactericida (CMB) ou fungicida (CMF) para cada microrganismo avaliado: fungos Candida albicans URM-5901, Candida krusei URM-6391, Candida tropicalis URM-6551, Candida parapsilosis URM-6951 e Candida glabrata URM-4246; bactérias Serratia marcescens UFPEDA-352, Escherichia coli UFPEDA-224, Klebsiella pneumoniae UFPEDA-396, Salmonella enteritidis UFPEDA-414, Staphylococcus aureus UFPEDA-02 (susceptível) e UFPEDA-670 (resistente à oxacilina), Staphylococcus saprophyticcus UFPEDA-833, Pseudomonas aeruginosa UFPEDA-416 e UFPEDA-261. Também foram avaliados possíveis efeitos sinérgicos junto a antibióticos e antifúngico comerciais, bem como a capacidade de AhSL em inibir a formação de biofilmes. AhSL inibiu o crescimento das células das leveduras C. glabrata (CMI: 2,04 µg/mL), C. krusei (CMI: 8,12 µg/mL), C. albicans (CMI: 130 µg/mL) e C. tropicalis (CMI: 65 µg/mL) e apresentando também atividade fungicida (CMF: 130 µg/mL) para as duas últimas. Quando combinações da lectina com fluconazol foram avaliadas, foi detectado efeito aditivo para C. albicans, C. krusei e C. glabrata e efeito sinérgico para C. parapsilosis. Não foi observada ação antibiofilme da lectina sobre as leveduras. AhSL inibiu o crescimento de E. coli, K. pneumoniae, P. aeruginosa UFPEDA-416 e -261, S. marcescens, S. aureus UFPEDA-02 e -670 e S. saprophyticcus UFPEDA-833 (CMI: 38,0, 0,625, 38, 38, 0,625, 19, 38 e 38 µg/mL, respectivamente). Efeito bactericida (CMB: 76,0 µg/mL) foi detectado para E. coli, P. aeruginosa UFPEDA-261, S. aureus UFPEDA-02 e -670 e S. saprophyticcus UFPEDA-833. Com relação às combinações com antibióticos, observou-se efeito aditivo contra S. enteritidis. Nos demais casos, a combinação foi indiferente. Também não foi detectada ação antibiofilme de AhSL sobre as bactérias avaliadas. Os ensaios de atividade anti-inflamatória estão em andamento.

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  • VANESSA RIBEIRO LEITE CELESTINO
  • Avaliação da eficácia pré-clínica da nimodipina contra as alterações motoras e não motoras em um
    modelo animal de doença de Parkinson induzido pela α-sinucleína
  • Orientador : FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • Data: 30/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo caracterizado
    pela morte progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra pars
    compacta. Diversas hipóteses têm sido postuladas na tentativa de justificar a
    fisiopatogenia da DP. Braak e cols propõem que a doença resulta da influência
    de condições patológicas, como processos inflamatórios, capazes de facilitar a
    agregação da proteína α-sinucleína (α-sin) no sistema nervoso entérico, se
    propagando para o cérebro. Sabe-se que níveis elevados de Ca2+
    intracelularmente intensificam o acúmulo da α-sin, resultando na
    neurodegeneração. O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos da
    administração sistêmica e central de α-sin fibrilar pré-formada (α-sin PFF) nas
    alterações comportamentais (motoras e não-motoras) e moleculares em ratos,
    bem como avaliar a eficácia pré-clínica da nimodipina (NMD), um bloqueador de
    canais de Ca2+, no modelo experimental de DP induzido pela α-sin PFF. No
    protocolo 1, ratos Wistar adultos machos receberam α-sin PFF (8.7ηg ou 8.7μg)
    intraestriatal, seguido do tratamento oral com nanopartículas de zeína contendo
    nimodipina (NMD-ZNPs) ou NMD convencional (10mg/kg/dia) durante 30 dias.
    No protocolo 2, os animais receberam α-sin PFF (35μg) intraperitoneal, seguido
    do tratamento oral com NMD-ZNPs revestidas com quitosana (NMD-ZNPs-CH;
    10mg/kg/dia) durante 30 dias. No protocolo 1, os resultados mostraram que a α-
    sin PFF (8.7μg) intraestriatal aumentou a movimentação geral dos animais no
    teste do campo aberto (TCA) após 30 dias da indução, assim como reduziu a
    latência para a fuga e o tempo de permanência no compartimento claro no teste
    de transição claro-escuro (TTCE) após 60 dias da indução, sugerindo alterações na emocionalidade. No teste do rotarod (RR), a α-sin PFF intraestriatal reduziu
    a latência para a 1ª queda e aumentou o número total de quedas dos animais
    após 30 e 60 dias da indução, sugerindo um déficit motor. A α-sin PFF intraestriatal prejudicou a memória de trabalho no teste da esquiva inibitória (TEI) após 30 dias da indução. Os níveis estriatais da tirosina-hidroxilase (TH) e pCREB foram reduzidos pela α-sin PFF, enquanto houve um aumento do imunoconteúdo de α-sin, não sendo revertidos pelo tratamento com NMP ou suas nanoformualações. A NMD-ZNPs apresentou maior eficácia em relação a NDM convencional, revertendo as principais alterações motoras e não motoras induzidas pela α-sin PFF intraestriatal. No protocolo 2, o tratamento com NMP-ZNP-CH ou NMP convencional reverteu o prejuízo na locomoção de ratos avaliados no TCA 30 e 60 dias após a inoculação sistêmica de α-sin. A NMP-ZNP-CH mostrou superioridade em relação aos demais tratamentos em reverter o prejuízo na movimentação vertical analisada no TCA, assim como na latência para a 1a queda e no número total de quedas no RR. Apenas a NMP-ZNP-CH foi capaz de aumentar o número de transições no TTCE, após 30 e 60 dias da inoculação da α-sin. A NMP-ZNP-CH também reverteu o prejuízo na memória de trabalho induzido pela inoculação sistêmica α-sin em ratos avaliados no TEI. Em conjunto, este estudo comprova a eficácia pré-clínica da NMP, testada através de duas formulações, contra as alterações motoras e não motoras em um modelo experimental de DP. 
    A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo caracterizado
    pela morte progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra pars
    compacta. Diversas hipóteses têm sido postuladas na tentativa de justificar a
    fisiopatogenia da DP. Braak e cols propõem que a doença resulta da influência
    de condições patológicas, como processos inflamatórios, capazes de facilitar a
    agregação da proteína α-sinucleína (α-sin) no sistema nervoso entérico, se
    propagando para o cérebro. Sabe-se que níveis elevados de Ca2+
    intracelularmente intensificam o acúmulo da α-sin, resultando na
    neurodegeneração. O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos da
    administração sistêmica e central de α-sin fibrilar pré-formada (α-sin PFF) nas
    alterações comportamentais (motoras e não-motoras) e moleculares em ratos,
    bem como avaliar a eficácia pré-clínica da nimodipina (NMD), um bloqueador de
    canais de Ca2+, no modelo experimental de DP induzido pela α-sin PFF. No
    protocolo 1, ratos Wistar adultos machos receberam α-sin PFF (8.7ηg ou 8.7μg)
    intraestriatal, seguido do tratamento oral com nanopartículas de zeína contendo
    nimodipina (NMD-ZNPs) ou NMD convencional (10mg/kg/dia) durante 30 dias.
    No protocolo 2, os animais receberam α-sin PFF (35μg) intraperitoneal, seguido
    do tratamento oral com NMD-ZNPs revestidas com quitosana (NMD-ZNPs-CH;
    10mg/kg/dia) durante 30 dias. No protocolo 1, os resultados mostraram que a α-
    sin PFF (8.7μg) intraestriatal aumentou a movimentação geral dos animais no
    teste do campo aberto (TCA) após 30 dias da indução, assim como reduziu a
    latência para a fuga e o tempo de permanência no compartimento claro no teste
    de transição claro-escuro (TTCE) após 60 dias da indução, sugerindo alterações
    na emocionalidade. No teste do rotarod (RR), a α-sin PFF intraestriatal reduziu
    a latência para a 1ª queda e aumentou o número total de quedas dos animais
    após 30 e 60 dias da indução, sugerindo um déficit motor. A α-sin PFF Universidade Federal de Pernambuco
    Centro de Biociências
    Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Fisiologia
    Av. Prof. Moraes Rego, s/n – Cidade Universitária – CEP 50.670-420 – Recife/PE - Telefone (81) 2126.8541
    Site: www.ufpe.br/pgbqf – E-mail: bioqfis.cb@ufpe.br
    intraestriatal prejudicou a memória de trabalho no teste da esquiva inibitória (TEI)
    após 30 dias da indução. Os níveis estriatais da tirosina-hidroxilase (TH) e
    pCREB foram reduzidos pela α-sin PFF, enquanto houve um aumento do
    imunoconteúdo de α-sin, não sendo revertidos pelo tratamento com NMP ou
    suas nanoformualações. A NMD-ZNPs apresentou maior eficácia em relação a
    NDM convencional, revertendo as principais alterações motoras e não motoras
    induzidas pela α-sin PFF intraestriatal. No protocolo 2, o tratamento com NMP
    ZNP-CH ou NMP convencional reverteu o prejuízo na locomoção de ratos
    avaliados no TCA 30 e 60 dias após a inoculação sistêmica de α-sin. A NMP
    ZNP-CH mostrou superioridade em relação aos demais tratamentos em reverter
    o prejuízo na movimentação vertical analisada no TCA, assim como na latência
    para a 1a queda e no número total de quedas no RR. Apenas a NMP-ZNP-CH
    foi capaz de aumentar o número de transições no TTCE, após 30 e 60 dias da
    inoculação da α-sin. A NMP-ZNP-CH também reverteu o prejuízo na memória de
    trabalho induzido pela inoculação sistêmica α-sin em ratos avaliados no TEI. Em
    conjunto, este estudo comprova a eficácia pré-clínica da NMP, testada através
    de duas formulações, contra as alterações motoras e não motoras em um
    modelo experimental de DP.

     


  • Mostrar Abstract
  • Exames histológicos post-mortem de pacientes com doença de Parkinson (DP) indicam que as alterações associadas à agregação da proteína α-sinucleína (α-sin) são influenciadas por diversas condições, entre elas a neuroinflamação. Braak e colaboradores propuseram um modelo de estadiamento para categorizar a progressão da DP através de regiões neuroanatômicas interconectadas entre si. Este modelo propõe que os fatores ambientais, como toxinas ou agentes pró-inflamatórios, podem desencadear a formação da patologia de Lewy no sistema nervoso entérico, que então se espalharia para o cérebro via nervo vago em direção à substância negra pars compacta. O acúmulo de agregados de α-sin em várias regiões cerebrais, como patologia de Lewy, é um fenômeno central para a patogênese da DP.  Apesar de estar bem estabelecido que a α-sin patológica é fundamental para o desenvolvimento da doença, os mecanismos subjacentes ainda não foram completamente elucidados. Até o presente momento, não existe um tratamento farmacológico efetivo para o controle e reversão da DP. Os agonistas dos receptores PPAR-γ e bloqueadores de canais de Ca+ têm sido alvos de diversos estudos na área de doenças neurodegenerativas. O objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos da α-sin fibrilar pré-formada (αsin PFF) nas alterações comportamentais (motoras e não-motoras) e bioquímicas (estresse oxidativo e marcadores neuroinflamatórios) em um modelo experimental de DP, bem como avaliar a ação de nanocápsulas de pioglitazona e nimodipina contra a neurodegeneração. Ratos Wistar adultos machos foram submetidos a dois protocolos experimentais. No primeiro, os animais receberam a α-sin PFF por via sistêmica (intramuscular e intraperitoneal), e no segundo protocolo, os animais receberam a αsin PFF por via intra-estriatal. Nossos resultados mostraram que a α-sin PFF por via sistêmica não foi capaz de promover alterações comportamentais nos testes do campo aberto, roda giratória e da transição claro-escuro, quando os animais foram avaliados 30 ou 60 dias após a inoculação sistêmica. Entretanto, a infusão unilateral intra-estriado dorsal da α-sin PFF levou a um prejuízo motor nos testes do campo aberto e da roda giratória, efeito que foi mais evidente 60 e 90 dias após a inoculação central. Estudos complementares estão sendo conduzidos para se investigar o possível envolvimento das vias relacionadas aos receptores PPAR-γ e canais de Ca2+ nas alterações induzidas pela α-sin PFF.

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  • SILVIA MARIA DE SOUZA
  • “Avaliação da atividade citotóxica de derivados N-acil hidrazonas e verificação da modulação da proteína Mcl-1 em câncer de pulmão”,

  • Orientador : GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
  • FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • VALÉCIA DE CASSIA MENDONÇA DA COSTA ANDRADE
  • Data: 18/10/2024

  • Mostrar Resumo
  •  

    O câncer de pulmão é o terceiro mais comumente diagnosticado e representa uma
    das principais causas de morte por câncer no mundo. O tipo mais comum de
    carcinoma de pulmão é o câncer de pulmão de células não pequenas, responsável
    por 85% de todos os casos. Embora a radioterapia e a quimioterapia empregadas no
    tratamento do câncer de pulmão tenham sofrido melhorias drásticas na última
    década, o prognóstico dos pacientes ainda é limitado. O Mcl-1 é uma proteína da
    família Bcl2 antiapoptótica cuja função é driblar a apoptose e assim, permitir a
    sobrevivência das células cancerosas. Diante do exposto, o presente estudo teve
    como objetivo investigar a atividade citotóxica de uma série de compostos N-acil
    hidrazonas (SintMed) em linhagens de cânceres de pulmão, bem como uma possível
    redução da expressão proteica do Mcl-1, e quantificar os níveis desta mesma
    proteína em tumores de pacientes com câncer de pulmão. Um total de 21 moléculas
    4-(nitrofenil)-hidrazonas derivadas de N-acil hidrazonas foram sintetizadas e testadas
    para avaliar as propriedades citotóxicas em linhagens de células tumorais humanas
    A549 (Carcinoma de Pulmão), NCI H1299 (Câncer de pulmão de células não
    pequenas), NCI H292 (Carcinoma de pulmão) e células não tumorais MRC5 (Células
    de Fibroblasto Pulmonar Normal). Paralelo aos testes in vitro, tumores de pulmão de
    pacientes admitidos no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) e do Hospital
    Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), localizados na cidade do Recife - Pernambuco,
    foram coletados e a expressão de proteína Mcl-1 foi avaliada. Os resultados obtidos
    pelo método do MTT in vitro mostraram que os compostos SintMed 65 e SintMed 71
    apresentaram atividade citotóxica em NCI H1299 (IC 50 9,76 e 8,12 μM,
    respectivamente) sem efeitos antiproliferativos em células normais MRC5 (IC 50 &gt; 50
    μM). Os compostos SintMed 65 e SintMed 71 apresentaram efeitos citotóxicos
    sinérgicos em NCI H1299 com a cisplatina (terapia combinada na proporção de 1:1)
    após 72h de tratamento (IC 50 9,76 e 8,12 para SintMed 65 e SintMed 71; IC 50 5,08 e
    4,25 para SintMed 65 + Cisplatina e SintMed 71 + cisplatina, respectivamente). O tratamento das células NCI H1299 com 36 µM de SintMed 65 e SintMed 71 induziram

    alterações típicas de apoptose, como externalização da fosfatidilserina,
    fragmentação do DNA ( após 48h) e alteração na expressão gênica com aumento do
    RNAm do receptor de morte Fas e seu sinalizador FADD, bem como aumenta a
    transcrição de Caspase 3 e caspase 7, que são efetoras na apoptose (após 12 h); no
    entanto, não houve alteração na expressão gênica de MCL-1. Após quantificação do
    nível proteico de Mcl-1, foi verificado supressão dessa proteína apenas em células
    NCH1299 tratadas com SintMed 71 (18 - 36 μM) após 48h. Quanto aos níveis de
    proteínas Mcl-1 nos tumores de pacientes com câncer de pulmão, dentre os subtipos
    histológicos avaliados, o carcinoma de células escamosas apresentou aumento da
    expressão proteica do Mcl-1. No geral, esses estudos indicam que os SintMed 65 e
    SintMed 71 são potenciais candidatos a agentes anticâncer com atividade
    promissora contra células do câncer de pulmão, onde vias apoptóticas podem
    contribuir para a morte celular.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer de pulmão é o terceiro mais comumente diagnosticado e é a causa comum de mortes associadas ao câncer. O tipo mais comum de carcinoma de pulmão é o câncer de pulmão de células não pequenas, responsável por 85% de todos os casos de câncer de pulmão. Embora a radioterapia e a quimioterapia empregadas no tratamento do câncer de pulmão tenham sofrido melhorias drásticas na última década, o prognóstico dos pacientes ainda é limitado. O Mcl-1 é uma proteína da família Bcl2 antiapoptótica que busca driblar a ação da apoptose e assim, permitir a sobrevivência das células cancerosas. Diante do exposto, o presente estudo teve como objetivo investigar a atividade citotóxica de compostos N-acil hidrazonas (HAH) em linhagens de cânceres de pulmão, bem como uma possível redução da expressão proteica do Mcl1. Um total de 46 moléculas contendo porções de 4- (nitrofenil) hidrazona foram formadas em classes de hidrazona- N- acil- hidrazonas (HAH) e testadas para avaliar o seu potencial anticâncer sendo realizado um estudo farmacológico de suas propriedades antitumorais em vários modelos biológicos in vitro, frente a linhagens de células tumorais humanas A549 (Carcinoma de Pulmão), NCI H1299 (Câncer de pulmão de células não pequenas), NCI H292 (Carcinoma de pulmão) e células não tumorais MRC5 (Células de Fibroblasto Pulmonar Normal). Os resultados obtidos in vitro, frente a essas linhagens tumorais, mostraram que HAH2 e HAH4 apresentaram atividade citotóxica em NCI H1299 (IC50 9,76 e 8,12 μM, respectivamente) sem efeitos antiproliferativos para células normais MRC5 (IC50> 50 μM). Na determinação da viabilidade celular para as células NCI H1299 os dados obtidos revelaram que as moléculas reduziram a viabilidade celular, causando uma inibição significativa do crescimento celular (p <0,05) a 18 μM (46%) e 36 μM (63%) pela HAH2, e causou inibição significativa do crescimento celular (p <0,05) a 18 μM (79%) e 36 μM (96%) pela HAH4. A combinação de fármacos com a Cisplatina classificou a molécula da HAH2 com efeito sinérgico até fração afetada de 0.4, seguido de efeitos aditivos, e a HAH4 com efeito aditivo até 0.5 de fração afetada, seguida de efeitos sinérgicos, após o tratamento de 72h. O percentual de apoptose celular aumentou de 11,23% (18 µM) para 21,5% (36 µM) no tratamento com HAH2, e de 12,32% (18 μM) para 19,03% (36 µM) com o HAH4. O tratamento da HAH4 à 18 μM e 36 μM durante 48h suprimiu a expressão proteica do Mcl-1. Não houve diferença significativa no aparecimento dos marcadores de apoptose PAR-4 clivado, Caspase-3 clivado e BAX. Diante dos resultados aqui apresentados, presume que as moléculas HAH2 e HAH4 são fortes candidatos a agentes anticâncer contra as células do câncer de pulmão.

2023
Dissertações
1
  • MARIA ANGÉLICA DA SILVA
  • POTENCIAL INIBITÓRIO DE EXTRATOS ETANÓLICOS DE PLANTAS COMESTÍVEIS NA ATIVIDADE DE COLINESTERASES PLASMÁTICA DA TILÁPIA DO NILO (Oreochromis nilooticus) (Linnaeus, 1758)

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • JULIANA FERREIRA DOS SANTOS
  • THIAGO BARBOSA CAHU
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Em 2020 a produção aquícola mundial de pescado atingiu o crescimento de 2,7% em relação ao ano de 2019, sendo essa taxa de crescimento a mais baixa dos últimos 40 anos, a piscicultura por sua vez manteve-se estável com cerca de 66% correspondendo a maior parcela de produção por parte da aquicultura mundial por décadas. A butirilcolinesterase é conhecida por hidrolisar ésteres bioativos em alimentos e medicamentos e por hidrolisar o relaxante muscular succinilcolina. Sua função ainda não está totalmente elucidada, uma dessas teorias aponta o chamado “hormônio da fome”, grelina, como substrato fisiológico da BChE, impactando no consumo de alimento e no metabolismo de lipídeos e da glicose. Extratos vegetais são ricos em metabólitos, que são responsáveis pela atividade antioxidante e também pelas propriedades anti-colinesteraseicas. A inibição ou baixa atividade da BChE em ratos, no período de privação de alimentos, resultando em maior consumo de ração. A baixa atividade de AChE pode causar a diminuição da função colinérgica, causando até a morte do animal, o uso de inibidores específicos BChE, favorece a utilização sem efeitos adversos indesejados. Até o presente momento, não foi avaliado a ação da enzima butirilcolinesterase sobre os níveis de grelina plasmática em peixes, sendo esse  principal mecanismo a regulação da atividade enzimática da butirilcolinesterase através da  inibição por  extratos vegetais, apresentando potencial para maximizar o desempenho produtivo das espécies de importância comercial e a melhoria no desempenho do cultivo de espécies de importância comercial, bem como para a introdução de novas espécies de alto valor agregado na aquicultura. Com isso o presente estudo tem como objetivo avaliar o potencial inibitório dos extratos etanólicos frente às enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BChE) com possível aplicação na dieta da espécie de peixe Oreochromis niloticus como aditivo promotor de apetite. Foram determinadas a atividade antioxidante dos extratos etanólicos de acelga (Beta vulgaris var. cicla), espinafre (Spinacea oleracea), rúcula (Eruca sativa), aipo (Apium graveolens), seguida de uma avaliação fitoquímica. Assim como a determinação da atividade de AChE e BChE no extrato bruto do cérebro e fígado de alevinos de tilápia do nilo (Oreochromis niloticus), com a investigação do potencial inibitório dos extratos etanólicos. O extrato de espinafre apresentou maior atividade antioxidante em relação aos demais extratos, na caracterização fitoquímica, sugeriu a presença derivados cinâmicos (positivo para ácido clorogênico), naftoquinonas, terpenos e esteróides (β-sitosterol), saponinas (β-escina) e açúcares redutores (frutose), a presença forte de compostos fenólicos (positivo para flavonóides), rutina e quercetina para ambos os extratos. Apenas o de extrato S. oleracea apresentou taninos hidrolisáveis (ácido gálico). Os extratos etanólicos mostraram efeito moderado frente a enzima BChE. Já para a enzima AChE, somente o extrato S. oleracea apresentou um potencial inibitório forte. Contudo, o extrato etanólico de E. sativa mantendo seu efeito inibitório moderado, mesmo após 60 min de contato enzima/inibidor, apresenta potencial para a inclusão em dietas de Tilápia do Nilo (O. niloticus) sem causar possíveis efeitos indesejados ao animal.


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  • Em 2020 a produção aquícola mundial de pescado atingiu o crescimento de 2,7% em relação ao ano de 2019, sendo essa taxa de crescimento a mais baixa dos últimos 40 anos, a piscicultura por sua vez manteve-se estável com cerca de 66% correspondendo a maior parcela de produção por parte da aquicultura mundial por décadas. A butirilcolinesterase é conhecida por hidrolisar ésteres bioativos em alimentos e medicamentos e por hidrolisar o relaxante muscular succinilcolina. Sua função ainda não está totalmente elucidada, uma dessas teorias aponta o chamado “hormônio da fome”, grelina, como substrato fisiológico da BChE, impactando no consumo de alimento e no metabolismo de lipídeos e da glicose. Extratos vegetais são ricos em metabólitos, que são responsáveis pela atividade antioxidante e também pelas propriedades anti-colinesteraseicas. A inibição ou baixa atividade da BChE em ratos, no período de privação de alimentos, resultando em maior consumo de ração. A baixa atividade de AChE pode causar a diminuição da função colinérgica, causando até a morte do animal, o uso de inibidores específicos BChE, favorece a utilização sem efeitos adversos indesejados. Até o presente momento, não foi avaliado a ação da enzima butirilcolinesterase sobre os níveis de grelina plasmática em peixes, sendo esse  principal mecanismo a regulação da atividade enzimática da butirilcolinesterase através da  inibição por  extratos vegetais, apresentando potencial para maximizar o desempenho produtivo das espécies de importância comercial e a melhoria no desempenho do cultivo de espécies de importância comercial, bem como para a introdução de novas espécies de alto valor agregado na aquicultura. Com isso o presente estudo tem como objetivo avaliar o potencial inibitório dos extratos etanólicos frente às enzimas acetilcolinesterase (AChE) e butirilcolinesterase (BChE) com possível aplicação na dieta da espécie de peixe Oreochromis niloticus como aditivo promotor de apetite. Foram determinadas a atividade antioxidante dos extratos etanólicos de acelga (Beta vulgaris var. cicla), espinafre (Spinacea oleracea), rúcula (Eruca sativa), aipo (Apium graveolens), seguida de uma avaliação fitoquímica. Assim como a determinação da atividade de AChE e BChE no extrato bruto do cérebro e fígado de alevinos de tilápia do nilo (Oreochromis niloticus), com a investigação do potencial inibitório dos extratos etanólicos. O extrato de espinafre apresentou maior atividade antioxidante em relação aos demais extratos, na caracterização fitoquímica, sugeriu a presença derivados cinâmicos (positivo para ácido clorogênico), naftoquinonas, terpenos e esteróides (β-sitosterol), saponinas (β-escina) e açúcares redutores (frutose), a presença forte de compostos fenólicos (positivo para flavonóides), rutina e quercetina para ambos os extratos. Apenas o de extrato S. oleracea apresentou taninos hidrolisáveis (ácido gálico). Os extratos etanólicos mostraram efeito moderado frente a enzima BChE. Já para a enzima AChE, somente o extrato S. oleracea apresentou um potencial inibitório forte. Contudo, o extrato etanólico de E. sativa mantendo seu efeito inibitório moderado, mesmo após 60 min de contato enzima/inibidor, apresenta potencial para a inclusão em dietas de Tilápia do Nilo (O. niloticus) sem causar possíveis efeitos indesejados ao animal.

2
  • JOSE WINGLINSON DE OLIVEIRA SANTOS
  • Efeitos do treinamento físico moderado sobre o tecido adiposo branco de ratos submetidos a dieta obesogênica materna durante a gestação e lactação

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • ANDERSON APOLONIO DA SILVA PEDROZA
  • REGINALDO CORREIA DA SILVA FILHO
  • Data: 27/02/2023

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  • O ambiente nutricional tem consequências importantes para a saúde nas diversas fases da vida, principalmente durante períodos críticos do desenvolvimento, podendo afetar o funcionamento de diversos tecidos, como o tecido adiposo, que é um órgão metabolicamente dinâmico e o comprometimento de suas funções fisiológicas estão diretamente associados à condições patológicas relacionadas à obesidade, que é uma das principais preocupações de saúde pública mundial, nas últimas décadas. A organização mundial de saúde (OMS) recomenda a prática de atividade física associada a uma alimentação saudável nas fases iniciais do desenvolvimento fetal para reduzir o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito modulador do treinamento físico moderado em esteira sobre o metabolismo e estado REDOX do tecido adiposo epididimal de ratos jovens provenientes de mães alimentadas com a uma dieta obesogênica durante períodos críticos do desenvolvimento. Ratas Wistar fêmeas foram alimentadas com uma dieta controle (dieta de biotério) ou uma dieta com altos teores de gorduras saturadas associadas a oferta de leite condensado (dieta obesogênica) por 6 semanas, durante os períodos de gestação e lactação. Ao desmame (21 dias de vida), os filhotes machos receberam dieta controle e foram divididos em grupos: Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Obesogênico Sedentário (OS) e Obesogênico Treinado (OT). Aos 30 dias de vida, os grupos CT e OT foram submetidos a um programa de treinamento físico em esteira de 60 min/dia, 5 dias/semana, 4 semanas e a 50% da capacidade máxima. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e avaliados o peso corporal, níveis de triglicérides-TG e colesterol total-TC no tecido adiposo branco (TAB), biomarcadores de estresse oxidativo (níveis de malondialdeído-MDA e carbonilas), atividade de enzimas antioxidantes (superóxido dismutase-SOD, catalase-CAT e glutationa-S-transferase-GST), sistema antioxidante não enzimático (níveis de GSH, GSSG e sulfidrilas), atividade de enzimas metabólicas (citrato sintase-CS, acido graxo sintase-FAS e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase-β-Had), expressão gênica (TNFα e leptina), além da histologia dos adipócitos. Nossos resultados mostraram que a dieta obesogênica materna consumida durante períodos críticos de desenvolvimento aumentou o peso corporal da prole e os níveis de TG e CT no TAB, aumentou a síntese de ácidos graxos, diminuiu sua oxidação, aumentou a área e diminuiu o número de adipócitos, além de induzir estresse oxidativo em combinação com ativação inflamatória no tecido adiposo epididimal. No entanto, o treinamento físico moderado aplicado na prole jovem foi capaz de minimizar e/ou reverter esses parâmetros modulando positivamente o metabolismo oxidativo, mostrando o exercício físico aeróbico como uma importante ferramenta terapêutica no combate a doenças crônico-metabólicas associadas ao sobrepeso/obesidade.


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  • O ambiente nutricional tem consequências importantes para a saúde nas diversas fases da vida, principalmente durante períodos críticos do desenvolvimento, podendo afetar o funcionamento de diversos tecidos, como o tecido adiposo, que é um órgão metabolicamente dinâmico e o comprometimento de suas funções fisiológicas estão diretamente associados à condições patológicas relacionadas à obesidade, que é uma das principais preocupações de saúde pública mundial, nas últimas décadas. A organização mundial de saúde (OMS) recomenda a prática de atividade física associada a uma alimentação saudável nas fases iniciais do desenvolvimento fetal para reduzir o desenvolvimento de sobrepeso/obesidade. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito modulador do treinamento físico moderado em esteira sobre o metabolismo e estado REDOX do tecido adiposo epididimal de ratos jovens provenientes de mães alimentadas com a uma dieta obesogênica durante períodos críticos do desenvolvimento. Ratas Wistar fêmeas foram alimentadas com uma dieta controle (dieta de biotério) ou uma dieta com altos teores de gorduras saturadas associadas a oferta de leite condensado (dieta obesogênica) por 6 semanas, durante os períodos de gestação e lactação. Ao desmame (21 dias de vida), os filhotes machos receberam dieta controle e foram divididos em grupos: Controle Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), Obesogênico Sedentário (OS) e Obesogênico Treinado (OT). Aos 30 dias de vida, os grupos CT e OT foram submetidos a um programa de treinamento físico em esteira de 60 min/dia, 5 dias/semana, 4 semanas e a 50% da capacidade máxima. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e avaliados o peso corporal, níveis de triglicérides-TG e colesterol total-TC no tecido adiposo branco (TAB), biomarcadores de estresse oxidativo (níveis de malondialdeído-MDA e carbonilas), atividade de enzimas antioxidantes (superóxido dismutase-SOD, catalase-CAT e glutationa-S-transferase-GST), sistema antioxidante não enzimático (níveis de GSH, GSSG e sulfidrilas), atividade de enzimas metabólicas (citrato sintase-CS, acido graxo sintase-FAS e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase-β-Had), expressão gênica (TNFα e leptina), além da histologia dos adipócitos. Nossos resultados mostraram que a dieta obesogênica materna consumida durante períodos críticos de desenvolvimento aumentou o peso corporal da prole e os níveis de TG e CT no TAB, aumentou a síntese de ácidos graxos, diminuiu sua oxidação, aumentou a área e diminuiu o número de adipócitos, além de induzir estresse oxidativo em combinação com ativação inflamatória no tecido adiposo epididimal. No entanto, o treinamento físico moderado aplicado na prole jovem foi capaz de minimizar e/ou reverter esses parâmetros modulando positivamente o metabolismo oxidativo, mostrando o exercício físico aeróbico como uma importante ferramenta terapêutica no combate a doenças crônico-metabólicas associadas ao sobrepeso/obesidade.

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  • LAÍS KAROLYNE SOBRAL COUTO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIARTRÍTICA DE EXTRATO ETANÓLICO DE FOLHAS DE Punica granatum L. EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A artrite reumatoide é uma patologia, de ordem sinovial crônica, inflamatória e autoimune. Possui a sua etiologia desconhecida, no entanto, estudos mostram que fatores ambientais e genéticos podem ser responsáveis por tornar o indivíduo susceptível a mesma. Ao longo dos anos surgiram novas terapias, naturais ou sintéticas, no entanto, o uso de plantas medicinais ainda é observado por grande parte da população mundial para  tratamento de dores articulares. A Punica granatum L. tem o seu potencial medicinal mencionado em diversos estudos ao redor do mundo, devido aos seus compostos bioativos que conferem a planta propiedades antiinflamatórias. por exemplo. O presente estudo teve por finalidade avaliar a atividade antiartrítica do extrato de folhas de Punica granatum L., através de um modelo experimental utilizando camundongos albinos tipo Swiss, induzido com Complexo Adjuvante de Freund. Ensaio prévio de toxicidade aguda mostrou que camundongos controle e camundongos tratados com o extrato de P. granatum (2.000 ou 5.000 mg/kg pc) não apresentaram alterações em parâmetos comportamentais, hematológicos e bioquímicos ao longo do experimento que durou um total de 14 dias. O tratamento com o extrato nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg promoveu uma diminuição significativa (p <0,05) dos sinais inflamatórios em camundongos submetidos à artrite induzida por CFA, medida como índice de artrite a cada três dias. Após 21 dias de tratamento o grupo controle apresentou índice de artrite de 5±0,4, já os grupos tratados com P. granatum apresentaram índice artrítico em 3,3±0,4 (50 mg/kg), 3,3±0,4 (100 mg/kg) e 2,3±0,4 (200 mg/kg). O grupo tratado com indometacina (4mg/kg) apresentou índice artrítico em 2,16±0,2. Também houve redução significativa no tamanho do edema de pata: os grupos tratados a 100 e 200 mg/kg exibiram 86,39% e 42,08%, enquanto a dose de 50 mg/kg não apresentou diferença significativa do grupo controle. A injeção de CFA resultou em níveis de IL-1β (90,7±9,7 pg/ml), TNF-α (76,0±10,1 pg/ml), e atividade de MPO (51,5 ± 3,1 U/ml), determinados para o grupo controle. Os grupos tratados com o extrato apresentaram redução dos níveis desses marcadores em comparação ao grupo controle.


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  • A artrite reumatoide é uma patologia, de ordem sinovial crônica, inflamatória e autoimune. Possui a sua etiologia desconhecida, no entanto, estudos mostram que fatores ambientais e genéticos podem ser responsáveis por tornar o indivíduo susceptível a mesma. Ao longo dos anos surgiram novas terapias, naturais ou sintéticas, no entanto, o uso de plantas medicinais ainda é observado por grande parte da população mundial para  tratamento de dores articulares. A Punica granatum L. tem o seu potencial medicinal mencionado em diversos estudos ao redor do mundo, devido aos seus compostos bioativos que conferem a planta propiedades antiinflamatórias. por exemplo. O presente estudo teve por finalidade avaliar a atividade antiartrítica do extrato de folhas de Punica granatum L., através de um modelo experimental utilizando camundongos albinos tipo Swiss, induzido com Complexo Adjuvante de Freund. Ensaio prévio de toxicidade aguda mostrou que camundongos controle e camundongos tratados com o extrato de P. granatum (2.000 ou 5.000 mg/kg pc) não apresentaram alterações em parâmetos comportamentais, hematológicos e bioquímicos ao longo do experimento que durou um total de 14 dias. O tratamento com o extrato nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg promoveu uma diminuição significativa (p <0,05) dos sinais inflamatórios em camundongos submetidos à artrite induzida por CFA, medida como índice de artrite a cada três dias. Após 21 dias de tratamento o grupo controle apresentou índice de artrite de 5±0,4, já os grupos tratados com P. granatum apresentaram índice artrítico em 3,3±0,4 (50 mg/kg), 3,3±0,4 (100 mg/kg) e 2,3±0,4 (200 mg/kg). O grupo tratado com indometacina (4mg/kg) apresentou índice artrítico em 2,16±0,2. Também houve redução significativa no tamanho do edema de pata: os grupos tratados a 100 e 200 mg/kg exibiram 86,39% e 42,08%, enquanto a dose de 50 mg/kg não apresentou diferença significativa do grupo controle. A injeção de CFA resultou em níveis de IL-1β (90,7±9,7 pg/ml), TNF-α (76,0±10,1 pg/ml), e atividade de MPO (51,5 ± 3,1 U/ml), determinados para o grupo controle. Os grupos tratados com o extrato apresentaram redução dos níveis desses marcadores em comparação ao grupo controle.

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  • BRENDA DA SILVA CUTRIM
  • “Avaliação cicatrizante de filmes de alginato contendo a lectina SteLL em feridas
    cutâneas frente a Staphylococcus aureus”

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ADRIELLE ZAGMIGNAN
  • FRANCIS SOARES GOMES
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • As feridas cutâneas são, atualmente, um dos principais desafios enfrentados pelos
    sistemas de saúde em todo o mundo. Esse efeito é provocado sobretudo, pelo
    comprometimento do processo normal de cicatrização, através da ocorrência de
    infecções, especialmente por Staphylococcus aureus. Desse modo, o desenvolvimento de
    formulações à base de polissacarídeos é considerado uma alternativa promissora como
    forma de potencializar a ação de compostos naturais com aplicabilidade médica. Sendo
    assim, este trabalho buscou avaliar a atividade antimicrobiana e cicatrizante de filmes
    polissacarídicos contendo a lectina isolada da folha de Schinus terebinthifolius (SteLL)
    em modelo de infecção de ferida induzida por uma cepa de S. aureus resistente.
    Camundongos c57bl/6 foram divididos em 3 grupos (n = 6 /grupo): (1) infectados e
    tratados com PBS, (2) infectados tratados com filmes de alginato e (3) infectados e
    tratados com filmes de alginato incorporados com SteLL 100 μg/mL. Uma lesão de 64
    mm2 foi induzida no dorso de cada animal e contaminada com S. aureus SA01 (~4,0× 106
    UFC). O tratamento com os filmes iniciou-se 24 horas pós-infecção e estendeu-se por 7
    dias observando diariamente parâmetros clínicos e área das lesões, enquanto os níveis de
    citocinas, carga bacteriana e aspectos histológicos foram determinados ao fim do
    experimento. Como esperado, ao fim do tratamento, o grupo controle e grupo somente
    com alginato apresentaram os maiores escores de severidade, além de maior carga
    bacteriana no leito das lesões e portanto, exibiu um atraso na contração das feridas e no
    processo de reepitelização da área lesada. No entanto, o tratamento com os filmes na
    presença de SteLL provocou diminuição da severidade da infeção nestes animais que está
    intrinsecamente ligada à diminuição da carga bacteriana nas feridas ocasionada pela ação
    da lectina, bem como seu potencial na modulação da resposta inflamatória. No que se
    refere a caracterização dos filmes, estes apresentam pH, rugosidade e comportamento
    hídrico ideal para sua utilização. Estes resultados sustentam a hipótese de atividade
    cicatrizante e antimicrobiana em filmes de alginato contra S. aureus MRSA e o sugere
    como alternativa terapêutica para o tratamento de infecções de feridas cutâneas.


  • Mostrar Abstract
  • As feridas cutâneas são, atualmente, um dos principais desafios enfrentados pelos
    sistemas de saúde em todo o mundo. Esse efeito é provocado sobretudo, pelo
    comprometimento do processo normal de cicatrização, através da ocorrência de
    infecções, especialmente por Staphylococcus aureus. Desse modo, o desenvolvimento de
    formulações à base de polissacarídeos é considerado uma alternativa promissora como
    forma de potencializar a ação de compostos naturais com aplicabilidade médica. Sendo
    assim, este trabalho buscou avaliar a atividade antimicrobiana e cicatrizante de filmes
    polissacarídicos contendo a lectina isolada da folha de Schinus terebinthifolius (SteLL)
    em modelo de infecção de ferida induzida por uma cepa de S. aureus resistente.
    Camundongos c57bl/6 foram divididos em 3 grupos (n = 6 /grupo): (1) infectados e
    tratados com PBS, (2) infectados tratados com filmes de alginato e (3) infectados e
    tratados com filmes de alginato incorporados com SteLL 100 μg/mL. Uma lesão de 64
    mm2 foi induzida no dorso de cada animal e contaminada com S. aureus SA01 (~4,0× 106
    UFC). O tratamento com os filmes iniciou-se 24 horas pós-infecção e estendeu-se por 7
    dias observando diariamente parâmetros clínicos e área das lesões, enquanto os níveis de
    citocinas, carga bacteriana e aspectos histológicos foram determinados ao fim do
    experimento. Como esperado, ao fim do tratamento, o grupo controle e grupo somente
    com alginato apresentaram os maiores escores de severidade, além de maior carga
    bacteriana no leito das lesões e portanto, exibiu um atraso na contração das feridas e no
    processo de reepitelização da área lesada. No entanto, o tratamento com os filmes na
    presença de SteLL provocou diminuição da severidade da infeção nestes animais que está
    intrinsecamente ligada à diminuição da carga bacteriana nas feridas ocasionada pela ação
    da lectina, bem como seu potencial na modulação da resposta inflamatória. No que se
    refere a caracterização dos filmes, estes apresentam pH, rugosidade e comportamento
    hídrico ideal para sua utilização. Estes resultados sustentam a hipótese de atividade
    cicatrizante e antimicrobiana em filmes de alginato contra S. aureus MRSA e o sugere
    como alternativa terapêutica para o tratamento de infecções de feridas cutâneas.

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  • RICARDO GOMES DOS SANTOS NUNES
  • Avaliação neurocomportamental e bioquímica do potencial efeito neuroprotetor da
    luteína em modelo experimental de Doença de Parkinson Induzida por pesticida.
  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • LUIZ MARIVANDO BARROS
  • Data: 03/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Atualmente a doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa com
    maior incidência no mundo, considerada um grave problema de saúde pública. A maioria
    dos pesticidas podem induzir efeitos epigenéticos, inflamatórios e oxidantes, havendo
    também evidências de que a rotenona compromete a produção de dopamina. A busca por
    moléculas bioativas que possam ajudar na prevenção e tratamento da DP, tem
    considerado relevantes os flavonoides, fosfolipídeos, polifenóis e carotenoides. A luteína,
    é um carotenoide promissor, com propriedades antioxidantes, efeitos antiinflamatórios e
    prevenção das doenças crônicas. No entanto pouco se sabe sobre seu efeito em modelos
    de DP. A mosca da fruta Drosophila melanogaster vem sendo utilizada em ensaios
    toxicológicos como um bom modelo experimental de DP tanto para análise
    comportamental como para uma abordagem molecular. O presente estudo visa testar a
    hipótese de que as propriedades antioxidantes da luteína tornam este carotenoide um
    agente promissor para a prevenção da DP induzida pela rotenona. Especimens jovens (3-
    4 dias de vida) de Drosophila melanogaster foram expostas a uma dieta com rotenona (
    500 µM ou veículo) na ausência e presença de luteína ( 0.25, 0.5 , 1.0 e 2.0 mg/ml)
    durante o período de sete dias. A taxa de sobrevivência foi avaliada diariamente a cada
    24 horas. Análise motora comportamental foi realizada pelo teste de geotaxia negativa.
    Ensaios bioquímicos relacionados aos Niveis de tiois totais, Tióis não proteicos,
    viabilidade celular, peroxidação lipídica, quantificação de Ferro e óxido nítrico foram
    realizados. Os dados mostraram que o rotenona, além de matar cerca de 40% da
    população, provocou danos locomotores bem como promoveu a diminuição dos níveis de
    tióis totais (cerca de 50%) comparado ao controle (F [5, 12] = 7,343; P = 0,0023). Tal
    redução foi vista também nos níveis de tióis não proteicos (F [5, 12] = 14,96; P < 0,0001).
    A rotenona elevou os níveis de peroxidação lipídica (MDA), ferro ( F [5, 12] = 11,08; P
    = 0,0004) e óxido nítrico ( F [5, 12] = 36,66;P < 0,0001 nos tecidos e diminuiu a
    capacidade redutora da mitocôndria,( 50%). Nos grupos tratados com a luteína, houve
    uma atenuação significativa dos efeitos tóxicos da rotenona, resultando em uma proteção
    significativa. Os grupos tratados com a luteína independente da concentração, promoveu
    uma reversão dos danos locomotores provocado pelo pesticida, além disso, possibilitou a
    proteção mitocondrial, inibindo a peroxidação lipídica, os níveis de ferro livre e a
    produção de óxido nítrico. Em conclusão, os dados corroboram nossa hipótese inicial
    indicando a luteína um caratenoide promissor para a prevenção e tratamento da DP.

  • Mostrar Abstract
  • Atualmente a doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa com
    maior incidência no mundo, considerada um grave problema de saúde pública. A maioria
    dos pesticidas podem induzir efeitos epigenéticos, inflamatórios e oxidantes, havendo
    também evidências de que a rotenona compromete a produção de dopamina. A busca por
    moléculas bioativas que possam ajudar na prevenção e tratamento da DP, tem
    considerado relevantes os flavonoides, fosfolipídeos, polifenóis e carotenoides. A luteína,
    é um carotenoide promissor, com propriedades antioxidantes, efeitos antiinflamatórios e
    prevenção das doenças crônicas. No entanto pouco se sabe sobre seu efeito em modelos
    de DP. A mosca da fruta Drosophila melanogaster vem sendo utilizada em ensaios
    toxicológicos como um bom modelo experimental de DP tanto para análise
    comportamental como para uma abordagem molecular. O presente estudo visa testar a
    hipótese de que as propriedades antioxidantes da luteína tornam este carotenoide um
    agente promissor para a prevenção da DP induzida pela rotenona. Especimens jovens (3-
    4 dias de vida) de Drosophila melanogaster foram expostas a uma dieta com rotenona (
    500 µM ou veículo) na ausência e presença de luteína ( 0.25, 0.5 , 1.0 e 2.0 mg/ml)
    durante o período de sete dias. A taxa de sobrevivência foi avaliada diariamente a cada
    24 horas. Análise motora comportamental foi realizada pelo teste de geotaxia negativa.
    Ensaios bioquímicos relacionados aos Niveis de tiois totais, Tióis não proteicos,
    viabilidade celular, peroxidação lipídica, quantificação de Ferro e óxido nítrico foram
    realizados. Os dados mostraram que o rotenona, além de matar cerca de 40% da
    população, provocou danos locomotores bem como promoveu a diminuição dos níveis de
    tióis totais (cerca de 50%) comparado ao controle (F [5, 12] = 7,343; P = 0,0023). Tal
    redução foi vista também nos níveis de tióis não proteicos (F [5, 12] = 14,96; P < 0,0001).
    A rotenona elevou os níveis de peroxidação lipídica (MDA), ferro ( F [5, 12] = 11,08; P
    = 0,0004) e óxido nítrico ( F [5, 12] = 36,66;P < 0,0001 nos tecidos e diminuiu a
    capacidade redutora da mitocôndria,( 50%). Nos grupos tratados com a luteína, houve
    uma atenuação significativa dos efeitos tóxicos da rotenona, resultando em uma proteção
    significativa. Os grupos tratados com a luteína independente da concentração, promoveu
    uma reversão dos danos locomotores provocado pelo pesticida, além disso, possibilitou a
    proteção mitocondrial, inibindo a peroxidação lipídica, os níveis de ferro livre e a
    produção de óxido nítrico. Em conclusão, os dados corroboram nossa hipótese inicial
    indicando a luteína um caratenoide promissor para a prevenção e tratamento da DP.
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  • ANTONIA ÂNGELA BEZERRA
  • Avaliação da ação inseticida do óleo fixo de Syagrus coronata (Mart.) Becc. contra Sitophilus zeamais Motschulsky, 1855 (Coleoptera, Curculionidae)

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 08/03/2023

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  • O Sitophilus zeamais Motschulsky, 1855 (Coleoptera, Curculionidae), é popularmente conhecido como gorgulho do milho. A espécie, é considerada praga primária de diversos grãos armazenados e pode ser encontrada em regiões tropicais. Os prejuízos causados pelo S. zeamais a armazéns de cereais levam ao uso constante de inseticidas sintéticos, tornando o controle cada vez mais difícil. A identificação de plantas com efeito inseticida surge como método alternativo de controle de pragas, isso se deve ao fato de que, os inseticidas vegetais não afetam drasticamente o meio ambiente e nem a produção de grãos. Assim, o domínio fitogeográfico Caatinga surge como uma grande área que abriga diversas espécies vegetais como uma rica fonte de compostos bioativos. O Licuri é encontrado nos Estados da Bahia, Norte de Minas Gerais, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com grande potencial de utilização além do alto teor de óleo de excelente qualidade (49,2%) presentes nas amêndoas. Considerando a importância da espécie S. coronata, o objetivo foi a avaliação química e a atividade da ação inseticida do óleo fixo de S. coronata por meio de testes de toxicidade de contato, taxa de crescimento populacional e efeito residual em populações de S. zeamais. A avaliação química do óleo revelou 100% dos compostos, sendo 8 tipos de ácidos graxos, destes 4,09 % foram ácidos graxos insaturados e 95,91% de saturados. O ácido láurico (59,88%), foi o composto majoritário, seguido do ácido mirístico (13,13%) e o ácido cáprico (9,61%). Para o teste de contato, o óleo fixo de S. coronata apresentou concentrações letais (CL50 a CL90) de 59,75 µL e 124,15 µL respectivamente, frente o S. zeamais. Foi atestado que o óleo fixo de S. coronata interferiu na emergência do S. zeamais, reduzindo a taxa de crescimento populacional. Isso foi observado quando em comparação das CL´s com o tratamento controle que houve maior taxa de emergência de insetos. Para o teste de efeito residual foi observado que o óleo fixo de S. coronata não possui efeito contra o S. zeamais. Apenas no dia 1 (24 após a aplicação do óleo), é que foi observado mortalidade na população em estudo, ou seja, o óleo age matando o inseto em menor tempo de exposição e não deixa resíduo nos armazenados tratados. Os resultados obtidos neste trabalho evidenciam a importância da utilização de compostos vegetais, tais como óleos fixos, óleos essenciais, extratos botânicos como uma alternativa para o manejo de S. zeamais no armazenamento de sementes de milho. O ácido láurico (59,88%), foi o composto majoritário, mais evidente. O óleo fixo de S. coronata interferiu na emergência do S. zeamais, reduzindo a taxa de crescimento populacional. O óleo fixo de S. coronata não possui efeito residual significativo contra a população em estudo, ou seja, o óleo age matando o inseto em menor tempo de exposição e não deixa resíduo nos armazenados tratados.


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  • O Sitophilus zeamais Motschulsky, 1855 (Coleoptera, Curculionidae), é popularmente conhecido como gorgulho do milho. A espécie, é considerada praga primária de diversos grãos armazenados e pode ser encontrada em regiões tropicais. Os prejuízos causados pelo S. zeamais a armazéns de cereais levam ao uso constante de inseticidas sintéticos, tornando o controle cada vez mais difícil. A identificação de plantas com efeito inseticida surge como método alternativo de controle de pragas, isso se deve ao fato de que, os inseticidas vegetais não afetam drasticamente o meio ambiente e nem a produção de grãos. Assim, o domínio fitogeográfico Caatinga surge como uma grande área que abriga diversas espécies vegetais como uma rica fonte de compostos bioativos. O Licuri é encontrado nos Estados da Bahia, Norte de Minas Gerais, Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com grande potencial de utilização além do alto teor de óleo de excelente qualidade (49,2%) presentes nas amêndoas. Considerando a importância da espécie S. coronata, o objetivo foi a avaliação química e a atividade da ação inseticida do óleo fixo de S. coronata por meio de testes de toxicidade de contato, taxa de crescimento populacional e efeito residual em populações de S. zeamais. A avaliação química do óleo revelou 100% dos compostos, sendo 8 tipos de ácidos graxos, destes 4,09 % foram ácidos graxos insaturados e 95,91% de saturados. O ácido láurico (59,88%), foi o composto majoritário, seguido do ácido mirístico (13,13%) e o ácido cáprico (9,61%). Para o teste de contato, o óleo fixo de S. coronata apresentou concentrações letais (CL50 a CL90) de 59,75 µL e 124,15 µL respectivamente, frente o S. zeamais. Foi atestado que o óleo fixo de S. coronata interferiu na emergência do S. zeamais, reduzindo a taxa de crescimento populacional. Isso foi observado quando em comparação das CL´s com o tratamento controle que houve maior taxa de emergência de insetos. Para o teste de efeito residual foi observado que o óleo fixo de S. coronata não possui efeito contra o S. zeamais. Apenas no dia 1 (24 após a aplicação do óleo), é que foi observado mortalidade na população em estudo, ou seja, o óleo age matando o inseto em menor tempo de exposição e não deixa resíduo nos armazenados tratados. Os resultados obtidos neste trabalho evidenciam a importância da utilização de compostos vegetais, tais como óleos fixos, óleos essenciais, extratos botânicos como uma alternativa para o manejo de S. zeamais no armazenamento de sementes de milho. O ácido láurico (59,88%), foi o composto majoritário, mais evidente. O óleo fixo de S. coronata interferiu na emergência do S. zeamais, reduzindo a taxa de crescimento populacional. O óleo fixo de S. coronata não possui efeito residual significativo contra a população em estudo, ou seja, o óleo age matando o inseto em menor tempo de exposição e não deixa resíduo nos armazenados tratados.

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  • JAQUELINE DOS SANTOS SILVA PINHEIRO RODRIGUES
  • CARACTERIZAÇÃO DAS AGUAS DO RIO CAPIBARIBE (RECIFE-

    PERNAMBUCO) E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE PÚBLICA E AMBIENTAL

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARLYETE CHAGAS DE ARAÚJO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 09/03/2023

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  • O Rio Capibaribe é considerado um dos principais rios do Estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. Este, apresenta uma extensão de 7.454,88 km2 percorrendo todo o estado e desaguando no oceano atlântico. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da água do “Capibaribe” por meio de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e parasitológicos. Foram realizadas coletas de águas superficiais em quatro pontos distintos, denominados (P1-P4). Em seguida, foram realizadas análises físico-químicas para os parâmetros de turbidez, condutividade, sólidos totais dissolvido, temperatura, Potencial Hidrogeniônico (pH), nitrito, nitrato e os metais alumínio, cálcio, ferro, potássio, magnésio, manganês, molibdênio, sódio, fosforo, enxofre e vanádio. Analises parasitológicas e microbiológicas também foram realizadas. Os resultados indicaram que a qualidade da água deste ecossistema encontra-se inapropriada para uso, uma vez que os parâmetros físico-químicos estão acima do recomendado pela resolução número 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Em relação às analises parasitológicas foram identificadas parasitas (Ascaris sp.) nos pontos P2 e P3 e (Taenia sp.) no P4. Dos pontos investigados, o P4 se destacou com uma elevada contaminação fecal (7,7 x 106 NMP/100 mL de Escherichia coli, quando a legislação permite até 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros). Quando analisada a microbiota foi possível identificar um diversidade taxonômica representada por 44 espécies bacterianas, incluindo gêneros gram-positivos (um) e gram-negativos (nove) com espécies de origens clínicas e ambientais. O P4 foi o ponto que novamente se destacou, apresentando maior diversidade microbiana. Em relação ao perfil de resistência os dados são alarmantes. 43% das bactérias foram Multidrogras-resistentes (MDR), 5% foram Extensivamente-Droga Resistentes (XDR) e 52% Não Droga Resistentes (N_MDR). Os dados aqui apresentados relevam que a carga de poluentes fornece condições adequadas para o crescimento, sobrevivência e permanência destes microrganismos neste ecossistema. Estes dados são preocupantes e demonstram o risco potencial de um rio urbano na disseminação de patógenos, representando riscos não apenas para os organismos aquáticos, mas também para a saúde pública.


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  • O Rio Capibaribe é considerado um dos principais rios do Estado de Pernambuco, nordeste do Brasil. Este, apresenta uma extensão de 7.454,88 km2 percorrendo todo o estado e desaguando no oceano atlântico. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da água do “Capibaribe” por meio de parâmetros físico-químicos, microbiológicos e parasitológicos. Foram realizadas coletas de águas superficiais em quatro pontos distintos, denominados (P1-P4). Em seguida, foram realizadas análises físico-químicas para os parâmetros de turbidez, condutividade, sólidos totais dissolvido, temperatura, Potencial Hidrogeniônico (pH), nitrito, nitrato e os metais alumínio, cálcio, ferro, potássio, magnésio, manganês, molibdênio, sódio, fosforo, enxofre e vanádio. Analises parasitológicas e microbiológicas também foram realizadas. Os resultados indicaram que a qualidade da água deste ecossistema encontra-se inapropriada para uso, uma vez que os parâmetros físico-químicos estão acima do recomendado pela resolução número 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Em relação às analises parasitológicas foram identificadas parasitas (Ascaris sp.) nos pontos P2 e P3 e (Taenia sp.) no P4. Dos pontos investigados, o P4 se destacou com uma elevada contaminação fecal (7,7 x 106 NMP/100 mL de Escherichia coli, quando a legislação permite até 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros). Quando analisada a microbiota foi possível identificar um diversidade taxonômica representada por 44 espécies bacterianas, incluindo gêneros gram-positivos (um) e gram-negativos (nove) com espécies de origens clínicas e ambientais. O P4 foi o ponto que novamente se destacou, apresentando maior diversidade microbiana. Em relação ao perfil de resistência os dados são alarmantes. 43% das bactérias foram Multidrogras-resistentes (MDR), 5% foram Extensivamente-Droga Resistentes (XDR) e 52% Não Droga Resistentes (N_MDR). Os dados aqui apresentados relevam que a carga de poluentes fornece condições adequadas para o crescimento, sobrevivência e permanência destes microrganismos neste ecossistema. Estes dados são preocupantes e demonstram o risco potencial de um rio urbano na disseminação de patógenos, representando riscos não apenas para os organismos aquáticos, mas também para a saúde pública.

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  • WÊNIO SANDOVAL FILHO LIMA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATO AQUOSO, FRAÇÃO PROTEICA E LECTINA ISOLADA (WSMoL) DE SEMENTES DE Moringa oleifera contra Listeria monocytogenes

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • GUSTAVO RAMOS SALLES FERREIRA
  • POLIANA KARLA AMORIM
  • Data: 24/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Nos últimos anos tem crescido a busca por novos agentes antimicrobianos naturais devido à crescente ameaça de resistência microbiana, que representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. As doenças transmitidas por alimentos podem trazer sérias consequências à saúde humana. Entre os muitos patógenos que causam doenças transmitidas por alimentos, Listeria monocytogenes é um tipo de bactéria que pode causar uma infecção grave chamada listeriose, este patógeno pode cruzar as barreiras intestinal, hematoencefálica e placentária levando a infecções nas meninges que envolvem o encéfalo e a medula espinhal e abortos espontâneos. Essa bactéria é comumente encontrada no solo e na água e pode contaminar produtos alimentícios durante o processamento, embalagem e distribuição por isso se tornou uma grande preocupação nos últimos anos.Moringa oleífera é uma planta nativa da Índia, apresenta diversas propriedades farmacêuticas, diversos estudos vem demonstrando potenciais biológicos como atividade nematicida, tripanocida, imunomodulador e antimicrobiana. As lectinas são proteínas que se ligam especificamente a carboidratos de forma reversível, sendo capazes de interagirem com glicoconjugados presentes em superfícies celulares e apresentam diversas atividades biológicas, inclusive antibacteriana. O presente trabalho   avaliou os efeitos do extrato aquoso, fração proteica e lectina isolada de sementes de Moringa oleífera (WSMoL) no crescimento, viabilidade, formação de biofilme de isolados de Listeria monocytogenes. A lectina foi purificada seguindo o protocolo previamente estabelecido.  O extrato, fração e WSMoL mostraram CMI variando entre 150 e 500 µg/mL. Mas, apenas a fração mostrou ação bactericida contra o isolado EGDe com CMB igual a 170 µg/mL. A cinética de crescimento mostrou que o extrato, a fração e WSMoL na CMI manteve uma constante no crescimento da culturas, enquanto o controle mostrou um crescimento exponencial ao longo de 24 horas.  Apenas a fração e WSMoL mostraram efeito anti-agregação e antibiofilme nas menores concentrações testadas para o isolado N53-1. A combinação extrato-cephalexina e extrato-ciprofloxacino apresentaram efeito sinérgico contra o isolado N53-1, no entanto, para EGDe apenas a combinação extrato-ciprofloxacino apresentou esse efeito. A combinação fração-ciprofloxacinopara N53-1 e extrato-cephalexina e extrato-ciprofloxacino para EGDe mostraram efeito sinérgico. WSMoL mostrou efeito sinérgico quando combinado com ciprofloxacino para os dois isolados. Em conclusão, extrato, fração e WSMoL apresentam potencial para tratamento de infecções causadas por L. monocytogenes



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  • Nos últimos anos tem crescido a busca por novos agentes antimicrobianos naturais devido à crescente ameaça de resistência microbiana, que representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. As doenças transmitidas por alimentos podem trazer sérias consequências à saúde humana. Entre os muitos patógenos que causam doenças transmitidas por alimentos, Listeria monocytogenes é um tipo de bactéria que pode causar uma infecção grave chamada listeriose, este patógeno pode cruzar as barreiras intestinal, hematoencefálica e placentária levando a infecções nas meninges que envolvem o encéfalo e a medula espinhal e abortos espontâneos. Essa bactéria é comumente encontrada no solo e na água e pode contaminar produtos alimentícios durante o processamento, embalagem e distribuição por isso se tornou uma grande preocupação nos últimos anos.Moringa oleífera é uma planta nativa da Índia, apresenta diversas propriedades farmacêuticas, diversos estudos vem demonstrando potenciais biológicos como atividade nematicida, tripanocida, imunomodulador e antimicrobiana. As lectinas são proteínas que se ligam especificamente a carboidratos de forma reversível, sendo capazes de interagirem com glicoconjugados presentes em superfícies celulares e apresentam diversas atividades biológicas, inclusive antibacteriana. O presente trabalho   avaliou os efeitos do extrato aquoso, fração proteica e lectina isolada de sementes de Moringa oleífera (WSMoL) no crescimento, viabilidade, formação de biofilme de isolados de Listeria monocytogenes. A lectina foi purificada seguindo o protocolo previamente estabelecido.  O extrato, fração e WSMoL mostraram CMI variando entre 150 e 500 µg/mL. Mas, apenas a fração mostrou ação bactericida contra o isolado EGDe com CMB igual a 170 µg/mL. A cinética de crescimento mostrou que o extrato, a fração e WSMoL na CMI manteve uma constante no crescimento da culturas, enquanto o controle mostrou um crescimento exponencial ao longo de 24 horas.  Apenas a fração e WSMoL mostraram efeito anti-agregação e antibiofilme nas menores concentrações testadas para o isolado N53-1. A combinação extrato-cephalexina e extrato-ciprofloxacino apresentaram efeito sinérgico contra o isolado N53-1, no entanto, para EGDe apenas a combinação extrato-ciprofloxacino apresentou esse efeito. A combinação fração-ciprofloxacinopara N53-1 e extrato-cephalexina e extrato-ciprofloxacino para EGDe mostraram efeito sinérgico. WSMoL mostrou efeito sinérgico quando combinado com ciprofloxacino para os dois isolados. Em conclusão, extrato, fração e WSMoL apresentam potencial para tratamento de infecções causadas por L. monocytogenes


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  • NATÁLIA REGINA MÉLO SANTOS
  • Preparação de conjugads de pontos quânticos com o inibidor de protease isolado das sementes de Enterolobium contortisiliquum (EcTI) para o estudo da biologia do câncer

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA LUIZA VILELA OLIVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 27/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • As serinoproteases têm importante papel biológico em diversos mecanismos de
    manutenção da vida e têm sua atividade controlada por inibidores. O EcTI é um inibidor
    de serino protease purificado a partir de sementes de Enterolobium contortisiliquum
    que tem, entre outras, notável atividade anticancerígena. Este estudo teve como
    principal objetivo conjugar o EcTI com pontos quânticos (PQs) através de interações
    covalentes e aplicar essa nanossonda para investigar sua interação com células
    tumorais. Os PQs se destacam como nanossondas fluorescentes devido às suas
    propriedades fotofísicas únicas, que os dão vantagens comparados aos corantes
    convencionais. PQs e o conjugado (PQs-EcTI) foram caracterizados por espectroscopias
    de absorção e emissão. A atividade inibitória do EcTI após a conjugação foi analisada, e
    a conjugação foi avaliada por espectroscopia de correlação de fluorescência (FCS) e
    ensaio de microplaca fluorescente (FMA). A interação do PQs-EcTI com as linhagens
    celulares de adenocarcinoma cervical (HeLa) e mamário (MDA-MB-231) foram avaliadas
    através de microscopia de fluorescência e citometria de fluxo. O EcTI preservou sua
    atividade inibitória após a conjugação. O FCS indicou que o PQs-EcTI apresentou um
    diâmetro hidrodinâmico de cerca de 4 maior que os PQs sozinhos, indicando uma
    conjugação bem-sucedida. Foi confirmado pelo FMA, que mostrou uma fluorescência
    relativa de ca. 3,815% para o nanossistema, referente aos controles (somente PQs ou
    EcTI). O conjugado interagiu com a membrana plasmática celular, e cerca de 62% das
    células MDA-MB-231 e 90% das células HeLa foram marcadas na citometria de fluxo,
    sugerindo as membranas dessas células expressão as de proteases pelas quais EcTI tem
    afinidade em níveis diferentes. O conjugado PQs-EcTI pode ser considerado uma
    nanoferramenta valiosa para estudo da interação desse inibidor com o câncer por meio
    de técnicas baseadas em fluorescência.


  • Mostrar Abstract
  • As serinoproteases têm importante papel biológico em diversos mecanismos de
    manutenção da vida e têm sua atividade controlada por inibidores. O EcTI é um inibidor
    de serino protease purificado a partir de sementes de Enterolobium contortisiliquum
    que tem, entre outras, notável atividade anticancerígena. Este estudo teve como
    principal objetivo conjugar o EcTI com pontos quânticos (PQs) através de interações
    covalentes e aplicar essa nanossonda para investigar sua interação com células
    tumorais. Os PQs se destacam como nanossondas fluorescentes devido às suas
    propriedades fotofísicas únicas, que os dão vantagens comparados aos corantes
    convencionais. PQs e o conjugado (PQs-EcTI) foram caracterizados por espectroscopias
    de absorção e emissão. A atividade inibitória do EcTI após a conjugação foi analisada, e
    a conjugação foi avaliada por espectroscopia de correlação de fluorescência (FCS) e
    ensaio de microplaca fluorescente (FMA). A interação do PQs-EcTI com as linhagens
    celulares de adenocarcinoma cervical (HeLa) e mamário (MDA-MB-231) foram avaliadas
    através de microscopia de fluorescência e citometria de fluxo. O EcTI preservou sua
    atividade inibitória após a conjugação. O FCS indicou que o PQs-EcTI apresentou um
    diâmetro hidrodinâmico de cerca de 4 maior que os PQs sozinhos, indicando uma
    conjugação bem-sucedida. Foi confirmado pelo FMA, que mostrou uma fluorescência
    relativa de ca. 3,815% para o nanossistema, referente aos controles (somente PQs ou
    EcTI). O conjugado interagiu com a membrana plasmática celular, e cerca de 62% das
    células MDA-MB-231 e 90% das células HeLa foram marcadas na citometria de fluxo,
    sugerindo as membranas dessas células expressão as de proteases pelas quais EcTI tem
    afinidade em níveis diferentes. O conjugado PQs-EcTI pode ser considerado uma
    nanoferramenta valiosa para estudo da interação desse inibidor com o câncer por meio
    de técnicas baseadas em fluorescência.

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  • ALÍCIA NATALIE SILVA DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE E ATIVIDADES HIPOGLICEMIANTE E CICATRIZANTE DA LECTINA SOLÚVEL EM ÁGUA DAS SEMENTES DE Moringa oleifera(WSMoL) EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • Data: 26/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • Moringa oleifera é uma planta amplamente utilizada devido aos potenciais biotecnológicos e medicinais que apresenta. Sementes desta planta contém a lectina solúvel em água denominada WSMoL (Water-soluble M. oleifera lectin). Avaliar a toxicidade aguda e em doses repetidas, bem como a genotoxicidade de WSMoL e seus efeitos hipoglicemiantes e cicatrizantes usando ensaios in vivo em camundongos hiper e normoglicêmicos. WSMoL foi purificada em coluna de quitina equilibrada com NaCl 0,15 Molar e eluída com ácido acético 1 Molar. A investigação toxicológica foi realizada em camundongos albinos Swiss fêmeas e foram realizados ensaios de toxicidade aguda intraperitoneal (i.p.) (200 mg/kg, 100mg/kg, 50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg), toxicidade em doses repetidas i.p. durante 14 dias (50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg de WSMoL) e genotoxicidade através do teste do micronúcleo (100mg/kg, 50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg). Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do coração, pulmão, fígado, baço e rins. A atividade hipoglicemiante durante 10 dias foi realizada em camundongos fêmeas e machos tratados com aloxana (180 mg/kg) e divididos em grupos controle negativo (tratamento i.p. com Nacl 0,5M), controles positivos (tratamento i.p. com metformina a 100 mg/kg ou insulina a 3U/dia) e grupos de tratamento (tratados i.p. com WSMoL a 50 e 25 mg/kg). A atividade cicatrizante de WSMoL nas concentrações 50, 25 e 10 mg/kg foi acessada em feridas de camundongos normo e hiperglicêmicos utilizando colagenase como controle positivo. Após avaliação de parâmetros comportamentais, hematologia e histoquímica do sangue e histopatologia, WsMoL não apresentou toxicidade aguda e toxicidade em doses repetidas durante 14 dias de aplicação. A lectina não induziu significativamente a formação de micronúcleos na meduaósseas, apresentando baixa toxicidade. WsMoL reduziu significativamente a glicemia dos animais hiperglicêmicos e promoveu melhora na saúde dos aimaisWsMoL reduziu significativamente as feridas de camundongos hiper e normoglicêmicos em percentuais iguais a colagenase (controle positivo). Com base nos estudos realizados, pode-se concluir que a WSMoL pode ser uma opção potencialmente segura para o tratamento da diabetes mellitus. A lectina apresentou alto potencial para o tratamento de feridas cutâneas, oferecendo grandes benefícios terapêuticos em comparação com os tratamentos convencionais. 


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  • Moringa oleifera é uma planta amplamente utilizada devido aos potenciais biotecnológicos e medicinais que apresenta. Sementes desta planta contém a lectina solúvel em água denominada WSMoL (Water-soluble M. oleifera lectin). Avaliar a toxicidade aguda e em doses repetidas, bem como a genotoxicidade de WSMoL e seus efeitos hipoglicemiantes e cicatrizantes usando ensaios in vivo em camundongos hiper e normoglicêmicos. WSMoL foi purificada em coluna de quitina equilibrada com NaCl 0,15 Molar e eluída com ácido acético 1 Molar. A investigação toxicológica foi realizada em camundongos albinos Swiss fêmeas e foram realizados ensaios de toxicidade aguda intraperitoneal (i.p.) (200 mg/kg, 100mg/kg, 50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg), toxicidade em doses repetidas i.p. durante 14 dias (50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg de WSMoL) e genotoxicidade através do teste do micronúcleo (100mg/kg, 50 mg/kg, 25 mg/kg e 10 mg/kg). Os animais foram avaliados quanto ao peso corporal, consumo de água e ração, parâmetros bioquímicos e hematológicos e histologia do coração, pulmão, fígado, baço e rins. A atividade hipoglicemiante durante 10 dias foi realizada em camundongos fêmeas e machos tratados com aloxana (180 mg/kg) e divididos em grupos controle negativo (tratamento i.p. com Nacl 0,5M), controles positivos (tratamento i.p. com metformina a 100 mg/kg ou insulina a 3U/dia) e grupos de tratamento (tratados i.p. com WSMoL a 50 e 25 mg/kg). A atividade cicatrizante de WSMoL nas concentrações 50, 25 e 10 mg/kg foi acessada em feridas de camundongos normo e hiperglicêmicos utilizando colagenase como controle positivo. Após avaliação de parâmetros comportamentais, hematologia e histoquímica do sangue e histopatologia, WsMoL não apresentou toxicidade aguda e toxicidade em doses repetidas durante 14 dias de aplicação. A lectina não induziu significativamente a formação de micronúcleos na meduaósseas, apresentando baixa toxicidade. WsMoL reduziu significativamente a glicemia dos animais hiperglicêmicos e promoveu melhora na saúde dos aimaisWsMoL reduziu significativamente as feridas de camundongos hiper e normoglicêmicos em percentuais iguais a colagenase (controle positivo). Com base nos estudos realizados, pode-se concluir que a WSMoL pode ser uma opção potencialmente segura para o tratamento da diabetes mellitus. A lectina apresentou alto potencial para o tratamento de feridas cutâneas, oferecendo grandes benefícios terapêuticos em comparação com os tratamentos convencionais. 

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  • ELISA SANTIAGO PEREIRA
  • Solicito providências para a realização da defesa da dissertação intitulada “Caracterização da Acetilcolinesterase do caranguejo Ucides cordatus (Linnaeus, 1763) e seu potencial uso como biomarcador no diagnóstico de contaminação ambiental por pesticidas, íons metálicos e metabissulfito de sódio

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLAUBER PEREIRA DE CARVALHO SANTOS
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARINA MARCUSCHI
  • Data: 29/06/2023

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  • A acetilcolinesterase (AChE) (EC 3.1.1.7) é uma enzima responsável pela quebra do neurotransmissor acetilcolina, desempenhando um papel fundamental na regulação da transmissão nervosa nas sinapses colinérgicas. Sua inibição pode ser causada por pesticidas, metais pesados e compostos inorgânicos afetando o funcionamento do sistema nervoso, tornando-se um alvo principal para essas substâncias. A inibição da AChE em organismos aquáticos tem sido amplamente utilizada como um indicador da presença desses poluentes em ambientes aquáticos. O caranguejo uçá Ucides cordatus é um crustáceo que possui grande importância econômica para as populações litorâneas. Trata-se de uma espécie onívora que vive em galerias periodicamente inundadas, estabelecendo contato direto com o substrato dos estuários e ficando exposto a diversos poluentes, o que o torna útil em programas de biomonitoramento. O objetivo deste estudo foi caracterizar os parâmetros físico-químicos e cinéticos da AChE nos tecidos oculares e musculares deste crustáceo, além de analisar os efeitos in vitro de 12 pesticidas (diclorvós, diazinon, clorpirifós, paration-metil, temefós, carbaril, carbofuran, aldicarb, diflubenzuron, novaluron, piriproxifeno e glifosato) e seis íons metálicos (As3+, Cd2+, Cu2+, Pb2+, Hg2+, Zn2+), além de avaliar o potencial desta enzima como como biomarcador ambiental de acordo com as regulamentações. Os resultados obtidos por meio de substratos e inibidores específicos indicaram que a AChE é a colinesterase (ChE) predominante nos músculos e olhos de U. cordatus. No tecido ocular, a AChE de U. cordatus apresentou um pH ótimo de 8,5 e uma temperatura ótima de 30 °C, enquanto no tecido muscular, o pH ótimo foi de 8,5 e a temperatura ótima foi de 35°C. A enzima também se mostrou termoestável, mantendo aproximadamente 80% de sua atividade após incubação a 40 °C por 30 minutos Entre os pesticidas investigados, foi observado que o diclorvós (olho), carbaril (olho e músculo), carbofuran (olho), diflubenzuron (olho), temefós (olho), aldicarb (músculo), glifosato (músculo), novaluron (músculo) e piriproxifeno (músculo) apresentaram valores de IC20 abaixo das concentrações máximas permitidas pela Resolução nº 20/1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Além disso, todos os íons investigados por seu efeito na AChE demonstraram atividade inibitória, seguindo a ordem decrescente para o tecido ocular: Cu2+ > Zn2+ > Hg2+ > Cd2+ > Pb2+ > As3+ e para o tecido muscular: As3+> Hg2+ > Zn2+ > Cu2+ > Pb2+ > Cd2+. Também foi observado que o metabissulfito de sódio inibiu significativamente a AChE em U. cordatus, com efeitos tanto no tecido ocular (inibição completa) quanto no tecido muscular (inibição de 71%) na concentração de 1 mM. Esses resultados evidenciam o potencial da enzima como biomarcador no diagnóstico de contaminação ambiental.



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  • A acetilcolinesterase (AChE) (EC 3.1.1.7) é uma enzima responsável pela quebra do neurotransmissor acetilcolina, desempenhando um papel fundamental na regulação da transmissão nervosa nas sinapses colinérgicas. Sua inibição pode ser causada por pesticidas, metais pesados e compostos inorgânicos afetando o funcionamento do sistema nervoso, tornando-se um alvo principal para essas substâncias. A inibição da AChE em organismos aquáticos tem sido amplamente utilizada como um indicador da presença desses poluentes em ambientes aquáticos. O caranguejo uçá Ucides cordatus é um crustáceo que possui grande importância econômica para as populações litorâneas. Trata-se de uma espécie onívora que vive em galerias periodicamente inundadas, estabelecendo contato direto com o substrato dos estuários e ficando exposto a diversos poluentes, o que o torna útil em programas de biomonitoramento. O objetivo deste estudo foi caracterizar os parâmetros físico-químicos e cinéticos da AChE nos tecidos oculares e musculares deste crustáceo, além de analisar os efeitos in vitro de 12 pesticidas (diclorvós, diazinon, clorpirifós, paration-metil, temefós, carbaril, carbofuran, aldicarb, diflubenzuron, novaluron, piriproxifeno e glifosato) e seis íons metálicos (As3+, Cd2+, Cu2+, Pb2+, Hg2+, Zn2+), além de avaliar o potencial desta enzima como como biomarcador ambiental de acordo com as regulamentações. Os resultados obtidos por meio de substratos e inibidores específicos indicaram que a AChE é a colinesterase (ChE) predominante nos músculos e olhos de U. cordatus. No tecido ocular, a AChE de U. cordatus apresentou um pH ótimo de 8,5 e uma temperatura ótima de 30 °C, enquanto no tecido muscular, o pH ótimo foi de 8,5 e a temperatura ótima foi de 35°C. A enzima também se mostrou termoestável, mantendo aproximadamente 80% de sua atividade após incubação a 40 °C por 30 minutos Entre os pesticidas investigados, foi observado que o diclorvós (olho), carbaril (olho e músculo), carbofuran (olho), diflubenzuron (olho), temefós (olho), aldicarb (músculo), glifosato (músculo), novaluron (músculo) e piriproxifeno (músculo) apresentaram valores de IC20 abaixo das concentrações máximas permitidas pela Resolução nº 20/1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Além disso, todos os íons investigados por seu efeito na AChE demonstraram atividade inibitória, seguindo a ordem decrescente para o tecido ocular: Cu2+ > Zn2+ > Hg2+ > Cd2+ > Pb2+ > As3+ e para o tecido muscular: As3+> Hg2+ > Zn2+ > Cu2+ > Pb2+ > Cd2+. Também foi observado que o metabissulfito de sódio inibiu significativamente a AChE em U. cordatus, com efeitos tanto no tecido ocular (inibição completa) quanto no tecido muscular (inibição de 71%) na concentração de 1 mM. Esses resultados evidenciam o potencial da enzima como biomarcador no diagnóstico de contaminação ambiental.


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  • NELSON CORREIA DE OLIVEIRA JUNIOR
  • Desenvolvimento de filtro solar contendo óleo fixo de licuri (Syagrus coronata)

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • Data: 30/06/2023

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  • Os óleos vegetais naturais apresentam inúmeras vantagens para seu uso, porque podem apresentar baixa toxicidade e elevada atividade biológica. Dentre as espécies produtoras de óleos vegetais destacam-se a da família Arecaceae, incluindo Syagrus coronata, popularmente conhecida como licuri. S. coronata é uma palmeira encontrada nas regiões secas e áridas da Caatinga e possui grande potencial em várias áreas de pesquisa, incluindo os âmbitos alimentício, farmacológico e cosmetológico. Sabe-se que a exposição crônica ou repetida à radiação UVA e UVB promove tanto o fotoenvelhecimento da pele, quanto a carcinogênese. Sendo assim, a busca e o desenvolvimento de fotoprotetores de origem natural tem ganhado atenção especial. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sobre o potencial fotoprotetor do óleo fixo das sementes de S. coronata e desenvolver filtro solar contendo esse óleo. A Cooperativa de produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES), localizada na microrregião de Piemonte da Diamantina-BA, forneceu o óleo vegetal utilizado nos experimentos, o qual foi extraído em prensa elétrica a frio. O óleo foi analisado quanto às características físico-químicas, dosagem de fenóis e flavonoides totais e atividade antioxidante total. Para desenvolvimento do filtro solar, foi utilizada uma base de filtro solar inorgânico e o óleo fixo do S. coronata foi incorporado em concentrações que variaram de 2 a 10%. A estabilidade preliminar das formulações foi avaliada através de variações extremas de temperatura no chamado teste dos três ciclos: 24 horas no congelador (-20°C), 24 horas em temperatura ambiente (25°C), e 24 horas na estufa (45°C), por três vezes. Ao final dos três ciclos foram avaliadas as características organolépticas (cor, aspecto, odor), pH, separação de fases. A ação fotoprotetora in vitro foi determinada espectrofotometricamente, sendo determinados os valores de fator de proteção solar (FPS). Na identificação dos ácidos graxos presentes no óleo das sementes de S. coronata foram encontrados como componentes majoritários: ácido láurico, ácido mirístico e ácido oleico. Os resultados para dosagem de composto fenólicos e flavonoides revelou valores de 1,0±0,03 mg de equivalente de ácido gálico/g e 4,4±0,09 mg de equivalente de quercetina/g . A capacidade atividade antioxidante total foi baixa (apenas 1,9±0,1 %). O óleo apresentou FPS igual a 6,8. As formulações base (sem óleo) e contendo o óleo a 2, 5 ou 10% apresentaram FPS de 3,2±0,2, 3,6±0,4, 5,7±0,3 e 6,2±0,1, respectivamente. O filtro solar contendo o óleo se mostrou estável frente ao teste dos três ciclos. Em conclusão, o óleo fixo da S. coronota apresenta potencial para ser incorporando junto a base inorgânica para desenvolvimento de filtro solar.


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  • Os óleos vegetais naturais apresentam inúmeras vantagens para seu uso, porque podem apresentar baixa toxicidade e elevada atividade biológica. Dentre as espécies produtoras de óleos vegetais destacam-se a da família Arecaceae, incluindo Syagrus coronata, popularmente conhecida como licuri. S. coronata é uma palmeira encontrada nas regiões secas e áridas da Caatinga e possui grande potencial em várias áreas de pesquisa, incluindo os âmbitos alimentício, farmacológico e cosmetológico. Sabe-se que a exposição crônica ou repetida à radiação UVA e UVB promove tanto o fotoenvelhecimento da pele, quanto a carcinogênese. Sendo assim, a busca e o desenvolvimento de fotoprotetores de origem natural tem ganhado atenção especial. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo sobre o potencial fotoprotetor do óleo fixo das sementes de S. coronata e desenvolver filtro solar contendo esse óleo. A Cooperativa de produção da Região do Piemonte da Diamantina (COOPES), localizada na microrregião de Piemonte da Diamantina-BA, forneceu o óleo vegetal utilizado nos experimentos, o qual foi extraído em prensa elétrica a frio. O óleo foi analisado quanto às características físico-químicas, dosagem de fenóis e flavonoides totais e atividade antioxidante total. Para desenvolvimento do filtro solar, foi utilizada uma base de filtro solar inorgânico e o óleo fixo do S. coronata foi incorporado em concentrações que variaram de 2 a 10%. A estabilidade preliminar das formulações foi avaliada através de variações extremas de temperatura no chamado teste dos três ciclos: 24 horas no congelador (-20°C), 24 horas em temperatura ambiente (25°C), e 24 horas na estufa (45°C), por três vezes. Ao final dos três ciclos foram avaliadas as características organolépticas (cor, aspecto, odor), pH, separação de fases. A ação fotoprotetora in vitro foi determinada espectrofotometricamente, sendo determinados os valores de fator de proteção solar (FPS). Na identificação dos ácidos graxos presentes no óleo das sementes de S. coronata foram encontrados como componentes majoritários: ácido láurico, ácido mirístico e ácido oleico. Os resultados para dosagem de composto fenólicos e flavonoides revelou valores de 1,0±0,03 mg de equivalente de ácido gálico/g e 4,4±0,09 mg de equivalente de quercetina/g . A capacidade atividade antioxidante total foi baixa (apenas 1,9±0,1 %). O óleo apresentou FPS igual a 6,8. As formulações base (sem óleo) e contendo o óleo a 2, 5 ou 10% apresentaram FPS de 3,2±0,2, 3,6±0,4, 5,7±0,3 e 6,2±0,1, respectivamente. O filtro solar contendo o óleo se mostrou estável frente ao teste dos três ciclos. Em conclusão, o óleo fixo da S. coronota apresenta potencial para ser incorporando junto a base inorgânica para desenvolvimento de filtro solar.

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  • RENATA PEREIRA LIMA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO FENOTIPICA E MOLECULAR EM ISOLADOS CLÍNICOS DE Enterococcus faecium E O EFEITO DA VANCOMICINA E DA LINEZOLIDA SOBRE O BIOFILME.

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNA MARIA PEREIRA DA COSTA CORDEIRO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • SIVONEIDE MARIA DA SILVA
  • Data: 27/07/2023

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  • Os enterococos são bactérias gram-positivas distribuídas de forma ubíqua. Este grupo de microrganismos corresponde a bactérias comensais de humanos e animais e podem causar graves infecções, pois são multirresistentes a diversas drogas e possuem capacidade para formar biofilme; fator responsável pela cronicidade das infecções. O presente estudo teve como objetivo caracterizar fenotípica e molecularmente isolados clínicos de Enterococcus faecium e verificar o efeito de dois fármacos (vancomicina e linezolida) sobre o biofilme. Para isso, foram utilizadas 15 bactérias de E. faecium provenientes de diferentes sítios de infecção de pacientes internados em um hospital público da Região Metropolitana do Recife (RMR), Pernambuco, nordeste do Brasil. Estas bactérias foram caracterizadas fenotípica (sistema automatizado VITEK) e molecularmente (MALDI-Tof MS) para confirmação da sua identidade molecular. O perfil de resistência fenotípico também foi avaliado, bem como a análise molecular por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) direcionada aos respectivos genes (vanA, vanB, vanN, cfr, optrA e poxtA) de resistência. Adicionalmente, foi verificado o potencial dos isolados para formação de biofilme e o efeito da vancomicina e da linezolida sobre a matriz polimérica extracelular de E. faecium (14872) e do isolado UFPEDA 09 (controle). Os resultados revelaram que todos os isolados correspondem a espécie E. faecium, sendo estes resistentes à vancomicina e a maioria sensíveis à linezolida e formadores de biofilme. Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) da vancomicina e da linezolida não foram suficientes para interferirem na formação do biofilme bacteriano sendo necessário, portanto, concentrações elevadas 32x a CMI (512mg/L) da vancomicina, ou seja, 16384 mg/L e 32x a CMI (4mg/L) da linezolida (128mg/L) para desestabilizar ou erradicar o biofilme formado. Os resultados aqui apresentados reforçam o elevado desafio do enfrentamento para tratamento de infecções causadas por esse patógeno e demonstram a necessidade de ações de monitoramento e vigilância nas unidades hospitalares como medidas preventivas, uma vez que para desestabilizar e/ou erradicar o biofilme deste patógeno é necessária concentrações elevadíssimas dos fármacos testados o que poderia gerar consequências de intoxicação para os pacientes.


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  • Os enterococos são bactérias gram-positivas distribuídas de forma ubíqua. Este grupo de microrganismos corresponde a bactérias comensais de humanos e animais e podem causar graves infecções, pois são multirresistentes a diversas drogas e possuem capacidade para formar biofilme; fator responsável pela cronicidade das infecções. O presente estudo teve como objetivo caracterizar fenotípica e molecularmente isolados clínicos de Enterococcus faecium e verificar o efeito de dois fármacos (vancomicina e linezolida) sobre o biofilme. Para isso, foram utilizadas 15 bactérias de E. faecium provenientes de diferentes sítios de infecção de pacientes internados em um hospital público da Região Metropolitana do Recife (RMR), Pernambuco, nordeste do Brasil. Estas bactérias foram caracterizadas fenotípica (sistema automatizado VITEK) e molecularmente (MALDI-Tof MS) para confirmação da sua identidade molecular. O perfil de resistência fenotípico também foi avaliado, bem como a análise molecular por meio da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) direcionada aos respectivos genes (vanA, vanB, vanN, cfr, optrA e poxtA) de resistência. Adicionalmente, foi verificado o potencial dos isolados para formação de biofilme e o efeito da vancomicina e da linezolida sobre a matriz polimérica extracelular de E. faecium (14872) e do isolado UFPEDA 09 (controle). Os resultados revelaram que todos os isolados correspondem a espécie E. faecium, sendo estes resistentes à vancomicina e a maioria sensíveis à linezolida e formadores de biofilme. Concentrações Mínimas Inibitórias (CMI) da vancomicina e da linezolida não foram suficientes para interferirem na formação do biofilme bacteriano sendo necessário, portanto, concentrações elevadas 32x a CMI (512mg/L) da vancomicina, ou seja, 16384 mg/L e 32x a CMI (4mg/L) da linezolida (128mg/L) para desestabilizar ou erradicar o biofilme formado. Os resultados aqui apresentados reforçam o elevado desafio do enfrentamento para tratamento de infecções causadas por esse patógeno e demonstram a necessidade de ações de monitoramento e vigilância nas unidades hospitalares como medidas preventivas, uma vez que para desestabilizar e/ou erradicar o biofilme deste patógeno é necessária concentrações elevadíssimas dos fármacos testados o que poderia gerar consequências de intoxicação para os pacientes.

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  • VYCTTOR MATEUS DE MELO ALVES DA SILVA

  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIDIABÉTICA DE EXTRATOS DE CEIBA GLAZIOVII (KUNTZE) K. SCHUM. (MALVACEAE)

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • CESAR AUGUSTO DA SILVA
  • JOAO RICARDHIS SATURNINO DE OLIVEIRA
  • Data: 27/07/2023

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  • Diabetes mellitus, é um problema de saúde pública caracterizado pela hiperglicemia, cujo distúrbio metabólico decorre da ausência de insulina ou resistência a esse hormônio. Essa doença afeta cerca de 537 milhões de pessoas no mundo e 15,7 milhões no Brasil. O diabetes pode gerar danos em órgãos e tecidos. Fármacos antidiabéticos disponíveis podem apresentar efeitos adversos como hipoglicemia, ganho de peso e risco de eventos cardiovasculares. Novos produtos com menor efeitos indesejados são importantes, entre eles estão as plantas medicinais. A espécie Ceiba glaziovii (Kuntze) K. Schum, espécie nativa e endêmica do semiárido brasileiro, é usada na medicina popular para tratar diabetes, problemas cardiovasculares, dores, reumatismo e edemas, entre outros, mas são escassos os estudos científicos do potencial farmacológico dessas espécies. Este trabalho teve como objetivo investigar a atividade antidiabética de extrato de folhas de C. glaziovii. Extratos hexânico (HxECg) e etanólico (EtECg) foram obtidos usando aparato Soxhlet, e apresentaram rendimento de 6,15 % e 4,70 %. Análise fitoquímica demonstrou em EtECg maiores teores de taninos, fenóis e flavonoides do que em HxECg. Análise do perfil antioxidante, demonstrou resultados mais promissores também para o EtECg pelas metodologias de sequestro do radical DPPH (64,93 % de CAT, IC50 de 107,20 µg/mL), e redução do íon ferro-FRAP (209,35 µgFe2/mg de extrato). Portanto, EtECg foi escolhido para investigar atividades antidiabéticas. A inibição da α-glicosidase, avaliada in vitro nas concentrações de 10, 5 e 2,5 mg/mL foi capaz de reduzir a atividade da enzima em 30,9, 18,3 e 12,4 %. respectivamente. As concentrações de 10 e 5 mg/mL do extrato promoveram adsorção de 36,7 e 5,8 % das moléculas de glicose, respectivamente. Contudo, o EtECg promoveu a captação de (9,6 a 3,2 %) de glicose por leveduras em concentrações de 10 a 1,25 mg/mL. Avaliação de toxicidade ambiental mostrou que o uso de EtECg é seguro, frente ao crescimento do modelo vegetal Lactuca sativa. Similarmente, não houve toxicidade frente ao inseto Tenebrio molitor e ao microcrustáceo Artemia salina expostos ao EtECg. Na avaliação da toxicidade oral aguda (< 2000 mg/Kg) e subaguda (100, 200 e 400 mg/Kg), em modelos murinos, não foram observados sinais de toxicidade de ordem fisiológica, comportamental ou morte, indicando que o extrato é seguro por esta via de administração. Foi testada a tolerância oral a glicose em animais pré-tratados com EtECg (100 e 200 mg/Kg), tendo sido observada redução significativa da hiperglicemia. Em animais com hiperglicemia induzida por aloxana, os níveis de glicose foram dosados após 4 h da administração do extrato (100 - 400 mg/Kg), sendo observada inibição significativa em cerca de 35 % na primeira hora após tratamento, em todas doses administradas. Os resultados demonstram o potencial terapêutico de EtECg e indicam que C. glaziovii pode ser uma importante fonte de compostos bioativos para o tratamento do diabetes, e contribuir com a indústria de base biotecnológica.


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  • Diabetes mellitus, é um problema de saúde pública caracterizado pela hiperglicemia, cujo distúrbio metabólico decorre da ausência de insulina ou resistência a esse hormônio. Essa doença afeta cerca de 537 milhões de pessoas no mundo e 15,7 milhões no Brasil. O diabetes pode gerar danos em órgãos e tecidos. Fármacos antidiabéticos disponíveis podem apresentar efeitos adversos como hipoglicemia, ganho de peso e risco de eventos cardiovasculares. Novos produtos com menor efeitos indesejados são importantes, entre eles estão as plantas medicinais. A espécie Ceiba glaziovii (Kuntze) K. Schum, espécie nativa e endêmica do semiárido brasileiro, é usada na medicina popular para tratar diabetes, problemas cardiovasculares, dores, reumatismo e edemas, entre outros, mas são escassos os estudos científicos do potencial farmacológico dessas espécies. Este trabalho teve como objetivo investigar a atividade antidiabética de extrato de folhas de C. glaziovii. Extratos hexânico (HxECg) e etanólico (EtECg) foram obtidos usando aparato Soxhlet, e apresentaram rendimento de 6,15 % e 4,70 %. Análise fitoquímica demonstrou em EtECg maiores teores de taninos, fenóis e flavonoides do que em HxECg. Análise do perfil antioxidante, demonstrou resultados mais promissores também para o EtECg pelas metodologias de sequestro do radical DPPH (64,93 % de CAT, IC50 de 107,20 µg/mL), e redução do íon ferro-FRAP (209,35 µgFe2/mg de extrato). Portanto, EtECg foi escolhido para investigar atividades antidiabéticas. A inibição da α-glicosidase, avaliada in vitro nas concentrações de 10, 5 e 2,5 mg/mL foi capaz de reduzir a atividade da enzima em 30,9, 18,3 e 12,4 %. respectivamente. As concentrações de 10 e 5 mg/mL do extrato promoveram adsorção de 36,7 e 5,8 % das moléculas de glicose, respectivamente. Contudo, o EtECg promoveu a captação de (9,6 a 3,2 %) de glicose por leveduras em concentrações de 10 a 1,25 mg/mL. Avaliação de toxicidade ambiental mostrou que o uso de EtECg é seguro, frente ao crescimento do modelo vegetal Lactuca sativa. Similarmente, não houve toxicidade frente ao inseto Tenebrio molitor e ao microcrustáceo Artemia salina expostos ao EtECg. Na avaliação da toxicidade oral aguda (< 2000 mg/Kg) e subaguda (100, 200 e 400 mg/Kg), em modelos murinos, não foram observados sinais de toxicidade de ordem fisiológica, comportamental ou morte, indicando que o extrato é seguro por esta via de administração. Foi testada a tolerância oral a glicose em animais pré-tratados com EtECg (100 e 200 mg/Kg), tendo sido observada redução significativa da hiperglicemia. Em animais com hiperglicemia induzida por aloxana, os níveis de glicose foram dosados após 4 h da administração do extrato (100 - 400 mg/Kg), sendo observada inibição significativa em cerca de 35 % na primeira hora após tratamento, em todas doses administradas. Os resultados demonstram o potencial terapêutico de EtECg e indicam que C. glaziovii pode ser uma importante fonte de compostos bioativos para o tratamento do diabetes, e contribuir com a indústria de base biotecnológica.

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  • BRENDHEL HENRIQUE ALBUQUERQUE CHAVES
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    Investigação do efeito de Exercícios Resistido e Aeróbico em Camundongos com Sarcoma 180

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • BIANKA SANTANA DOS SANTOS
  • JOAO RICARDHIS SATURNINO DE OLIVEIRA
  • THAISE GABRIELE DA SILVA BRITO
  • Data: 28/07/2023

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  • Câncer é uma doença crônica associada com a redução da capacidade celular de proteger alterações durante a duplicação do material genético. Esta falha está associada com o envelhecimento e tem acometido milhões de pessoas anualmente, com uma previsão de 28 milhões de novos casos até 2040. Além da alta incidência, o câncer é uma doença extremamente estigmatizada, dada a sua gravidade e alta taxa de mortalidade, que passa os 9 milhões de casos anualmente. Devido a essas características, diversas terapias têm sido utilizadas para auxiliar no tratamento de processos oncológicos. As principais terapias são quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, que vêm mostrando resultados positivos em alguns tipos de tumor, porém os benefícios são limitados e todas possuem grandes efeitos colaterais. Para isso, outras terapias coadjuvantes são indicadas para auxiliar no tratamento e garantir funcionalidade, qualidade de vida e sobrevida para estes indivíduos. Dentre elas, a atividade física regular prescrita por fisioterapeuta ou profissional de educação física é uma das mais frequentes. No entanto, poucos estudos avaliam seus benefícios. Nesse contexto, esta dissertação teve por objetivo avaliar os benefícios de duas modalidades de atividade física sobre parâmetros de saúde de camundongos machos com câncer. Grupos (N=6) de camundongos suíços (Mus musculus) machos, adultos, inoculados com Sarcoma 180 na região subaxilar direita, participaram de uma de atividade física aeróbico (sessões de nado - GN) e o resistido (subida voluntária de escada - GR), com 20 %, 40 % e 80 % da capacidade máxima, preestabelecida para cada camundongo no protocolo. Após 7 dias, os animais foram pesados, a capacidade ao exercício avaliada e sangue e tumor retirado para análises. Resultados: Os animais do grupo controle (CN) mantiveram o peso, os animais do grupo controle positivo com Sarcoma 180 (CP) apresentaram redução de 25 % do peso inicial, enquanto os animais dos grupos treinamento (GT) reduziram cerca de 10 % da massa inicial. A maior taxa de mortalidade (50 %) foi observada no grupo CP, seguida por 33,3% de mortes nos grupos GR 80 e GN 20. A massa tumoral do CP foi similar a todos grupos de treinamento. Valores da Glicemia e trigliceridemia foram menores nos animais do grupo CP. Não houve diferença significativa nos níveis de creatinina, ureia, ALT e AST entre os grupos CP, GR e GT. TNF-alfa, uma citocina pró-inflamatória, aumentou significativamente no grupo CP. Contudo a citocina inflamatória IL-6, e a anti-inflamatória IL-10, foram significativamente maiores nos grupos TR. Ao final do treinamento, os animais do grupo CP apresentaram piores valores de nado forçado e subida de escada, quando comparados aos grupos CN, GR e GT. Em conclusão, os resultados demonstrados neste estudo  indicam que a prática de exercício físico resistido melhora os parâmetros bioquímicos e funcionais avaliados em camundongos, com tumor cancerígeno, podendo vir a contribuir para melhorar a saúde em portadores de câncer.


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  • Câncer é uma doença crônica associada com a redução da capacidade celular de proteger alterações durante a duplicação do material genético. Esta falha está associada com o envelhecimento e tem acometido milhões de pessoas anualmente, com uma previsão de 28 milhões de novos casos até 2040. Além da alta incidência, o câncer é uma doença extremamente estigmatizada, dada a sua gravidade e alta taxa de mortalidade, que passa os 9 milhões de casos anualmente. Devido a essas características, diversas terapias têm sido utilizadas para auxiliar no tratamento de processos oncológicos. As principais terapias são quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, que vêm mostrando resultados positivos em alguns tipos de tumor, porém os benefícios são limitados e todas possuem grandes efeitos colaterais. Para isso, outras terapias coadjuvantes são indicadas para auxiliar no tratamento e garantir funcionalidade, qualidade de vida e sobrevida para estes indivíduos. Dentre elas, a atividade física regular prescrita por fisioterapeuta ou profissional de educação física é uma das mais frequentes. No entanto, poucos estudos avaliam seus benefícios. Nesse contexto, esta dissertação teve por objetivo avaliar os benefícios de duas modalidades de atividade física sobre parâmetros de saúde de camundongos machos com câncer. Grupos (N=6) de camundongos suíços (Mus musculus) machos, adultos, inoculados com Sarcoma 180 na região subaxilar direita, participaram de uma de atividade física aeróbico (sessões de nado - GN) e o resistido (subida voluntária de escada - GR), com 20 %, 40 % e 80 % da capacidade máxima, preestabelecida para cada camundongo no protocolo. Após 7 dias, os animais foram pesados, a capacidade ao exercício avaliada e sangue e tumor retirado para análises. Resultados: Os animais do grupo controle (CN) mantiveram o peso, os animais do grupo controle positivo com Sarcoma 180 (CP) apresentaram redução de 25 % do peso inicial, enquanto os animais dos grupos treinamento (GT) reduziram cerca de 10 % da massa inicial. A maior taxa de mortalidade (50 %) foi observada no grupo CP, seguida por 33,3% de mortes nos grupos GR 80 e GN 20. A massa tumoral do CP foi similar a todos grupos de treinamento. Valores da Glicemia e trigliceridemia foram menores nos animais do grupo CP. Não houve diferença significativa nos níveis de creatinina, ureia, ALT e AST entre os grupos CP, GR e GT. TNF-alfa, uma citocina pró-inflamatória, aumentou significativamente no grupo CP. Contudo a citocina inflamatória IL-6, e a anti-inflamatória IL-10, foram significativamente maiores nos grupos TR. Ao final do treinamento, os animais do grupo CP apresentaram piores valores de nado forçado e subida de escada, quando comparados aos grupos CN, GR e GT. Em conclusão, os resultados demonstrados neste estudo  indicam que a prática de exercício físico resistido melhora os parâmetros bioquímicos e funcionais avaliados em camundongos, com tumor cancerígeno, podendo vir a contribuir para melhorar a saúde em portadores de câncer.

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  • WIDARLANE ÂNGELA DA SILVA ALVES
  • Avaliação do efeito antidiabético do extrato hidroalcóolico das folhas de Bauhinia cheilanthae os possíveis alvos moleculares

  • Orientador : EDUARDO CARVALHO LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • Data: 05/09/2023

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  • O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), caracterizado por um quadro de hiperglicemia associado à resistência à insulina, atualmente atinge cerca de 90% dos adultos diabéticos mundialmente. Estima-se que cerca de 783 milhões de pessoas sofrerão de diabetes até 2045. Isso se deve a fatores de risco como genética, obesidade, sedentarismo e dieta ocidentalizada. A patogênese do DM2 é complexa e envolve fatores como estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina, que estão associados a mortalidade e ao aparecimento e agravamento das complicações diabéticas. Infelizmente, a terapia farmacológica atual possui diversos efeitos adversos como diarreia, hipoglicemia e ganho de peso, dificultando a adesão do paciente ao controle glicêmico. Neste sentido, há uma busca por novos agentes hipoglicemiantes para prevenção e tratamento do diabetes. As plantas medicinais são bastante utilizadas pela medicina tradicional como alternativa terapêutica para tratamento do DM2 e suas comorbidades. Dentre essas espécies, a Bauhinia cheilantha, popularmente conhecida como pata-de-vaca ou mororó, é umaplanta nativa do Cerrado e Caatinga do nordeste brasileiro, utilizada para tratamento de diferentes patologias, dentre elas, o DM2. Diante deste contexto, o efeito antidiabético, hipolipemiante e antioxidante do extrato hidroalcóolico das folhas de B. cheilantha (EHaBc)assim como seus possíveis mecanismos moleculares foram investigados em camundongos. O DM2 foi induzido por estreptozotocina (STZ, 150mg/kg, i.p.) e nicotinamida (NA, 110mg/kg, i.p.) em camundongos machos Swiss (8 semanas, 40-50g). Após a confirmação do diabetes, os animais diabéticos foram tratados por via oral durante 28 dias com o EHaBc (300 e 600mg/kg, v.o.). Parâmetros metabólicos, bioquímicos e moleculares foram analisados diariamente e ao final do período experimental. O tratamento com EHaBc (600mg/kg) reduziu a glicemia de jejum, assim como a polifagia e polidipsia, preveniu o ganho de peso, melhorou a tolerância oral a glicose e reduziu a lipólise em camundongos diabéticos. Além disso, melhorou a hipertrigliceridemia sérica e hepática, assim como o conteúdo de HDL hepático, e os níveis de lactato, ácido úrico e glicerol sérico. O EHaBc não demonstrou quaisquer efeitos sobre o colesterol sérico e hepático, conteúdo de lipídeos totais hepáticos, e histomorfometria do pâncreas. A maior dose de EHaBc demonstrou melhorar os parâmetros da transaminase pirúvica e histomorfometria do fígado. Os parâmetros de peroxidação lipídica (nitrito e TBARS) e antioxidantes (superóxido dismutase e catalase) diminuíram principalmente na dose de 600mg/kg de EHaBc. A expressão proteica de PEPCK e a razão AMPK-p/AMPK-T foram diminuídas no tratamento com EHaBc (600mg/kg).


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  • O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), caracterizado por um quadro de hiperglicemia associado à resistência à insulina, atualmente atinge cerca de 90% dos adultos diabéticos mundialmente. Estima-se que cerca de 783 milhões de pessoas sofrerão de diabetes até 2045. Isso se deve a fatores de risco como genética, obesidade, sedentarismo e dieta ocidentalizada. A patogênese do DM2 é complexa e envolve fatores como estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina, que estão associados a mortalidade e ao aparecimento e agravamento das complicações diabéticas. Infelizmente, a terapia farmacológica atual possui diversos efeitos adversos como diarreia, hipoglicemia e ganho de peso, dificultando a adesão do paciente ao controle glicêmico. Neste sentido, há uma busca por novos agentes hipoglicemiantes para prevenção e tratamento do diabetes. As plantas medicinais são bastante utilizadas pela medicina tradicional como alternativa terapêutica para tratamento do DM2 e suas comorbidades. Dentre essas espécies, a Bauhinia cheilantha, popularmente conhecida como pata-de-vaca ou mororó, é umaplanta nativa do Cerrado e Caatinga do nordeste brasileiro, utilizada para tratamento de diferentes patologias, dentre elas, o DM2. Diante deste contexto, o efeito antidiabético, hipolipemiante e antioxidante do extrato hidroalcóolico das folhas de B. cheilantha (EHaBc)assim como seus possíveis mecanismos moleculares foram investigados em camundongos. O DM2 foi induzido por estreptozotocina (STZ, 150mg/kg, i.p.) e nicotinamida (NA, 110mg/kg, i.p.) em camundongos machos Swiss (8 semanas, 40-50g). Após a confirmação do diabetes, os animais diabéticos foram tratados por via oral durante 28 dias com o EHaBc (300 e 600mg/kg, v.o.). Parâmetros metabólicos, bioquímicos e moleculares foram analisados diariamente e ao final do período experimental. O tratamento com EHaBc (600mg/kg) reduziu a glicemia de jejum, assim como a polifagia e polidipsia, preveniu o ganho de peso, melhorou a tolerância oral a glicose e reduziu a lipólise em camundongos diabéticos. Além disso, melhorou a hipertrigliceridemia sérica e hepática, assim como o conteúdo de HDL hepático, e os níveis de lactato, ácido úrico e glicerol sérico. O EHaBc não demonstrou quaisquer efeitos sobre o colesterol sérico e hepático, conteúdo de lipídeos totais hepáticos, e histomorfometria do pâncreas. A maior dose de EHaBc demonstrou melhorar os parâmetros da transaminase pirúvica e histomorfometria do fígado. Os parâmetros de peroxidação lipídica (nitrito e TBARS) e antioxidantes (superóxido dismutase e catalase) diminuíram principalmente na dose de 600mg/kg de EHaBc. A expressão proteica de PEPCK e a razão AMPK-p/AMPK-T foram diminuídas no tratamento com EHaBc (600mg/kg).

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  • VALERIA BIANCA DE SOUZA SANTOS
  • “IMPACTO DA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA POR ESPÉCIES REATIVAS DO
    OXIGÊNIO SOBRE A HEMODINÂMICA RENAL E LESÃO CARDÍACA”,

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO MENDES TENORIO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • SHIRLEY MARIA DE SOUSA
  • Data: 11/09/2023

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  • Os rins desempenham um papel crítico na manutenção do equilíbrio hidroelétrico e
    reduções no volume circulatório efetivo podem prejudicar a perfusão tecidual,
    afetando tanto a função renal quanto cardíaca. A relação entre disfunções renais e
    cardíacas é complexa e a síndrome cardiorrenal abrange uma variedade de
    mecanismos hemodinâmicos, neuro-hormonais, como hiperativação do sistema
    renina-angiotensina-aldosterona, inflamatórios, fibrose, entre outros. De acordo
    com esses dados, é possível que a indução do estresse oxidativo seja capaz de afetar
    a função cardíaca e renal, estabelecendo um quadro em que os órgãos contribuem à
    perpetuação de um ciclo de disfunção mútua. Considerando que a doença
    cardiovascular é a principal causa de morte mundial e a lesão renal aguda é um
    importante fator de risco para lesão cardiovascular e que o estresse oxidativo
    desempenha um papel-chave no estabelecimento de lesões renais, é fundamental
    para a saúde pública que seja melhor compreendidos os efeitos das espécies reativas
    do oxigênio nos mecanismos fisiopatológicos da síndrome cardiorrenal.


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  • Os rins desempenham um papel crítico na manutenção do equilíbrio hidroelétrico e
    reduções no volume circulatório efetivo podem prejudicar a perfusão tecidual,
    afetando tanto a função renal quanto cardíaca. A relação entre disfunções renais e
    cardíacas é complexa e a síndrome cardiorrenal abrange uma variedade de
    mecanismos hemodinâmicos, neuro-hormonais, como hiperativação do sistema
    renina-angiotensina-aldosterona, inflamatórios, fibrose, entre outros. De acordo
    com esses dados, é possível que a indução do estresse oxidativo seja capaz de afetar
    a função cardíaca e renal, estabelecendo um quadro em que os órgãos contribuem à
    perpetuação de um ciclo de disfunção mútua. Considerando que a doença
    cardiovascular é a principal causa de morte mundial e a lesão renal aguda é um
    importante fator de risco para lesão cardiovascular e que o estresse oxidativo
    desempenha um papel-chave no estabelecimento de lesões renais, é fundamental
    para a saúde pública que seja melhor compreendidos os efeitos das espécies reativas
    do oxigênio nos mecanismos fisiopatológicos da síndrome cardiorrenal.

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  • SARA SUSAN SILVA DE FRANCA
  • DETECÇÃO IMUNOQUIMILUMINESCENTE DE HELICOBACTER PYLORI EM AMOSTRAS DE BIÓPSIA DE MUCOSA GÁSTRICA.

  • Orientador : LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ BEZERRA DE CARVALHO JUNIOR
  • EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • ADRIANA FONTES
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • Data: 26/09/2023

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  • Neste trabalho, utilizamos um conjugado de anticorpo Anti-Helicobater pylori e éster de acridina (AE), sintetizado para detecção imunoquimiluminescente de H. pylori em amostras de biopsia de mucosa gástrica, classificadas em três grupos com base em análise histomorfométrica: mucosa gástrica sem alterações (G1, n=10), gastrite com detecção negativa de H. pylori (G2, n=20) e gastrite com detecção positiva para H. pylori (G3, n=20). Os resultados da análise de variância (ANOVA) revelaram diferença altamente significativa entre os grupos (F= 256.3, p<0.0001). Teste de Tukey post hoc identificou diferenças significativas entre G1 e G3 (p< 0.001) e entre G2 e G3 (p<0.001). Além disso, os cálculos do tamanho do efeito usando o coeficiente de Cohen (d) destacaram grandes tamanhos de efeito para as comparações G1 e G3 (d=6.11) e G2 e G3 (d=5.81). Os dados evidenciam uma variação robusta entre na detecção de H. pylori entre os grupos testados usando o método imunoquimiluminescente. Este estudo destaca a utilidade do método proposto como uma abordagem sensível, específica e eficaz na avaliação clínico-patológica da detecção de H. pylori em amostras de mucosa gástrica.


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  • Neste trabalho, utilizamos um conjugado de anticorpo Anti-Helicobater pylori e éster de acridina (AE), sintetizado para detecção imunoquimiluminescente de H. pylori em amostras de biopsia de mucosa gástrica, classificadas em três grupos com base em análise histomorfométrica: mucosa gástrica sem alterações (G1, n=10), gastrite com detecção negativa de H. pylori (G2, n=20) e gastrite com detecção positiva para H. pylori (G3, n=20). Os resultados da análise de variância (ANOVA) revelaram diferença altamente significativa entre os grupos (F= 256.3, p<0.0001). Teste de Tukey post hoc identificou diferenças significativas entre G1 e G3 (p< 0.001) e entre G2 e G3 (p<0.001). Além disso, os cálculos do tamanho do efeito usando o coeficiente de Cohen (d) destacaram grandes tamanhos de efeito para as comparações G1 e G3 (d=6.11) e G2 e G3 (d=5.81). Os dados evidenciam uma variação robusta entre na detecção de H. pylori entre os grupos testados usando o método imunoquimiluminescente. Este estudo destaca a utilidade do método proposto como uma abordagem sensível, específica e eficaz na avaliação clínico-patológica da detecção de H. pylori em amostras de mucosa gástrica.

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  • JOÃO LUCAS SILVA PINHEIRO
  • Estudo dos Impactos da Privação do Sono sobre a Toxicidade Gastrointestinal Provocada por 5-Fluorouracil em Camundongos

  • Orientador : RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • SAMARA RODRIGUES BONFIM DAMASCENO OLIVEIRA
  • Data: 09/11/2023

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  • O 5-Fluorouracil (5-FU) destaca-se como um dos principais fármacos de primeira e segunda linha para o tratamento de vários tipos de câncer. No entanto, a falta de especificidade para células tumorais é uma limitação, na qual pode causar intensa toxicidade gastrointestinal, com impacto significativo na qualidade de vida e na eficácia do tratamento. Ademais, pacientes em quimioterapia frequentemente enfrentam distúrbios do sono, que, por sua vez, reduzem a resposta imunológica, pioram a inflamação e prejudicam habilidades emocionais e cognitivas do indivíduo. No presente estudo, o impacto da privação de sono na toxicidade gastrointestinal provocada por 5-FU em camundongos foi investigado. Animais Balb/c (7-8 semanas, 20-25g, n=6) receberam 5-FU (450 mg/kg, i.p.) e depois foram submetidos à privação de sono por 72h. Foram avaliados curva ponderal, comprimento intestinal, leucócitos totais, análise morfométrica intestinal, status de estresse oxidativo, resposta inflamatória e dismotilidade gastrointestinal. O 5-FU causou perda de peso e leucopenia que foram exacerbadas quando associada à privação do sono. A análise morfométrica do intestino mostrou que a privação do sono plus mucosite intestinal promoveu redução da altura dos vilos no jejuno e no íleo, mas não na profundidade das criptas e aumento da relação vilo/cripta em ambos os segmentos. Esses achados foram corroborados pelo aumento da atividade da MPO no jejuno e íleo, indicando que a privação do sono aumentou a resposta inflamatória causada pelo 5-FU. Além disso, a privação do sono também exacerbou o estresse oxidativo induzido por 5-FU na mucosa intestinal, conforme evidenciado pelo aumento do consumo de NP-SH e da produção de MDA e 4-HNE. Outrossim, a mucosite intestinal induzida pelo 5-FU causou uma dismotilidade mais acentuada quando associada à privação do sono, principalmente por causar retardo do esvaziamento gástrico e atraso no trânsito intestinal. Em conclusão, a privação do sono é potencialmente prejudicial no curso da toxicidade gastrointestinal provocada por 5-FU, uma vez que, piorou a inflamação, agravou o status de estresse oxidativo e provocou dismotilidade gastrointestinal.

     


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  • O 5-Fluorouracil (5-FU) destaca-se como um dos principais fármacos de primeira e segunda linha para o tratamento de vários tipos de câncer. No entanto, a falta de especificidade para células tumorais é uma limitação, na qual pode causar intensa toxicidade gastrointestinal, com impacto significativo na qualidade de vida e na eficácia do tratamento. Ademais, pacientes em quimioterapia frequentemente enfrentam distúrbios do sono, que, por sua vez, reduzem a resposta imunológica, pioram a inflamação e prejudicam habilidades emocionais e cognitivas do indivíduo. No presente estudo, o impacto da privação de sono na toxicidade gastrointestinal provocada por 5-FU em camundongos foi investigado. Animais Balb/c (7-8 semanas, 20-25g, n=6) receberam 5-FU (450 mg/kg, i.p.) e depois foram submetidos à privação de sono por 72h. Foram avaliados curva ponderal, comprimento intestinal, leucócitos totais, análise morfométrica intestinal, status de estresse oxidativo, resposta inflamatória e dismotilidade gastrointestinal. O 5-FU causou perda de peso e leucopenia que foram exacerbadas quando associada à privação do sono. A análise morfométrica do intestino mostrou que a privação do sono plus mucosite intestinal promoveu redução da altura dos vilos no jejuno e no íleo, mas não na profundidade das criptas e aumento da relação vilo/cripta em ambos os segmentos. Esses achados foram corroborados pelo aumento da atividade da MPO no jejuno e íleo, indicando que a privação do sono aumentou a resposta inflamatória causada pelo 5-FU. Além disso, a privação do sono também exacerbou o estresse oxidativo induzido por 5-FU na mucosa intestinal, conforme evidenciado pelo aumento do consumo de NP-SH e da produção de MDA e 4-HNE. Outrossim, a mucosite intestinal induzida pelo 5-FU causou uma dismotilidade mais acentuada quando associada à privação do sono, principalmente por causar retardo do esvaziamento gástrico e atraso no trânsito intestinal. Em conclusão, a privação do sono é potencialmente prejudicial no curso da toxicidade gastrointestinal provocada por 5-FU, uma vez que, piorou a inflamação, agravou o status de estresse oxidativo e provocou dismotilidade gastrointestinal.

     

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  • MARIA DANIELE TEIXEIRA BELTRAO DE LEMOS
  • AVALIAÇÃO DO BALANÇO OXIDATIVO E EXPRESSÃO GÊNICA EM RATOS SUPERNUTRIDOS NA LACTAÇÃO: REPERCUSSÕES DA MANIPULAÇÃO SEROTONINÉRGICA EM TECIDOS CENTRAIS E PERIFÉRICOS

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • SEVERINA CASSIA DE ANDRADE SILVA
  • Data: 30/11/2023

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  • Dados epidemiológicos mostram a relação entre a supernutrição induzida no período neonatal e a prevalência da obesidade na vida adulta podendo promover o desenvolvimento de doenças crônicas a longo prazo. Dados experimentais sugerem que essa associação está ligada a disfunção mitocondrial com aumento de oxidação de biomoléculas funcionais, causando o estresse oxidativo, quadro que contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. Em contrapartida dados experimentais e clínicos mostram que a manipulação serotoninérgica modula positivamente diversos centros neurais, entre eles centro do controle alimentar. Entretanto até o presente momento, pouco se sabe dos efeitos da modulação serotoninérgica em relação a supernutrição infantil e os possíveis efeitos em relação ao balanço oxidativo. Neste sentido, é de grande relevância compreender os efeitos dos insultos nutricionais, supernutrição no início da vida pós-natal, e os efeitos da modulação serotoninérgica durante a fase adulto juvenil, em relação ao balanço oxidativo em áreas do sistema nervoso central e periferico. Dessa forma, o presente trabalho objetivou investigar os efeitos da manipulação serotoninérgica com o tratamento farmacológico (Fluoxetina) em ratos adultos jovens, submetidos ou não a supernutrição pós-natal. Analisamos os parâmetros do balanço oxidativo e a expressão gênica de fatores de transcrição e marcadores de biogênese mitocondrial no tronco encefálico e tecido cardíaco. Para a realização do nosso estudo usamos ratos wistar machos onde foram divididos ao 3º dia de vida em dois grupos: Normonutrido (n=9) e Supernutrido (n=3). Aos 21 dias de vida foram desmamados, e passaram a ingerir dieta comercial de biotério, aos 39 dias de vida os grupos foram subdivididos, e iniciamos o tratamento farmacológico, onde o grupo controle recebeu injeção subcutânea de salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10 mg/kg). Aos 60 dias de vida todos os animais tiveram seus tecidos coletados, nos quais foram realizadas as seguintes analises: biomarcadores de estresse oxidativo (concentração de malondealdeido, conteúdo de carbonilas), atividade das enzimas antioxidantes (Superóxido dismutase, Catalase e Glutationa-S-Transferase), quantificação dos níveis de tióis totais, expressão do RNA mensageiro de fatores de transcrição e marcadores de biogênese mitocondrial. Nossos principais resultados mostraram que a manipulação serotoninérgica aos 60 dias induziu redução de peso nos animais superalimentados tratados com Flx (NFX: p= 0.0256; SFX: p= 0.0274). As respostas frente aos biomarcadores de estresse oxidativo e defesa antioxidante, mostram que o insulto nutricional e a modulação da serotonina trouxeram efeitos positivos no tronco encefálico e tecido cardíaco. Foi observado redução da peroxidação lipídica no Super Flx (SFX: p=0.0006) no tronco encefálico. E no coração (MDA = SFx: p<0.0001). Assim como redução na oxidação proteica no tronco encefálico (SFX: p=0.0022) e tecido cardíaco (SFx: p= 0.002). Em relação a atividade antioxidante, seus componentes encontram-se aumentados. Na SOD 200% no SFx em comparação ao NFx, CAT aumento de 164% no SFx e GST em 121% no mesmo grupo. Já os níveis tiois total, aumentou em 45% nos superalimentados. Mostrando também um aumento na atividade da citrato sintase (SFx: p=0.026) no tecido cardiáco. Em adição, avaliamos alguns genes relacionados à biogênese mitocondrial nos animais SFX (PGC1 p=0.031; TFAM: p= 0.0003; FIS1= p<0.0001) nos mostrando uma tendência de redução nos animais SFX no tecido cardíaco, no tronco encefálico observamos efeito semelhante (PGC1 p=0.0031; TFAM: p= 0.0457). O marcador de fusão OPA1 (p=0.0147) e de fissão FIS (p=0.0333) apresentou um grande aumento na expressão gênica. Subunidades especificas na cadeia transportadora de eletrons II e V (SDHB: p<0.0001; ATP5A: p=0.0007) apresentou também um aumento acentuado. Dessa forma, a serotonina aumentada na fenda sináptica por 21 dias em idade juvenil leva-nos a crer que o efeito da modulação serotoninérgica é benéfica tanto para tecidos centrais como periféricos, podendo assim reduzir os riscos para o aparecimento e desenvolvimento de doenças crônicas-metabólicas.


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  • Dados epidemiológicos mostram a relação entre a supernutrição induzida no período neonatal e a prevalência da obesidade na vida adulta podendo promover o desenvolvimento de doenças crônicas a longo prazo. Dados experimentais sugerem que essa associação está ligada a disfunção mitocondrial com aumento de oxidação de biomoléculas funcionais, causando o estresse oxidativo, quadro que contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. Em contrapartida dados experimentais e clínicos mostram que a manipulação serotoninérgica modula positivamente diversos centros neurais, entre eles centro do controle alimentar. Entretanto até o presente momento, pouco se sabe dos efeitos da modulação serotoninérgica em relação a supernutrição infantil e os possíveis efeitos em relação ao balanço oxidativo. Neste sentido, é de grande relevância compreender os efeitos dos insultos nutricionais, supernutrição no início da vida pós-natal, e os efeitos da modulação serotoninérgica durante a fase adulto juvenil, em relação ao balanço oxidativo em áreas do sistema nervoso central e periferico. Dessa forma, o presente trabalho objetivou investigar os efeitos da manipulação serotoninérgica com o tratamento farmacológico (Fluoxetina) em ratos adultos jovens, submetidos ou não a supernutrição pós-natal. Analisamos os parâmetros do balanço oxidativo e a expressão gênica de fatores de transcrição e marcadores de biogênese mitocondrial no tronco encefálico e tecido cardíaco. Para a realização do nosso estudo usamos ratos wistar machos onde foram divididos ao 3º dia de vida em dois grupos: Normonutrido (n=9) e Supernutrido (n=3). Aos 21 dias de vida foram desmamados, e passaram a ingerir dieta comercial de biotério, aos 39 dias de vida os grupos foram subdivididos, e iniciamos o tratamento farmacológico, onde o grupo controle recebeu injeção subcutânea de salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10 mg/kg). Aos 60 dias de vida todos os animais tiveram seus tecidos coletados, nos quais foram realizadas as seguintes analises: biomarcadores de estresse oxidativo (concentração de malondealdeido, conteúdo de carbonilas), atividade das enzimas antioxidantes (Superóxido dismutase, Catalase e Glutationa-S-Transferase), quantificação dos níveis de tióis totais, expressão do RNA mensageiro de fatores de transcrição e marcadores de biogênese mitocondrial. Nossos principais resultados mostraram que a manipulação serotoninérgica aos 60 dias induziu redução de peso nos animais superalimentados tratados com Flx (NFX: p= 0.0256; SFX: p= 0.0274). As respostas frente aos biomarcadores de estresse oxidativo e defesa antioxidante, mostram que o insulto nutricional e a modulação da serotonina trouxeram efeitos positivos no tronco encefálico e tecido cardíaco. Foi observado redução da peroxidação lipídica no Super Flx (SFX: p=0.0006) no tronco encefálico. E no coração (MDA = SFx: p<0.0001). Assim como redução na oxidação proteica no tronco encefálico (SFX: p=0.0022) e tecido cardíaco (SFx: p= 0.002). Em relação a atividade antioxidante, seus componentes encontram-se aumentados. Na SOD 200% no SFx em comparação ao NFx, CAT aumento de 164% no SFx e GST em 121% no mesmo grupo. Já os níveis tiois total, aumentou em 45% nos superalimentados. Mostrando também um aumento na atividade da citrato sintase (SFx: p=0.026) no tecido cardiáco. Em adição, avaliamos alguns genes relacionados à biogênese mitocondrial nos animais SFX (PGC1 p=0.031; TFAM: p= 0.0003; FIS1= p<0.0001) nos mostrando uma tendência de redução nos animais SFX no tecido cardíaco, no tronco encefálico observamos efeito semelhante (PGC1 p=0.0031; TFAM: p= 0.0457). O marcador de fusão OPA1 (p=0.0147) e de fissão FIS (p=0.0333) apresentou um grande aumento na expressão gênica. Subunidades especificas na cadeia transportadora de eletrons II e V (SDHB: p<0.0001; ATP5A: p=0.0007) apresentou também um aumento acentuado. Dessa forma, a serotonina aumentada na fenda sináptica por 21 dias em idade juvenil leva-nos a crer que o efeito da modulação serotoninérgica é benéfica tanto para tecidos centrais como periféricos, podendo assim reduzir os riscos para o aparecimento e desenvolvimento de doenças crônicas-metabólicas.

Teses
1
  • JOAO RICARDHIS SATURNINO DE OLIVEIRA
  • Investigação do potencial biológico de compostos da casca do fruto de Annona squamosa Linn

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • BIANKA SANTANA DOS SANTOS
  • CAIQUE SILVEIRA MARTINS DA FONSECA
  • GLORIA ISOLINA BOENTE PINTO DUARTE
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • Data: 20/01/2023

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  • Annona squamosa Linn, popularmente conhecida como pinha, ata ou fruta-do-conde, é uma planta frutífera encontrada no Brasil, com maior cultivo no Nordeste, sendo muito produzida nos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco. Tem sido reportado, na medicina popular, que algumas de suas partes, como folhas e sementes, apresentam potencial biológico. Contudo, há poucos estudos sobre a casca deste fruto, a qual perfaz quase 50% da massa do fruto. Isto indica que aproximadamente 1.500 toneladas de cascas são desprezadas no meio ambiente anualmente. Deste modo, este trabalho tem por objetivo avaliar o potencial biológico de compostos extraídos da casca do fruto de Annona squamosa Linn. Para isto, amostras de pinha foram coletadas nos municípios de Recife, Taquaritinga do Norte e Petrolina, todos no estado de Pernambuco, para extração e purificação a partir de extração a frio, partição líquido-líquido e cromatografia em coluna. Os referidos extratos e frações foram caracterizados por cromatografia de camada delgada associados a reações para os diversos metabólitos primários e secundários. Ademais, os materiais promissores foram submetidos à cromatografia líquida de alta performance, cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas ou ressonância nuclear magnética. Então, foram realizados testes in vitro e in vivo para o estudo de bioprospecção, sendo os principais a avaliação analgésica pelos testes de contorção abdominal, formalina e placa quente; avaliação anti-inflamatória pelos testes de edema de orelha, edema de pata e peritonite; e, atividade antidiarreica. Amostras de Recife passaram por extração em ciclohexano, clorofórmio, acetato de etila, metanol e água. Destes, os extratos alcoólicos e aquoso foram os mais promissores em rendimento (acima de 20 g) e na quantidade de diferentes metabólitos secundários. Assim, foi realizada comparação do perfil fitoquímico e de rendimento nas três localidades investigadas, e os achados indicaram que não há diferença importante no rendimento, nem no potencial analgésico. Então, as demais extrações ocorreram com amostras coletadas em Recife. O extrato aquoso rendeu 10 frações após corrida em coluna de sephadex, e as frações com maior conteúdo fenólico apresentaram potencial anti-inflamatório, reduzindo o edema de pata (90 %), edema de orelha (92 %), dor (75 %) e marcadores inflamatórios (Interleucina-6, fator de necrose tumoral e óxido nítrico). O extrato alcoólico, por sua vez, foi particionado e submetido a coluna de sílica. Uma de suas frações apresentou caráter cristalino e foi identificada como o composto ácido caurenóico, este foi utilizado para investigação do potencial antidiarreico, e apresentou promissora atividade, reduzindo o número de fezes (74 %) e a quantidade de líquido no trato gastrointestinal (60 %), atividades estas associadas às vias opioide e K-ATPase. Desse modo, os achados do presente estudo indicam alto potencial da casca do fruto da pinha para a bioprospecção, com efeitos analgésico, anti-inflamatório e antidiarreico.


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  • Annona squamosa Linn, popularmente conhecida como pinha, ata ou fruta-do-conde, é uma planta frutífera encontrada no Brasil, com maior cultivo no Nordeste, sendo muito produzida nos estados de Alagoas, Bahia e Pernambuco. Tem sido reportado, na medicina popular, que algumas de suas partes, como folhas e sementes, apresentam potencial biológico. Contudo, há poucos estudos sobre a casca deste fruto, a qual perfaz quase 50% da massa do fruto. Isto indica que aproximadamente 1.500 toneladas de cascas são desprezadas no meio ambiente anualmente. Deste modo, este trabalho tem por objetivo avaliar o potencial biológico de compostos extraídos da casca do fruto de Annona squamosa Linn. Para isto, amostras de pinha foram coletadas nos municípios de Recife, Taquaritinga do Norte e Petrolina, todos no estado de Pernambuco, para extração e purificação a partir de extração a frio, partição líquido-líquido e cromatografia em coluna. Os referidos extratos e frações foram caracterizados por cromatografia de camada delgada associados a reações para os diversos metabólitos primários e secundários. Ademais, os materiais promissores foram submetidos à cromatografia líquida de alta performance, cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas ou ressonância nuclear magnética. Então, foram realizados testes in vitro e in vivo para o estudo de bioprospecção, sendo os principais a avaliação analgésica pelos testes de contorção abdominal, formalina e placa quente; avaliação anti-inflamatória pelos testes de edema de orelha, edema de pata e peritonite; e, atividade antidiarreica. Amostras de Recife passaram por extração em ciclohexano, clorofórmio, acetato de etila, metanol e água. Destes, os extratos alcoólicos e aquoso foram os mais promissores em rendimento (acima de 20 g) e na quantidade de diferentes metabólitos secundários. Assim, foi realizada comparação do perfil fitoquímico e de rendimento nas três localidades investigadas, e os achados indicaram que não há diferença importante no rendimento, nem no potencial analgésico. Então, as demais extrações ocorreram com amostras coletadas em Recife. O extrato aquoso rendeu 10 frações após corrida em coluna de sephadex, e as frações com maior conteúdo fenólico apresentaram potencial anti-inflamatório, reduzindo o edema de pata (90 %), edema de orelha (92 %), dor (75 %) e marcadores inflamatórios (Interleucina-6, fator de necrose tumoral e óxido nítrico). O extrato alcoólico, por sua vez, foi particionado e submetido a coluna de sílica. Uma de suas frações apresentou caráter cristalino e foi identificada como o composto ácido caurenóico, este foi utilizado para investigação do potencial antidiarreico, e apresentou promissora atividade, reduzindo o número de fezes (74 %) e a quantidade de líquido no trato gastrointestinal (60 %), atividades estas associadas às vias opioide e K-ATPase. Desse modo, os achados do presente estudo indicam alto potencial da casca do fruto da pinha para a bioprospecção, com efeitos analgésico, anti-inflamatório e antidiarreico.

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  • WILDBERG ALENCAR LIMA

  • DISTÚRBIOS METABÓLICOS E SISTÊMICOS ASSOCIADOS A PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • BIANKA SANTANA DOS SANTOS
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • CESAR AUGUSTO DA SILVA
  • Data: 25/01/2023

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  • A leucemia mieloide aguda (LMA) consiste em em uma neoplasia clonal, progressiva e heterogênea, resultante de alteração da célula tronco hematopoiética, que leva a crescimento incoordenado das células indiferenciadas, denominadas mieloblastos. Esse mecanismo de alteração leva ao aumento dessas células imaturas na medula óssea com supressão da atividade hematopoiética normal e, consequentemente substituição de células medulares e sanguíneas mais jovens com imaturidade funcional. Dentre os diversos tipos de leucemias, a LMA apresenta maior gravidade clínica e consequentemente ocupa o primeiro lugar em proporção de óbitos; no Brasil entre os anos de 2008 e 2017 a proporção foi de 36% O objetivo deste estudo foi investigar o perfil dos distúrbios metabólicos e sistêmicos associados à LMA, em pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) do HEMOPE, hospital referência para doenças hematológicas. Este trabalho consistiu em um estudo retrospectivo transversal com a coleta de dados realizada em arquivos de exames laboratoriais e prontuários, incluindo as características gerais dos pacientes no período de 2020 e 2021, durante o período de internamento na UTI (da admissão à alta ou óbito). A população total foi composta de 37 pacientes, 56,7% do sexo masculino e 43,2% do sexo feminino e idade média 48,4 ± 15,4 anos. Os dados analisados mostraram o seguinte perfil: Aumento, em relação a valores de referência, dos principais marcadores da função renal (creatinina em 64,9% da população e uréia em 78,4% da população) e hepática (ALT em 59,4% e AST em 67,6% da população). Os marcadores laboratoriais, eletrólitos e proteínas totais, não apresentaram valores elevados. Estes resultados indicam a presença de comprometimento renal e hepático que podem ser decorrente do esquema de quimioterapia utilizado para o tratamento de indução na LMA. Análise da taxa de óbito demonstrou 75% de mortalidade, porém não houve diferença significativa entre o grupo desfecho óbito (GDO) e grupo sobreviventes (GS) em relação à idade, sexo, lesão renal, lesao hepatica e diálise. O GDO teve maior uso de assitência ventilatória mecânica (AVM) (96,1% e de dorga vasoativa (DVA) (73%) que o GS, diferindo estatistivamente, ao passo que o GS apresentou maior tempo de internamento (16 dias) do que o GDO (5 dias). Adicionalmente foi observado aumento significativo no dia de desfecho no GDO em relação ao GS, para marcadores de função renal, blastos, bilirrubina, cálcio, cloreto, Ht e Hb. Os resultados encontrados sugerem maior comprometimento sistêmico dos pacientes do GDO. A análise da razão de chance (RC) de óbito mostrou que os pacientes em AVM apresentava uma RC 112,5 vezes maior e aqueles que necessitaram usar droga vasoativa, a RC foi de 7,2 vezes maior. A prevalência de lesão renal aguda em pacientes com LMA internados na UTI foi de 85% e a taxa de mortalidade nestes pacientes foi de 80%. Pacientes com LMA internados na UTI apresentam maior número de comorbidades por falência de sistemas, contribuindo para piores desfechos com aumento da taxa de mortalidade. Os resutados do presente estudo podem subsidiar informações importantes no auxílio à condução terapêutica de pacientes com LMA internados na UTI e sugerem que a AVM e uso de droga vasoativa são preditores de mortalidade.


  • Mostrar Abstract
  • Acute myeloid leukemia (AML) consists of a clonal, progressive and heterogeneous neoplasm, resulting from alteration of the hematopoietic stem cell, which leads to uncoordinated growth of undifferentiated cells, called myeloblasts. This mechanism of change leads to an increase in these immature cells in the bone marrow with suppression of normal hematopoietic activity and, consequently, replacement of younger medullary and blood cells with functional immaturity. Among the different types of leukemias, AML presents greater clinical severity and consequently ranks first in proportion of deaths; in Brazil between 2008 and 2017, the proportion was 36% The objective of this study was to investigate the profile of metabolic and systemic disorders associated with AML, in patients admitted to the intensive care unit (ICU) of HEMOPE, a reference hospital for diseases hematological. This work consisted of a cross-sectional retrospective study with data collection carried out in laboratory test files and medical records, including the general characteristics of patients in the period 2020 and 2021, during the period of stay in the ICU (from admission to discharge or death). The total population consisted of 37 patients, 56.7% male and 43.2% female, mean age 48.4 ± 15.4 years. The analyzed data showed the following profile: Increase, in relation to reference values, of the main markers of renal function (creatinine in 64,9% of the population and urea in 78,4% of the population) and liver function (ALT in 59.4% and AST in 67.6% of the population). Laboratory markers, electrolytes and total proteins, did not show high values. These results indicate the presence of renal and hepatic impairment that may be due to the chemotherapy regimen used for induction treatment in AML. Analysis of the death rate showed 75% mortality, but there was no significant difference between the death outcome group (GDO) and the survivors group (GS) in terms of age, gender, kidney damage, liver damage and dialysis. The GDO had greater use of mechanical ventilatory assistance (AVM) (96.1% and vasoactive pain (VAD) (73%) than the GS, differing statistically, while the GS had a longer hospital stay (16 days) than the than the GDO (5 days). In addition, a significant increase was observed on the day of outcome in the GDO in relation to the GS, for markers of renal function, blasts, bilirubin, calcium, chloride, Ht and Hb. The results found suggest a greater systemic impairment of the GDO patients. The analysis of the odds ratio (OR) of death showed that patients on AVM had an OR 112.5 times higher and those who needed to use vasoactive drugs, the OR was 7.2 times higher. acute kidney injury in patients with AML admitted to the ICU was 85% and the mortality rate in these patients was 80%. of mortality. the results of the present study can provide important information to help with the therapeutic management of patients with AML admitted to the ICU and suggest that AVM and use of vasoactive drugs are predictors of mortality.

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  • GEANE RODRIGUES CHAVES
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E DAS ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA, ANTINOCICEPTIVA E CICATRIZANTE DE EXTRATO HIDROALCÓOLICO DE FOLHAS DE Jatropha mollissima (Pohl) Baill.

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PATRICIA SILVA DE OLIVEIRA SANTOS
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • RÔMULO CARLOS DANTAS DA CRUZ
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 25/08/2023

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  • Jatropha mollissima (Pohl) Bail (Euphorbiaceae) é uma planta medicinal endêmica do semiárido do Nordeste do Brasil, conhecida popularmente como “pinhão-bravo”. Entretanto, são poucos  os estudos que avaliam a segurança de seu uso e o potencial farmacológico. Nesse sentido, a presente tese teve como objetivo avaliar a toxicidade e atividades antioxidante, antinociceptiva e cicatrizante de um extrato hidroetanólico de folhas de J. mollissima (JMLE, do inglês J. mollissima leaf extract). Caracterização fitoquímcia do extrato foi realizada cromatografia de camada delgada (CCD), dosagem de compostos fenólicos e flavonoides e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A ação antioxidante do extrato foi investigada por meio dos ensaios do fosfomolibdênio e de captura dos radicais DPPH e ABTS+. Estudo de toxicidade compreendeu a avaliação de atividade hemolítica in vitro e ensaio de toxicidade aguda oral (2000 mg/kg) em camundongos. A ação antinociceptiva de JMLE (50, 100 e 200 mg/kg, v.o.) foi determinada pelos testes de contorções abdominais (induzidas por ácido acético), teste da formalina e teste de retirada da cauda. Por fim, a ação cicatrizante foi avaliada por aplicação tópica de gel contendo o extrato (500 mg) em feridas experimentais. A triagem fitoquímica por CCD revelou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos, saponinas, açúcares redutores e terpenos. JMLE apresentou alta concentração de compostos fenólicos (620,63 ± 1,47 mg EAG/g) e flavonoides (22,55 ± 0,55 mg EQ/g). O perfil em CLAR apresentou 10 picos, sendo seis correspondentes a flavonoides e três a derivados cinâmicos. Vitexina foi detectada no pico 9, correspondendo a um teor de 1,104±0,0028 g%. JMLE apresentou capacidade antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio com CI50 de 123,4±1,2 µg/mL e foi capaz de eliminar os radicais livres DPPH e ABTS+ (CI50 de 87,84±1,1 µg/mL e 49,08±0,7 µg/mL, respectivamente). O extrato demonstrou baixa atividade hemolítica, promovendo 18,16% de hemólise na maior concentração testada (10 mg/mL). No ensaio de toxicidade aguda, não houve mortalidade nem alterações comportamentais, hematológicas e histopatológicas. Foi detectado redução do perfil lipídico (colesterol total, triglicerídeos, HDL, LDL e VLDL) quando comparado ao controle. O tratamento com JMLE nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg reduziu as contorções abdominais em 40,41%, 58,77% e 71,42%, respectivamente. No teste de dor induzida por formalina, o extrato nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg reduziu o tempo de lambida da pata na primeira fase em 30,19%, 47,58% e 65,24%, respectivamente, enquanto na segunda fase, a redução foi de 40,49%, 58,05% e 79,30%. Naloxona (2 mg/kg, i.p.) inibiu o efeito de JMLE (200 mg/kg) em 65,54% na primeira fase e 86,39% na segunda fase do teste da formalina, indicando a participação de receptores opioides na ação do extrato. No teste de retirada de cauda, a administração oral de JMLE aumentou o tempo de latência em todos os períodos avaliados. O gel contendo JMLE (500 mg) promoveu aumento significativo na cicatrização das feridas quando comparado ao controle negativo. O tratamento com o gel promoveu redução de 60,94% e 51,97% nos níveis de TNF-α e IL-1β.  Em conclusão, JMLE mostrou efeitos analgésicos em modelos de dor induzida por estímulos químicos e térmicos atuando possivelmente pela via opiodérgica, além de apresentar um efeito significativo na redução de feridas cutâneas com redução de citocinas pró-inflamatórias. Adicionalmente, em aplicação única até uma dose de 2000 mg/kg, não há evidência de toxicidade oral causada por este extrato.


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  • Jatropha mollissima (Pohl) Bail (Euphorbiaceae) é uma planta medicinal endêmica do semiárido do Nordeste do Brasil e é conhecida popularmente como “pinhão-bravo”. Na medicina popular, é conhecida por suas atividades antibacteriana, antiofídica, antioxidante, anti-helmíntica e hemostática. Além disso, a seiva leitosa (látex) produzida por J. mollissima, era utilizada pelos antigos para cicatrização de feridas, controle de hemorragias, anti-infecções e para minimizar inflamações. Entretanto, atividade antinociceptiva de J. molissima ainda foi relatada, bem como estudos sobre a toxicidade desta planta, apesar do uso na medicina popular. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda em camundongos de um extrato etanólico de folhas de J. mollissima (EEJM) e analisar seu efeito antioxidante e antinociceptiva. O resultado da dosagem de compostos fenólicos e flavonóides mostram que EEJM apresenta alta concentração desses compostos. Na dosagem de compostos fenólicos foi quantificado 620,63 ± 1,47 mg/g de equivalente a ácido gálico e na dosagem de flavonóides o EEJM apresentou 22,55 ± 0,55 mg/g equivalentes de quercetina. O EEJM foi avaliado quanto a capacidade antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio (IC50 de 123,4 ± 1,2 µg/mL). Já nos ensaios de eliminação de radicais livres DPPH e ABTS, o EEJM apresentou IC50 de 87,84 ± 1,1 µg/mL e 49,08 ± 0,7 µg/mL, respectivamente. Na avaliação de toxicidade em eritrócitos, o extrato demonstrou baixa citotoxicidade, não sendo capaz de determinar a IC50. Na maior concentração testada (10 mg/mL) o EEJM apresentou capacidade de causar hemólise de 18,16%, quando comparado ao grupo tratado com Triton X-100. No ensaio de atividade antinociceptiva, EEJM nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg causou redução de contorções abdominais em 40.41, 58.77 e 71.42%, respectivamente. No teste de dor induzida por formalina em pata de camundongos, EEJM nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg causou redução do tempo de lambida em 30.19, 47.58 e 65.24% na primeira fase. Na segunda fase (inflamatória) o EEJM reduziu o tempo de lambida em 40.49, 58.05 e 79.30% nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. Na investigação do mecanismo de ação envolvido, naloxona (2 mg/kg, i.p.), antagonista de opioides, e glibenclamida (5 mg/kg, i.p.), um bloqueador de canais de K+, foram utilizados no teste de formalina. Na primeira fase, a administração de naloxana inibiu o efeito de  EEJM (200 mg/kg) em 65.54%. Na segunda fase, EEJM (200 mg/kg) teve seu efeito antinociceptivo reduzido em 86.39% pela naloxana. A glibenclamida, não promoveu inibição dos efeitos de EEJM. No teste de retirada cauda, a administração oral de EEJM aumentou o tempo de latência em todos os períodos avaliados.

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  • LEILA VIVIANY ARAÚJO CÔELHO
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E ATIVIDADES ANTIGENOTÓXICA E ANTIPIRÉTICA DE FRAÇÃO RICA EM LECTINA (PgTeL) DA SARCOTESTA DE Punica granatum EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • NATALY DINIZ DE LIMA SANTOS
  • WÊNDEO KENNEDY COSTA
  • Data: 28/08/2023

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  • Punica granatum, popularmente conhecida como romãzeira, é uma frutífera com ampla distribuição mundial que se destaca como um reservatório fitoquímico de grande valor medicinal. A sarcotesta da romã (fruto de P. granatum) contém uma lectina denominada PgTeL, que já foi descrita como agente antimicrobiano contra bactérias e fungos.A presente tese avaliou uma fração proteica (FP) rica em PgTeL, obtida da sarcotesta da romã, quanto à toxicidade oral aguda e subaguda e atividades antioxidante, antigenotóxica, antipirética e cicatrizante em camundongos. FP foi avaliada quanto à composição fitoquímica por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Atividade antioxidante in vitro foi determinada pelos métodos de capacidade antioxidante total (CAT) e de sequestro dos radicais DPPH e ABTS+. Toxicidade oral aguda (2.000 e 5.000 mg/kg) e subaguda (250, 500 ou 1000 mg/kg) em camundongos foi avaliada segundo as recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Alterações no peso corporal, ingestão de alimentos e água, parâmetros bioquímicos e hematológicos do sangue foram analisadas. Ainda, análises histopatológicas de fígado, rim, baço, pulmões e coração foram conduzidas, bem como investigação de marcadores de estresse oxidativo nos órgãos. FP foi avaliada quanto a genotoxicidade e anti-genotoxicidade em doses de 500, 1000 e 2000 mg/kg, sendo analisadas células de sangue periférico dos camundongos. Por fim, o efeito antipirético da fração (100 mg/kg) foi avaliado usando um modelo de febre induzida por levedura. A caracterização fitoquímica revelou a presença de ácido elágico (0,66 g%). Uma capacidade antioxidante expressiva foi demonstrada nos ensaios de DPPH, ABTS+ e CAT (CI50: 17,3; 78,8 e 281,0 µg/mL, respectivamente). FP não apresentou toxicidade aguda (DL50 > 5000 mg/kg) nem efeito genotóxico nos camundongos. No teste de toxicidade subaguda, a administração durante 28 dias da fração em todas as doses não afetou o ganho de peso corporal, consumo de água e ração e parâmetros hematológicos em camundongos machos e fêmeas. Parâmetros bioquímicos do sangue mantiveram-se semelhantes aos do grupo controle. A atividade de catalase no fígado aumentou significativamente em animais ambos os sexos, enquanto a peroxidação lipídica diminuiu em comparação ao controle. FP promoveu proteção do DNA das células de sangue periférico contra danos provocados pela ciclofosfamida. A fração exerceu efeito antipirético após 60 min de sua administração e o efeito se manteve até o final da duração da observação (180 min). Em conclusão, a fração apresenta elevada atividade antioxidante sem apresentar efeitos tóxicos ou genotóxicos para camundongos e, quando administrada oralmente, se mostrou segura e apresentou efeitos antioxidante e antipirético in vivo.


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  • Punica granatum, popularmente conhecida como romãzeira, é uma frutífera com ampla distribuição mundial que se destaca como um reservatório fitoquímico de grande valor medicinal. A primeira parte presente estudo descreve o perfil fitoquímico, o potencial antioxidante, bem como a avaliação da toxicidade oral aguda e a genotoxicidade de uma fração proteica (FP) da sarcotesta de P. granatum. Ainda, foi investigado o efeito antigenotóxico. O perfil fitoquímico de FP foi determinado por CLAE. O efeito antioxidante in vitro foi avaliado pelos métodos de capacidade antioxidante total (CAT) e de sequestro dos radicais DPPH e ABTS+.  A toxicidade oral aguda foi avaliada em dose única de 2000 mg/kg em camundongos. FP foi avaliada quanto à genotoxicidade e antigenotoxicidade em doses de 500, 1000 e 2000 mg/kg, sendo analisadas células de sangue periférico dos camundongos. A caracterização fitoquímica revelou elevado teor de ácido elágico. Uma capacidade antioxidante expressiva foi demonstrada. FP não foi tóxica (DL50 > 2000 mg/kg) nem apresentou efeito genotóxico nos camundongos. FP promoveu proteção do DNA das células de sangue periférico contra danos provocados pela ciclofosfamida. Em conclusão, a fracão apresenta elevada atividade antioxidante sem apresentar efeitos tóxicos ou genotóxicos para camundongos. Na segunda parte, foi conduzida uma investigação da toxicidade subaguda oral (28 dias) de FP e avaliada a sua atividade antipirética. Uma dose oral de 250, 500 ou 1000 mg/kg foi administrada diariamente durante 28 dias a camundongos de ambos os sexos. O peso corporal, a ingestão de alimentos e água, parâmetros bioquímicos e hematológicos do sangue e a composição da urina foram avaliados. Exames histopatológicos do fígado, rim, baço, pulmões e coração também foram realizados, bem como investigação de marcadores de estresse oxidativo nos órgãos. O efeito antipirético da fração (100 mg/kg) foi avaliado usando um modelo de febre induzida por levedura. A administração da fração, em todas as doses durante 28 dias, não afetou o ganho de peso corporal, consumo de água e ração e parâmetros hematológicos em camundongos machos e fêmeas. Parâmetros bioquímicos em camundongos machos e fêmeas mantiveram-se normais. A atividade de catalase no fígado aumentou significativamente em animais ambos os sexos, enquanto a peroxidação lipídica diminuída no fígado mantiveram-se normal. A fração exerceu efeito antipirético após 60 min de sua administração e o efeito se manteve até o final da duração da observação (180 min). Sendo assim, quando administrada oralmente, a fração proteica não apresentou efeitos tóxicos significativos ao longo de 28 dias consecutivos e demonstrou atividade antipirética.

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  • WILKA MARIA DO NASCIMENTO SILVA
  • Potencial biotecnológico do óleo essencial obtido das folhas de Psidium salutare

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 29/08/2023

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  • Popularmente conhecido como araçá, Psidium salutare é comumente utilizada na
    medicina tradicional no tratamento de dores de estômago e diarreias. O gênero
    Psidium é amplamente distribuído no território brasileiro, sendo a Caatinga um local
    de ocorrência desta espécie. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi realizar
    a investigação do potencial biológico do óleo essencial obtido das folhas de P. salutare
    (PSEO) coletado numa região da Caatinga. Foram realizadas a caracterização química
    do óleo, assim como investigadas as atividades antioxidante, antinociceptiva e
    toxicológica. O possível mecanismo de ação para inibição da dor também foi descrito
    no presente trabalho através do uso de bloqueadores específicos das principais vias. O
    óleo essencial apresentou uma composição variada com 58 compostos distintos sendo
    56 deles identificados. Os ensaios de DPPH e fosfomolibdênio exibiram uma baixa
    capacidade antioxidante, por outro lado, o teste de contorção abdominal exibiu uma
    atividade antinociceptiva pela redução das contorções em 73.52% numa dose de 250
    mg/kg. O teste da formalina apresentou uma típica resposta bifásica onde o PsEO
    numa concentração de 250 mg/kg trouxe uma redução significativa na lambida da pata
    de 57,76% na fase inicial (dor neurogênica) e 80,31% na fase tardia tardia (dor
    inflamatória). O uso da naloxona demonstrou que o possível mecanismo de ação
    envolvido na nocicepção ocorre através da participação do sistema opióide por via
    central. Os resultados aqui apresentados demonstram uma variedade na composição
    química do óleo essencial obtido a partir das folhas de P. salutare; como também um
    potencial deste como agente antinociceptivo e antioxidante podendo ser empregado
    para a elaboração de novos fármacos para inibição da dor.


  • Mostrar Abstract
  • Popularmente conhecido como araçá, Psidium salutare é comumente utilizada na medicina tradicional no tratamento de dores de estômago e diarreias. O gênero Psidium é amplamente distribuído no território brasileiro, sendo a Caatinga um local de ocorrência desta espécie. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi realizar a investigação do potencial biológico do óleo essencial obtido das folhas de P. salutare (PSEO) coletado numa região da Caatinga. Foram realizadas a caracterização química do óleo, assim como investigadas as atividades antioxidante, antinociceptiva e toxicológica. O possível mecanismo de ação para inibição da dor também foi descrito no presente trabalho através do uso de bloqueadores específicos das principais vias. O óleo essencial apresentou uma composição variada com 58 compostos distintos sendo 56 deles identificados. Os ensaios de DPPH e fosfomolibdênio exibiram uma baixa capacidade antioxidante, por outro lado, o teste de contorção abdominal exibiu uma atividade antinociceptiva pela redução das contorções em 73.52% numa dose de 250 mg/kg. O teste da formalina apresentou uma típica resposta bifásica onde o PsEO numa concentração de 250 mg/kg trouxe uma redução significativa na lambida da pata de 57,76% na fase inicial (dor neurogênica) e 80,31% na fase tardia tardia (dor inflamatória). O uso da naloxona demonstrou que o possível mecanismo de ação envolvido na nocicepção ocorre através da participação do sistema opióide por via central. Os resultados aqui apresentados demonstram uma variedade na composição química do óleo essencial obtido a partir das folhas de P. salutare; como também um potencial deste como agente antinociceptivo e antioxidante podendo ser empregado para a elaboração de novos fármacos para inibição da dor.

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  • MAISA FERNANDA DOS SANTOS BARBOSA
  • “Potencial Farmacológico da fração de alcalóides de Erythroxylum revolutum: Investigação da
    segurança toxicológica e das atividades anti-Candida, antinociceptiva, anti-inflamatória
    e gastroprotetora”,

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • ROGÉRIO DE AQUINO SARAIVA
  • Data: 30/08/2023

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  • Uma gama de moléculas bioativas oriundas da Caatinga já foi catalogada nos últimos
    anos, demonstrando um potencial espetacular para a bioprospecção. O intuito do
    presente estudo foi evidenciar o potencial farmacológico de uma espécie endêmica da
    Caatinga (Erythroxylum revolutum), contribuindo com informações importantes para o
    desenvolvimento de novos fármacos. Os potenciais antifúngico, analgésico, anti-
    inflamatório e gastroprotetor foram o foco da presente pesquisa, assim como a
    segurança farmacológica do produto natural extraído, a fração de alcaloides. Como
    resultado foram desenvolvidos 4 artigos. O primeiro é uma revisão sistemática sobre
    plantas da Caatinga com potencial antifúngico, onde 44 espécies são evidenciadas, bem
    como os mecanismos envolvidos na atividade. O segundo artigo trata-se de um estudo
    toxicológico, onde investigamos a toxicidade oral aguda e citotoxicidade da fração de
    alcaloides de E. revolutum. O terceiro artigo investiga o potencial da fração, sozinha e
    como adjuvante do Fluconazol, no tratamento de infecções causadas por Candida
    albicans. Neste, o produto natural sozinho foi clinicamente irrelevante, mas em
    combinação com o Fluconazol exergeu uma atividade sinergética. O quarto artigo
    demonstra as ações antinociceptiva, antiinflamatoria e gastroprotetora in vivo, nos quais
    a fração de alcaloides apresentou uma atividade significativa nas concentrações de 100 e
    200 mg/mL. Mediante as evidências, este produto natural demonstrou ter potencial para
    a formulação de um novo fármaco que podem atuar em infecções ocasionadas por C.
    albicans e ainda ter efeitos sobre os sintomas da patologia, uma vez que o processo
    infeccioso gera dor e inflamação. Além disso, a atividade gastroprotetora demonstra que
    o produto é menos tóxico para os pacientes que os medicamentos utilizados atualmente
    na clínica, visto que estes últimos são em sua grande maioria prejudiciais para a mucosa
    gástrica. Logo, devido ao que foi posto e somado à problemática atual da resistência
    microbiana, os resultados que aqui obtivemos são de suma importância, pois
    contribuímos com informações essenciais para a resolução dessas problemáticas.


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  • Uma gama de moléculas bioativas oriundas da Caatinga já foi catalogada nos últimos anos, demonstrando um potencial espetacular para a bioprospecção. O intuito do presente estudo foi evidenciar o potencial farmacológico de duas espécies nativas da Caatinga (Erythroxylum revolutum e Syagrus coronata), contribuindo com informações importantes para o desenvolvimento de novos fármacos. Foram desenvolvidos 5 artigos. O primeiro é uma revisão sistemática sobre plantas da Caatinga com potencial antifúngico. O segundo artigo trata-se de um estudo toxicológico com a fração de alcaloides extraída das folhas de E. revolutum, onde investigamos sua toxicidade oral aguda e citotoxicidade contra células normais e tumorais. O terceiro artigo teve como objeto de estudo o mesmo produto, onde investigamos as ações antinociceptiva, antiinflamatoria, gastroprotetora. O quarto artigo investiga essa mesma fração de alcaloides como adjuvante no tratamento de infecções causadas por Candida albicans. O quinto e último artigo tem como objeto investigativo outro produto natural, o óleo fixo extraído das sementes de S. coronata e sua ação contra Candida albicans.   O que esses dois produtos tem em comum? Apenas o fato de serem nativos da Caatinga? Não! Ambos os produtos demonstraram ter potencial para a formulação de novos fármacos que podem atuar em infecções, uma vez que o processo infeccioso gera dor e inflamação. Além disso, muitos analgésicos e anti-inflamatórios utilizados atualmente são altamente prejudiciais para a mucosa gástrica. Logo, devido ao que foi posto somado à problemática da resistência microbiana, a formulação de novos fármacos seguros para a população é urgente! Com os resultados que aqui obtivemos, contribuímos com informações essenciais para a resolução dessas problemáticas, visto que os produtos naturais aqui investigados, a fração de alcaloides de E. revolutum e o óleo fixo de S. coronata apresentaram resultados positivos, que corroboraram com nossas hipóteses iniciais.

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  • NATALIA KRYZIA DOS SANTOS LIMA
  • EFEITO DO ÁCIDO LISOFOSFATÍDICO NA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA POR ISQUEMIA-REPERFUSÃO

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • NATALIA TABOSA MACHADO CALZERRA
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • REGINA SOUZA AIRES
  • Data: 11/09/2023

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  • A lesão renal aguda é (LRA) uma síndrome multifatorial que apresenta fatores subjacentes ainda não totalmente entendidos, como o papel do ácido lisofosfatídico (LPA), um lipídeo bioativo que possui importante ação como molécula sinalizadora. O túbulo proximal renal é o um dos ambientes mais propícios a alterações nesta lesão, que são induzidas principalmente pelo estresse oxidativo. Nesse estudo, investigamos o efeito do ácido lisofosfatídico (LPA) sobre mecanismos renais do status oxidativo e de reabsorção de sódio em condições normais e na presença de injúria, em modelos experimentais in vitro e in vivo. Uma linhagem de células epiteliais do túbulo proximal (LLC-PK1) foi exposta a diferentes doses do LPA, em diferentes tempos, além da exposição prévia ao inibidor do receptor 1/3 do LPA (LPAR1/3) Ki16425, ao inibidor da NADPH oxidase apocinina e ao mimético da superóxido dismutase (SOD) tempol. Outra parte do estudo foi realizada utilizando ratos Wistar machos com 120 dias que foram submetidos à indução de LRA através da isquemia-reperfusão (IR) bilateral (n=12), seguindo reperfusão por 24 horas. Parte desses animais (n=6) recebeu 1 hora antes do procedimento de IR dose única de LPA (5 mg/kg de peso corpóreo, via intraperitoneal). Outro grupo foi submetido apenas à mimetização da cirurgia (n=6). Em células LLC-PK1, o LPA mostrou efeito concentração-dependente e tempo dependente na diminuição da viabilidade celular em condições basais e na presença de injúria induzida por hipóxia-reoxigenação. O LPA também induziu, de maneira concentração-dependente, elevação da produção de espécies reativas do oxigênio (ROS). Os efeitos do LPA nas células LLC-PK1 foram inibidos pelo inibidor do LPAR1/3, pelo inibidor da NADPH oxidase e pelo mimético da SOD. Em ratos, a presença do LPA intensificou a lesão renal induzida pela IR, conforme observado pela amplificação: i) do aumento de duas vezes nos níveis séricos de creatinina e ureia (P<0.001); ii) da inibição da (Na++K+)ATPase (P<0.05); iii) da ativação da NADPH oxidase (P<0.05); e iv) da inibição da catalase (P<0.05). Esses dados indicam que o LPA representa uma via de sinalização celular associada com disfunção renal, e, portanto, é um potencial alvo terapêutico na lesão renal aguda.


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  • A lesão renal aguda é (LRA) uma síndrome multifatorial que apresenta fatores subjacentes ainda não totalmente entendidos, como o papel do ácido lisofosfatídico (LPA). O túbulo proximal renal é o um dos ambientes mais propícios a alterações nesta lesão, que são induzidas principalmente pelo estresse oxidativo. Nesse estudo, investigamos o efeito do ácido lisofosfatídico (LPA) sobre mecanismos renais do status oxidativo e de reabsorção de sódio em condições normais e na presença de injúria, em modelos experimentais in vitro e in vivo. Uma linhagem de células epiteliais do túbulo proximal (LLC-PK1) foi exposta a diferentes doses do LPA, em diferentes tempos, além da exposição prévia ao inibidor do receptor 1/3 do LPA (LPAR1/3) Ki16425, ao inibidor da NADPH oxidase apocinina e ao mimético da superóxido dismutase (SOD) tempol. Outra parte do estudo foi realizada utilizando ratos Wistar machos com 120 dias que foram submetidos à indução de LRA através da isquemia-reperfusão (IR) bilateral (n=12), seguindo reperfusão por 24 horas. Parte desses animais (n=6) recebeu 1 hora antes do procedimento de IR dose única de LPA (5 mg/kg de peso corpóreo, via intraperitoneal). Outro grupo foi submetido apenas à mimetização da cirurgia (n=6).  Em células LLC-PK1, o LPA mostrou efeito concentração-dependente e tempo dependente na diminuição da viabilidade celular em condições basais e na presença de injúria induzida por hipóxia-reoxigenação. O LPA também induziu, de maneira concentração-dependente, elevação da produção de espécies reativas do oxigênio (ROS). Os efeitos do LPA nas células LLC-PK1 foram inibidos pelo inibidor do LPAR1/3, pelo inibidor da NADPH oxidase e pelo mimético da SOD. Em ratos, a presença do LPA intensificou a lesão renal induzida pela IR, conforme observado pela amplificação: i) do aumento dos níveis séricos de creatinina e ureia; ii) da inibição da (Na++K+)ATPase; iii) da ativação da NADPH oxidase; e iv) da inibição da catalase. Esses dados indicam que o LPA representa um via de sinalização celular associada com disfunção renal, e, portanto, é um potencial alvo terapêutico na lesão renal aguda.

8
  • ISMAEL GOMES DA ROCHA
  • AVALIAÇÃO HISTOPATOLÓGICA E GENOTÍPICA DAS LESÕES INTRA-EPITELIAIS CERVICAIS HPV-POSITIVAS EM MULHERES NO ESTADO DO PIAUÍ.

  • Orientador : EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • Data: 03/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes tumores na população feminina e é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV). As taxas de morbimortalidade por câncer de colo de útero são altas em países em desenvolvimento, principalmente pelo fato de ser uma patologia de fácil disseminação por via sexual e por ter uma evolução relativamente lenta comparado a outros tipos de cânceres. Diante da escassez de estudos nessa região, o presente trabalho teve como objetivo primário descrever a distribuição dos genótipos de papilomavírus humano em amostras de mulheres procedentes do estado do Piauí e secundariamente descrever a frequência de infecções por múltiplos genótipos e avaliar a associação entre genótipos de HPV, faixa etária e resultados cito-histopatológicos. Foram analisadas mulheres do Piauí, no período de 2015 a 2016, diagnosticadas com lesões intraepitelialiais de baixo grau (LSIL), alto grau (HSIL), carcinoma invasivo ou Adenocarcinoma. Em relação idade, a faixa com maior percentual, foram as de 41 a 50 anos (41,4%), seguido das com 21 a 40 anos (39,1%) e as mais de 60 anos (19,5%) das participantes. 66,4% são oriundas do interior do Estado e 33,6% são da capital. Os exames histopatológicos demonstraram NIC I (neoplasia intraepitelial cervical) em 14,1%, e NIC II/III em 35,2%, enquanto que o carcinoma escamoso atingiu 30,5%, e a menos prevalente foi adeno (3,9%). Na genotípagem detectamos que entre estes as maiores prevalências de HPV foram: HPV33 (68,3%), HVP16 (45,8%), HPV11 (9,2%), HPV11 (5,0%) e os percentuais dos outros 9 HPV’s variaram de 0,8% a 3,3%. Concluímos que o HPV-33 é o tipo mais prevalente no Piauí e o HPV-16 o segundo, diferentemente de várias regiões do país. Este foi o primeiro estudo que realizou a detecção e genotipagem de HPV circulantes na população feminina do estado do Piauí. O conhecimento da distribuição de genótipos de HPV pode orientar na introdução de vacinas profiláticas e na determinação da epidemiologia local de genótipos circulantes do HPV de alto risco.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer do colo do útero é um dos mais frequentes tumores na população feminina e
    é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV).
    As taxas de morbimortalidade por câncer de colo de útero são altas em países em
    desenvolvimento, principalmente pelo fato de ser uma patologia de fácil disseminação
    por via sexual e por ter uma evolução relativamente lenta comparado a outros tipos de
    cânceres. O presente estudo realizou a caracterização do perfil genético dos HPVs em
    mulheres com lesões intra-epiteliais ou invasivas que realizaram exame citológico,
    colposcópico e histopatológico na clínica ginecológica do Hospital São Marcos (HSM),
    em Teresina, Piauí, e depois verificou se a oncoproteina E6 modulou a
    metaloproteínase de matriz 14 no microambiente tumoral dessas lesões cervicais. Em
    relação idade, a faixa com maior percentual, foram as de 41 a 60 anos (41,4%),
    seguido das com 41 a 60 anos (39,1%) e as mais de 60 anos (19,5%) das
    participantes. 66,4% são oriundas do interior do Estado e 33,6% são da capital. O grau
    de instrução predominante entre elas foi o ensino fundamental (53,9%). 62,5%
    apresentaram apenas citologia inflamatória, seguido de lesão intraepitelial de alto-grau
    com 15,6% e carcinoma escamoso somado ao adenocarcinoma com 11,7%. Os
    exames histopatológicos demonstraram NIC I (neoplasia intraepitelial cervical) em
    14,1%, e NIC II/III em 35,2%, enquanto que o carcinoma escamoso atingiu 30,5%, e a
    menos prevalente foi adeno (3,9%). Na genotípagem detectamos que entre estes as
    maiores prevalências de HPV foram: HPV33 (68,3%), HVP16 (45,8%), HPV11 (9,2%),
    HPV11 (5,0%) e os percentuais dos outros 9 HPV’s variaram de 0,8% a 3,3%.
    Concluímos que o HPV-33 é o tipo mais prevalente no Piauí e o HPV-16 o segundo,
    diferentemente de várias regiões do país. Esse estudo demonstra a necessidade de
    mais estudos de frequência de genótipos de HPV por região do Brasil, devido ao
    estabelecimento de políticas públicas preventivas, como a vacinação adotada

    nacionalmente desde 2014 através da vacinaquadrivalente (4HPV) para os tipos HPV-
    6, 11, 16 e 18, não contemplando o HPV-33.

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  • MARRY ANEYTS DE SANTANA CIRILO
  • “EFEITO DA VITAMINA D EM ALTERAÇÕES DO TRANSPORTE RENAL DE SÓDIO E FIBROSE INDUZIDAS PELA LESÃO RENAL: MODULAÇÃO DO SRA E DO ESTRESSE OXIDATIVO”

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 04/10/2023

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  • As doenças renais são atualmente a 10ª principal causa de morte no mundo. O desenvolvimento da lesão renal aguda é uma situação clínica reversível, definida como a queda abrupta da capacidade funcional renal. Essa situação pode ser provocada em decorrência de insultos lesivos, que podem afetar a integridade dos rins, bem como sua função, contudo, há evidências de que os rins submetidos à injúria de maneira aguda, passam por um processo celular de reparo coordenado e quando ineficiente predispõe o rim a um ciclo vicioso de inflamação, fibrogênese e perda irreversível dos néfrons, resultando em um quadro irreversível de doença renal do tipo crônica. Porém, os mecanismos envolvidos nesse processo não são completamente elucidados, o que justifica o constante interesse científico em compreender o efeito renoprotetor de agentes químicos. O paricalcitol, um mimético sintético do calcitriol, é um agonista eficaz do receptor de vitamina D, com especial capacidade renoprotetora, secundária ao seu potencial antioxidante e anti-inflamatório, além de ser um modulador importante da síntese de diferentes proteínas, inclusive da renina. Logo, essa tese se propôs investigar o efeito do paricalcitol, um mimético sintético do calcitriol, sobre vias bioquímicas envolvidas na patogênese da doença renal aguda e crônica. Para isso, foram desenvolvidos dois modelos experimentais distintos. No protocolo experimental I, objetivamos avaliar o efeito do paricalcitol nas alterações do transporte tubular de Na+ dependente de ATP, bem como sobre o estado inflamatório e oxidativo na lesão renal aguda induzida por isquemia/reperfusão em ratos. Nesse protocolo, ratos machos adultos foram submetidos ao processo de isquemia-reperfusão renal na presença ou ausência de tratamento prévio com paricalcitol. No protocolo experimental II, objetivamos estudar o efeito do paricalcitol, sob as alterações morfológicas e funcionais, bem como sob o estado inflamatório, oxidativo e pró-fibrótico em um modelo de doença renal crônica induzida por obstrução renal ureteral unilateral em ratos. Nesse protocolo, ratos foram submetidos a obstrução ureteral unilateral seguida ou não de tratamento com paricalcitol. Através deste trabalho demonstramos que o paricalcitol, quando utilizado de maneira prévia, exerce efeito preventivo e protetor sobre as alterações no transporte tubular de sódio induzidas pela isquemia-reperfusão, e que esse efeito protetor ocorre através da modulação de vias oxidativas dependentes da ativação da NADPH oxidase e do sistema renina-angiotensina. Além disso, em um modelo de doença renal crônica, o paricalcitol quando utilizado como forma de tratamento é capaz de atenuar e proteger o rim da fibrose tissular induzida pela obstrução ureteral unilateral, através da inibição do estresse oxidativo e inflamação, bem como tem efeito modulatório sobre a via da deposição de matriz extracelular Angiotensina II/TGF-β/NADPH oxidase/MMP-2 e 9.


  • Mostrar Abstract
  • O calcitriol é o metabólito ativo da vitamina D, cuja ação clássica envolve a regulação do metabolismo ósteo-mineral, através de ações mediadas pelo receptor de vitamina D (VDR). Além disso, a vitamina D regula a transcrição genética de proteínas envolvidas em processos diversos em diversos tipos celulares, incluindo ações antioxidante, anti-inflamatória e regulatória da diferenciação celular. No rim, a vitamina D apresenta potencial papel renoprotetor devido sua capacidade de regular negativamente a biossíntese de renina. Dessa forma, neste trabalho foi investigado se o calcitriol protege os efeitos da lesão renal aguda induzida por isquemia-reperfusão (I/R) que envolve o transporte tubular de Na+, o estado inflamatório e o estado oxidativo. Para isso, ratos machos adultos (300-350g; n=24) foram submetidos a um I/R renal. Parte dos animais (n=8 por grupo) foi previamente tratada com o agonista do VDR paricalcitol (grupo IRP, 0,8 µg/kg de peso corpóreo, i.p., por 3 dias alternados) ou com paricalcitol mais o inibidor da NADPH oxidase apocinina (grupo IRPA, 100 mg/kg de peso corpóreo, na água de beber, por 7 dias consecutivos). Além disso, foi obtido um grupo de animais Sham (N=8) que foi submetido apenas ao procedimento cirúrgico da I/R (i.e. sem realização do procedimento de isquemia renal). Após 72 horas do procedimento cirúrgico, observou-se que animais submetidos a I/R apresentaram elevação dos níveis séricos de creatinina e proteinúria, acompanhadas de aumento da peroxidação lipídica, da atividade da (Na++K+)ATPase, da atividade da NADPH oxidase, do conteúdo protéico do receptor AT1 para angiotensina II (AT1R) e das citocinas inflamatórias IL-6 e TNF-α no córtex renal. Adicionalmente, a I/R induziu inibição da atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD), catalase e Na+-ATPase. Por outro lado, o paricalcitol preveniu todas as alterações induzidas pela I/R, com exceção da inibição da SOD, enquanto que o tratamento combinado apocinina não induziu efeitos aditivos aqueles apresentados pelo calcitriol. Dessa forma, podemos concluir que o paricalcitol apresenta efeitos protetores sobre o tecido renal que envolve a modulação do balanço oxidativo e ações anti-inflamatórias, que devem envolver modulação da produção de espécies reativas do oxigênio mediada pela NADPH oxidase.

10
  • FERNANDA PRISCILA BARBOSA RIBEIRO
  • INVESTIGAÇÃO DE VIAS OXIDATIVAS E PRÓ-FIBRÓTICAS ENVOLVIDAS NA LESÃO
    RENAL INDUZIDA PELO DIABETES MELITTUS

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • DIEGO BARBOSA DE QUEIROZ
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 22/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Diabetes mellitus é uma doença crônica não-transmissível que está entre as dez principais
    causas globais de morte, associada com perda progressiva e irreversível da função renal,
    levando a condição conhecida como doença renal diabética (DRD). O estresse oxidativo e a
    fibrose apresentam papel central na fisiopatologia da DRD. O objetivo deste estudo foi
    investigar, usando ferramentas farmacológicas, a importância de distintas vias produtoras de
    espécies reativas do oxigênio (EROs) no estresse oxidativo renal e na deposição de tecido
    fibrótico renal em ratos com diabetes induzida por estreptozotocina (STZ). Dessa forma, ratos
    Wistar adultos foram a indução de diabetes pela exposição à STZ simultaneamente ao
    tratamento diário por seis semanas com apocinina (inibidor da NADPH oxidase), celecoxibe
    (inibidor da COX-2) ou alopurinol (inibidor da xantina oxidase). Os ratos diabéticos
    apresentaram alteração dos marcadores séricos e urinários de função e lesão renal, indicando
    a presença de injúria renal, paralelamente ao aumento da deposição de matriz extracelular
    (MEC), suprarregulação do TGF-β1, aumento da peroxidação lipídica e ativação da NADPH
    oxidase no córtex renal. Os tratamentos com apocinina, celecoxibe e alopurinol mostraram ser
    eficientes na proteção da função/lesão renal e na redução da peroxidação lipídica renal. Por
    outro lado, apesar do tratamento com apocinina e alopurinol terem inibido a atividade da
    NADPH oxidase e reduzido a deposição de MEC induzida pelo diabetes, a inibição da COX-2
    não apresentou os mesmos efeitos. Em conclusão, os dados do presente estudo demonstram
    que o estresse oxidativo induzido pelo diabetes é dependente de vias pró-oxidantes diversas.
    Entretanto, a produção de EROs mediada pela NADPH oxidase parece apresentar papel
    convergente na fisiopatologia da DRD.


  • Mostrar Abstract
  • A nefropatia diabética é uma das principais complicações da diabetes, sua
    fisiopatologia é complexa e inclui diversos fatores em sua progressão. No presente
    estudo buscamos compreender as alterações nas vias modulatórias pró-oxidativa no
    tecido renal induzidas diabetes, estudando a importância da ciclo-oxigenase 2 (COX-2)
    e da NADPH oxidase. Em nosso modelo experimental utilizamos ratos adultos Wistar
    submetidos ao pela administração de estreptozotocina. Parte dos ratos foram tratados
    com o inibidor da COX-2 celecoxibe ou com o inibidor da NADPH oxidase apocinina. Os
    ratos diabéticos apresentaram diminuição de massa corpórea, apesar de terem
    apresentado aumento do consumo dietético. Além disso, o diabetes induziu poliúria,
    aumento dos níveis séricos de creatinina e ureia, e elevação da pressão arterial
    sistólica. Essas alterações foram acompanhadas por elevação da peroxidação lipídica,
    aumento da produção de ânions superóxido e da atividade da NADPH oxidase no
    córtex renal. O tratamento com celecoxibe e apocinina preveniram a elevação da
    pressão arterial sistólica, simultaneamente a prevenção das alterações dos marcadores
    de estresse oxidativo no tecido renal. A inibição da COX-2 e da NADPH oxidase
    apresentam efeitos antioxidantes no córtex renal de ratos diabéticos que podem
    contribuir para proteção da função renal e para prevenção da elevação da pressão
    arterial.

2022
Dissertações
1
  • PAULO BRUNO NORBERTO DA SILVA
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTICÂNCER DE NOVOS COMPOSTOS TIOSSEMICARBAZÍDICOS

  • Orientador : GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • SAVIO MOITA PINHEIRO
  • THIAGO DAVID DOS SANTOS SILVA
  • Data: 26/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo. Dentre os tipos de câncer, a leucemia está entre os dez tipos de câncer que mais acomete a população brasileira. Por isso faz-se necessário o descobrimento de novos compostos capazes de induzir a morte dessas células e que diminuam os efeitos colaterais. Na literatura conhecemos alguns compostos que possuem a porção tiossemicarbazida na sua estrutura com atividades diversas, dentre elas o efeito anticonvulsivo, antiviral, antibacterianas e antitumoral, essa última por indução da apoptose. Avaliamos a atividade antiproliferativa in vitro de compostos inéditos que apresentam a porção tiossemicarbazida e os aminoácidos glicina, fenilalanina e triptofano em suas estruturas, frente as linhagens de células tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocítica), MCF-7 (adenocarcinoma de mama), HEP-2 e NCI-H292 (carcinoma de laringe e de pulmão, respectivamente,) e células não tumorais (Células mononucleares de sangue periférico humano-CMSP, ). Os ensaios realizados foram o de citotoxicidade por sal de MTT, morfológico por coloração May-Grunwald-Giemsa e citometria de fluxo com marcadores específicos para o estudo. Quatorze moléculas apresentaram atividade citotóxica em pelo menos uma linhagem tumoral. AT39 oriunda da fenilalanina apresentou, dentre as moléculas testadas, a menor concentração inibitória (CI50) nas quatro linhagens tumorais, os valores obtidos de CI50 e intervalo de confiança (IC) em µg/mL após 72h de tratamento de 1,5 (1,2-1,7) em (HL60); 5,5 (3,2-9,4) em (MCF-7); 5,1 (4,0-6,5) em (NCI-H292) e 7,4 (5,3-10,5) em (HEP-2). Também realizamos experimentos de 24, 48 e 72h em HL60 do composto AT39 e obtivemos os valores em µg/mL de CI50 e IC respectivamente 4,7 (3.9 – 5.7), 3,3 (2.6 - 4.2) e 1,5 (1.2 - 1.7). AT39 não foi citotóxica em CMSP. A análise morfológica das células HL60 tratadas com 5 e 10 µg/mL por 24h sugeriu que houve indução da apoptose, confirmada pelo ensaio citométrico com kit anexina V-FIT. Após análise do ciclo celular obtido por citometria verificou-se que houve aumento das fases G0/G1 e diminuição das fases G2/M, o aumento nas fases G0/G1 pode indicar uma possível quiescência, ocasionada pelo composto AT39 em 10µg/mL, já a diminuição da mitose indica redução das células em divisão e o aumento de células em Sub-G0 está relacionada com o aumento do DNA fragmentado ocasionada pelo composto AT39 na sua maior concentração.  Os resultados sugerem que o AT39 é um agente anticâncer promissor e esses dados são inéditos para esta classe de moléculas.


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  • O câncer é a segunda doença que mais mata no mundo. Dentre os tipos de câncer, a leucemia está entre os dez tipos de câncer que mais acomete a população brasileira. Por isso faz-se necessário o descobrimento de novos compostos capazes de induzir a morte dessas células e que diminuam os efeitos colaterais. Na literatura conhecemos alguns compostos que possuem a porção tiossemicarbazida na sua estrutura com atividades diversas, dentre elas o efeito anticonvulsivo, antiviral, antibacterianas e antitumoral, essa última por indução da apoptose. Avaliamos a atividade antiproliferativa in vitro de compostos inéditos que apresentam a porção tiossemicarbazida e os aminoácidos glicina, fenilalanina e triptofano em suas estruturas, frente as linhagens de células tumorais humanas HL-60 (leucemia promielocítica), MCF-7 (adenocarcinoma de mama), HEP-2 e NCI-H292 (carcinoma de laringe e de pulmão, respectivamente,) e células não tumorais (Células mononucleares de sangue periférico humano-CMSP, ). Os ensaios realizados foram o de citotoxicidade por sal de MTT, morfológico por coloração May-Grunwald-Giemsa e citometria de fluxo com marcadores específicos para o estudo. Quatorze moléculas apresentaram atividade citotóxica em pelo menos uma linhagem tumoral. AT39 oriunda da fenilalanina apresentou, dentre as moléculas testadas, a menor concentração inibitória (CI50) nas quatro linhagens tumorais, os valores obtidos de CI50 e intervalo de confiança (IC) em µg/mL após 72h de tratamento de 1,5 (1,2-1,7) em (HL60); 5,5 (3,2-9,4) em (MCF-7); 5,1 (4,0-6,5) em (NCI-H292) e 7,4 (5,3-10,5) em (HEP-2). Também realizamos experimentos de 24, 48 e 72h em HL60 do composto AT39 e obtivemos os valores em µg/mL de CI50 e IC respectivamente 4,7 (3.9 – 5.7), 3,3 (2.6 - 4.2) e 1,5 (1.2 - 1.7). AT39 não foi citotóxica em CMSP. A análise morfológica das células HL60 tratadas com 5 e 10 µg/mL por 24h sugeriu que houve indução da apoptose, confirmada pelo ensaio citométrico com kit anexina V-FIT. Após análise do ciclo celular obtido por citometria verificou-se que houve aumento das fases G0/G1 e diminuição das fases G2/M, o aumento nas fases G0/G1 pode indicar uma possível quiescência, ocasionada pelo composto AT39 em 10µg/mL, já a diminuição da mitose indica redução das células em divisão e o aumento de células em Sub-G0 está relacionada com o aumento do DNA fragmentado ocasionada pelo composto AT39 na sua maior concentração.  Os resultados sugerem que o AT39 é um agente anticâncer promissor e esses dados são inéditos para esta classe de moléculas.

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  • ÁLVARO NÓBREGA DE MELO MADUREIRA
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    EFEITO DO VOLUME DE TREINAMENTO RESISTIDO SOBRE A FORÇA MUSCULAR DE CAMUNDONGOS SAUDÁVEIS.

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • CESAR AUGUSTO DA SILVA
  • TIAGO FERREIRA DA SILVA ARAÚJO
  • Data: 27/01/2022

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  • A inatividade física acelera o processo natural da perda de força e de massa muscular, situação que pode culminar em sarcopenia, tornando necessário estabelecer estratégias de mitigação deste processo. O treinamento resistido (TR) é uma estratégia de baixo custo e alta eficácia na promoção de aumento da força e da massa muscular, considerando a relação dose-resposta entre o volume de TR e a hipertrofia muscular promovida pelo treinamento. A presente dissertação teve por objetivo analisar os efeitos do volume de TR sobre adaptações funcionais e marcadores séricos de adaptação ao TR em camundongos Swiss albino adultos saudáveis. O modelo utilizado para TR foi o de subida na escada inclinada, com progressão semanal da carga de treinamento, garantindo o caráter progressivo do programa de TR. A força muscular foi analisada antes do início do programa de TR e após 4 semanas de treino, através do teste de capacidade máxima de carregamento, que consiste na realização de 1 série (1 subida na escada) com o máximo de sobrecarga por uma distância predeterminada de 0,7 m. A carga de treinamento foi correspondente a 75% da capacidade máxima de carregamento para todos os grupos treinados. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle, G1S = executou 1 série (subida), G2S executou 2 séries e o grupo G4S executou 4 séries por sessão de TR. Foram realizadas 3 sessões semanais, durante 4 semanas. O volume foi calculado a partir da estimativa do trabalho mecânico produzido ao longo da sessão. Todos os 3 grupos treinados tiveram seus valores de força máxima aumentados, porém apenas os grupos G2S (88%) e G4S (128%) apresentaram aumento significativo quando comparados ao grupo controle. Dentre os grupos treinados, apenas o grupo G4S apresentou aumento significativo (61%) em relação G1S para a força muscular, enquanto o grupo G2S não apresentou diferenças significativas em relação aos outros grupos treinados. Para além da força, os níveis séricos de interleucina 6 e de óxido nítrico foram proporcionais ao volume de TR administrado. Estes resultados indicam que o volume de treinamento é determinante para as adaptações fisiológicas e funcionais de camundongos machos adultos saudáveis, dando indícios da relação dose-resposta com a força muscular e com marcadores séricos de adaptação após 4 semanas de TR progressivo. 


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  • A inatividade física acelera o processo natural da perda de força e de massa muscular, situação que pode culminar em sarcopenia, tornando necessário estabelecer estratégias de mitigação deste processo. O treinamento resistido (TR) é uma estratégia de baixo custo e alta eficácia na promoção de aumento da força e da massa muscular, considerando a relação dose-resposta entre o volume de TR e a hipertrofia muscular promovida pelo treinamento. A presente dissertação teve por objetivo analisar os efeitos do volume de TR sobre adaptações funcionais e marcadores séricos de adaptação ao TR em camundongos Swiss albino adultos saudáveis. O modelo utilizado para TR foi o de subida na escada inclinada, com progressão semanal da carga de treinamento, garantindo o caráter progressivo do programa de TR. A força muscular foi analisada antes do início do programa de TR e após 4 semanas de treino, através do teste de capacidade máxima de carregamento, que consiste na realização de 1 série (1 subida na escada) com o máximo de sobrecarga por uma distância predeterminada de 0,7 m. A carga de treinamento foi correspondente a 75% da capacidade máxima de carregamento para todos os grupos treinados. Os animais foram divididos em 4 grupos: Controle, G1S = executou 1 série (subida), G2S executou 2 séries e o grupo G4S executou 4 séries por sessão de TR. Foram realizadas 3 sessões semanais, durante 4 semanas. O volume foi calculado a partir da estimativa do trabalho mecânico produzido ao longo da sessão. Todos os 3 grupos treinados tiveram seus valores de força máxima aumentados, porém apenas os grupos G2S (88%) e G4S (128%) apresentaram aumento significativo quando comparados ao grupo controle. Dentre os grupos treinados, apenas o grupo G4S apresentou aumento significativo (61%) em relação G1S para a força muscular, enquanto o grupo G2S não apresentou diferenças significativas em relação aos outros grupos treinados. Para além da força, os níveis séricos de interleucina 6 e de óxido nítrico foram proporcionais ao volume de TR administrado. Estes resultados indicam que o volume de treinamento é determinante para as adaptações fisiológicas e funcionais de camundongos machos adultos saudáveis, dando indícios da relação dose-resposta com a força muscular e com marcadores séricos de adaptação após 4 semanas de TR progressivo. 

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  • MATHEUS FERREIRA DO NASCIMENTO
  • COMPOSIÇÃO QUÍMICA, AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E ATIVIDADES ANTIGENOTÓXICA E ANTINOCICEPTIVA DE ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Croton blanchetianus BAILL.

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • SAMARA RODRIGUES BONFIM DAMASCENO OLIVEIRA
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • Data: 03/02/2022

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  • Croton blanchetianus (marmeleiro preto) é uma planta utilizada no tratamento de distúrbios gastrintestinais e cefaleias. O presente estudo realizou uma avaliação toxicológica e das atividades antigenotóxica e antinociceptiva de óleo essencial extraído de folhas de C. blanchetianus (OECb). Análise por cromatografia gasosa foi realizada para determinar a composição do óleo essencial. O potencial hemolítico foi avaliado in vitro em eritrócitos de camundongo. Toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg, via oral ou intraperitoneal) e toxicidade subaguda (doses diárias de 500 mg/kg oralmente, por 28 dias) em camundongos foram avaliadas através de análise de sobrevivência e de parâmetros comportamentais, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos. A genotoxicidade e o efeito protetor (antigenotóxico) do OECb (1000 e 2000 mg/kg, v.o.) sobre os danos causados pela ciclofosfamida foram investigados utilizando o teste do micronúcleo e células da medula óssea. A atividade antinociceptiva do óleo (25, 50 e 100 mg/kg, v.o.) foi avaliada através dos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e movimento de cauda. A caracterização química indicou como componentes majoritários α-pineno (21,23%), β-felandreno (13,92%), terpinoleno (13,01%) e germacreno D (10,89%). OECb não causou hemólise e não apresentou toxicidade aguda por via oral. Contudo, a administração intraperitoneal de dose única foi letal para os animais. No ensaio de toxicidade subaguda, houve redução da massa corpórea em machos e fêmeas, porém sem sinais de toxicidade de acordo com os demais parâmetros. Análise bioquímica indicou redução dos níveis séricos de glicose, triglicerídeos e colesterol total. OECb não foi genotóxico e protegeu o DNA das células na medula óssea dos animais contra os danos da ciclofosfamida. Nos ensaios de atividade antinociceptiva, foi observada redução das contorções abdominais (69,43–89,41%) e do número de lambidas nas primeira (38,77–84,47%) e segunda (59,75–90,74%) fases no teste de formalina. Nesse último caso, os efeitos foram inibidos por naloxana e glibenclamida, indicando ação via sistema opioide e bloqueio de canais de K+. O tempo de latência no teste de movimento de cauda também aumentou de maneira significativa. Em conclusão, OECb, em doses seguras, demonstrou atividades antigenotóxica e antinociceptiva. Os resultados também estimulam estudos mais detalhados sobre ações hipoglicemiante e hipolipidêmica do óleo.


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  • Croton blanchetianus (marmeleiro preto) é uma planta utilizada no tratamento de distúrbios gastrintestinais e cefaleias. O presente estudo realizou uma avaliação toxicológica e das atividades antigenotóxica e antinociceptiva de óleo essencial extraído de folhas de C. blanchetianus (OECb). Análise por cromatografia gasosa foi realizada para determinar a composição do óleo essencial. O potencial hemolítico foi avaliado in vitro em eritrócitos de camundongo. Toxicidade aguda (dose única de 2000 mg/kg, via oral ou intraperitoneal) e toxicidade subaguda (doses diárias de 500 mg/kg oralmente, por 28 dias) em camundongos foram avaliadas através de análise de sobrevivência e de parâmetros comportamentais, bioquímicos, hematológicos e histopatológicos. A genotoxicidade e o efeito protetor (antigenotóxico) do OECb (1000 e 2000 mg/kg, v.o.) sobre os danos causados pela ciclofosfamida foram investigados utilizando o teste do micronúcleo e células da medula óssea. A atividade antinociceptiva do óleo (25, 50 e 100 mg/kg, v.o.) foi avaliada através dos modelos de contorções abdominais induzidas por ácido acético, teste da formalina e movimento de cauda. A caracterização química indicou como componentes majoritários α-pineno (21,23%), β-felandreno (13,92%), terpinoleno (13,01%) e germacreno D (10,89%). OECb não causou hemólise e não apresentou toxicidade aguda por via oral. Contudo, a administração intraperitoneal de dose única foi letal para os animais. No ensaio de toxicidade subaguda, houve redução da massa corpórea em machos e fêmeas, porém sem sinais de toxicidade de acordo com os demais parâmetros. Análise bioquímica indicou redução dos níveis séricos de glicose, triglicerídeos e colesterol total. OECb não foi genotóxico e protegeu o DNA das células na medula óssea dos animais contra os danos da ciclofosfamida. Nos ensaios de atividade antinociceptiva, foi observada redução das contorções abdominais (69,43–89,41%) e do número de lambidas nas primeira (38,77–84,47%) e segunda (59,75–90,74%) fases no teste de formalina. Nesse último caso, os efeitos foram inibidos por naloxana e glibenclamida, indicando ação via sistema opioide e bloqueio de canais de K+. O tempo de latência no teste de movimento de cauda também aumentou de maneira significativa. Em conclusão, OECb, em doses seguras, demonstrou atividades antigenotóxica e antinociceptiva. Os resultados também estimulam estudos mais detalhados sobre ações hipoglicemiante e hipolipidêmica do óleo.

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  • HALANA LIRENA NAOMA LIMA DE OLIVEIRA
  • “AVALIAÇÃO DE ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DA LECTINA DE FOLHAS DE Bauhinia monandra (BmoLL)”, 

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 18/02/2022

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  • As lectinas isoladas a partir de plantas do gênero Bauhinia demonstraram variadas atividades, como por exemplo atividade anticâncer, inseticida, e também antifúngica. Bauhinia monandra é uma planta ornamental usada na medicina popular como hipoglicemiante e da qual também foram isoladas lectinas. O objetivo deste trabalho foi descrever a atividade antifúngica da lectina de folhas de Bauhinia monandra, BmoLL, bem como sua ação no tratamento de biofilme formado por leveduras. O método utilizado seguiu as condições descritas no documento do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2008). Para o ensaio de biofilme as leveduras foram cultivadas em YPD a 37°C overnight; em seguida foram suspensas e ajustadas para concentração de 106 células/mL. Após o período de 48 h de crescimento do biofilme, o conteúdo dos poços foi transferido para uma nova placa e os poços da mesma foram preenchidos com 180 µL da solução contendo a lectina BmoLL diluída em RPMI 1640. Após 18 h de ação, a leitura foi realizada com comprimento de onda 540 nm. Para a análise, o teste de comparações múltiplas de Tukey foi realizado para todas as médias obtidas com o nível de significância de 5%. A BmoLL apresentou potencial inibitório do crescimento das leveduras em concentrações que variaram de 246 a 492 μg/mL e também foi capaz de inibir a continuação da formação e aumento do biofilme de Candida parapsilosis na concentração de 492 μg/mL.


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  • As lectinas isoladas a partir de plantas do gênero Bauhinia demonstraram variadas atividades, como por exemplo atividade anticâncer, inseticida, e também antifúngica. Bauhinia monandra é uma planta ornamental usada na medicina popular como hipoglicemiante e da qual também foram isoladas lectinas. O objetivo deste trabalho foi descrever a atividade antifúngica da lectina de folhas de Bauhinia monandra, BmoLL, bem como sua ação no tratamento de biofilme formado por leveduras. O método utilizado seguiu as condições descritas no documento do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI, 2008). Para o ensaio de biofilme as leveduras foram cultivadas em YPD a 37°C overnight; em seguida foram suspensas e ajustadas para concentração de 106 células/mL. Após o período de 48 h de crescimento do biofilme, o conteúdo dos poços foi transferido para uma nova placa e os poços da mesma foram preenchidos com 180 µL da solução contendo a lectina BmoLL diluída em RPMI 1640. Após 18 h de ação, a leitura foi realizada com comprimento de onda 540 nm. Para a análise, o teste de comparações múltiplas de Tukey foi realizado para todas as médias obtidas com o nível de significância de 5%. A BmoLL apresentou potencial inibitório do crescimento das leveduras em concentrações que variaram de 246 a 492 μg/mL e também foi capaz de inibir a continuação da formação e aumento do biofilme de Candida parapsilosis na concentração de 492 μg/mL.

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  • JOSÉ JOSENILDO BATISTA
  • Avaliar preparações de sementes de Parkia pendula contendo lectina como agentes moluscicida (Biomphalaria glabrata), cercarecida (Schistosoma mansoni) e ecotoxicidade ambiental (Artemia salina e Danio rerio)

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA MENDONCA DE ALBUQUERQUE MELO
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • Data: 19/04/2022

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  • O caramujo Biomphalaria glabrata é o hospedeiro intermediário do parasita Schistosoma mansoni; o único moluscicida disponível para o controle dessa doença tem apresentado elevado custo e baixa seletividade, o que leva a busca por novas alternativas. O objetivo do trabalho foi avaliar a toxicidade do extrato salino e fração enriquecida com lectina de sementes de Parkia pendula sobre estágios embrionários e adultos B. glabrata, cercária de S. mansoni e a ecotoxicidade frente à Artemia salina. O extrato salino (ES) obtido da suspensão em NaCl 0,15 M e a fração (FR) com sulfato de amônia 0-60% foram avaliados por cromatografia em camada delgada, cromatografia líquida de alta eficiência e análises físico-químicas. Embriões nos estágios de blástula, gástrula, trocófora, véliger e Hippo stage e caramujos adultos foram expostos (24 h) ao ES e FR e os parâmetros reprodutivos (fecundidade e fertilidade) e sobrevivência (sete dias após exposição), bem como a citotoxicidade e genotoxicidade foram analisados. Além disso, os efeitos cercarecida e segurança ambiental utilizando A. salina foram realizados. ES apresentou apenas açúcares redutores (0,86 mg/mL), enquanto a FR não revelou nenhum metabólito analisado. O conteúdo de proteína do EP foi 5,1 mg/mL, atividade hemaglutinante (HA) de 64 e HÁ específica (SHA) de 12,54, enquanto FR continha 0,91 mg/mL de proteína, HA 128 e SHA 140,65. O ES e FR apresentaram efeitos tóxicos para os embriões (CL90 de 464,25; 479,62; 731,28; 643,28; 408,43 e 250,94; 318,03; 406,12; 635,64; 1,145 mg/mL, para blástula, gástrula, trocófora, véliger e Hippo stage, respectivamente), caramujos adultos após 24 h de exposição (CL90 de 9,50 e 10,92 mg/mL, respectivamente) com aumento da mortalidade após 7 dias de observação e diminuição significativa (p< 0,05; p< 0,01 e p< 0,001) na deposição de massa de ovos. Em concentrações subletais, observou-se o aumento das alterações quantitativas e morfológicas nos hemócitos, e na análise de genotoxicidade foram detectados vários graus de dano nuclear. Além disso, o ES apresentou alterações na motilidade das cercárias, enquanto a FR apresentou toxicidade a partir da concentração de 1,0 mg/mL. O ES apresentou toxicidade para A. salina nas maiores concentrações (3,0, 4,0 e 5,0 mg/mL), enquanto a fração foi atóxica. Conclui-se que EP e FR apresentam-se como promissores no combate à esquistossomose por eliminar o hospedeiro intermediário e causar alteração e/ou mortalidade ao agente infeccioso. Além disso, o ES apresentou toxicidade e a FR foi atóxica para A. salina.


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  • The snail Biomphalaria glabrata is the intermediate host of the parasite Schistosoma mansoni; the only molluscicide available to control this disease has shown high cost and low selectivity, which leads to the search for new alternatives. The objective of this work was to evaluate the toxicity of the saline extract and lectin-enriched fraction of Parkia pendula seeds on embryonic and adult stages of B. glabrata, cercaria of S. mansoni and the ecotoxicity against Artemia salina. The saline extract (ES) obtained from the suspension in 0.15 M NaCl and the fraction (FR) with 0-60% ammonium sulfate were evaluated by thin layer chromatography, high performance liquid chromatography and physicochemical analyses. Blastula, gastrula, trochophora, veliger and Hippo stage embryos and adult snails were exposed (24 h) to ES and FR and reproductive parameters (fecundity and fertility) and survival (seven days after exposure), as well as cytotoxicity and genotoxicity were analyzed. In addition, the effects of fenced and environmental safety using A. salina were performed. ES showed only reducing sugars (0.86 mg/mL), while FR did not reveal any metabolite analyzed. The protein content of EP was 5.1 mg/mL, hemagglutinating activity (HA) of 64 and specific HA (SHA) of 12.54, while FR contained 0.91 mg/mL of protein, HA 128 and SHA 140, 65. ES and FR showed toxic effects for embryos (LC90 of 464.25; 479.62; 731.28; 643.28; 408.43 and 250.94; 318.03; 406.12; 635.64; 1.145 mg/mL, for blastula, gastrula, trochophora, veliger and Hippo stage, respectively), adult snails after 24 h of exposure (LC90 of 9.50 and 10.92 mg/mL, respectively) with increased mortality after 7 days of exposure. observation and significant decrease (p<0.05; p<0.01 and p<0.001) in egg mass deposition. At sublethal concentrations, an increase in quantitative and morphological changes in hemocytes was observed, and in the genotoxicity analysis, several degrees of nuclear damage were detected. In addition, ES showed changes in cercariae motility, while FR showed toxicity from a concentration of 1.0 mg/mL. ES showed toxicity to A. salina at the highest concentrations (3.0, 4.0 and 5.0 mg/mL), while the fraction was non-toxic. It is concluded that EP and FR are promising in the fight against schistosomiasis by eliminating the intermediate host and causing alteration and/or mortality to the infectious agent. In addition, ES showed toxicity and FR was non-toxic to A. salina.

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  • AMANDA DE OLIVEIRA ARAÚJO
  • Administração de melatonina e desenvolvimento cerebral: análise de parâmetros comportamentais e eletrofisiológicos em ratos jovens

  • Orientador : RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • JAILANE DE SOUZA AQUINO
  • Data: 25/05/2022

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  • A melatonina (MLT) é um hormônio sintetizado a partir do triptofano. Seus efeitos benéficos são bem descritos em algumas doenças neurológicas. Neste estudo, ratos Wistar machos receberam, do 7º ao 27º dia pós-natal (DPN), em dias alternados, solução salina (grupo controle), ou 10 mg/kg/dia ou 40 mg/kg/dia de MLT (grupos MLT-10 e MLT-40), ou nenhum tratamento (grupo intacto). Entre DPN30 e DPN34 os animais foram testados no aparelho de campo aberto (CA), primeiro para ansiedade (DPN30) e depois para tarefas de memória de reconhecimento de objetos: de posição espacial - RP (DPN31) e reconhecimento de formas - RF (DPN32). Em DPN34, foram testados no labirinto em cruz elevado (LCE). Do DPN36 a 42, registrou-se o fenômeno eletrofisiológico conhecido como depressão alastrante cortical (DAC). O tratamento com MLT não alterou o peso corporal e a glicemia dos animais, mas na menor das duas doses que utilizamos teve um impacto significante, positivo, sobre os testes comportamentais indicativos de ansiedade e memória de reconhecimento de objetos. A dose mais baixa de MLT (10 mg/kg/dia) desacelerou significantemente a DAC (2,86 ± 0,14 mm/min) em comparação com os grupos controle (3,31 ± 0,09 mm/min e 3,25 ± 0,10 mm/min; grupo intacto e veículo, respectivamente). No entanto, a dose mais alta (40 mg/kg/dia) acelerou a DAC (3,96 ± 0,16 mm/min; p <0,01). Nossos achados indicam que a administração de MLT, durante o desenvolvimento cerebral, pode atuar como antioxidante quando administrado em baixas doses, mas como pró-oxidante quando administrado em altas doses, no que se refere a parâmetros comportamentais sugestivos de ansiedade e memória e também a parâmetros eletrofisiológicos (DAC), dando-nos oportunidade para discutir possíveis implicações clínicas para tais efeitos.


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  • A melatonina (MLT) é um hormônio sintetizado a partir do triptofano. Seus efeitos benéficos são bem descritos em algumas doenças neurológicas. Neste estudo, ratos Wistar machos receberam, do 7º ao 27º dia pós-natal (DPN), em dias alternados, solução salina (grupo controle), ou 10 mg/kg/dia ou 40 mg/kg/dia de MLT (grupos MLT-10 e MLT-40), ou nenhum tratamento (grupo intacto). Entre DPN30 e DPN34 os animais foram testados no aparelho de campo aberto (CA), primeiro para ansiedade (DPN30) e depois para tarefas de memória de reconhecimento de objetos: de posição espacial - RP (DPN31) e reconhecimento de formas - RF (DPN32). Em DPN34, foram testados no labirinto em cruz elevado (LCE). Do DPN36 a 42, registrou-se o fenômeno eletrofisiológico conhecido como depressão alastrante cortical (DAC). O tratamento com MLT não alterou o peso corporal e a glicemia dos animais, mas na menor das duas doses que utilizamos teve um impacto significante, positivo, sobre os testes comportamentais indicativos de ansiedade e memória de reconhecimento de objetos. A dose mais baixa de MLT (10 mg/kg/dia) desacelerou significantemente a DAC (2,86 ± 0,14 mm/min) em comparação com os grupos controle (3,31 ± 0,09 mm/min e 3,25 ± 0,10 mm/min; grupo intacto e veículo, respectivamente). No entanto, a dose mais alta (40 mg/kg/dia) acelerou a DAC (3,96 ± 0,16 mm/min; p <0,01). Nossos achados indicam que a administração de MLT, durante o desenvolvimento cerebral, pode atuar como antioxidante quando administrado em baixas doses, mas como pró-oxidante quando administrado em altas doses, no que se refere a parâmetros comportamentais sugestivos de ansiedade e memória e também a parâmetros eletrofisiológicos (DAC), dando-nos oportunidade para discutir possíveis implicações clínicas para tais efeitos.

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  • LUCIANE VASCONCELOS SANTOS
  • Avaliação dos Efeitos Antinociceptivo, Anti-inflamatório e Gastroprotetor do Extrato Hidroalcóolico das Folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira Pinto, Mansano & Azevedo)

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • Data: 13/06/2022

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  • Úlceras pépticas são lesões no trato digestivo, onde há perda do tecido superficial estendendo-se pela submucosa e podendo chegar até ao tecido muscular. Como sintomas a dor e a inflamação estão presentes e o estresse oxidativo oriundo das causas (etanol ou H. pilori, por exemplo) favorece o quadro inflamatório e consecutivamente a lesão gástrica. Embora existam diversos medicamentos para tratamento dessa condição, não existe um tratamento totalmente eficaz, duradouro e seguro. A região brasileira da Caatinga abriga um grande número de espécies vegetais de recorrente consumo. Plantas da família Hymenaea se mostram promissoras na área de terapia para o trato gastrointestinal, apesar de ainda serem relativamente raros na literatura os trabalhos sobre essa família. Frente a isso, o presente trabalho visou investigar o efeito gastroprotetor  e mecanismos do extrato hidroalcóolico das folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira) em modelo animal experimental. Para tal, o extrato foi sintetizado e diferentes doses foram aplicadas em camundongos albinos da linhagem Swiss, com os devidos controles para comparação. De acordo com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível obter com um bom rendimento o EHHc e determinar a sua composição química, tendo como componente majoritário o ácido gálico. Os testes farmacológicos mostraram que EHHc apresentou excelente atividade, dose dependente, para os modelos nociceptivos, anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Frente ao perfil de citocinas inflamatórias foi visto que o presente extrato foi capaz de atenuar os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α. Já em relação aos parâmetros oxidativos (níveis de malondialdeído, glutationa reduzida e muco gástrico) permitiu corroborar a ação gastroprotetora desse extrato. O mecanismo de ação de EHHC envolve o óxido nítrico e síntese de prostaglandinas, enquanto não provoca nenhum efeito de toxicidade aguda, mesmo em doses muito elevadas em relação à dose terapêutica. Além de valorizar uma espécie endêmica da caatinga brasileira, os resultados do presente estudo podem impulsionar a utilização dessa espécie pela comunidade local e pelas indústrias farmacêuticas, bem como favorecer pesquisas futuras que testem esses efeitos em humanos.


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  • Úlceras pépticas são lesões no trato digestivo, onde há perda do tecido superficial estendendo-se pela submucosa e podendo chegar até ao tecido muscular. Como sintomas a dor e a inflamação estão presentes e o estresse oxidativo oriundo das causas (etanol ou H. pilori, por exemplo) favorece o quadro inflamatório e consecutivamente a lesão gástrica. Embora existam diversos medicamentos para tratamento dessa condição, não existe um tratamento totalmente eficaz, duradouro e seguro. A região brasileira da Caatinga abriga um grande número de espécies vegetais de recorrente consumo. Plantas da família Hymenaea se mostram promissoras na área de terapia para o trato gastrointestinal, apesar de ainda serem relativamente raros na literatura os trabalhos sobre essa família. Frente a isso, o presente trabalho visou investigar o efeito gastroprotetor  e mecanismos do extrato hidroalcóolico das folhas do Jatobá (Hymenaea cangaceira) em modelo animal experimental. Para tal, o extrato foi sintetizado e diferentes doses foram aplicadas em camundongos albinos da linhagem Swiss, com os devidos controles para comparação. De acordo com os resultados obtidos nesse trabalho foi possível obter com um bom rendimento o EHHc e determinar a sua composição química, tendo como componente majoritário o ácido gálico. Os testes farmacológicos mostraram que EHHc apresentou excelente atividade, dose dependente, para os modelos nociceptivos, anti-inflamatório, antioxidante e gastroprotetor. Frente ao perfil de citocinas inflamatórias foi visto que o presente extrato foi capaz de atenuar os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β, IL-6 e TNF-α. Já em relação aos parâmetros oxidativos (níveis de malondialdeído, glutationa reduzida e muco gástrico) permitiu corroborar a ação gastroprotetora desse extrato. O mecanismo de ação de EHHC envolve o óxido nítrico e síntese de prostaglandinas, enquanto não provoca nenhum efeito de toxicidade aguda, mesmo em doses muito elevadas em relação à dose terapêutica. Além de valorizar uma espécie endêmica da caatinga brasileira, os resultados do presente estudo podem impulsionar a utilização dessa espécie pela comunidade local e pelas indústrias farmacêuticas, bem como favorecer pesquisas futuras que testem esses efeitos em humanos.

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  • ELENILSON MAXIMINO BERNARDO
  • Efeitos do treinamento físico moderado sobre o estresse oxidativo e expressão de receptores glutamatérgicos e gabaérgicos no tronco encefálico de ratos submetidos a restrição proteica materna

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALINE ISABEL DA SILVA
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • Data: 01/08/2022

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  • Estudos demonstram uma forte correlação entre insultos nutricional inadequado, como a
    desnutrição proteica, durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças
    crônicas, incluído a hipertensão. Entre vários mecanismos levantado para tais patologia, o
    estresse oxidativo tem uma influência relevante. Em contraste, o exercício físico moderado é
    apontado como um modulador positivo do estresse oxidativo e do fluxo simpático central,
    reduzindo o risco do surgimento dessas doenças, sendo ele uma estratégia para combater o
    aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Desta forma, o presente estudo teve como
    objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre o balanço oxidativo e a
    expressão de peptídeos excitatórios e inibitórios no tronco de ratos jovens submetidos a
    desnutrição proteica materna. Inicialmente, 8 ratas prenhas foram divididas em dois grupos
    experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta
    contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Durante os dias 26, 27 e 28
    os animais realizaram o teste de esforço incremental em esteira, aos 30 dias de vida, os grupos
    controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos em grupos não treinados (CNT e DNT) e
    treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado
    (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas durante 1
    hora por dia. Aos 60 dias, o tronco encefálico foi coletado e as seguintes análises foram
    realizadas: Biomarcadores do estresse oxidativo: MDA e Carbonilas; atividade enzimática da
    citrato sintase, SOD, CAT, e GST; atividade do sistema antioxidante não-enzimático:
    Sulfidrilas, GSH,GSSG e a Razão GSH//GSSG; expressão gênica dos peptídeos excitatório
    GRIN1 e GRIA1; expressão gênica dos peptídeos inibitórios GABARA1, GABRB2,
    GABARAPL1 e GAD; e a expressão gênica da UCP2. De forma resumida, observamos que os
    animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no
    metabolismo oxidativo, desbalanço no estado REDOX e uma maior sensibilidade a impulsos
    excitatórios. Por outro lado, o exercício físico reverteu o estresse oxidativo e aumentou a
    expressão do peptídeo GABARAPL1 no tronco dos ratos desnutridos


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  • Estudos demonstram uma forte correlação entre insultos nutricional inadequado, como a
    desnutrição proteica, durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças
    crônicas, incluído a hipertensão. Entre vários mecanismos levantado para tais patologia, o
    estresse oxidativo tem uma influência relevante. Em contraste, o exercício físico moderado é
    apontado como um modulador positivo do estresse oxidativo e do fluxo simpático central,
    reduzindo o risco do surgimento dessas doenças, sendo ele uma estratégia para combater o
    aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Desta forma, o presente estudo teve como
    objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre o balanço oxidativo e a
    expressão de peptídeos excitatórios e inibitórios no tronco de ratos jovens submetidos a
    desnutrição proteica materna. Inicialmente, 8 ratas prenhas foram divididas em dois grupos
    experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta
    contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Durante os dias 26, 27 e 28
    os animais realizaram o teste de esforço incremental em esteira, aos 30 dias de vida, os grupos
    controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos em grupos não treinados (CNT e DNT) e
    treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado
    (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas durante 1
    hora por dia. Aos 60 dias, o tronco encefálico foi coletado e as seguintes análises foram
    realizadas: Biomarcadores do estresse oxidativo: MDA e Carbonilas; atividade enzimática da
    citrato sintase, SOD, CAT, e GST; atividade do sistema antioxidante não-enzimático:
    Sulfidrilas, GSH,GSSG e a Razão GSH//GSSG; expressão gênica dos peptídeos excitatório
    GRIN1 e GRIA1; expressão gênica dos peptídeos inibitórios GABARA1, GABRB2,
    GABARAPL1 e GAD; e a expressão gênica da UCP2. De forma resumida, observamos que os
    animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no
    metabolismo oxidativo, desbalanço no estado REDOX e uma maior sensibilidade a impulsos
    excitatórios. Por outro lado, o exercício físico reverteu o estresse oxidativo e aumentou a
    expressão do peptídeo GABARAPL1 no tronco dos ratos desnutridos

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  • JENNYFER MARTINS DE CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DO TRATAMENTO COM HIDRALAZINA NA LESÃO RENAL INDUZIDA PELA OBSTRUÇÃO URETERAL UNILATERAL EM RATOS

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNO MENDES TENORIO
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 08/08/2022

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  • A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública. A DRC tem progressão lenta e geralmente é detectada apenas nos estágios finais, quando o paciente já está próximo da necessidade de terapia renal substitutiva. As principais características fisiopatológicas da lesão renal estão relacionadas ao dano na barreira de filtração glomerular, com elevação de ureia e creatina séricas. Porém apesar de conhecida, as abordagens terapêuticas para a DRC ainda permanecem escassas. Nesse sentido, terapias que envolvam proteção contra os mecanismos de desenvolvimento da lesão são extremamente relevantes. A hidralazina é um vasodilatador periférico que tem se mostrado com efeito protetor sobre a lesão renal, assim, compreender quais os mecanismos relacionados à proteção podem auxiliar o seu uso na clínica para DRC. Ratos Wistar (n=16) foram submetidos a obstrução ureteral unilateral, e foram divididos em dois grupos (OUU) e um grupo que recebeu o tratamento com hidralazina (5mg/kg em dias alternados; HD) e outra parte dos animais (n=8) foi submetido à uma cirurgia simulada (Sham). Após 10 dias da cirurgia, os animais foram eutanasiados e a urina, sangue e rins foram coletados.  A avaliação após 24h da indução da lesão renal mostrou que os animais que sofreram OUU apresentaram maiores níveis séricos de creatinina do que o grupo Sham (p<0,05). Após 10 dias da cirurgia, os animais que receberam o tratamento com HD apresentaram redução dos níveis séricos de ureia e creatinina (p<0,05) em relação ao grupo OUU. Para avaliar as vias relacionadas ao desenvolvimento da lesão renal, a produção basal de ânions superóxido e pela atividade da NADPH Oxidase foram mensuradas: o tratamento com hidralazina reduziu ambos os parâmetros em relação ao grupo OUU.  Na avaliação da peroxidação lipídica, foi identificado que os animais tratados  com HD também apresentaram proteção antioxidante. As enzimas antioxidantes superóxido dismutase e catalase apresentaram maior atividade no grupo tratado com hidralazina em relação ao grupo OUU. Nossos resultados indicam que os efeitos protetores da hidralazina podem estar relacionados à proteção antioxidante por estímulo de enzimas antioxidantes e inibição da NADPH oxidase. Dessa forma, esses dados pré-clínicos podem contribuir para o reposicionamento farmacológico dessa droga na terapia da lesão renal.


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  • A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública. A DRC tem progressão lenta e geralmente é detectada apenas nos estágios finais, quando o paciente já está próximo da necessidade de terapia renal substitutiva. As principais características fisiopatológicas da lesão renal estão relacionadas ao dano na barreira de filtração glomerular, com elevação de ureia e creatina séricas. Porém apesar de conhecida, as abordagens terapêuticas para a DRC ainda permanecem escassas. Nesse sentido, terapias que envolvam proteção contra os mecanismos de desenvolvimento da lesão são extremamente relevantes. A hidralazina é um vasodilatador periférico que tem se mostrado com efeito protetor sobre a lesão renal, assim, compreender quais os mecanismos relacionados à proteção podem auxiliar o seu uso na clínica para DRC. Ratos Wistar (n=16) foram submetidos a obstrução ureteral unilateral, e foram divididos em dois grupos (OUU) e um grupo que recebeu o tratamento com hidralazina (5mg/kg em dias alternados; HD) e outra parte dos animais (n=8) foi submetido à uma cirurgia simulada (Sham). Após 10 dias da cirurgia, os animais foram eutanasiados e a urina, sangue e rins foram coletados.  A avaliação após 24h da indução da lesão renal mostrou que os animais que sofreram OUU apresentaram maiores níveis séricos de creatinina do que o grupo Sham (p<0,05). Após 10 dias da cirurgia, os animais que receberam o tratamento com HD apresentaram redução dos níveis séricos de ureia e creatinina (p<0,05) em relação ao grupo OUU. Para avaliar as vias relacionadas ao desenvolvimento da lesão renal, a produção basal de ânions superóxido e pela atividade da NADPH Oxidase foram mensuradas: o tratamento com hidralazina reduziu ambos os parâmetros em relação ao grupo OUU.  Na avaliação da peroxidação lipídica, foi identificado que os animais tratados  com HD também apresentaram proteção antioxidante. As enzimas antioxidantes superóxido dismutase e catalase apresentaram maior atividade no grupo tratado com hidralazina em relação ao grupo OUU. Nossos resultados indicam que os efeitos protetores da hidralazina podem estar relacionados à proteção antioxidante por estímulo de enzimas antioxidantes e inibição da NADPH oxidase. Dessa forma, esses dados pré-clínicos podem contribuir para o reposicionamento farmacológico dessa droga na terapia da lesão renal.

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  • MARIA LUÍSA FIGUEIRA DE OLIVEIRA
  • “Atividade física voluntária materna e dieta hipoprotéica: efeito sobre a depressão alastrante cortical e o padrão de imuno-marcação”

  • Orientador : RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SONIA CAROLINA GUERRERO PIETRO
  • ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
  • Data: 08/08/2022

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  • A desnutrição proteica ocasiona alterações no funcionamento do sistema nervoso central, influenciando de forma negativa no desenvolvimento fetal. A prática de exercício físico durante o período gestacional proporciona que o organismo fetal seja beneficiado com alterações adaptativas que podem atuar com neuroproteção, beneficiando a prole. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito da dieta hipoproteica e da atividade física voluntária materna sobre aspectos eletrofisiológicos e morfológicos encefálicos, tanto nas mães quanto nos filhotes. A hipótese deste projeto é que a atividade física voluntária pré-gestação, age como agente reprogramador metabólico e neural, atenuando os efeitos associados a alterações neurais maternas e da prole induzidas pela desnutrição proteica materna gestacional e pós-gestacional. Ratas da linhagem Wistar (n=40) foram submetidas à atividade física voluntária (em rodas de corrida, contendo ciclocomputador), o que permite o registro da distância percorrida, tempo de atividade e gasto calórico. As ratas passaram por um período de adaptação (30 dias) e após esse período foram classificadas de acordo com o nível de atividade física diária em: sedentárias, baixa atividade, média atividade e alta atividade. Um grupo controle sedentário com peso e idade similar, foi alojado de igual modo nas gaiolas de atividade física voluntária, porém com a roda de corrida travada. Logo após o período de adaptação, as ratas foram acasaladas e após detecção da prenhez, receberam dieta hipoproteica durante a gestação. Após o período de aleitamento, quando as mães atingiram a idade entre 160 a 170 dias de vida, e os filhotes idade entre 35-45 dias, sob anestesia, foram submetidos ao registro eletrofisiológico da depressão alastrante cortical (DAC). Os parâmetros da DAC (velocidade de propagação, amplitude e duração) foram calculados. Ao fim do registro, os animais foram perfundidos e seus encéfalos, pós fixados foram seccionados e submetidos à imunomarcação com anticorpos específicos, para posterior análise imunohistoquímica. Os dados foram analisados estatisticamente com a ANOVA, seguido de teste “post hoc” (Holm-Sidak), quando indicado. Nossos resultados podem fornecer informações importantes sobre o papel modulador da atividade física voluntária pré-gestacional, durante e após a gestação no sentido de reprogramar os efeitos da desnutrição proteica sobre o sistema nervoso central.


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  • A desnutrição proteica ocasiona alterações no funcionamento do sistema nervoso central, influenciando de forma negativa no desenvolvimento fetal. A prática de exercício físico durante o período gestacional proporciona que o organismo fetal seja beneficiado com alterações adaptativas que podem atuar com neuroproteção, beneficiando a prole. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito da dieta hipoproteica e da atividade física voluntária materna sobre aspectos eletrofisiológicos e morfológicos encefálicos, tanto nas mães quanto nos filhotes. A hipótese deste projeto é que a atividade física voluntária pré-gestação, age como agente reprogramador metabólico e neural, atenuando os efeitos associados a alterações neurais maternas e da prole induzidas pela desnutrição proteica materna gestacional e pós-gestacional. Ratas da linhagem Wistar (n=40) foram submetidas à atividade física voluntária (em rodas de corrida, contendo ciclocomputador), o que permite o registro da distância percorrida, tempo de atividade e gasto calórico. As ratas passaram por um período de adaptação (30 dias) e após esse período foram classificadas de acordo com o nível de atividade física diária em: sedentárias, baixa atividade, média atividade e alta atividade. Um grupo controle sedentário com peso e idade similar, foi alojado de igual modo nas gaiolas de atividade física voluntária, porém com a roda de corrida travada. Logo após o período de adaptação, as ratas foram acasaladas e após detecção da prenhez, receberam dieta hipoproteica durante a gestação. Após o período de aleitamento, quando as mães atingiram a idade entre 160 a 170 dias de vida, e os filhotes idade entre 35-45 dias, sob anestesia, foram submetidos ao registro eletrofisiológico da depressão alastrante cortical (DAC). Os parâmetros da DAC (velocidade de propagação, amplitude e duração) foram calculados. Ao fim do registro, os animais foram perfundidos e seus encéfalos, pós fixados foram seccionados e submetidos à imunomarcação com anticorpos específicos, para posterior análise imunohistoquímica. Os dados foram analisados estatisticamente com a ANOVA, seguido de teste “post hoc” (Holm-Sidak), quando indicado. Nossos resultados podem fornecer informações importantes sobre o papel modulador da atividade física voluntária pré-gestacional, durante e após a gestação no sentido de reprogramar os efeitos da desnutrição proteica sobre o sistema nervoso central.

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  • LUIS AFONSO SILVEIRA FARIAS
  • Isolamento e caracterização do inibidor de tripsina de folhas de Cissus sicyoides (insulina vegetal) e seus efeitos citotóxicos e imunomodulador

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • ROBSON RAION DE VASCONCELOS ALVES
  • Data: 09/08/2022

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  • Cissus sicyoides L., família VITACEAE,é uma trepadeira tropical americana que possui diversas propriedades medicinais, sendo seu uso como antidiabético e anti-inflamatório os mais conhecidos. A família VITACEAE está entre as maiores fontes de inibidores de proteases vegetais, classe de proteína que vem ganhando destaque em pesquisas por suas aplicações biotecnológicas, como por exemplo na imunomodulação. Assim, este trabalho descreve a purificação e caracterização de um inibidor de tripsina obtido de folhas de C. sicyoides (CsFTI) e a avaliação de sua toxicidade e sua atividade imunomoduladora. O extrato proteico das folhas de C. sicyoides (EPFCs) foi obtido por homogeneização do pó das folhas secas em Tris-HCl (pH 10) 10%, p/v, por 16 horas a 25 °C. Para obtenção do inibidor, EPFCs foi aplicado em cromatografia de afinidade (Tripsina-Agarose). EPFCs e o CsFTI foram avaliados quanto a sua homogeneidade por eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) em condições desnaturantes (SDS), e ainda, o CsFTI foi submetido a uma eletroforese bidimensional para verificar seu ponto isoelétrico e sua subunidade foi comparada com a de outras plantas. Outros parâmetros como quantificação proteica e atividade inibitória de tripsina foram realizados. Além disso, a análise fitoquímica do EPFCs foi realizada por cromatografia em camada delgada.  A estabilidade do inibidor foi avaliada em diferentes condições de temperatura (30-100 °C) e pH (3,0-9,0), tendo como parâmetro a atividade inibitória de tripsina. O EPFCs e CsFTI (1 mg/mL) foram avaliados quanto à atividade hemolítica com eritrócitos humanos e sua capacidade de promover necrose em células mononucleares de sangue periférico (PBMC) tratados com as amostras (1,6–100 μg/mL). A atividade imunomoduladora de CsFTI e EPFCs sobre PBMCs foi avaliada através da determinação dos níveis de citocinas (TNF-α, IFN- γ, IL-2, IL4, IL-6, IL-10, IL-17). A avaliação para detecção de metabólitos secundários por Cromatografia em Camada Delgada (TLC) não revelou nenhum metabólito secundário no EPFCs. O EPFCs apresentou três bandas com aproximadamente 44,7 kDa, 37,8 kDa e 14,3 kDa, CSFTI (14,3 kDa) apresentou atividade inibitória de tripsina específica de 5.208 U/mg, ponto isoelétrico na faixa ácida (5,3) e ainda se apresentou como uma proteína termoestável. CsFTI mostrou homologia com uma endoquitinase encontrada nas folhas de Vitis vinífera, também da família VITACEAE. O CsFTI apresentou uma baixa toxicidade frente a PBMCs, apenas na maior concentração testada (100 μg/mL) foi positiva.  O padrão de imunomodulação foi similar para EPFCs e o CsFTI, onde ambos estimularam a liberação de IL-4, IL-6, IL-10 e TNF- α. A liberação de IFN-γ, IL-2 e IL-17 não foi alterada por EPFCs e CsFTI nas concentrações testadas.Em conclusão, de forma pioneira, foi isolado um peptídeo de baixo peso molecular, de natureza ácida e com alta atividade inibitória de tripsina obtido das folhas de C. sicyoides – CsFTI, Ainda, CsFTI exibiu uma atividade imunomoduladora, capaz de estimular citocinas anti-inflamatórias, com padrão de citocinas similar ao que é visto em condições protetora/terapêutica para o Diabetes melitus; uma alta liberação de TNF-α também foi observada.


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  • Cissus sicyoides L., família VITACEAE,é uma trepadeira tropical americana que possui diversas propriedades medicinais, sendo seu uso como antidiabético e anti-inflamatório os mais conhecidos. A família VITACEAE está entre as maiores fontes de inibidores de proteases vegetais, classe de proteína que vem ganhando destaque em pesquisas por suas aplicações biotecnológicas, como por exemplo na imunomodulação. Assim, este trabalho descreve a purificação e caracterização de um inibidor de tripsina obtido de folhas de C. sicyoides (CsFTI) e a avaliação de sua toxicidade e sua atividade imunomoduladora. O extrato proteico das folhas de C. sicyoides (EPFCs) foi obtido por homogeneização do pó das folhas secas em Tris-HCl (pH 10) 10%, p/v, por 16 horas a 25 °C. Para obtenção do inibidor, EPFCs foi aplicado em cromatografia de afinidade (Tripsina-Agarose). EPFCs e o CsFTI foram avaliados quanto a sua homogeneidade por eletroforese em gel de poliacrilamida (PAGE) em condições desnaturantes (SDS), e ainda, o CsFTI foi submetido a uma eletroforese bidimensional para verificar seu ponto isoelétrico e sua subunidade foi comparada com a de outras plantas. Outros parâmetros como quantificação proteica e atividade inibitória de tripsina foram realizados. Além disso, a análise fitoquímica do EPFCs foi realizada por cromatografia em camada delgada.  A estabilidade do inibidor foi avaliada em diferentes condições de temperatura (30-100 °C) e pH (3,0-9,0), tendo como parâmetro a atividade inibitória de tripsina. O EPFCs e CsFTI (1 mg/mL) foram avaliados quanto à atividade hemolítica com eritrócitos humanos e sua capacidade de promover necrose em células mononucleares de sangue periférico (PBMC) tratados com as amostras (1,6–100 μg/mL). A atividade imunomoduladora de CsFTI e EPFCs sobre PBMCs foi avaliada através da determinação dos níveis de citocinas (TNF-α, IFN- γ, IL-2, IL4, IL-6, IL-10, IL-17). A avaliação para detecção de metabólitos secundários por Cromatografia em Camada Delgada (TLC) não revelou nenhum metabólito secundário no EPFCs. O EPFCs apresentou três bandas com aproximadamente 44,7 kDa, 37,8 kDa e 14,3 kDa, CSFTI (14,3 kDa) apresentou atividade inibitória de tripsina específica de 5.208 U/mg, ponto isoelétrico na faixa ácida (5,3) e ainda se apresentou como uma proteína termoestável. CsFTI mostrou homologia com uma endoquitinase encontrada nas folhas de Vitis vinífera, também da família VITACEAE. O CsFTI apresentou uma baixa toxicidade frente a PBMCs, apenas na maior concentração testada (100 μg/mL) foi positiva.  O padrão de imunomodulação foi similar para EPFCs e o CsFTI, onde ambos estimularam a liberação de IL-4, IL-6, IL-10 e TNF- α. A liberação de IFN-γ, IL-2 e IL-17 não foi alterada por EPFCs e CsFTI nas concentrações testadas.Em conclusão, de forma pioneira, foi isolado um peptídeo de baixo peso molecular, de natureza ácida e com alta atividade inibitória de tripsina obtido das folhas de C. sicyoides – CsFTI, Ainda, CsFTI exibiu uma atividade imunomoduladora, capaz de estimular citocinas anti-inflamatórias, com padrão de citocinas similar ao que é visto em condições protetora/terapêutica para o Diabetes melitus; uma alta liberação de TNF-α também foi observada.

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  • ELIAS VINICIUS FERREIRA DO AMARAL
  • “Efeito gastroprotetor do óleo da semente de Syagrus schizophylla (MART.) GLASSMAN em modelo animal experimental”

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 29/08/2022

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  • O Brasil é considerado um país de elevado poder biotecnológico natural, uma vez que detém material gerador de economia local e nacional a serem aplicados pela indústria de transformação. Sendo uma das principais matéria-prima para a bioeconomia o Brasil tem capacidade de processar 187.304 toneladas por dia de oleaginosas. Alguns estudos foram concluídos e mostrava que espécies do gênero Syagrus possuem atividade gastroprotetora, levando a principal hipótese para os ácidos graxos, principalmente os que são encontrados no óleo das sementes destas plantas, pois estão envolvidos em processos anti-inflamatórios e anti-ulcerogênicos o que possivelmente favoreceu essa redução dos processos ulcerativos encontrados nesses trabalhos. Com isso, esse trabalho teve como objetivo investigar o efeito gastroprotetor do óleo da semente de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman em modelo in vivo. Metodologicamente foi extraido O óleo das sementes de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman através de prensa hidráulica. As sementes foram colhidas em Usina de Coruripe, Portaria da Indústria, Alagoas, Brasil e registrado em Herbário do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram utilizados camundongos Swiss albino fêmeas com 10-12 semanas de idade, pesando entre 30 a 35 g, provenientes do biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da UFPE. O experimento de indução de úlcera gástrica por etanol, os animais ficaram em jejum por 18 h com acesso livre à água antes do experimento, foram formados sete grupos (n = 6), sendo: controle negativo, controle positivo (ranitidina, 100 mg/kg; v.o.) e óleo da semente de Syagrus schizophylla em 5 doses diferentes (1, 10, 100, 200 e 400 mg/kg; v.o.). Após a retirada dos estômagos foram fotografados para análise das lesões usando o software ImageJ (Versão 1.45) constatou-se que a melhor dose foi de 100 mg/Kg de animal, dando a entender a eficiência do óleo para futuras pesquisas na área de gastroproteção.


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  • O Brasil é considerado um país de elevado poder biotecnológico natural, uma vez que detém material gerador de economia local e nacional a serem aplicados pela indústria de transformação. Sendo uma das principais matéria-prima para a bioeconomia o Brasil tem capacidade de processar 187.304 toneladas por dia de oleaginosas. Alguns estudos foram concluídos e mostrava que espécies do gênero Syagrus possuem atividade gastroprotetora, levando a principal hipótese para os ácidos graxos, principalmente os que são encontrados no óleo das sementes destas plantas, pois estão envolvidos em processos anti-inflamatórios e anti-ulcerogênicos o que possivelmente favoreceu essa redução dos processos ulcerativos encontrados nesses trabalhos. Com isso, esse trabalho teve como objetivo investigar o efeito gastroprotetor do óleo da semente de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman em modelo in vivo. Metodologicamente foi extraido O óleo das sementes de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman através de prensa hidráulica. As sementes foram colhidas em Usina de Coruripe, Portaria da Indústria, Alagoas, Brasil e registrado em Herbário do Departamento de Biologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram utilizados camundongos Swiss albino fêmeas com 10-12 semanas de idade, pesando entre 30 a 35 g, provenientes do biotério do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami da UFPE. O experimento de indução de úlcera gástrica por etanol, os animais ficaram em jejum por 18 h com acesso livre à água antes do experimento, foram formados sete grupos (n = 6), sendo: controle negativo, controle positivo (ranitidina, 100 mg/kg; v.o.) e óleo da semente de Syagrus schizophylla em 5 doses diferentes (1, 10, 100, 200 e 400 mg/kg; v.o.). Após a retirada dos estômagos foram fotografados para análise das lesões usando o software ImageJ (Versão 1.45) constatou-se que a melhor dose foi de 100 mg/Kg de animal, dando a entender a eficiência do óleo para futuras pesquisas na área de gastroproteção.

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  • LAYZA FERNANDA GOMES BEZERRA
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    ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE Mimosa acutistipula (Mart.) Benth. e Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • CAIQUE SILVEIRA MARTINS DA FONSECA
  • VANDERLAN NOGUEIRA HOLANDA
  • Data: 31/08/2022

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  • Dentre as plantas que compõem o gênero Mimosa destaca-se a Mimosa acutistipula (Mart.) Benth encontrada na Caatinga, um bioma encontrado apenas no Brasil, sendo utilizada na medicina popular para o tratamento de dor de garganta e queda de cabelo. Trata-se de uma planta ainda desconhecida cientificamente quanto aos seus constituintes químicos, atividades biológicas e toxicidade. O objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da atividade antioxidante, anti-inflamatória, analgésica e antipirética de folhas de M. acutistipula em camundongos albinos suíços. Os extratos foram obtidos pelo método de Soxhlet, utilizando os solventes ciclohexano (MaChxLE), clorofórmio (MaCloLE), acetato de etila (MaEALE) e metanol (MaMLE). O MaEALE foi selecionado para os testes das atividades biológicas por apresentar os melhores resultados qualitativos e quantitativos para fenóis pela análise fitoquímica. O MaEALE apresentou baixa hemólise e baixa toxicidade à Artemia salina. O teste de toxicidade aguda apresentou alteração motora, respiratória, piloerição e letargia, em camundongos nas concentrações de MaEALE acima de 2000 mg/Kg. O MaEALE na concentração de 100 mg/Kg demonstrou significativa redução inflamatória (71,9 %) do edema de pata, e reduziu a produção de óxido nítrico (82,3 %) na peritonite induzida por carragenina, indicando potente atividade antiinflamatória e antioxidante. O potencial analgésico do MaEALE foi observado pela redução das contorções abdominais (34,7 %) induzidas por ácido acético e pelo teste de formalina nas duas fases, inflamatória (73 %) e neurogênica (86,7%), indicando sua atuação em ambas vias de dor, por mecanismo de ação através de receptores opióides. MaEALE também apresentou potencial antipirético em todas as concentrações testadas. Portanto, os resultados do presente estudo sugerem que as folhas da M. acutistipula podem ser uma promissora fonte de recursos terapêuticos de potencial anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Este é o primeiro estudo voltado à caracterização e quantificação preliminar da M. acutistipula como fonte de recursos medicinais disponíveis na flora da Caatinga, vislumbrando suas aplicações farmacológicas a partir da avaliação de atividades biológicas e propriedades terapêuticas de seus constituintes fitoquímicos, voltado também a contribuir com o uso popular dessa planta.


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  • Dentre as plantas que compõem o gênero Mimosa destaca-se a Mimosa acutistipula (Mart.) Benth encontrada na Caatinga, um bioma encontrado apenas no Brasil, sendo utilizada na medicina popular para o tratamento de dor de garganta e queda de cabelo. Trata-se de uma planta ainda desconhecida cientificamente quanto aos seus constituintes químicos, atividades biológicas e toxicidade. O objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da atividade antioxidante, anti-inflamatória, analgésica e antipirética de folhas de M. acutistipula em camundongos albinos suíços. Os extratos foram obtidos pelo método de Soxhlet, utilizando os solventes ciclohexano (MaChxLE), clorofórmio (MaCloLE), acetato de etila (MaEALE) e metanol (MaMLE). O MaEALE foi selecionado para os testes das atividades biológicas por apresentar os melhores resultados qualitativos e quantitativos para fenóis pela análise fitoquímica. O MaEALE apresentou baixa hemólise e baixa toxicidade à Artemia salina. O teste de toxicidade aguda apresentou alteração motora, respiratória, piloerição e letargia, em camundongos nas concentrações de MaEALE acima de 2000 mg/Kg. O MaEALE na concentração de 100 mg/Kg demonstrou significativa redução inflamatória (71,9 %) do edema de pata, e reduziu a produção de óxido nítrico (82,3 %) na peritonite induzida por carragenina, indicando potente atividade antiinflamatória e antioxidante. O potencial analgésico do MaEALE foi observado pela redução das contorções abdominais (34,7 %) induzidas por ácido acético e pelo teste de formalina nas duas fases, inflamatória (73 %) e neurogênica (86,7%), indicando sua atuação em ambas vias de dor, por mecanismo de ação através de receptores opióides. MaEALE também apresentou potencial antipirético em todas as concentrações testadas. Portanto, os resultados do presente estudo sugerem que as folhas da M. acutistipula podem ser uma promissora fonte de recursos terapêuticos de potencial anti-inflamatório, analgésico e antipirético. Este é o primeiro estudo voltado à caracterização e quantificação preliminar da M. acutistipula como fonte de recursos medicinais disponíveis na flora da Caatinga, vislumbrando suas aplicações farmacológicas a partir da avaliação de atividades biológicas e propriedades terapêuticas de seus constituintes fitoquímicos, voltado também a contribuir com o uso popular dessa planta.

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  • LORENA DUARTE DA SILVA
  • PAPEL DA VIA HEME OXIGENASE I/MONÓXIDO DE CARBONO NA DIARREIA PROVOCADA POR TOXINA DE Vibrio cholerae EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAND-VENES ROLIM MEDEIROS
  • ARMENIO AGUIAR DOS SANTOS
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • Data: 01/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A cólera é uma desordem caracterizada por elevada secreção intestinal de água e eletrólitos, resultado da abertura do regulador de condutância transmembrana da fibrose cística (CFTR), um canal de Cl-, pela toxina de V. cholerae (TC). O monóxido de carbono (CO) é um produzido pelas enzimas heme oxigenase (HO) e foram demonstrados seus efeitos protetores no TGI e sua ação sobre o CFTR. Assim, o presente estudo avaliou o papel da via HO-1/CO na diarreia promovida por TC. Camundongos Balb/c (25-30 g; n=6) foram tratados com CORM-2 (um doador de CO), Hemina (um indutor de HO-1) ou ZnPP (um inibidor de HO-1). Após 30 min., TC (100 µL; 0,5 ou 1 µg/alça) ou PBS (100 µL/alça) foram inoculados nas alças intestinais. Após 4 h, os animais foram eutanasiados, e avaliou-se a secreção intestinal de fluido, íon Cl-, permeabilidade vascular, morfometria, absorção, imuno-histoquímica para HO-1 e bilirrubina. Também foi analisada a interação molecular do CO com a TC, por espectroscopia de fluorescência. Os resultados mostraram que a TC aumentou a relação peso/comprimento da alça, secreção de Cl- e permeabilidade vascular, comparado ao grupo PBS. No entanto, o tratamento com CORM-2 ou Hemina, mas não com iCORM-2, reverteu estes parâmetros alterados pela TC. O efeito da Hemina foi revertido em animais tratados com ZnPP. Comparado com a TC (1 µg/alça), o tratamento com ZnPP não alterou a relação peso/comprimento da alça ou a secreção de Cl-. Porém, esse efeito foi potencializado quando utilizada uma dose submáxima de TC (0,5 µg/alça). Ademais, o tratamento com CORM-2, Hemina ou ZnPP não alterou a absorção intestinal. A TC alterou a arquitetura do epitélio intestinal e a relação vilo/cripta, comparado ao grupo PBS. Porém, este efeito lesivo foi prevenido pelo CORM-2. A inoculação com TC aumentou a expressão de HO- 1 e os níveis de bilirrubina tecidual, comparado ao grupo PBS. Além disso, foi observado uma redução da emissão de fluorescência pela TC, quando incubada com CORM-2, sugerindo interação molecular com o CO. A equação de Stern-Volmer evidenciou interação estática do CO com a TC, com a formação de complexos. Em conclusão, o CO reduz a diarreia provocada pela TC e quando inibida a sua biossíntese endógena pela HO-1, ocorre potencialização da resposta secretora intestinal pela TC. Assim, esses dados sugerem uma possível aplicação do CO como uma molécula terapêutica.



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  • A cólera é uma desordem caracterizada por elevada secreção intestinal de água e eletrólitos, resultado da abertura do regulador de condutância transmembrana da fibrose cística (CFTR), um canal de Cl-, pela toxina de V. cholerae (TC). O monóxido de carbono (CO) é um produzido pelas enzimas heme oxigenase (HO) e foram demonstrados seus efeitos protetores no TGI e sua ação sobre o CFTR. Assim, o presente estudo avaliou o papel da via HO-1/CO na diarreia promovida por TC. Camundongos Balb/c (25-30 g; n=6) foram tratados com CORM-2 (um doador de CO), Hemina (um indutor de HO-1) ou ZnPP (um inibidor de HO-1). Após 30 min., TC (100 µL; 0,5 ou 1 µg/alça) ou PBS (100 µL/alça) foram inoculados nas alças intestinais. Após 4 h, os animais foram eutanasiados, e avaliou-se a secreção intestinal de fluido, íon Cl-, permeabilidade vascular, morfometria, absorção, imuno-histoquímica para HO-1 e bilirrubina. Também foi analisada a interação molecular do CO com a TC, por espectroscopia de fluorescência. Os resultados mostraram que a TC aumentou a relação peso/comprimento da alça, secreção de Cl- e permeabilidade vascular, comparado ao grupo PBS. No entanto, o tratamento com CORM-2 ou Hemina, mas não com iCORM-2, reverteu estes parâmetros alterados pela TC. O efeito da Hemina foi revertido em animais tratados com ZnPP. Comparado com a TC (1 µg/alça), o tratamento com ZnPP não alterou a relação peso/comprimento da alça ou a secreção de Cl-. Porém, esse efeito foi potencializado quando utilizada uma dose submáxima de TC (0,5 µg/alça). Ademais, o tratamento com CORM-2, Hemina ou ZnPP não alterou a absorção intestinal. A TC alterou a arquitetura do epitélio intestinal e a relação vilo/cripta, comparado ao grupo PBS. Porém, este efeito lesivo foi prevenido pelo CORM-2. A inoculação com TC aumentou a expressão de HO- 1 e os níveis de bilirrubina tecidual, comparado ao grupo PBS. Além disso, foi observado uma redução da emissão de fluorescência pela TC, quando incubada com CORM-2, sugerindo interação molecular com o CO. A equação de Stern-Volmer evidenciou interação estática do CO com a TC, com a formação de complexos. Em conclusão, o CO reduz a diarreia provocada pela TC e quando inibida a sua biossíntese endógena pela HO-1, ocorre potencialização da resposta secretora intestinal pela TC. Assim, esses dados sugerem uma possível aplicação do CO como uma molécula terapêutica.


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  • AYALA NATHALY GOMES DA SILVA

  • COMPARAÇÃO DE DIFERENTES TERAPIAS NA REABILITAÇÃO DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS À ATROFIA POR DESUSO

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • BIANKA SANTANA DOS SANTOS
  • PRISCILA PEREIRA PASSOS
  • Data: 26/10/2022

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  • A atrofia por desuso é resultado do desequilíbrio das taxas de síntese e degradação proteica muscular causado pela inatividade. Técnicas da fisioterapia podem reabilitar o quadro de atrofia e promover saúde. Este trabalho objetivou comparar diferentes métodos de reabilitação após período de atrofia por desuso em modelo murino. Camundongos albinos suíços, machos, foram submetidos a 14 dias de imobilização das patas traseiras. Então, foram divididos em 8 grupos: controles negativo (-) e positivo (+), e 6 grupos de reabilitação. Para reabilitação, foram propostos treinamento resistido (R), treinamento de resistência (nado) e ultrassom terapêutico (UST). Cada tratamento contou com dois grupos em duas intensidades. Foram realizadas avaliação de força e resistência in vivo através da capacidade máxima de carregamento voluntária (CMCV) e nado forçado. Amostras de sangue foram coletadas para dosagem de triglicerídeos, colesterol total, colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-c), e glicose. Marcadores de inflamação e hipertrofia foram quantificados por kits de imunoensaio. A massa corporal e peso úmido de órgãos, músculos e gordura visceral também foram registrados. Não houve diferença significativa entre a massa corporal dos animais. O peso úmido do fígado foi significativamente menor nos grupos nado de maior intensidade e UST contínuo em comparação ao controle (-). CMCV foi maior no grupo R de maior intensidade em comparação ao controle (-). Todos os grupos tiveram seu tempo de nado significativamente menor em relação ao controle (-) após atrofia, mas UST contínuo, UST pulsado e R de maior intensidade obtiveram tempo de nado forçado significativamente maior após reabilitação em comparação ao controle (+). IL-6 e IL-13 foram mais presentes nos grupos nado e R independente da intensidade de treino, indicando possíveis vias de estimulação muscular. O teste de nado forçado se mostrou mais sensível que a CMCV para avaliar sequelas do imobilismo e consegue traduzir a capacidade aeróbica de animais quadrúpedes. Treinos de R e nado ativam vias hipertróficas que utilizam da corrente sanguínea para garantir a promoção da saúde. UST se mostrou eficaz na reabilitação muscular, provavelmente por ativação de vias locais, porém seus mecanismos ainda não estão claros.


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  • A atrofia por desuso é resultado do desequilíbrio das taxas de síntese e degradação proteica muscular causado pela inatividade. Técnicas da fisioterapia podem reabilitar o quadro de atrofia e promover saúde. Este trabalho objetivou comparar diferentes métodos de reabilitação após período de atrofia por desuso em modelo murino. Camundongos albinos suíços, machos, foram submetidos a 14 dias de imobilização das patas traseiras. Então, foram divididos em 8 grupos: controles negativo (-) e positivo (+), e 6 grupos de reabilitação. Para reabilitação, foram propostos treinamento resistido (R), treinamento de resistência (nado) e ultrassom terapêutico (UST). Cada tratamento contou com dois grupos em duas intensidades. Foram realizadas avaliação de força e resistência in vivo através da capacidade máxima de carregamento voluntária (CMCV) e nado forçado. Amostras de sangue foram coletadas para dosagem de triglicerídeos, colesterol total, colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-c), e glicose. Marcadores de inflamação e hipertrofia foram quantificados por kits de imunoensaio. A massa corporal e peso úmido de órgãos, músculos e gordura visceral também foram registrados. Não houve diferença significativa entre a massa corporal dos animais. O peso úmido do fígado foi significativamente menor nos grupos nado de maior intensidade e UST contínuo em comparação ao controle (-). CMCV foi maior no grupo R de maior intensidade em comparação ao controle (-). Todos os grupos tiveram seu tempo de nado significativamente menor em relação ao controle (-) após atrofia, mas UST contínuo, UST pulsado e R de maior intensidade obtiveram tempo de nado forçado significativamente maior após reabilitação em comparação ao controle (+). IL-6 e IL-13 foram mais presentes nos grupos nado e R independente da intensidade de treino, indicando possíveis vias de estimulação muscular. O teste de nado forçado se mostrou mais sensível que a CMCV para avaliar sequelas do imobilismo e consegue traduzir a capacidade aeróbica de animais quadrúpedes. Treinos de R e nado ativam vias hipertróficas que utilizam da corrente sanguínea para garantir a promoção da saúde. UST se mostrou eficaz na reabilitação muscular, provavelmente por ativação de vias locais, porém seus mecanismos ainda não estão claros.

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  • LARYSSA BEATRIZ SILVA NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA INIBIÇÃO PRECOCE DA NADPH OXIDASE SOBRE A PROGRAMAÇÃO DE ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO RENAL E HIPERTENSÃO PELA ENDOTOXEMIA MATERNA

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALANA CAROLINA COSTA VERAS
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • Data: 28/10/2022

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  • A endotoxemia materna se configura como um evento adverso responsável pela programação de doenças tardias, promovendo distúrbios capazes de impactar a função renal e favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida pós-natal. Assim, a inflamação materna é capaz de induzir estresse oxidativo e programar hipertensão e doença renal crônica (DRC) na prole adulta. A apocinina, inibidor da nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADPH) oxidase (NOX), que por sua vez é uma importante fonte de espécies reativas de oxigênio (EROs), demonstra ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias capazes de prevenir fibrose renal. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar se o tratamento pós-desmame da prole com a apocinina é capaz de prevenir a hipertensão e as alterações da função renal induzidas pela endotoxemia materna. Para isso, ratos machos Wistar foram obtidos de mães controles (C; 1 mL NaCl 0,9%/kg de peso corpóreo, via subcutânea; n=14) ou submetidas à administração de lipopolissacarídeo (LPS - L; 0,5 mg/kg de peso corpóreo, via subcutânea; n=12) nos dias 13, 15, 17 e 19 da gestação. Aos 21 dias de vida pós-natal, a prole sofreu desmame, e parte dos ratos machos recebeu a administração diária de apocinina durante 4 semanas, obtendo os grupos CA (n=8) ou LA (n=8) (100 mg/kg de peso corpóreo, água de beber), e a outra parte foi mantida com água potável (veículo), obtendo os grupos CV (n=8) ou LV (n=8). A prole proveniente de mães submetidas a endotoxemia materna apresentou peso corpóreo ao nascimento e no desmame menor do que o grupo Controle, bem como apresentou maior pressão arterial sistólica antes da eutanásia (17ª semana de vida). Em paralelo, foi observado que a administração materna de LPS elevou a peroxidação lipídica, a produção basal de ânions superóxido e a atividade da NADPH oxidase no córtex renal, assim como reduziu a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase. A prole LPS também apresentou elevação da deposição de colágeno na região tubulointersticial cortical e no glomérulo. O tratamento com apocinina foi capaz de prevenir as alterações provocadas pelo LPS na prole adulta, bem como de induzir redução do conteúdo proteico da MMP-9 no córtex renal. Em conclusão, os presentes dados demonstram que o tratamento precoce, e restrito a janela de desenvolvimento pós-natal, com a apocinina preveniu a indução de hipertensão e fibrose renal pela endotoxemia materna por mecanismos antioxidantes mantidos mesmo após o fim do tratamento.


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  • A endotoxemia materna se configura como um evento adverso responsável pela programação de doenças tardias, promovendo distúrbios capazes de impactar a função renal e favorecer o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na vida pós-natal. Assim, a inflamação materna é capaz de induzir estresse oxidativo e programar hipertensão e doença renal crônica (DRC) na prole adulta. A apocinina, inibidor da nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADPH) oxidase (NOX), que por sua vez é uma importante fonte de espécies reativas de oxigênio (EROs), demonstra ter propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias capazes de prevenir fibrose renal. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar se o tratamento pós-desmame da prole com a apocinina é capaz de prevenir a hipertensão e as alterações da função renal induzidas pela endotoxemia materna. Para isso, ratos machos Wistar foram obtidos de mães controles (C; 1 mL NaCl 0,9%/kg de peso corpóreo, via subcutânea; n=14) ou submetidas à administração de lipopolissacarídeo (LPS - L; 0,5 mg/kg de peso corpóreo, via subcutânea; n=12) nos dias 13, 15, 17 e 19 da gestação. Aos 21 dias de vida pós-natal, a prole sofreu desmame, e parte dos ratos machos recebeu a administração diária de apocinina durante 4 semanas, obtendo os grupos CA (n=8) ou LA (n=8) (100 mg/kg de peso corpóreo, água de beber), e a outra parte foi mantida com água potável (veículo), obtendo os grupos CV (n=8) ou LV (n=8). A prole proveniente de mães submetidas a endotoxemia materna apresentou peso corpóreo ao nascimento e no desmame menor do que o grupo Controle, bem como apresentou maior pressão arterial sistólica antes da eutanásia (17ª semana de vida). Em paralelo, foi observado que a administração materna de LPS elevou a peroxidação lipídica, a produção basal de ânions superóxido e a atividade da NADPH oxidase no córtex renal, assim como reduziu a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase. A prole LPS também apresentou elevação da deposição de colágeno na região tubulointersticial cortical e no glomérulo. O tratamento com apocinina foi capaz de prevenir as alterações provocadas pelo LPS na prole adulta, bem como de induzir redução do conteúdo proteico da MMP-9 no córtex renal. Em conclusão, os presentes dados demonstram que o tratamento precoce, e restrito a janela de desenvolvimento pós-natal, com a apocinina preveniu a indução de hipertensão e fibrose renal pela endotoxemia materna por mecanismos antioxidantes mantidos mesmo após o fim do tratamento.

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  • MATEUS DOMINGUES DE BARROS
  • EFEITO DE EXTRATO RICO EM TANINOS DE Cnidoscolus quercifolius POHL NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • ANA PAULA SANTANNA DA SILVA
  • THAISE GABRIELE DA SILVA BRITO
  • VANDERLAN NOGUEIRA HOLANDA
  • Data: 28/10/2022

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  • O processo de cicatrização mantém a integridade do tecido cutâneo às lesões, necessitando de meios terapêuticos para acelerar sua resposta, sendo os produtos naturais os de menor custo e efeitos adversos, em comparação com medicamento de uso convencional. Cnidoscolus quercifolius, faveleira, é uma planta rica em taninos do bioma Caatinga, com uso popular no tratamento de feridas. Este trabalho tem por objetivo avaliar a toxicidade e potencial cicatrizante de extrato de C. quercifolius. Extratos hexânico e etanólico foram preparados de casca de C. quercifolius, analisado o perfil fitoquímico, quantificados os compostos fenólicos, flavonoides e taninos. O extrato etanólico de C. quercifolius (CqEE) foi escolhido para realização dos demais testes pela elevada quantidade de taninos. A atividade hemolítica de CqEE demonstrou baixo grau de hemólise (18,7%) na concentração de 1 mg/mL. Contudo, o CqEE apresentou toxicidade para Artemia salina com CL50 de 97,9 ppm, alta mortalidade para Tenebrio molitor (94% em 2,5 mg/ml) e fitotóxicidade acima de 1 mg/ml. Por outro lado, a avaliação da toxicidade in vivo demonstrou que a administração tópica não promoveu alterações em camundongos, mas por via oral houve alterações em hemácia, e por via intraperitoneal apresentou mortalidade (DL50 de 117,1 mg/Kg). A aplicação tópica de CqEE a 5% em Polowax reduziu em 94% a área de feridas e em 72% usando Bepantol, resultados corroborados pela avaliação do aspecto das feridas usando a Escala de Cicatrização de Vancouver. Os resultados indicaram que CqEE apresenta moderada atividade antioxidante e ação cicatrizante tópica, principalmente quando formulado em creme. Este estudo proporciona dados de eficácia e segurança no uso tópico de C. quercifolius e fornece suporte científico para utilização pela medicina popular no tratamento de cicatrização de feridas, cujos efeitos terapêuticos putativos podem ser atribuídos à presença de taninos. A evidência de uma fonte com produto de potencial terapêutico para tratamento de feridas pode ser de interesse para a indústria farmacêutica no desenvolvimento de novos medicamentos de origem natural.

     


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  • O processo de cicatrização mantém a integridade do tecido cutâneo às lesões, necessitando de meios terapêuticos para acelerar sua resposta, sendo os produtos naturais os de menor custo e efeitos adversos, em comparação com medicamento de uso convencional. Cnidoscolus quercifolius, faveleira, é uma planta rica em taninos do bioma Caatinga, com uso popular no tratamento de feridas. Este trabalho tem por objetivo avaliar a toxicidade e potencial cicatrizante de extrato de C. quercifolius. Extratos hexânico e etanólico foram preparados de casca de C. quercifolius, analisado o perfil fitoquímico, quantificados os compostos fenólicos, flavonoides e taninos. O extrato etanólico de C. quercifolius (CqEE) foi escolhido para realização dos demais testes pela elevada quantidade de taninos. A atividade hemolítica de CqEE demonstrou baixo grau de hemólise (18,7%) na concentração de 1 mg/mL. Contudo, o CqEE apresentou toxicidade para Artemia salina com CL50 de 97,9 ppm, alta mortalidade para Tenebrio molitor (94% em 2,5 mg/ml) e fitotóxicidade acima de 1 mg/ml. Por outro lado, a avaliação da toxicidade in vivo demonstrou que a administração tópica não promoveu alterações em camundongos, mas por via oral houve alterações em hemácia, e por via intraperitoneal apresentou mortalidade (DL50 de 117,1 mg/Kg). A aplicação tópica de CqEE a 5% em Polowax reduziu em 94% a área de feridas e em 72% usando Bepantol, resultados corroborados pela avaliação do aspecto das feridas usando a Escala de Cicatrização de Vancouver. Os resultados indicaram que CqEE apresenta moderada atividade antioxidante e ação cicatrizante tópica, principalmente quando formulado em creme. Este estudo proporciona dados de eficácia e segurança no uso tópico de C. quercifolius e fornece suporte científico para utilização pela medicina popular no tratamento de cicatrização de feridas, cujos efeitos terapêuticos putativos podem ser atribuídos à presença de taninos. A evidência de uma fonte com produto de potencial terapêutico para tratamento de feridas pode ser de interesse para a indústria farmacêutica no desenvolvimento de novos medicamentos de origem natural.

     

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  • WEDJA STEPHANY DE ASSIS LIMA
  • EFEITO DA AGMATINA NA LESÃO TUBULAR AGUDA INDUZIDA POR ISQUEMIA-REPERFUSÃO

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • JEINE EMANUELE SANTOS DA SILVA
  • Data: 28/10/2022

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  • A lesão tubular aguda (LTA) é um achado clínico comum na lesão renal aguda (LRA) induzida por isquemia-reperfusão, onde se observa uma deficiência na reabsorção proximal de fluido dependente de ATP. O estresse oxidativo é um fator fisiopatológico importante nessa situação. A agmatina é um metabólito secundário da L-arginina que apresenta efeitos protetores contra a lesão renal por mecanismos antioxidantes. Dessa forma, o presente trabalho investigou se a agmatina apresenta efeito protetor sobre o transporte tubular de Na+ dependente de ATP na isquemia-reperfusão renal, bem como, se os seus efeitos sobre a modulação do balanço redox envolvem a modulação da NADPH oxidase. A exposição de células LLC-PK1, uma linhagem imortalizada de células do túbulo proximal, a concentrações crescentes de agmatina até 10-4M, por períodos de até 24 horas, não influenciou a viabilidade celular em condições normais. Por outro lado, a agmatina apresentou uma resposta protetora concentração-dependente sobre a redução da viabilidade celular induzida pela hipóxia-reoxigenação, onde o efeito protetor da agmatina foi observado a partir da exposição prévia por uma hora a uma concentração de 10-6M. Em ratos, o tratamento com agmatina (1 mg/kg de peso corpóreo, p.o.) atenuou o impacto da isquemia-reperfusão renal sobre a elevação dos níveis séricos de creatinina e ureia, bem como, sobre a elevação da excreção urinária de proteína. A agmatina também suavizou a inibição da atividade das ATPases transportadoras de Na+ e a elevação da peroxidação lipídica renal induzida pela isquemia-reperfusão renal. A ação da agmatina sobre o balanço redox renal foi mediada por estimulação da atividade da superóxido dismutase e da catalase, bem como diminuição da produção basal de ânions superóxido e da atividade da NADPH oxidase. Em conclusão, os presentes resultados indicam que a agmatina é uma substância segura para as células do epitélio tubular proximal, capaz de exercer ações protetoras sobre a lesão tubular aguda induzida pela isquemia-reperfusão renal. O mecanismo de proteção da agmatina parece fortemente vinculado a sua ação antioxidante, que é, pelo menos em parte, dependente da inibição da NADPH oxidase. Esses dados pré-clínicos fortalecem o uso da agmatina como ferramenta terapêutica para a lesão renal.


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  • A lesão tubular aguda (LTA) é um achado clínico comum na lesão renal aguda (LRA) induzida por isquemia-reperfusão, onde se observa uma deficiência na reabsorção proximal de fluido dependente de ATP. O estresse oxidativo é um fator fisiopatológico importante nessa situação. A agmatina é um metabólito secundário da L-arginina que apresenta efeitos protetores contra a lesão renal por mecanismos antioxidantes. Dessa forma, o presente trabalho investigou se a agmatina apresenta efeito protetor sobre o transporte tubular de Na+ dependente de ATP na isquemia-reperfusão renal, bem como, se os seus efeitos sobre a modulação do balanço redox envolvem a modulação da NADPH oxidase. A exposição de células LLC-PK1, uma linhagem imortalizada de células do túbulo proximal, a concentrações crescentes de agmatina até 10-4M, por períodos de até 24 horas, não influenciou a viabilidade celular em condições normais. Por outro lado, a agmatina apresentou uma resposta protetora concentração-dependente sobre a redução da viabilidade celular induzida pela hipóxia-reoxigenação, onde o efeito protetor da agmatina foi observado a partir da exposição prévia por uma hora a uma concentração de 10-6M. Em ratos, o tratamento com agmatina (1 mg/kg de peso corpóreo, p.o.) atenuou o impacto da isquemia-reperfusão renal sobre a elevação dos níveis séricos de creatinina e ureia, bem como, sobre a elevação da excreção urinária de proteína. A agmatina também suavizou a inibição da atividade das ATPases transportadoras de Na+ e a elevação da peroxidação lipídica renal induzida pela isquemia-reperfusão renal. A ação da agmatina sobre o balanço redox renal foi mediada por estimulação da atividade da superóxido dismutase e da catalase, bem como diminuição da produção basal de ânions superóxido e da atividade da NADPH oxidase. Em conclusão, os presentes resultados indicam que a agmatina é uma substância segura para as células do epitélio tubular proximal, capaz de exercer ações protetoras sobre a lesão tubular aguda induzida pela isquemia-reperfusão renal. O mecanismo de proteção da agmatina parece fortemente vinculado a sua ação antioxidante, que é, pelo menos em parte, dependente da inibição da NADPH oxidase. Esses dados pré-clínicos fortalecem o uso da agmatina como ferramenta terapêutica para a lesão renal.

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  • BARTIRA VICTORIA DANTAS DA ROCHA BARBOSA
  • Atividade antinociceptiva, anti-inflamatória e avaliação da toxicidade aguda do
    óleo fixo de Syagrus coronata

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 28/10/2022

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  • A inflamação é um processo patológico comum da doença, caracterizada por uma
    resposta protetora local. Existem vários fatores que podem desencadear a inflamação,
    dentre eles, a proliferação microbiana, infecções virais, parasitárias e reações de
    hipersensibilidade. O tratamento das doenças inflamatórias é efetuado com
    medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e anti-inflamatórios esteroides. Embora
    esses fármacos possuam ação terapêutica comprovada, eles também são responsáveis por
    desencadear vários efeitos colaterais, sendo os mais comuns, lesões gastrointestinais e

    hepatotoxicidade. Diante do exposto, o objetivo do trabalho é avaliar a atividade anti-
    inflamatória e antinociceptiva do óleo fixo das sementes de Syagrus coronata (ScFO).

    No entanto, foi necessário caracterizar químicamente o óleo das sementes; avaliar
    toxicidade aguda por via oral nos camundongos (doses: 2000 e 5000 mg/kg); avaliar
    atividade antinociceptiva por contorção abdominal e imersão de cauda e na avaliação do
    potencial anti-inflamatório, foi utilizado o modelo de inflamação aguda para edema de
    orelha, induzida por carragenina na superfície interna da orelha direita dos animais e
    tratados com ScFO (doses: 25, 50 e 100 mg/kg v.o.). A análise química dos ácidos graxos
    das sementes de licuri indicou a presença de ácido caprílico (11,7%), cáprico (7,2%) e
    ácido láurico (43,64%) como majoritário. No teste de toxicidade aguda, não houve
    mortalidade nem alterações comportamentais nos camundongos tratados com o óleo de
    licuri durante 14 dias. Os números de contorções abdominais foram reduzidos com o
    tratamento prévio utilizando o ScFO, os grupos tratados com as concentrações de 25, 50
    e 100 mg/kg demonstraram redução de 27,07, 28,23 e 51,78%, respectivamente. E para
    o ensaio anti-inflamatório (peritonite) teve uma diminuição significativa na migração do
    número total de leucócitos (22,22, 32,09 e 44,44%, respectivamente) e neutrófilos (9,43,
    28,30 e 41,50%, respectivamente), enquanto o grupo indometacina teve redução da
    migração de leucócitos em 79,01% e neutrófilos em 71,69%. Portanto, o óleo fixo de S.
    coronata apresenta potencial para ser um agente anti-inflamatório e antinociceptivo não
    apresentando ação tóxica.


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  • A inflamação é um processo patológico comum da doença, caracterizada por uma
    resposta protetora local. Existem vários fatores que podem desencadear a inflamação,
    dentre eles, a proliferação microbiana, infecções virais, parasitárias e reações de
    hipersensibilidade. O tratamento das doenças inflamatórias é efetuado com
    medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e anti-inflamatórios esteroides. Embora
    esses fármacos possuam ação terapêutica comprovada, eles também são responsáveis por
    desencadear vários efeitos colaterais, sendo os mais comuns, lesões gastrointestinais e

    hepatotoxicidade. Diante do exposto, o objetivo do trabalho é avaliar a atividade anti-
    inflamatória e antinociceptiva do óleo fixo das sementes de Syagrus coronata (ScFO).

    No entanto, foi necessário caracterizar químicamente o óleo das sementes; avaliar
    toxicidade aguda por via oral nos camundongos (doses: 2000 e 5000 mg/kg); avaliar
    atividade antinociceptiva por contorção abdominal e imersão de cauda e na avaliação do
    potencial anti-inflamatório, foi utilizado o modelo de inflamação aguda para edema de
    orelha, induzida por carragenina na superfície interna da orelha direita dos animais e
    tratados com ScFO (doses: 25, 50 e 100 mg/kg v.o.). A análise química dos ácidos graxos
    das sementes de licuri indicou a presença de ácido caprílico (11,7%), cáprico (7,2%) e
    ácido láurico (43,64%) como majoritário. No teste de toxicidade aguda, não houve
    mortalidade nem alterações comportamentais nos camundongos tratados com o óleo de
    licuri durante 14 dias. Os números de contorções abdominais foram reduzidos com o
    tratamento prévio utilizando o ScFO, os grupos tratados com as concentrações de 25, 50
    e 100 mg/kg demonstraram redução de 27,07, 28,23 e 51,78%, respectivamente. E para
    o ensaio anti-inflamatório (peritonite) teve uma diminuição significativa na migração do
    número total de leucócitos (22,22, 32,09 e 44,44%, respectivamente) e neutrófilos (9,43,
    28,30 e 41,50%, respectivamente), enquanto o grupo indometacina teve redução da
    migração de leucócitos em 79,01% e neutrófilos em 71,69%. Portanto, o óleo fixo de S.
    coronata apresenta potencial para ser um agente anti-inflamatório e antinociceptivo não
    apresentando ação tóxica.

20
  • ÉDIPO LUCAS SOARES BARBOSA
  • PERFIL FITOQUÍMICO, AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE E ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DE EXTRATO DE FOLHAS DE Psidium guineense Sw.

  • Orientador : EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 09/11/2022

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  • Espécies do gênero Psidium têm sido relatadas como fonte de atividade antimicrobiana, anti-inflamatória, antinociceptiva, citotóxica, antipirética e antioxidante. Psidium guineense (Myrtaceae), conhecida como “araçá”, é cultivada nas américas do norte, central e do sul. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o extrato metanólico de folhas de P. guineense (EMPg) quanto à composição fitoquímica, toxicidade in vivo e potencial antinociceptivo. Folhas secas foram trituradas e o pó foi analisado quanto ao conteúdo de metabólitos secundários por cromatografia em camada delgada (CCD). Em Seguida, um planejamento fatorial (23) foi realizado para determinar o método mais eficiente de extração, utilizando como variáveis independentes o método extrativo (maceração ou turbólise), a massa de folhas (5 ou 10 g) e proporção de solvente (metanol 50% ou 100%, v/v). A preparação (EMPg) com maior eficiência de extração (razão entre o teor de fenóis e o resíduo seco) foi analisada por cromatografia de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD). Em seguida, EMPg foi investigado quanto à toxicidade aguda utilizando camundongos albinos Swiss e quanto à atividade antinociceptiva utilizando o teste de contorções abdominais induzidas por ácido acético (0,1%), o teste de formalina (2,5%) e o teste de imersão de cauda. O envolvimento do receptor de opioides no mecanismo da ação antinociceptiva de EMPg foi avaliado por pré-tratamento intraperitoneal dos animais com naloxona. A análise do pó de folhas de P. guianeense por CCD revelou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos, saponinas, taninos hidrolisáveis, açúcares e terpenos/esteroides. Maior eficiência de extração foi registrada para EMPg, obtido utilizando 5 g de folhas por maceração em metanol 50%. CLAE-DAD de EMPg indicou a presença de monômeros de taninos hidrolisáveis, ácido gálico, ácido elágico e flavonoides. O tratamento com EMPg resultou em pequeno aumento no peso dos animais e no consumo de água e ração, bem como em discretas alterações nos parâmetros hematológicos e bioquímicos, sem importância clínica. EMPg exibiu atividade analgésica, reduzindo o número de contorções abdominais e o tempo de lambedura da pata nas duas fases do teste de formalina. Adicionalmente, um aumento progressivo do tempo de latência no teste de imersão da cauda foi registrado. O pré-tratamento com naloxona reduziu o efeito antinociceptivo de EMPg, sugerindo o envolvimento do sistema opioide na ação antinociceptiva do extrato. Em conclusão, as folhas de P. guianeense são fontes de metabólitos com potencial farmacológico por apresentar ação antinociceptiva em modelo in vivo, sem acarretar em toxicidade aguda.


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  • Species of the genus Psidium have been reported as source of antimicrobial, anti-inflammatory, antinociceptive, cytotoxic, antipyretic and antioxidant activities. Psidium guineense (Myrtaceae), known as “araçá”, is cultivated in North, Central and South American Countries. The aim of this work was to characterize the methanolic extract of P. guineense leaves (EMPg) for its phytochemical composition, in vivo toxicity and antinociceptive potential. Dried leaves were ground and the powder was analyzed for secondary metabolite content by thin layer chromatography (TLC). Then, a factorial design (23) was carried out to determine the most efficient method of extraction, using as independent variables the extractive method (maceration or turbolysis), mass of leaves (5 or 10 g) and solvent proportion (50% or 100%, v/v methanol). The preparation (EMPg) with the highest extraction efficiency (ratio between phenol content and dry residue) was analyzed by high performance chromatography with diode array detector (HPLC-DAD). Next, EMPg was investigated for acute toxicity using Swiss albino mice and for antinociceptive activity using the acetic acid-induced writhing test (0.1%), the formalin test (2.5%) and the tail immersion test. The involvement of opioid receptor in the antinociceptive mechanism of EMPg was evaluated by intraperitoneal pretreatment of animals with naloxone. The analysis of P. guianeense leaf powder by TLC revealed the presence of flavonoids, cinnamic derivatives, saponins, hydrolysable tannins, sugars and terpenes/steroids. Higher extraction efficiency was recorded for EMPg, obtained using 5 g of leaves by maceration in 50% methanol. HPLC-DAD of EMPg indicated the presence of monomers of hydrolysable tannins, gallic acid, ellagic acid and flavonoids. Treatment with EMPg resulted in a small increase of weight, and water and feed consumption by the animals, as well as in slight changes in hematological and biochemical parameters, without clinical relevance. EMPg exhibited analgesic activity, reducing the number of abdominal writhes and paw licking time in both phases of the formalin test. Additionally, a progressive increase in the latency time in the tail immersion test was recorded. Pretreatment with naloxone reduced the antinociceptive effect of EMPg, suggesting the involvement of the opioid system in the antinociceptive action of the extract. In conclusion, the leaves of P. guianeense are sources of metabolites with pharmacological potential for presenting antinociceptive action in an in vivo model, without causing acute toxicity.

21
  • THIERRY WESLEY DE ALBUQUERQUE AGUIAR
  • AVALIAÇÃO DE PREPARAÇÕES DE FOLHAS DE Bauhinia monandra CONTENDO A LECTINA BmoLL SOBRE Biomphalaria glabrata, CERCÁRIAS DE Schistosoma mansoni E MONITORAMENTO AMBIENTAL COM Danio rerio

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • JOSE GUEDES DA SILVA JUNIOR
  • Data: 17/11/2022

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  • No Brasil, Biomphalaria glabrata é o hospedeiro intermediário e principal vetor do Schistosoma mansoni e a Bauhinia monandra, que suas folhas contêm lectina BmoLL com ação biocida, é uma planta amplamente encontradas regiões endêmicas para a esquistossomose mansoni, incluindo no Brasil. A pesquisa por substâncias naturais com potencial moluscicida e embriotóxico, bem toxicidade sobre cercárias e que não apresentem impacto no meio ambiente, é de extrema relevância para o controle da transmissão do S. mansoni. Neste sentido, o presente estudo reporta pela primeira vez a composição fitoquímica, por HPLC, de preparações de B. monandra e o seu efeito sobre embriões e adultos B. glabrata, através dos parâmetros de reprodução e mortalidade e citotoxicidade sobre hemócitos e genotoxicidade após exposição em concentrações subletais. Além disso, da toxicicidade sobre cercárias de S. mansoni e monitoramento ambiental com Artemia salina e Danio rerio. O extrato salino e fração de B. monandra apresentou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas. Após 24h de exposição, o extrato salino e a fração foram tóxicos para embriões em estágio de blástula, gástrula, trocófora, velliger e hippo stage (CL90 de 0,155 e 0,168; 0,161 e 0.157; 0,398 e 0,379; 0,573 e 0,368; 0,592 e 0,548 mg/mL, respectivamente) e para caramujos adultos (CL90 de 9,47 e 1,70 mg/mL, respectivamente) com redução da deposição de ovos. Na análise de hemócitos o extrato e fração alteraram a morfologia, caracterizada por células em apoptose, micronúcleo e binucleação, enquanto para a análise da fragmentação do DNA evidenciamos danos significativos quando comparados ao controle. O extrato causou alteração na motilidade das cercárias, porém, foi tóxico para A. salina, enquanto a fração foi letal para cercárias e foi tóxico para A. salina. Os resultados destacam que o extrato e a fração de B. monandra são promissores no controle à esquistossomose, uma vez mostrou toxicidade contra o hospedeiro intermediário, cercarias de S. mansoni e segurança ambiental.

     


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  • No Brasil, Biomphalaria glabrata é o hospedeiro intermediário e principal vetor do Schistosoma mansoni e a Bauhinia monandra, que suas folhas contêm lectina BmoLL com ação biocida, é uma planta amplamente encontradas regiões endêmicas para a esquistossomose mansoni, incluindo no Brasil. A pesquisa por substâncias naturais com potencial moluscicida e embriotóxico, bem toxicidade sobre cercárias e que não apresentem impacto no meio ambiente, é de extrema relevância para o controle da transmissão do S. mansoni. Neste sentido, o presente estudo reporta pela primeira vez a composição fitoquímica, por HPLC, de preparações de B. monandra e o seu efeito sobre embriões e adultos B. glabrata, através dos parâmetros de reprodução e mortalidade e citotoxicidade sobre hemócitos e genotoxicidade após exposição em concentrações subletais. Além disso, da toxicicidade sobre cercárias de S. mansoni e monitoramento ambiental com Artemia salina e Danio rerio. O extrato salino e fração de B. monandra apresentou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas. Após 24h de exposição, o extrato salino e a fração foram tóxicos para embriões em estágio de blástula, gástrula, trocófora, velliger e hippo stage (CL90 de 0,155 e 0,168; 0,161 e 0.157; 0,398 e 0,379; 0,573 e 0,368; 0,592 e 0,548 mg/mL, respectivamente) e para caramujos adultos (CL90 de 9,47 e 1,70 mg/mL, respectivamente) com redução da deposição de ovos. Na análise de hemócitos o extrato e fração alteraram a morfologia, caracterizada por células em apoptose, micronúcleo e binucleação, enquanto para a análise da fragmentação do DNA evidenciamos danos significativos quando comparados ao controle. O extrato causou alteração na motilidade das cercárias, porém, foi tóxico para A. salina, enquanto a fração foi letal para cercárias e foi tóxico para A. salina. Os resultados destacam que o extrato e a fração de B. monandra são promissores no controle à esquistossomose, uma vez mostrou toxicidade contra o hospedeiro intermediário, cercarias de S. mansoni e segurança ambiental.

     

Teses
1
  • SILVIO ASSIS DE OLIVEIRA FERREIRA
  • Preparações de lectina pura (BmoLL) e de extrato de folhas de Bauhinia monandra para aplicações biológicas.

     

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • ROMERO MARCOS PEDROSA BRANDAO COSTA
  • Data: 18/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • A lectina de folhas de Bauhinia monandra (BmoLL) foi previamente purificada por fracionamento com sulfato de amônio (F 0-60%) seguido por cromatografia de afinidade com gel de Guar. Para o estudo de BmoLL foi desenvolvido um anticorpo policlonal em coelho contra esta lectina; IgG anti-BmoLL foi purificada do antissoro em coluna Proteína A-Sepharose CL-4B. Em teste de imunodifusão dupla ocorreu precipitações de IgG anti-BmoLL com a BmoLL e extratos de outros tecidos de B. monandra com atividade de lectina previamente detectada. O IgG anti-BmoLL foi imobilizado na superfície do eletrodo de ouro para caracterização eletroquímica e piezoelétrica da interação anticorpo-BmoLL. Um imunossensor eletroquímico realizado com IgG anti-BmoLL e superfície eletrodo de ouro estimou a ligação BmoLL e seu potencial eletroquímico. Um imunossensor piezoelétrico também foi realizado com base em uma microbalança de cristal de quartzo (QCM) com uma superfície de ouro onde o IgG anti-BmoLL foi imobilizado para caracterizar o reconhecimento de BmoLL. O sistema eletroquímico foi sensível para avaliar interações anti-BmoLL IgG com diferentes concentrações de BmoLL. O imunossensor piezoelétrico com análise de injeção de fluxo (FIA) revelou uma diminuição de frequência (15 kHz) após a interação de BmoLL (454 μg/ml) com IgG anti-BmoLL (0,11mg/mL) indicando especificidade de anticorpos de antígeno. Em seguida, o ensaio piezoelétrico foi uma ferramenta potente para detecção de reconhecimento de anticorpos de antígeno. O potencial eletroquímico e piezoelétrica da interação anticorpo- BmoLL foi obtido para avaliar a ligação da galactose e IgG anti- BmoLL. Esses resultados revelam que a IgG anti-BmoLL não provocou nenhuma alteração na ligação de galactose pela BmoLL, indicando que ela purificada não tem afinidade pelos sítios de ligação de carboidrato de BmoLL. A manufatura de uma matriz com ligação cruzada da goma da sementa da Leucaena leucocephala (cross-linked matrix of Leucaena leucocephala seed gum, CLLSG), mostrou-se eficiente na purificação da BmoLL. A confecção da matriz foi simples, eficiente e de baixo custo na purificação comparado com as gomas comerciais. Sementes que tem na sua composição abundância de galactomananas possui um alto potencial de confecção de matrizes cromatográficas para purificação de lectinas que tenham afinidade a galactose. A BmoLL purificada teve ação citotóxica em uma relação de dose dependente, principalmente no tempo de 24h, tanto nas células de macrófagos J774A.1 e sarcoma-180 (S-180), pesquisas com outras linhagens de células são necessários para aprofundar o entendimento do mecanismo de ação da citotoxicidade das lectinas. Caramujos Biomphalaria glabrata são o principal vetor de esquistossomose no Brasil e a busca por moluscicidas naturais interrompendo o ciclo evolutivo do parasita é necessário. As plantas do gênero Bauhinia são amplamente encontradas em continentes endêmicos para a doença. Análise fotoquímica do extrato e fração das folhas de B. monandra revelou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas; concentração de proteína (21,2 mg/mL) e AHE (96,6) confirmou a presença de lectina. Na concentração de 100 μg/mL, o extrato obteve 88,7% de inviabilidade enquanto a 200 μg/mL, 100% de embriões inviáveis. Para os caramujos adultos, a concentração de 4000 μg/mL obteve 90% de mortalidade, porém de forma acumulativa ao longo de 96h. Na avaliação da ecotoxicidade, o extrato demonstrou alta mortalidade mesmo nas menores concentrações. Em conclusão, sugere-se que o extrato salino de B. monandra possa ser utilizado como alternativa no controle populacional do vetor, porém de forma pontual em localidades com alta endemicidade devido seu impacto no ambiente.


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  • A lectina de folhas de Bauhinia monandra (BmoLL) foi previamente purificada por fracionamento com sulfato de amônio (F 0-60%) seguido por cromatografia de afinidade com gel de Guar. Para o estudo de BmoLL foi desenvolvido um anticorpo policlonal em coelho contra esta lectina; IgG anti-BmoLL foi purificada do antissoro em coluna Proteína A-Sepharose CL-4B. Em teste de imunodifusão dupla ocorreu precipitações de IgG anti-BmoLL com a BmoLL e extratos de outros tecidos de B. monandra com atividade de lectina previamente detectada. O IgG anti-BmoLL foi imobilizado na superfície do eletrodo de ouro para caracterização eletroquímica e piezoelétrica da interação anticorpo-BmoLL. Um imunossensor eletroquímico realizado com IgG anti-BmoLL e superfície eletrodo de ouro estimou a ligação BmoLL e seu potencial eletroquímico. Um imunossensor piezoelétrico também foi realizado com base em uma microbalança de cristal de quartzo (QCM) com uma superfície de ouro onde o IgG anti-BmoLL foi imobilizado para caracterizar o reconhecimento de BmoLL. O sistema eletroquímico foi sensível para avaliar interações anti-BmoLL IgG com diferentes concentrações de BmoLL. O imunossensor piezoelétrico com análise de injeção de fluxo (FIA) revelou uma diminuição de frequência (15 kHz) após a interação de BmoLL (454 μg/ml) com IgG anti-BmoLL (0,11mg/mL) indicando especificidade de anticorpos de antígeno. Em seguida, o ensaio piezoelétrico foi uma ferramenta potente para detecção de reconhecimento de anticorpos de antígeno. O potencial eletroquímico e piezoelétrica da interação anticorpo- BmoLL foi obtido para avaliar a ligação da galactose e IgG anti- BmoLL. Esses resultados revelam que a IgG anti-BmoLL não provocou nenhuma alteração na ligação de galactose pela BmoLL, indicando que ela purificada não tem afinidade pelos sítios de ligação de carboidrato de BmoLL. A manufatura de uma matriz com ligação cruzada da goma da sementa da Leucaena leucocephala (cross-linked matrix of Leucaena leucocephala seed gum, CLLSG), mostrou-se eficiente na purificação da BmoLL. A confecção da matriz foi simples, eficiente e de baixo custo na purificação comparado com as gomas comerciais. Sementes que tem na sua composição abundância de galactomananas possui um alto potencial de confecção de matrizes cromatográficas para purificação de lectinas que tenham afinidade a galactose. A BmoLL purificada teve ação citotóxica em uma relação de dose dependente, principalmente no tempo de 24h, tanto nas células de macrófagos J774A.1 e sarcoma-180 (S-180), pesquisas com outras linhagens de células são necessários para aprofundar o entendimento do mecanismo de ação da citotoxicidade das lectinas. Caramujos Biomphalaria glabrata são o principal vetor de esquistossomose no Brasil e a busca por moluscicidas naturais interrompendo o ciclo evolutivo do parasita é necessário. As plantas do gênero Bauhinia são amplamente encontradas em continentes endêmicos para a doença. Análise fotoquímica do extrato e fração das folhas de B. monandra revelou derivados cinâmicos, flavonóides e saponinas; concentração de proteína (21,2 mg/mL) e AHE (96,6) confirmou a presença de lectina. Na concentração de 100 μg/mL, o extrato obteve 88,7% de inviabilidade enquanto a 200 μg/mL, 100% de embriões inviáveis. Para os caramujos adultos, a concentração de 4000 μg/mL obteve 90% de mortalidade, porém de forma acumulativa ao longo de 96h. Na avaliação da ecotoxicidade, o extrato demonstrou alta mortalidade mesmo nas menores concentrações. Em conclusão, sugere-se que o extrato salino de B. monandra possa ser utilizado como alternativa no controle populacional do vetor, porém de forma pontual em localidades com alta endemicidade devido seu impacto no ambiente.

2
  • DAYANE DE MELO BARROS
  • Micropartículas de alginato contendo eugenol: atividade antimicrobiana e influência organoléptica em queijo de coalho

  • Orientador : RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RANILSON DE SOUZA BEZERRA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • ANDRELINA MARIA PINHEIRO SANTOS
  • ROBERTA ALBUQUERQUE BENTO DA FONTE
  • Data: 07/02/2022

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  • A fabricação de queijos artesanais no Brasil é tradicionalmente realizada com leite cru e processos não padronizados. O queijo de coalho é considerado um dos derivados lácteos mais consumidos no país, principalmente na região Nordeste e sua produção é predominantemente artesanal, tornando-o altamente suscetível a contaminação por microrganismos deteriorantes e patogênicos. Vários estudos sobre padrões microbiológicos têm classificado o queijo de coalho como impróprio para consumo devido a elevada quantidade de bactérias patogênicas acima do limite estabelecido pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica para do produto. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana, dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos como, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Listeria monocytogenes. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, preserva os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. Para a avaliação da Eficiência de Encapsulação (EE) foi quantificado os compostos fenólicos, quanto à caracterização, foram realizadas as técnicas de Microscopia Óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS). A atividade antimicrobiana in vitro do eugenol na sua forma livre e encapsulada foi determinada através da técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente à cepa de Staphylococcus aureus ATCC 6538 e a cinética de crescimento bacteriano foi avaliada in situ, frente a S. aureus em queijo de coalho adicionado de micropartículas de eugenol. A EE obteve resultado satisfatório (87,3%). A MO e a MEV permitiram observar o formato esférico das micropartículas de eugenol. O tamanho obtido foi de 1,21 ± 0,07 µm, favorável a aplicação em alimentos, e seu índice de polidispersão (0,15) demonstra a uniformidade deste tamanho. O potencial zeta obteve um valor de -5,86 devido à estrutura química do material encapsulante. Quanto à atividade antimicrobiana, as partículas de eugenol foram significativamente eficientes in vitro e in situ. Com base nos dados obtidos, as micropartículas de eugenol podem ser uma alternativa natural favorável para a conservação de alimentos.


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  • A fabricação de queijos artesanais no Brasil é tradicionalmente realizada com leite cru e processos não padronizados. O queijo de coalho é considerado um dos derivados lácteos mais consumidos no país, principalmente na região Nordeste e sua produção é predominantemente artesanal, tornando-o altamente suscetível a contaminação por microrganismos deteriorantes e patogênicos. Vários estudos sobre padrões microbiológicos têm classificado o queijo de coalho como impróprio para consumo devido a elevada quantidade de bactérias patogênicas acima do limite estabelecido pela legislação. Sendo assim, se faz necessário determinar mecanismos eficazes para a conservação do queijo de coalho garantindo a qualidade nutricional e segurança microbiológica para do produto. Com o aumento da demanda do mercado consumidor por opções alimentares mais saudáveis e sem aditivos químicos, os Óleos Essenciais (OEs) e seus fitoconstituintes podem ser alternativas para a conservação de alimentos. Uma grande quantidade de componentes de OEs tem demonstrado várias propriedades bioativas incluindo, antioxidante e antimicrobiana, dentre estes o eugenol, composto majoritário do óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) tem recebido destaque devido a sua eficiência na inibição de bactérias contaminantes de alimentos como, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Salmonella typhimurium e Listeria monocytogenes. Entretanto, devido aos seus aspectos intrínsecos como a aromaticidade e alta volatilidade, o eugenol pode modificar as características sensoriais do alimento como cor, sabor, odor e textura. Isto, pode ser contornado através da microencapsulação do eugenol que além de contribuir para a proteção e otimização das atividades bioativas do eugenol, preserva os aspectos específicos do alimento. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana e influência organoléptica de micropartículas de eugenol em queijo de coalho. Para a avaliação da Eficiência de Encapsulação (EE) foi quantificado os compostos fenólicos, quanto à caracterização, foram realizadas as técnicas de Microscopia Óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS). A atividade antimicrobiana in vitro do eugenol na sua forma livre e encapsulada foi determinada através da técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente à cepa de Staphylococcus aureus ATCC 6538 e a cinética de crescimento bacteriano foi avaliada in situ, frente a S. aureus em queijo de coalho adicionado de micropartículas de eugenol. A EE obteve resultado satisfatório (87,3%). A MO e a MEV permitiram observar o formato esférico das micropartículas de eugenol. O tamanho obtido foi de 1,21 ± 0,07 µm, favorável a aplicação em alimentos, e seu índice de polidispersão (0,15) demonstra a uniformidade deste tamanho. O potencial zeta obteve um valor de -5,86 devido à estrutura química do material encapsulante. Quanto à atividade antimicrobiana, as partículas de eugenol foram significativamente eficientes in vitro e in situ. Com base nos dados obtidos, as micropartículas de eugenol podem ser uma alternativa natural favorável para a conservação de alimentos.

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  • DIEGO SANTA CLARA MARQUES
  • Avaliação do potencial probiótico de cepas endofíticas de bacillus spp. e caracterização de substância tipo bacteriocina

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 21/02/2022

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  • A resistência bacteriana a antibióticos é uma das principais ameaças atuais à saúde
    pública. Para lidar com esse problema pesquisadores procuram alternativas ao uso
    extensivo de antibióticos. O uso de profilático de probióticos, que são microrganismos
    benéficos introduzidos na alimentação e que tem a capacidade de produzir antibióticos
    naturais chamados de bacteriocinas, se apresenta como a principal possibilidade. A
    descobrta e caracterização de novas cepas probióticas e de substâncias tipo bacteriocina
    constintuem a vanguarda da luta contra patógenos bacterianos multirresistentes. Essas
    abordagens tendem a ser seguras e ecologicamente corretas, por não gerarem resídeuos
    tóxicos. Dado esse contexto, uma das principais formas de impulsionar a descoberta e
    uso de novas bacteriocinas e novos probióticos é estudar a biologia de bactérias isoladas
    dos mais diversos ambientes. O objetivo desta tese foi sumarizar as informações mais
    importantes disponíveis na literatura científica sobre becteriocinas, explorar o potencial
    probióticos de cepas endofíticas do genero baciilus, isoladas das folhas da planta
    Borreria verticillata, além de isolar e caracterizar substâncias tipo bacteriocinas
    produzidas por essas cepas. A revisão de literatura apresenta diferentes atividades
    biológicas desempenhadas pelas bacteriocinas mostrando que podem ser usadas
    isoladamente ou em consórrco com outras drogas no tratamento de patologias. Vinte e
    seis isolados endofíticos foram avaliados quanto à capacidade de produzir substâncias
    antimicrobianas. Dentre eles a cepa BE 349 se destacou por apresentar atividade
    significativamente maior contra Staphylococcus aureus, e foi identificada como sendo
    B. amyloliquefaciens pelo sequenciamento parcial do gene 16S rRNA. Foram então
    estudados seu potencial uso como probióticos e as características da bacteriocina
    parcialmente purificada com precipitação em sulfato de amônio a 80%. BE 349 se
    mostrou resistente a condições adversas encontradas no trato gastrointestinal,
    apresentou um perfil gregário e hidrofóbico, que contribuía para a colonização da
    mucosa intestinal, cresceu em presença de sais biliares e diferentes faixas de pH, e
    apresentou atividade antimicrobiana e antioxidante. A bacteriocina parcialmente
    purificada apresentou atividade contra isolados clínicos de S. aureus meticilina
    resistentes (MRSA), manteve a atividade em diferentes faixas de pH e temperatura e
    resistiu a ação de proteases. A bacteriocina também apresentou forte ação inibitória na
    formação de biofilme por cepas de MRSA, e ação bacteriostática na concetração de 1/2
    MIC e bactericida na concentração correspondente ao MIC. Esses resultados mostram o
    potencial uso da BE 349 como cepa probiótica para uso em seres humanos ou animais, e
    o potencial terapêutico que a bacteriocina produzida pela BE 349 apresenta no
    tratamento a infecções por cepas de MRSA.


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  • A resistência bacteriana a antibióticos é uma das principais ameaças atuais à saúde pública. Para lidar com esse problema pesquisadores procuram alternativas ao uso extensivo de antibióticos. Dentre as abordagens disponíveis, uso de profilático de probióticos e o tratamento com bacteriocinas são as principais possibilidades. Probioticos são definidos como sendo microrganismo que, incorporados à dieta, trazem algum benefício à saúde do hospedeiro. Bacteriocinas são importantes antimicrobianos produzidos por uma ampla gama de bactérias, que possuem estruturas químicas complexas e variáveis. A pesquisa de novas cepas probióticas e da purificação e caracterização de novas bacteriocinas tem ganhado cada vez mais espaço na academia. Essas abordagens tendem a ser mais seguras quanto à saúde de quem é submetido ao tratamento, tanto em relação à profilaxia por uso de probióticos quanto à possibilidade de tratamento de doenças bacterianas com bacteriocinas, em comparação com agentes sintéticos. Dado esse contexto, uma das principais formas de impulsionar a descoberta e uso de novas bacteriocinas e novos probióticos é estudar a biologia de bactérias isoladas dos mais diversos ambientes. O objetivo dessa tese foi sumarizar as informações mais importantes disponíveis na literatura científica sobre becteriocinas e explorar o potencial de próbióticos e fazer a bioprospecção da produção de bacteriocinas por bactérias endofíticas do gênero Bacillus, isoladas das folhas da planta Borreria verticilata. A revisão de literatura apresentou diferentes atividades biológicas desenpenhadas pelas bacteriocinas mostrando que podem ser usadas isoladamente ou em consório com outras drogas no tratamento de patologias. Vinte e seis isolados endofíticos foram avaliados quanto à capacidade de produzir substâncias antimicrobianas. Dentre eles a BE 349 se destacou por apresentar atividade significativamente maior contra Staphylococcus aureus, e foi identificada como sendo B. amyloliquefaciens pelo sequenciamento parcial do gene 16SRNA. Foram então estudados seu potencial uso como probióticos e as características da bacteriocina parcialmente purificada com precipitação em sulfato de amônio a 80%. BE 349 se mostrou resistente a condições adversas encontradas no trato gastrointestinal, apresentou um perfil gregário e hidrofóbico, que contribuía para a colonização da mucosa intestinal, cresceu em presença de sais biliares e diferentes faixas de pH, e apresentou atividade antimicrobiana e antioxidante. A bacteriocina bruta parcialmente purificada apresentou atividade contra isolados clínicos de S. aureus meticilina resistentes (MRSA), manteve a atividade em diferentes faixas de pH e temperatura e resistiu a ação de proteases. A bacteriocina também apresentou forte ação inibitória na formação de biofilme por cepas de MRSA, e ação bacteriostática na concetração de ½ MIC e bactericida na concentração correspondente ao MIC. Esses resultados mostram o potencial uso da BE 349 como cepa probiótica para uso em seres humanos ou animais, e o potencial terapêutico que a bacteriocina produzida pela BE 349 apresenta no tratamento a infecções por cepas de MRSA.

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  • ANDERSON APOLONIO DA SILVA PEDROZA
  • EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO MODERADO SOBRE OS MECANISMOS EPIGENÉTICOS, BALANÇO OXIDATIVO E BIOENERGÉTICA MITOCONDRIAL INDUZIDOS PELA DESNUTRIÇÃO PROTEICA MATERNA: AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS MITOCONDRIAIS CARDÍACAS.

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • JOSE ANTONIO DOS SANTOS
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
  • Data: 11/03/2022

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  • Estudos demonstram uma estreita correlação entre o estado nutricional inadequado durante os períodos de gestação e de lactação na gênese de doenças metabólicas e cardiovasculares. Por outro lado, o exercício físico moderado é apontado como um modulador positivo do metabolismo cardíaco, sendo ele uma estratégia para combater o aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre os mecanismos epigenéticos, balanço oxidativo e bioenergética mitocondrial cardíaca de ratos submetidos a desnutrição proteica materna. Inicialmente, ratas prenhes foram divididas em dois grupos experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que receberam respectivamente uma dieta contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação. Durante os dias 26, 27 e 28 os animais realizaram um teste de adaptação em esteira, aos 30 dias de vida, os grupos controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos não treinados (CNT e DNT) e treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico moderado (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas durante 1 hora por dia. Aos 61 dias, 24 horas após a última sessão de exercício, o tecido cardíaco foi coletado e as seguintes análises bioquímicas foram realizadas: atividade enzimática da citrato sintase, níveis totais de NAD+ e NADH, consumo de oxigênio mitocondrial, produção de espécies reativas mitocondriais, inchamento mitocondrial, expressão gênica e proteica de moduladores epigenéticos e níveis de acetilação do resíduo de lisina. De forma resumida, observamos que os animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no metabolismo e função mitocondrial, estresse oxidativo, maior produção de espécies reativas e menor resistência à captação de cálcio. Além de aumento da expressão gênica das sirtuínas 1 e 3, sendo este aumento contrário em relação a expressão proteica, além de aumentos nos níveis de acetilação. Em contrapartida, o treinamento físico moderado foi capaz de induzir alterações que minimizaram os efeitos deletérios causados pela restrição proteica. Em conjunto, nossos dados sugerem que o treinamento físico moderado, quando aplicado de forma precoce, pode ser uma ferramenta que pode postergar ou até mesmo impedir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas a disfunções mitocondriais cardíacas causadas por uma restrição proteica no início da vida.


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  • Estudos demonstram uma estreita correlação entre o estado nutricional inadequado durante os períodos de
    gestação e de lactação na gênese de doenças metabólicas e cardiovasculares. Por outro lado, o exercício
    físico moderado é apontado como um modulador positivo do metabolismo e função cardíaca, sendo ele
    uma estratégia para combater o aparecimento e/ou progressão de doenças crônicas. Assim, este estudo
    teve como objetivo investigar os efeitos do treinamento físico moderado sobre os padrões epigenéticos e
    bioenergética mitocondrial cardíaca de ratos submetidos a desnutrição proteica materna. Inicialmente,
    ratas prenhas foram divididas em dois grupos experimentais: controle (C) e desnutrido (D), que
    receberam respectivamente uma dieta contendo 17% e 8% de caseína durante toda a gestação e lactação.
    Aos 30 dias de vida, os neonatos dos grupos controle (C) e desnutridos (D) foram subdivididos em
    sedentários (C e D) e treinados (CT e DT), sendo então submetidos a um programa de treinamento físico
    moderado (50% da capacidade máxima de corrida) em esteira ergométrica durante 4 semanas. 24 horas
    após a última sessão de exercício, o tecido cardíaco foi coletado e as seguintes análises bioquímicas foram
    realizadas: atividade enzimática da citrato sintase, níveis totais de NAD + e NADH, consumo de oxigênio
    mitocondrial, produção de espécies reativas mitocondriais, inchamento mitocondrial, expressão gênica e
    proteica de moduladores epigenéticos e níveis de acetilação do resíduo de lisina. Observamos que os
    animais que receberam uma dieta com menor teor de proteínas apresentaram prejuízo no metabolismo e
    função mitocondrial, maior produção de espécies reativas e menor resistência à captação de cálcio. Em
    relação ao perfil molecular, este mesmo grupo apresentou aumento da expressão gênica das sirtuínas 1 e
    3, sendo este aumento contrário em relação a expressão proteica, além de aumentos nos níveis de
    acetilação. Entretanto, o treinamento físico moderado foi capaz de induzir alterações que restabeleceram
    os efeitos deletérios causados pela restrição proteica. Portanto, nossos dados sugerem que o treinamento
    físico moderado, quando aplicado de forma precoce, pode ser uma ferramenta que pode atrasar ou até
    mesmo impedir o desenvolvimento de doenças crônicas associadas a disfunções mitocondriais.

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  • JULIANA CABRAL LEAL
  • Participação dos receptores neurocinérgicos NK1 nas alterações comportamentais, oxidativas e neuroinflamatórias em modelos animais de Doença de Alzheimer e Parkinson

  • Orientador : FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO DUZZIONI
  • AXEL HELMUT RULF COFRE
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • FILIPE SILVEIRA DUARTE
  • RUBEM CARLOS ARAUJO GUEDES
  • Data: 31/03/2022

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  • O Alzheimer (DA) e Parkinson (DP) estão entre as doenças neurodegenerativas mais prevalentes e incapacitantes na população mundial. Estudos mostram que o dano neuronal progressivo subjacente à DA e DP está associado a processos envolvendo estresse oxidativo, neuroinflamação e neurodegeneração. Infelizmente o tratamento atual ainda é paliativo por ser incapaz de impedir e reverter a sua evolução. A neurocinina substância P (SP), o ligante endógeno dos receptores neurocinérgicos NK1 (RNK1), é um neuropeptídeo biologicamente ativo envolvido na neuromodulação. No entanto, a SP-RNK1 vêm sendo apontados estar envolvidos em vários processos fisiopatológicos. No presente estudo, investigamos a possível participação dos RNK1 para SP nas alterações comportamentais (cognitivos e motores) e bioquímicas (marcadores de estresse oxidativo, neuroinflamação e apoptose neuronal) em modelos animais de DA e DP. Para isso, ratos Wistar adultos machos receberam por via intracerebroventricular (i.c.v.) a neutotoxina estreptozotocina (ETZ), para indução do modelo animal de DA, sendo investigados os efeitos do tratamento com o antagonista dos RNK1 L-733,060 nas alterações cognitivas e bioquímicas induzidas pela ETZ. Em outros grupos experimentais, investigamos os efeitos do tratamento intra-estriatal ou intra-nigral com o antagonista dos RNK1 L-733,060 nas alterações motoras e bioquímicas em um modelo de parkinsonismo induzido pela administração sistêmica de haloperidol ou de hemiparkinsonismo induzido pela infusão unilateral intra-estriatal da neurotoxina 6-OHDA. Nossos resultados mostraram que o tratamento i.c.v. com L-733,060 aboliu o prejuízo cognitivo induzido pela ETZ em ratos avaliados no teste da esquiva inibitória e de reconhecimento de objetos. Nenhum dos tratamentos alterou as atividades exploratória e motora no CA e RR, respectivamente. A ETZ reduziu a atividade da CAT e aumentou os níveis de TBARS no córtex e hipocampo, assim como reduziu a SOD e aumentou o conteúdo de NOx no córtex. Essas alterações foram abolidas pelo tratamento repetido com L-733,060. Embora a ETZ per se não tenha modificado os indicadores de apoptose e neuroinflamação/neurodegeneração, o tratamento com L-733,060 aumentou o imunoconteúdo da CASP-3 concomitantemente com uma redução da BAX no grupo que recebeu a neurotoxina. No modelo experimental de parkinsonismo farmacológico, nossos resultados mostraram que o tratamento intraestrial, mas não intranigral, com L-733,060 diminui a catalepsia induzida pelo haloperidol. No modelo de hemiparkinsonismo induzido pela 6-OHDA, o tratamento com L-733,060 reverteu o prejuízo motor no teste do campo aberto, da roda giratória e no teste de rotações contralaterais induzida por apomorfina. A 6-OHDA reduziu a CAT e SOD no estriado e substância nigra, efeito que foi revertido pelo L-733,060. O antagonista dos RNKper se aumentou a atividade da CAT e SOD e reduziu o conteúdo de NOx no estriado e substância nigra. A 6-OHDA reduziu o imunoconteúdo de tirosina-hidroxilase (TH), porém este efeito não foi revertido pelo L-733,060. Os demais indicadores de apoptose e neuroinflamação não foram alterados. No modelo experimental de DA esporádica, nossos resultados sugerem que os RNK1 para SP estão envolvidos nas alterações mnemônicas induzidas pela ETZ e que o antagonista dos RNK1 exerce efeito neuroprotetor envolvendo atividade antioxidante e antiapoptótica. Nos modelos experimentais de DP, nossos resultados sugerem o envolvimento dos receptores RNK1 nas alterações motoras e oxidativas induzidas pelo haloperidol ou pela neurotoxina 6-OHDA. 


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  • Não disponível.

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  • VANDERLAN NOGUEIRA HOLANDA
  • Síntese e Avaliação do Potencial de Híbridos Derivados de Ftalimidas e Triazóis no Desenvolvimento de Novos Fármacos Contra a Leishmaniose



  • Orientador : VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO DA SILVA
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • REGINA CÉLIA BRESSAN QUEIROZ DE FIGUEIREDO
  • RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
  • VERA LUCIA DE MENEZES LIMA
  • Data: 16/05/2022

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  • As leishmanioses são doenças prevalentes e negligenciadas que afetam à saúde pública e estão cada vez mais presentes nos países em desenvolvimento. Devido a toxicidade dos medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças, a busca por novas drogas ainda é urgente. Moléculas orgânicas formadas pela união de dois ou mais grupos farmacofóricos tem sido alvo de estudo para o desenvolvimento de novos agentes leishmanicidas e nesse contexto, os derivados do triazol, ftalimida e naftoquinona têm ganhado destaque. Dessa forma, a presente tese de doutorado teve por objetivo investigar o potencial leishmanicida de sete derivados triazólicos ligados a ftalimida ou naftoquinona obtidos por click chemistry, sobre as formas evolutivas de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Para isso, foi avaliado o perfil ADMET e citotoxicidade in vitro sobre macrófagos J774 e fibroblastos. O ensaio leishmanicida foi realizado nas formas evolutivas de L. amazonensis e L. braziliensis. Os compostos foram ranqueados quanto a seletividade, a partir dos dados obtidos na citotoxicidade e atividade leishmanicida. Nesse sentido, duas moléculas foram escolhidas como compostos líderes e tiveram o mecanismo de ação investigado através da análise da fisiologia mitocondrial e dos compartimentos ácidos em promastigotas de Leishmania. Também foi investigado o potencial inibitório dos compostos líderes sobre as enzimas esterol 14 alfa-demetilase e tripanotiona redutase, alvos moleculares comumente associados a ação de drogas. O perfil ADMET revelou que os sete derivados de triazol com ftalimida ou naftoquinona (FT1-FT7), apresentaram propriedades semelhantes a fármacos e alta predição de absorção gastrointestinal. O ensaio de citotoxidade sobre macrófagos e fibroblastos demonstrou que os compostos contendo naftoquinona (FT6 e FT7) foram mais tóxicos, com valores de CC50 que variaram de 20.8 a 314.2 µM, enquanto que os derivados com a ftalimida foram os menos tóxicos (CC50 > 2000 µM). Todos os compostos apresentaram atividade leishmanicida contra as formas promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis, os maiores índices de seletividade foram encontrados para os derivados FT1 e FT2 (SI > 20). Os compostos FT1 e FT2 não apresentaram atividade hemolítica e foram efetivos na redução do índice de sobrevivência de amastigotas axênicas e intracelulares, apresentado IC50 média de 50 µM. O tratamento FT1 e FT2 resultou em alterações drásticas na ultraestrutura de promastigotas como o enrugamento da membrana plasmática, diminuição e inchaço do corpo celular. Também foram observados a alteração do potencial de membrana mitocondrial, aumento das espécies reativas de oxigênio e dos compartimentos ácidos. Em continuidade a investigação do mecanismo de ação, os cálculos de docking demonstraram que ambos os compostos apresentaram alta afinidade de interação com as enzimas, a partir dos valores de energia de ligação (BE) para os complexos FT1-14 α-DM (-8.12 kcal/mol), FT2-14 α-DM (-7.36), FT1-TryR (-8.16 kcal/mol) e FT2-TryR (-6.81 kcal/mol). As alterações celulares causadas pelos derivados FT1-2, somadas ao potencial inibitório dos alvos enzimáticos de Leishmania podem estar relacionadas ao efeito leishmanicida descrito neste estudo. Em conjunto, estes resultados apontam as moléculas FT1 e FT2 como potentes agentes leishmanicidas promissores para uso, de forma isolada ou combinada no tratamento da leishmaniose. 


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  • As leishmanioses são doenças prevalentes e negligenciadas que afetam à saúde pública e estão cada vez mais presentes nos países em desenvolvimento. Devido a toxicidade dos medicamentos utilizados no tratamento dessas doenças, a busca por novas drogas ainda é urgente. Moléculas orgânicas formadas pela união de dois ou mais grupos farmacofóricos tem sido alvo de estudo para o desenvolvimento de novos agentes leishmanicidas e nesse contexto, os derivados do triazol, ftalimida e naftoquinona têm ganhado destaque. Dessa forma, a presente tese de doutorado teve por objetivo investigar o potencial leishmanicida de sete derivados triazólicos ligados a ftalimida ou naftoquinona obtidos por click chemistry, sobre as formas evolutivas de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Para isso, foi avaliado o perfil ADMET e citotoxicidade in vitro sobre macrófagos J774 e fibroblastos. O ensaio leishmanicida foi realizado nas formas evolutivas de L. amazonensis e L. braziliensis. Os compostos foram ranqueados quanto a seletividade, a partir dos dados obtidos na citotoxicidade e atividade leishmanicida. Nesse sentido, duas moléculas foram escolhidas como compostos líderes e tiveram o mecanismo de ação investigado através da análise da fisiologia mitocondrial e dos compartimentos ácidos em promastigotas de Leishmania. Também foi investigado o potencial inibitório dos compostos líderes sobre as enzimas esterol 14 alfa-demetilase e tripanotiona redutase, alvos moleculares comumente associados a ação de drogas. O perfil ADMET revelou que os sete derivados de triazol com ftalimida ou naftoquinona (FT1-FT7), apresentaram propriedades semelhantes a fármacos e alta predição de absorção gastrointestinal. O ensaio de citotoxidade sobre macrófagos e fibroblastos demonstrou que os compostos contendo naftoquinona (FT6 e FT7) foram mais tóxicos, com valores de CC50 que variaram de 20.8 a 314.2 µM, enquanto que os derivados com a ftalimida foram os menos tóxicos (CC50 > 2000 µM). Todos os compostos apresentaram atividade leishmanicida contra as formas promastigotas de L. amazonensis e L. braziliensis, os maiores índices de seletividade foram encontrados para os derivados FT1 e FT2 (SI > 20). Os compostos FT1 e FT2 não apresentaram atividade hemolítica e foram efetivos na redução do índice de sobrevivência de amastigotas axênicas e intracelulares, apresentado IC50 média de 50 µM. O tratamento FT1 e FT2 resultou em alterações drásticas na ultraestrutura de promastigotas como o enrugamento da membrana plasmática, diminuição e inchaço do corpo celular. Também foram observados a alteração do potencial de membrana mitocondrial, aumento das espécies reativas de oxigênio e dos compartimentos ácidos. Em continuidade a investigação do mecanismo de ação, os cálculos de docking demonstraram que ambos os compostos apresentaram alta afinidade de interação com as enzimas, a partir dos valores de energia de ligação (BE) para os complexos FT1-14 α-DM (-8.12 kcal/mol), FT2-14 α-DM (-7.36), FT1-TryR (-8.16 kcal/mol) e FT2-TryR (-6.81 kcal/mol). As alterações celulares causadas pelos derivados FT1-2, somadas ao potencial inibitório dos alvos enzimáticos de Leishmania podem estar relacionadas ao efeito leishmanicida descrito neste estudo. Em conjunto, estes resultados apontam as moléculas FT1 e FT2 como potentes agentes leishmanicidas promissores para uso, de forma isolada ou combinada no tratamento da leishmaniose. 

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  • GRAZIELA CLAUDIA DA SILVA
  • Desenvolvimento de formulações com o óleo essencial de Eugenia brejoensis Mazine (Myrtaceae): estudo toxicológico, genotóxico e avaliação das atividades antinociceptiva e anti-inflamatória

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 03/08/2022

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  • Eugenia brejoensis Mazine é uma espécie utilizada na medicina tradicional para o
    tratamento de doenças inflamatórias, dores em geral e febre. Os óleos essenciais
    apresentam atividades biológicas interessantes, entretanto, o seu uso na indústria
    farmacêutica é limitado em virtude das suas propriedades físico-químicas. Sistemas
    microemulsionados e complexos de inclusão molecular têm sido utilizados para
    incrementar as atividades biológicas de óleos essenciais. Neste contexto, o objetivo
    deste estudo foi desenvolver complexos de inclusão e sistemas microemulsionados
    com o óleo essencial E. brejoensis (OEEb), avaliando o potencial antinociceptivo, anti-
    inflamatório e a segurança biológica. Procedeu-se à complexação do óleo essencial
    com β-ciclodextrina (por malaxagem e slurry) e à caracterização por técnicas
    espectroscópicas, calorimétricas e microscópicas. Sistemas microemulsionados foram
    formulados a partir de diagrama de fases, utilizando o óleo essencial (como fase
    oleosa), surfactantes e co-surfactantes (1:1) e água ultrapura. Os sistemas foram
    caracterizados por análise reológica, tamanho de gotículas, índice de
    polidispersividade, condutividade elétrica, microscopia de luz polarizada e pH. Os
    resultados da caracterização mostraram a complexação do óleo pelos métodos
    malaxagem e slurry sem grandes variações. Entretanto a eficiência de inclusão do
    complexo pelo método slurry mostrou-se mais interessante para os ensaios in vivo. A
    atividade antinociceptiva nos modelos de contorção abdominal evidenciou um
    aumento na inibição das contorções na administração do OEEb+ β-CD (77,22%) em
    relação ao óleo livre (67,74%); no teste da formalina, o complexo atuou via sistema
    opioide com aumento significativo nas fases de dor neurogênica (78,60%) e dor
    inflamatória (91,15%) em relação ao óleo livre (53,60% e 75,21%, respectivamente). O
    tratamento em edema de pata com o óleo e com OEEb+ β-CD reduziu em 70,24% e
    97,03%, que foi acompanhado também pela redução nos níveis de TNF-α (52,63% e
    54%) e IL-1β (65,76% e 74,10%) no modelo de peritonite aguda. A administração oral
    do óleo essencial e do complexo de inclusão não apresentou toxicidade aguda, assim
    como não indicaram potencial genotóxico no ensaio cometa e micronúcleo. A
    toxicidade de doses repetidas por 28 dias revelou alterações histológicas nas dosagens
    de 1000mg/kg e 500mg/kg. O sistema microemulsionado (ME 2) foi newtoniano (N=1)
    com viscosidade constante, isotópico, com tamanho de gotículas de 18.69±0.04nm,
    PDI 0,181±0.06 e pH 6.4±0.04. A ME 2 promoveu a redução da citotoxicidade do óleo
    em 11% nos fibroblastos L929 e, na atividade anti-inflamatória tópica, em 87,5% do
    edema de orelha. Na contorção abdominal, a ME 2 e o óleo essencial mostraram-se
    promissores para analgesia tópica, com percentuais de inibição de 57,52% e 67,60%
    respectivamente. No teste de movimento de calda, a morfina (8.75±0.20), o óleo
    (6.66±0.32) e ME 2 (6.33±0.33) apresentaram resultados relevantes em comparação
    com os valores do veículo ou microemulsão inerte. Os resultados obtidos validam o
    uso tradicional de E. brejoensis sendo relevantes as formulações desenvolvidas para
    aplicação em novas apresentações farmacêuticas.


  • Mostrar Abstract
  • Eugenia brejoensis Mazine é uma espécie utilizada na medicina tradicional para o tratamento de doenças inflamatórias, dores em geral e febre. Os óleos essenciais apresentam atividades biológicas interessantes, entretanto o seu uso na indústria farmacêutica é limitado em virtude das suas propriedades físico-químicas. Sistemas microemulsionados e complexos de inclusão molecular têm sido utilizados para incrementar as atividades biológicas e aplicações farmacotécnicas. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi desenvolver complexos de inclusão e sistemas microemulsionados com o óleo essencial E. brejoensis Mazine, avaliando o potencial antinociceptivo, anti-inflamatório e a segurança biológica. Procedeu-se a complexação do óleo essencial com β-CD (por malaxagem e slurry) e a caracterização por DR-X, DSC, TG e MEV. Sistemas microemulsionados foram formulados a partir de diagrama de fases, utilizando o óleo essencial (como fase oleosa), surfactantes e co-sufactantes (1:1) e água ultrapura. Os sistemas foram caracterizados por análise reológica, DLS, condutividade elétrica, microscopia de luz polarizada e pH. Os resultados da caracterização mostraram a complexação do óleo pelos métodos malaxagem e slurry sem grandes variações. A atividade antinociceptiva nos modelos de contorção abdominal evidenciou um aumento na inibição das contorções na administração do OEEb+ β-CD (77,22%) em relação ao óleo livre (67,74%); no teste da formalina, o complexo atuou via sistema opioide com aumento significativo nas fases de dor neurogênica (78,60%) e dor inflamatória (91,15%) em relação ao óleo livre (53,60%) e (75,21%), respectivamente. O tratamento em edema de pata com o óleo e com OEEb+ β-CD reduziu em 70,24% e 97,03%, que foi acompanhado também pela redução nos níveis de TNF-α (52,63% e 54%) e IL-1β (65,76% e 74,10%) no modelo de peritonite aguda. A administração oral do óleo essencial e do complexo de inclusão não apresentou toxicidade aguda, assim como não indicaram potencial genotóxico no ensaio cometa e micronúcleo. A toxicidade de doses repetidas por 28 dias revelou alterações histológicas nas dosagens de 1000mg/kg e 500mg/kg. O sistema microemulsionado (ME 2) foi newtoniano (N=1) com viscosidade constante, isotópico, com tamanho de gotículas de 18.69±0.04nm, PDI 0,181±0.06 e pH 6.4±0.04. ME 2 promoveu a redução da citotoxicidade do óleo em 14% nos fibroblastos L929. A atividade anti-inflamatória tópica, ME 2 promoveu redução de 87,5% do edema de orelha. Na contorção abdominal, a ME 2 e o óleo essencial mostraram-se promissores para analgesia dérmica, com percentuais de inibição de 57,52% e 67,60% respectivamente. No teste de movimento de calda, a morfina (8.75±0.20), o óleo (6.66±0.32) e ME 2 (6.33±0.33*) apresentaram resultados relevantes em comparação com os valores do controle de veículo ou microemulsão inerte. Os resultados obtidos validam o uso tradicional de E. brejoensis. Assim como, as respostas farmacológicas exibidas pelo complexo inclusão e sistema microemulsionado são amplamente relevantes para aplicação em novas formulações farmacêuticas.

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  • LEILIANDRY DE ARAÚJO MELO
  • Impacto da desnutrição intrauterina na expressão gênica do Sistema Renina Angiotensina no tecido renal e tecido adiposo em ratos adultos

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANISIO FRANCISCO SOARES
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • LUYDSON RICHARDSON SILVA VASCONCELOS
  • VIRGINIA MARIA BARROS DE LORENA
  • Data: 19/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A desnutrição intrauterina é uma situação que induz alterações função renal e desenvolvimento de hipertensão na vida adulta. O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e o estresse oxidativo renal apresentam papel-chave na origem dessas alterações. Mais recentemente, tem sido amplamente descrita a importância do tecido adiposo no controle da pressão arterial e da função de outros órgãos, contudo ainda se alterações nesse tecido fazem parte da hipertensão programada intrauterinamente. O objetivo desse trabalho foi investigar a expressão gênica do SRAA e o estresse oxidativo no tecido renal e adiposo em ratos machos adultos com hipertensão induzida pela desnutrição intrauterina. Ratas Wistar foram acasaladas aos 90 dias e após observação de espermatozoides em lavado vaginal foram divididas em dois grupos: mães com dieta padrão ad libitum (Controle, n = 8) e mães com restrição alimentar de 50% (RD, n = 8). Após o nascimento, as mães foram mantidas com até oito filhotes para amamentação. Após o desmame, foram mantidos apenas os filhotes machos com acesso à água e comida ad libitum até completarem 120 dias de idade. Os animais foram submetidos à avaliação da pressão arterial sistólica por plestimografia de cauda por três dias consecutivos e em seguida foram submetidos a eutanásia por decapitação sob anestesia. O tecido renal e uma amostra de tecido adiposo branco (TAB) subcutâneo foram rapidamente coletados e congelados em nitrogênio líquido e mantidos em freezer –80ºC até análise. Foram medidos os níveis de TNF-α no plasma. No córtex renal e no TAB foi mensuração a produção basal de superóxido e a atividade da NADPH oxidase. Além disso, nesses tecidos foi avaliada a expressão de RNAm dos componentes do SRA (AGT, ECA 1, ECA 2, AT1aR AT2R). Foi observada redução de 10% (P<0,01) no peso corpóreo ao nascimento da prole obtida de mães submetidas à RD em relação ao grupo Controle. Na vida adulta, foi observado que a prole RD apresentou pressão arterial sistólica cerca de 10% maior (P<0,05) do que o grupo Controle. No córtex renal do grupo RD, foi observado maior produção basal de superóxido (100%, P<0,001), atividade da NADPH oxidase (82%, P<0,01), e expressão do RNAm para AGT (100%, P<0,05) e ECA 1 (135%, P<0,05). Por outro lado, a expressão do RNAm para ECA 2 foi 62% menor (P<0,01), enquanto que não foi observada alteração nos níveis do RNAm para AT1aR e AT2R. No TAB, também foi observado aumento da produção basal de superóxido e da atividade da NADPH oxidase (90% e 65%, respectivamente). Não houve diferenças na expressão do RNAm para AGT e AT2R, porém a expressão do RNAm para ECA 1 e ECA 2 foi 90% menor (P<0,05) no grupo RD. Adicionalmente, observou-se aumento de 155% (P<0,05) do receptor AT1aR nos animais provenientes de mães submetidas à RD. Em conclusão, os dados demonstram que a restrição dietética materna induz alterações no estresse oxidativo e SRAA do tecido adiposo que indicam participação de tecido na programação da hipertensão. 



  • Mostrar Abstract
  • A desnutrição intrauterina é uma situação que induz alterações função renal e desenvolvimento de hipertensão na vida adulta. O sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e o estresse oxidativo renal apresentam papel-chave na origem dessas alterações. Mais recentemente, tem sido amplamente descrita a importância do tecido adiposo no controle da pressão arterial e da função de outros órgãos, contudo ainda se alterações nesse tecido fazem parte da hipertensão programada intrauterinamente. O objetivo desse trabalho foi investigar a expressão gênica do SRAA e o estresse oxidativo no tecido renal e adiposo em ratos machos adultos com hipertensão induzida pela desnutrição intrauterina. Ratas Wistar foram acasaladas aos 90 dias e após observação de espermatozoides em lavado vaginal foram divididas em dois grupos: mães com dieta padrão ad libitum (Controle, n = 8) e mães com restrição alimentar de 50% (RD, n = 8). Após o nascimento, as mães foram mantidas com até oito filhotes para amamentação. Após o desmame, foram mantidos apenas os filhotes machos com acesso à água e comida ad libitum até completarem 120 dias de idade. Os animais foram submetidos à avaliação da pressão arterial sistólica por plestimografia de cauda por três dias consecutivos e em seguida foram submetidos a eutanásia por decapitação sob anestesia. O tecido renal e uma amostra de tecido adiposo branco (TAB) subcutâneo foram rapidamente coletados e congelados em nitrogênio líquido e mantidos em freezer –80ºC até análise. Foram medidos os níveis de TNF-α no plasma. No córtex renal e no TAB foi mensuração a produção basal de superóxido e a atividade da NADPH oxidase. Além disso, nesses tecidos foi avaliada a expressão de RNAm dos componentes do SRA (AGT, ECA 1, ECA 2, AT1aR AT2R). Foi observada redução de 10% (P<0,01) no peso corpóreo ao nascimento da prole obtida de mães submetidas à RD em relação ao grupo Controle. Na vida adulta, foi observado que a prole RD apresentou pressão arterial sistólica cerca de 10% maior (P<0,05) do que o grupo Controle. No córtex renal do grupo RD, foi observado maior produção basal de superóxido (100%, P<0,001), atividade da NADPH oxidase (82%, P<0,01), e expressão do RNAm para AGT (100%, P<0,05) e ECA 1 (135%, P<0,05). Por outro lado, a expressão do RNAm para ECA 2 foi 62% menor (P<0,01), enquanto que não foi observada alteração nos níveis do RNAm para AT1aR e AT2R. No TAB, também foi observado aumento da produção basal de superóxido e da atividade da NADPH oxidase (90% e 65%, respectivamente). Não houve diferenças na expressão do RNAm para AGT e AT2R, porém a expressão do RNAm para ECA 1 e ECA 2 foi 90% menor (P<0,05) no grupo RD. Adicionalmente, observou-se aumento de 155% (P<0,05) do receptor AT1aR nos animais provenientes de mães submetidas à RD. Em conclusão, os dados demonstram que a restrição dietética materna induz alterações no estresse oxidativo e SRAA do tecido adiposo que indicam participação de tecido na programação da hipertensão. 


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  • ANA VITORIA ARAUJO LIMA
  • Atividade antibacteriana de extrato de punica granatum L. sobre isolados clínicos de Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa extensivamente- droga-resistentes

  • Orientador : PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FRANCIS SOARES GOMES
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • SIVONEIDE MARIA DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 26/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A resistência bacteriana aos antimicrobianos, considerada um dos problemas de saúde pública mais relevante do mundo, é um fenômeno natural, resultante da pressão seletiva desencadeada pelo uso de antimicrobianos. Dentre os patógenos responsáveis por provocar infecções hospitalares, destacam-se Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa, espécies de natureza ubíqua, oportunistas e que possuem grande adaptabilidade. O objetivo do presente trabalho foi: 1. revisão do estado-da-arte sobre o tema dos betalactâmicos e as betalactamases e 2. investigar os mecanismos de resistência e virulência em isolados de A. baumannii e P. aeruginosa obtidos de dois hospitais públicos de Recife- Pernambuco, Brasil e o efeito do extrato de P. granatum L frente a esses microrganismos.  Foram obtidos 100 isolados, 35 de A. baumannii e 65 de P. aeruginosa coletados de vários sítios de infecção de pacientes internados em diferentes setores hospitalares. A identificação foi realizada pelo método automatizado Vitek®2 Compact (bioMérieux) e confirmada pela técnica MALDi-TOF MS. Para o perfil de suscetibilidade, foram realizados ensaios fenótipos, seguidos de moleculares para investigar os genes de resistência blaKPC blaIMP, blaVIM,blaSHV, aac(6’)-Ib-cr, ant(3”)-Ia e aph(3’’)-Ia. A diversidade genética também foi investigada por meio da ERIC- PCR. Para investigar o potencial de formação de biofilme foi utilizado o método cristal violeta em diferentes meios de cultura: Luria Bertani Miller (LB Miller) e Tryptose Soy Broth (TSB) ambos suplementados, ou não, com 1% de glicose e diluídos (25%). Já para avaliar a atividade antimicrobiana do extrato de P. granatum, foi encontrada a Concentração Mínima Inibitória (CMI) e Concentração Mínima Bactericida (CMB) de 10 isolados 5 de A. baumannii (A12156, A14700, A9450, A15166 e A14808) e 5 de P. aeruginosa (P16025, P98.6, P14357, P8697 e P484.6). Adicionalmente foi investigada a atividade antibiofilme do extrato isoladamente e sinergicamente com dois antimicrobianos (Amicacina e Imipenem). Como primeiro resultado, foi obtido um capítulo de livro que contempla: os betalactâmicos e as betalactamases. Do ponto de vista experimental foram obtidos os seguintes resultados: a identidade fenotípica dos microrganismos foi confirmada pelo método MALDI-TOF MS, demonstrando assim, a eficiência das técnicas utilizadas. Os dados revelaram perfis de resistência distintos entre os isolados e os hospitais investigados. Todos foram sensíveis a polimixina, sendo essa a única opção terapêutica. O gene blaKPC apresentou positividade em 60 isolados (54.28% de A. baumanii e 63.07% de P. aeruginosa) enquanto que o gene blaSHV em 39 (22.85% de A. baumanii e 38.46% de P. aeruginosa). O blaIMP foi detectado em apenas um isolado de A. baumannii (2.85%) e o blaVIM, em oito (2.8% em A. baumanii e 7.69% em P. aeruginosa). O aac (6’)-lb-cr apresentou positividade em 34,3% (12 de A. baumannii 40 isolados de P. aeruginosa), o ant-3’’-la (17,1%, 6 de A. baumannii e 63,5% 40 de P. aeruginosa) e o aph (3’’) -la em (11,4%, 4 de A. baumannii e 58,7%, 37 de P. aeruginosa), sendo este aph (3’’) –la,  o primeiro relato da incidência deste gene, nestas duas espécies no Brasil. Foi possível verificar a disseminação clonal intra e interhospitalar das espécies investigadas. Todos os isolados formaram biofilme nos meios testados, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes. A atividade antimicrobiana do extrato de P. granatum, foi bactericida para 50% dos isolados testados com concentrações variando ente 980-3920 µg/mL. Assim o extrato se apresenta como um potencial agente antimicrobiano contra essas espécies. A elevada diversidade de perfis microbianos de A. baumanii e P. aeruginosa, e sua disseminação, demonstra a dificuldade na escolha eficaz do tratamento para essas espécies e revela a necessidade de monitoramento epidemiológico no ambiente hospitalar e busca de novos princípios ativos eficazes. O extrato de P. granatum demonstrou ser uma fonte promissora de moléculas bioativas, com propriedades bacteriostáticas e bactericidas além da atividade antibiofilme, combinado com os principais antimicrobianos de escolha clínica para o tratamento dessas espécies.


  • Mostrar Abstract
  • A resistência bacteriana aos antimicrobianos, considerada um dos problemas de saúde pública mais relevante do mundo, é um fenômeno natural, resultante da pressão seletiva desencadeada pelo uso de antimicrobianos. Dentre os patógenos responsáveis por provocar infecções hospitalares, destacam-se Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa, espécies de natureza ubíqua e que possuem grande adaptabilidade. O objetivo do presente trabalho foi investigar a os mecanismos de resistência e virulência em isolados de A. baumannii e P. aeruginosa obtidos de dois hospitais públicos de Recife- Pernambuco, Brasil e o efeito do extrato de P. granatum frente a esses isolados. Foram obtidos 100 isolados, 35 de A. baumannii e 65 de P. aeruginosa As amostras foram coletadas de vários sítios de infecção de pacientes internados em diversos setores  hospitalares. A identificação dos isolados foi realizada pelo método automatizado Vitek®2 Compact (bioMérieux) e confirmada pela técnica MALDi-TOF-MS. Já para a suscetibilidade, foram realizados ensaios fenótipos, seguidos de moleculares para investigar os genes de resistência blaKPC blaIMP, blaVIM ,blaSHV, aac(6’)-Ib-cr, ant(3’’)-Ia e aph(3’’)-Ia. A diversidade genética foi investigada através de ERIC- PCR. Foi avaliado, também, o potencial de formação de biofilme em diferentes meios de cultura: Luria Bertani Miller (LB Miller), Tryptose Soy Broth (TSB) ambos suplementados, ou não, com 1% de glicose e diluidos (25%) pelo método Cristal Violeta. A atividade antimicrobiana do extrato de P. granatum, foi detectada através da concentração minima inibitória (CMI) e concentração mínima bactericida (CBM). Este projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de ética do Centro de Ciências da Saúde (1.480.085). Como primeiro resultado, foi obtido um capítulo de livro que contempla: os betalactâmicos e as betalactamases. Do ponto de vista experimental foram obtidos os seguintes resultados: a identidade fenotípica dos isolados bacterianos foi confirmada pelo método MALDI-TOF-MS, demonstrando assim, a eficiência das técnicas utilizadas. Os dados revelaram perfis de resistência distintos entre os isolados e os hospitais investigados. Todos os isolados foram sensíveis a polimixina, sendo essa a única opção terapêutica. O gene blaKPC apresentou positividade em 60 isolados (54.28% de A. baumanii e 63.07% de P. aeruginosa) enquanto que o gene blaSHV em 39 (22.85% de A. baumanii e 38.46% de P. aeruginosa). O blaIMP foi detectado em apenas um isolado de A. baumannii (2.85%) e o blaVIM, em oito (2.8% em A. baumanii e 7.69% em P. aeruginosa). O aac (6’)-lb-cr apresentou positividade em 34,3% (12 isolados) de A. baumannii e 66,7% (40 isolados) de P. aeruginosa, o ant-3’’-la 17,1% (6) de A. baumannii e 63,5% (40) de P. aeruginosa e o aph (3’’) -la em 11,4% (4) de A. baumannii e 58,7% (37) de P. aeruginosa, sendo este o primeiro relato da incidência deste gene, nestas duas espécies no Brasil. Foi possível verificar a disseminação clonal dos isolados em diferentes setores e entre os dois hospitais investigados. Todos os isolados formaram biofilme nos meios testados, porém com diferentes intensidades. Não foi possível correlacionar o perfil de resistência com a capacidade de formação de biofilmes. A atividade antimicrobiana do extrato foi bactericida para xx% dos isolados testados, com baixos valores, variando ente x-x mg/mL. Assim o extrato se apresenta como um potencial agente antimicrobiano contra essas espécies. A elevada diversidade  de perfis microbianos de A. baumanii e P. aeruginosa, e sua disseminação, demonstra a dificuldade na escolha eficaz do tratamento para essas espécies e revela a necessidade de monitoramento epidemiológico no ambiente hospitalar. 

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  • LUANA MARIA CAVALCANTI TEIXEIRA
  • Avaliação de xilanases fúngicas no tratamento de efluente têxtil

  • Orientador : LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • RAPHAEL CARLOS FERRER DE SANTANA
  • Data: 26/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • As atividades realizadas por microrganismos além das enzimas produzidas por eles são uma importante ferramenta quando há necessidade de utilizar produtos naturais eficientes como sistemas mediadores biocatalisantes efetivos para o tratamento de efluentes de têxteis.  A utilização dessa estratégia é uma alternativa viável e natural para melhoria da biodegradação desses poluentes. Além disso, podemos encontrar em outros estudos enzimas capazes de serem empregadas no próprio processo industrial a fim de se obter materiais mais degradáveis e que causem menos impactos nos processos de produção industrial. Nosso trabalho consistiu em avaliar o potencial fúngico na descoloração de corantes têxteis e a produção aprimorada e caracterização parcial de xilanase por um Aspergillus sp. sob fermentação em estado líquido. Foram utilizadas 4 cepas fúngicas distintas capazes de descolorir corantes utilizados na indústria têxtil como vermelho congo e índigo carmim diluídos em Meio Normal de Descoloração (MND). A triagem do melhor fungo foi realizada para avaliar a capacidade de descoloração em meio líquido. Os melhores resultados foram escolhidos para prosseguimento dos ensaios de ecotoxicidade e caracterização dos parâmetros do corante biotratado. As 4 cepas testadas demostraram percentual de até 96,10% de descoloração dos corantes testados. Em seguida foram realizados testes de fitotoxicidade que em comparação com o grupo controle negativo teve resultados significativos e promissores com germinação e crescimento das raízes. A caracterização do corante foi efetuada e demonstrou DBO, DQO, turbidez e pH de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo CONAMA. Desse modo, ficou claro que a remoção dos corantes através da descoloração realizada pelos microrganismos fúngicos concomitantemente promove melhora na fitotoxicidade do Vermelho congo. Nos próximos passos foi realizada a produção enzimática xilanolítica por Aspergillus fumigatus que também já havia demonstrado eficiência na produção dessa enzima. A produção de xilanase por Aspergillus sp. foi otimizada usando um planejamento experimental de fermentação em estado líquido no qual diferentes parâmetros de fermentação como temperatura, pH médio, quantidade de substrato foram investigados em nível individual. Todos os parâmetros de fermentação selecionados influenciaram a produção de xilanase. A quantidade de substrato foi o parâmetro de maior influência na produção de xilanase em nível individual. A identificação do microrganismo foi realizada por MALDI-TOF confirmando ser um Aspergillus fumigatus pelos espectros da base de dados BiotyperTM. As análises realizadas após 72 h de fermentação, afirmaram que o ensaio 8 obteve os melhores índices de atividade (pH 8, 35 °C, 1 % de substrato) sendo este a melhor condição de produção xilanolítica. O extrato enzimático demonstrou características de estabilidade de pH num platô entre 4 e 5 além de atividade enzimática no pH 7. Manteve-se estabilidade em diferentes pH durante 24 h. A melhor temperatura de produção da enzima foi obtida em 60ºC com estabilidade em diferentes temperaturas e tempos de incubação. A enzima teve sua atividade testada frente a diferentes substratos confirmando a atividade principal por xilano de Birchwood. Ao analisar os resultados, pôde-se perceber que o aumento da concentração de substrato (0,25 a 1,0%) exerceu influência significativa na utilização do substrato pela enzima. Foi possível traçar o perfil de proteínas contidas na amostra da cultura de microrganismos realizando-se SDS-PAGE e posteriormente Zimograma utilizando xilano de Birchwood como substrato. Aspergillus sp. demonstrou ser um promissor candidato na produção de xilanases. Todos os resultados obtidos estão de acordo com os objetivos propostos. Em conclusão, sugere-se que os microrganismos são ferramentas eficientes para aplicação em biorremediação e produção de biomoléculas ativas para aplicações industriais.


  • Mostrar Abstract
  • As atividades realizadas por microrganismos além das enzimas produzidas por eles são uma importante
    ferramenta quando há necessidade de utilizar produtos naturais eficientes como sistemas mediadores
    biocatalisantes efetivos para o tratamento de efluentes têxteis. A utilização dessa estratégia é uma
    alternativa viável e natural para melhoria da biodegradação desses poluentes. Além disso, podemos
    encontrar em outros estudos enzimas capazes de serem empregadas no próprio processo industrial a fim
    de se obter materiais mais degradáveis e que causem menos impactos nos processos de produção
    industrial. Nosso trabalho consistiu em avaliar o potencial fúngico na descoloração de corantes têxteis e a
    produção aprimorada e caracterização parcial de xilanase por um Aspergillus sp. sob fermentação em
    estado líquido. Foram utilizadas 4 cepas fúngicas distintas capazes de descolorir corantes utilizados na
    indústria têxtil como vermelho congo e índigo carmim diluídos em Meio Normal de Descoloração
    (MND). A triagem do melhor fungo foi realizada para avaliar a capacidade de descoloração em meio
    líquido. Os melhores resultados foram escolhidos para prosseguimento dos ensaios de ecotoxicidade e
    caracterização dos parâmetros do corante biotratado. As 4 cepas testadas demonstraram percentual de até
    96,10% de descoloração dos corantes testados. Em seguida foram realizados testes de fitotoxicidade que
    em comparação com o grupo controle negativo teve resultados significativos e promissores com
    germinação e crescimento de raízes. A caracterização do corante foi efetuada e demonstrou DBO, DQO,
    turbidez e pH de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo CONAMA. Desse modo, ficou claro que a
    remoção dos corantes através da descoloração realizada pelos microrganismos fúngicos
    concomitantemente promoveu uma melhora na fitotoxicidade do vermelho congo. Nos próximos passos
    foi realizada a produção enzimática xilanolítica por Aspergillus fumigatus que também já havia
    demonstrado eficiência na produção dessa enzima. A produção de xilanase por Aspergillus sp. foi
    otimizada usando um planejamento experimental de fermentação em estado líquido no qual diferentes
    parâmetros de fermentação como temperatura, pH médio, e quantidade de substrato foram investigados
    em nível individual. Todos os parâmetros de fermentação selecionados influenciaram a produção de
    xilanase. A quantidade de substrato foi o parâmetro de maior influência na produção de xilanase em nível
    individual. A identificação do microrganismo foi realizada por MALDI-TOF confirmando ser um A.
    fumigatus pelos espectros da base de dados BiotyperTM. As análises realizadas após 72 h de fermentação
    afirmaram que o ensaio 8 obteve os melhores índices de atividade (pH 8, 35 °C, 1 % de substrato) sendo
    esta a melhor condição de produção xilanolítica. O extrato enzimático demonstrou características de
    estabilidade de pH num platô entre 4 e 5 além de atividade enzimática no pH 7. Manteve-se estabilidade
    em diferentes valores de pH durante 24 h. A melhor temperatura de produção da enzima foi obtida em
    60ºC com estabilidade em diferentes temperaturas e tempos de incubação. A enzima teve sua atividade
    testada frente a diferentes substratos confirmando a atividade principal por xilano de Birchwood. Ao
    analisar os resultados, pôde-se perceber que o aumento da concentração de substrato (0,25 a 1,0%)
    exerceu influência significativa na utilização do substrato pela enzima. Foi possível traçar o perfil de
    proteínas contidas na amostra da cultura de microrganismos realizando-se SDS-PAGE e posteriormente
    zimograma utilizando xilano de Birchwood como substrato. Aspergillus sp. demonstrou ser um promissor
    candidato na produção de xilanases. Todos os resultados obtidos estão de acordo com os objetivos
    propostos. Em conclusão, sugere-se que os microrganismos são ferramentas eficientes para aplicação em
    biorremediação e produção de biomoléculas ativas para aplicações industriais.

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  • POLIANA KARLA AMORIM
  • AVALIAÇÃO DE TOXICIDADE AGUDA, GENOTOXICIDADE E ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE EXTRATOS E LECTINA (BoLL) DE FOLHAS DE Bixa orellana L. 

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • FERNANDA DAS CHAGAS ANGELO MENDES TENORIO
  • THAMARAH DE ALBUQUERQUE LIMA
  • MARÍLIA CAVALCANTI CORIOLANO
  • Data: 29/08/2022

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  • Bixa orellana L. é uma planta proveniente das regiões tropicais da América, com aplicações na indústria de alimentos e relatos de uso popular como protetor solar e no tratamento de infecções, por exemplo. A presente tese a avaliação da toxicidade e de atividades biológicas de extratos e lectina (BoLL) de folhas de B. orellana. Extratos aquosos (EA), salino (ES) e hidroetanólico (EH) foram avaliados quanto a: perfil fitoquímico [cromatografia em camada delgada (CCD), dosagem de fenóis e flavonoides e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)]; atividade antioxidante sobre os radicais DPPH e ABTS+; toxicidade aguda, toxicidade dérmica e genotoxicidade (sempre na dose de 2.000 mg/kg); e atividade antifúngica contra fungos dermatófitos (Trichophyton tonsurans e Trichophyton mentagrophytes). Já a lectina BoLL, cujo procedimento de purificação já havia sido previamente definido, foi avaliada quanto a sua atividade antimicrobiana contra bactérias patogênicas ao homem e a plantas e contra fungos do gênero Candida. Flavonoides, taninos hidrolisáveis, derivados antracênicos, açúcares redutores e saponinas foram detectados em todos os extratos, enquanto ácido cafeico e taninos condensados foram encontrados em EA e ES. Terpenos e esteróides foram detectados apenas em EH. Os teores de fenol variaram de 5,80 a 8,69 mg EAT/ge o teor de flavonóides variou entre 1,71 e 3,05 mg ER/g. O perfil em CLAE indicou a presença de ácido elágico e flavonóides em todos os extratos, que apresentaram atividade antioxidante com valores de CI50 para DPPH e ABTS+ variando de 6,90 a 23,22 µg/mL. Não foram observados sinais de toxicidade nos ensaios de toxicidade aguda e os valores da pontuação média de irritação não indicaram nenhum efeito irritante dérmico. A genotoxicidade também não foi observada em ambos os ensaios. EH foi o único que apresentou atividade frente aos fungos testados com CMI de 128 e 256 µg/mL para Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton tonsurans, respectivamente. EH só apresentou efeito sinérgico junto ao antifúngico itraconazol contra ambas as espécies e efeito antagônico com os demais antifúngicos. O sorbitol foi capaz de proteger T. mentagrophytes e T. tonsurans contra a ação do extrato, uma vez que os valores de CMI não foram detectados, indicando que a atividade do extrato envolve danos à parede celular. BoLL apresentou efeitos bacteriostático e bactericida contra Escherichia coli (CMI: 400 µg/mL e CMB: 800 µg/mL) e Staphylococcus aureus (CMI e CMB: 400 µg/mL), bem como bacteriostática contra Bacillus megaterium (CMI: 18,2 µg/mL) e Micrococcus. luteus (CMI: 800 µg/mL). A lectina não foi ativa sobre bactérias fitopatogênicas do gênero Pectobacterium e sobre as espécies de Candida.


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  • Bixa orellana L. é uma planta proveniente das regiões tropicais da América, com aplicações na indústria de alimentos e relatos de uso como protetor solar e atividade antimicrobiana, por exemplo. Ainda, uma lectina foi isolada a partir das folhas de B. orellana (BoLL; B. orellana leaf lectin). O presente relatório descrever os resultados parciais do projeto de tese cujo objetivo geral é avaliar as atividades fotoprotetora, cicatrizante e antifúngica de extratos e lectina (BoLL) de folhas de B. orellana.  Foram obtidos extratos aquoso, salino e hidroetanólico das folhas, os quais foram avaliados quanto à composição química por cromatografia de camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os extratos foram avaliados quanto à atividade antioxidante sobre os radicais DPPH e ABTS+ e quanto à toxicidade aguda (2000 mg/kg) em camundongos. Ainda, a atividade antifúngica dos extratos contra fungos dermatófitos (Trichophyton tonsurans e Trichophyton mentagrophytes) foi investigada, bem como o efeito sinérgico junto a antifúngicos comerciais (itraconazol, cetoconazol e anfotericina B) e a possibilidade de interferência na integridade da parede celular (através do teste de proteção usando sorbitol). CCD e CLAE revelaram que flavonoides e ácido elágico estão presentes nos extratos. A avaliação da quantificação de fenois totais demonstrou maior conteúdo no extrato hidroetanólico enquanto não houve diferença significativa entre os extratos com relação aos conteúdos de cumarinas e somente o extrato aquoso apresentou um teor menor de flavonoides. Os extratos de folhas de Bixa orellana, apresentaram alta atividade antioxidante com valores de CI50 para DPPH e ABTS+ variando entre 4,28 e 5,36 µg/mL. Durante os 14 dias de ensaio do teste de toxicidade aguda com extratos, aquoso, salino e hidroetanólico de folha de B. orellana, não houve morte dos camundongos nem alterações nos seguintes parâmetros: comportamento, piloereção, aparência das fezes, sensibilidade ao som e ao toque e mobilidade. Não foram observadas alterações hematológicas e bioquímicas. O extrato hidroetanólico foi o único que apresentou atividade frente aos fungos testados com CMI de 128 e 256 µg/mL para Trichophyton mentagrophytes e Trichophyton tonsurans, respectivamente. O extrato hidroetanólico só apresentou efeito sinérgico junto ao antifúngico itraconazol contra ambas as espécies e efeito antagônico com os demais antifúngicos. O sorbitol foi capaz de proteger T. mentagrophytes e T. tonsurans contra a ação do extrato, uma vez que os valores de CMI não foram detectados. Isso indica que a atividade do extrato envolve danos à parede celular. Estão em andamento os estudos de ação fotoprotetora in vivo, avaliação da toxicidade dérmica em camundongos de formulação contendo o extrato com maior fator de proteção e investigação da atividade cicatrizante in vivo de extratos e de BoLL, por meio da avaliação da regressão da área das feridas cutâneas experimentais em camundongos.

12
  • SHIRLEY MARIA DE SOUSA
  • IMPACTO DA LESÃO RENAL AGUDA INDUZIDA POR ISQUEMIA-REPERFUSÃO NA FIBROSE RENAL E NA DISFUNÇÃO DE ÓRGÃOS DISTANTES

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HUMBERTO MUZI-FILHO
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • REGINA SOUZA AIRES
  • Data: 30/08/2022

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  • A lesão renal aguda (LRA) pode se estabelecer de maneira rápida, porém é potencialmente reversível. Contudo, quando não controlada e tratada adequadamente, a LRA pode predispor ao desenvolvimento de fibrose renal e favorecer a evolução da injúria para doença renal crônica (DRC). Além disso, a LRA também impacta a função de órgãos distantes, incluindo coração e fígado. O sistema imune e a NADPH oxidase são mediadores de lesão em múltiplos órgãos, e são estimulados pela LRA. Diante disso, investigamos se o tratamento com o imunossupressor e com o inibidor da NADPH oxidase são capazes de prevenir os efeitos da LRA induzida por isquemia reperfusão (IR) na fibrose renal, bem como na lesão de órgãos distantes, como coração e fígado. Ratos Wistar (300-400 g) foram submetidos a LRA induzida por 30 minutos de isquemia renal bilateral seguida de 24h de reperfusão (IR). Esses animais foram divididos em três grupos: um grupo tratado com veículo (IR, n=8); um grupo tratado com o imunossupressor micofenolato de mofetila (MMF) (30 mg/kg de peso corpóreo, via intraperitoneal) (IRM, n=8); e um grupo tratado com o inibidor da NADPH oxidase apocinina (100 mg/kg de peso corpóreo, na água de beber) (IRA, n=8).  Um grupo de animais foi submetido a uma simulação da cirurgia (grupo Sham, n=8). Os tratamentos com apocinina e MMF foram administrados em dose única 24 horas antes da IR. A IR renal induziu elevação da deposição renal de colágeno e o conteúdo de alfa-SMA, reduziu o conteúdo de nefrina, bem como, elevou os marcadores de estresse oxidativo, e aumento a atividade e conteúdo proteico da MMP-2, a atividade da MMP-9 e o conteúdo proteico de TGF-beta 1. A IR renal também elevou os marcadores séricos de lesão cardíaca e hepática, desregulou a atividade das ATPases cardíacas transportadoras de Na+ e C2+, e elevou o estresse oxidativo cardíaco e hepático através da inibição de enzimas antioxidantes e ativação da NADPH oxidase. Os tratamentos com MMF e apocinina preveniram a grande maioria das alterações induzidas pela IR renal no rim, coração e fígado. Nossos dados sugerem um papel importante do sistema imune e da NADPH oxidase em mecanismos de deposição de tecido fibrótico mediados pela via TGF-beta1-->MMP-2 e -9, bem como, a importância desses mediadores de lesão na indução da disfunção cardíaca e hepática em quadros de LRA.


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  • A lesão renal aguda (LRA) pode se estabelecer de maneira rápida porém é potencialmente reversível. Contudo, quando não controlada e tratada adequadamente, a LRA pode evoluir para doença renal crônica (DRC), que é um dos principais fatores de risco para hipertensão arterial e apresenta a deposição de tecido fibrótico como fator chave para progressão. Por outro lado, o sistema imune e a NADPH oxidase apresentam grande impacto na modulação da deposição de matriz extracelular (MEC). Diante disso, investigamos se a LRA induzida por isquemia-reperfusão (IR) promove alterações na produção de MEC em ratos adultos, que são sensíveis ao tratamento com o imunossupressor micofenolato de mofetila (MMF) e com o inibidor da NADPH oxidase apocinina. Ratos Wistar (300-400 g) foram submetidos a LRA induzida por 30 minutos de isquemia renal bilateral seguida de 24h de reperfusão (IR). Esses animais foram divididos em três grupos: um grupo tratado com veículo (IR, n=8); um grupo tratado com micofenolato de mofetila (MMF) (30 mg/kg de peso corpóreo, via intraperitoneal) (IRM, n=8); e um grupo tratado com apocinina (100 mg/kg de peso corpóreo, na água de beber) (IRA, n=8). Os tratamentos com apocinina e MMF foram administrados em dose única 24 horas antes da indução da LRA pela IR. Um grupo de animais foi submetido a uma simulação da cirurgia (grupo Sham, n=8). Vinte e quatro horas após o procedimento cirúrgico, foram realizadas as avaliações da função renal, do estresse oxidativo e marcadores de fibrose e inflamação renal. O grupo submetido a IR apresentou elevação dos níveis séricos de creatinina, da excreção urinária de proteína, da deposição renal de colágeno e da marcação para alfa-actina de músculo liso. Além disso, foi observado elevação da peroxidação lipídica e dos níveis de espécies reativas do oxigênio nos ratos submetidos a IR, juntamente com aumento da atividade e conteúdo proteíca da MMP-2, da atividade da MMP-9 e conteúdo proteíco de TGF-beta 1. Os tratamentos com MMF e apocinina preveniram, pelo menos parcialmente, as alterações induzidas pela IR. Nossos dados sugerem um papel proeminente do sistema imune e da NADPH oxidase em mecanismos de deposição de tecido fibrótico mediados pela via TGFbeta1-->MMP-2 e -9.

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  • JESSICA DE SANTANA BRITO
  • AVALIAÇÃO DE EFEITOS MODULADORES DE LECTINAS DE INFLORESCÊNCIA DE Alpinia purpurata E SEMENTES DE Moringa oleifera SOBRE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS E CÉLULAS CANCEROSAS/TUMOR

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • DALILA DE BRITO MARQUES RAMOS
  • ROBSON RAION DE VASCONCELOS ALVES
  • Data: 31/08/2022

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  • Lectinas são proteínas que reconhecem carboidratos de forma reversível e específica, apresentando atividades biológicas como antimicrobiana, antioxidante, antitumoral e imunomoduladora. O câncer é um grupo de doenças que constitui a segunda causa de morte em todo o mundo e as lectinas se destacam como alternativas no diagnóstico e quimioterapia do câncer devido à possibilidade de reconhecerem especificamente glicoconjugados presentes nas células tumorais. Células-tronco mensenquimais (CTMs) podem ser isoladas de tecidos como medula óssea, cordão umbilical e polpa dentária, sendo utilizadas principalmente em estudos de regeneração tecidual. Ainda, novas abordagens como a terapia celular, utilizando células-tronco vêm destacando-se também no combate ao câncer. Esta tese teve como objetivos avaliar os efeitos de lectinas isoladas das plantas Alpinia purpurara (ApuL) e Moringa oleifera (WSMoL) na viabilidade de células tumorais (Jurkat e K562) e CTMs isoladas de cordão umbilical, bem como avaliar os efeitos imunomodulatórios e sobre a diferenciação das CTMs. Ainda, foi avaliada a atividade antitumoral in vivo de WSMoL em camundongos portadores de sarcoma 180. A viabilidade celular foi avaliada através de marcadores de apoptose e necrose, anexina-V e iodeto de propídeo, respectivamente. Para estudo da ação imunomoduladora, foi pesquisada a presença de interleucinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A), fator de necrose tumoral (TNF) α e inteferon (IFN) γ no sobrenadante da cultura de células tratadas com lectina. No ensaio in vivo, células de sarcoma 180 foram inoculadas no dorso dos animais e, após 7 dias, os camundongos foram tratados diariamente por 7 dias com WSMoL (100 e 200 mg/kg) por via intraperitoneal. Foram analisados o peso do tumor, a vascularização ao seu redor e aspectos histológicos. A toxicidade dos tratamentos foi avaliada pela determinação de: consumo relativo de água e ração; peso dos órgãos e peso corporal; parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue; e aspectos histopatológicos de fígado, rins e baço. ApuL (6,25µg/mL) foi capaz de induzir apoptose de células Jurkat, porém não exerceu efeito tóxico em células K562. Ao contrário, WSMoL (12,5µg/mL) induziu apoptose somente na linhagem K562. Relatos prévios mostraram que ApuL e WSMoL não são tóxicas para células normais de sangue periférico humano (PBMCs) nessas concentrações. As CTMs isoladas de cordão umbilical não apresentaram alteração de viabilidade celular quando tratadas com ApuL (50 µg/mL). ApuL suprimiu a liberação de IL-6 pelas CTMs. WSMoL foi capaz de reduzir em mais de 80% o tamanho do tumor sem causar efeitos tóxicos significativos. Sendo assim, conclui-se que ApuL e WSMoL têm potencial para atuar contra células tumorais, ApuL apresenta a capacidade de modular a produção de IL-6 por CTMs e WSMoL foi confirmada como uma agente antitumoral in vivo.


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  • Lectinas são proteínas que reconhecem carboidratos de forma reversível e específica, apresentando atividades biológicas como antimicrobiana, antioxidante, antitumoral e imunomoduladora. O câncer é um grupo de doenças que constitui a segunda causa de morte em todo o mundo e as lectinas se destacam como alternativas no diagnóstico e quimioterapia do câncer devido à possibilidade de reconhecerem especificamente glicoconjugados presentes nas células tumorais. Células-tronco mensenquimais (CTMs) podem ser isoladas de tecidos como medula óssea, cordão umbilical e polpa dentária, sendo utilizadas principalmente em estudos de regeneração tecidual. Ainda, novas abordagens como a terapia celular, utilizando células-tronco vêm destacando-se também no combate ao câncer. Esta tese teve como objetivos avaliar os efeitos de lectinas isoladas das plantas Alpinia purpurara (ApuL) e Moringa oleifera (WSMoL) na viabilidade de células tumorais (Jurkat e K562) e CTMs isoladas de cordão umbilical, bem como avaliar os efeitos imunomodulatórios e sobre a diferenciação das CTMs. Ainda, foi avaliada a atividade antitumoral in vivo de WSMoL em camundongos portadores de sarcoma 180. A viabilidade celular foi avaliada através de marcadores de apoptose e necrose, anexina-V e iodeto de propídeo, respectivamente. Para estudo da ação imunomoduladora, foi pesquisada a presença de interleucinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17A), fator de necrose tumoral (TNF) α e inteferon (IFN) γ no sobrenadante da cultura de células tratadas com lectina. No ensaio in vivo, células de sarcoma 180 foram inoculadas no dorso dos animais e, após 7 dias, os camundongos foram tratados diariamente por 7 dias com WSMoL (100 e 200 mg/kg) por via intraperitoneal. Foram analisados o peso do tumor, a vascularização ao seu redor e aspectos histológicos. A toxicidade dos tratamentos foi avaliada pela determinação de: consumo relativo de água e ração; peso dos órgãos e peso corporal; parâmetros hematológicos e bioquímicos do sangue; e aspectos histopatológicos de fígado, rins e baço. ApuL (6,25µg/mL) foi capaz de induzir apoptose de células Jurkat, porém não exerceu efeito tóxico em células K562. Ao contrário, WSMoL (12,5µg/mL) induziu apoptose somente na linhagem K562. Relatos prévios mostraram que ApuL e WSMoL não são tóxicas para células normais de sangue periférico humano (PBMCs) nessas concentrações. As CTMs isoladas de cordão umbilical não apresentaram alteração de viabilidade celular quando tratadas com ApuL (50 µg/mL). ApuL suprimiu a liberação de IL-6 pelas CTMs. WSMoL foi capaz de reduzir em mais de 80% o tamanho do tumor sem causar efeitos tóxicos significativos. Sendo assim, conclui-se que ApuL e WSMoL têm potencial para atuar contra células tumorais, ApuL apresenta a capacidade de modular a produção de IL-6 por CTMs e WSMoL foi confirmada como uma agente antitumoral in vivo.

2021
Dissertações
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  • AMANDA DE OLIVEIRA MARINHO
  • AVALIAÇÃO DA LECTINA DE FOLHA DE Schinus terebinthifolia (SteLL) QUANTO À TOXICIDADE PARA CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS E CÉLULAS CANCEROSAS E À ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA IN VIVO

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • DALILA DE BRITO MARQUES RAMOS
  • Data: 06/08/2021

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  • As lectinas são proteínas que reconhecem e se ligam a carboidratos de forma especifica e reversível. As atividades biológicas desempenhadas pelas lectinas acontecem devido a sua interação com glicanos presentes nas superfícies celulares de diversos organismos. As folhas de Schinus terebinthifolia Raddi. contêm uma lectina denominada de SteLL que apresenta atividades biológicas, tais como antimicrobiana, antitumoral, antinociceptiva, citotóxica, imunomoduladora e inseticida. Esta dissertação teve como objetivo investigar os efeitos de SteLL na viabilidade de linhagens tumorais leucêmicas (K562- leucemia mielóide crônica; JURKAT- leucemia linfoblástica aguda) e células tronco mesenquimais (CTMs), assim como, investigar os efeitos imunomoduladores sobre as CTMs. Além disso, determinar a atividade antinociceptiva de SteLL em modelos experimentais de nocicepção aguda periférica e central em camundongos. As CTMs foram isoladas de cordão umbilical humano e a citotoxicidade de SteLL (0,048-100 μg/mL) foi avaliada pelo ensaio de MTT. Culturas de CTMs tradadas com SteLL (50 μg/mL) foram investigadas quanto à produção de citocinas e ocorrência de apoptose e/ou necrose. Culturas de K562 e de JURKAT foram tratadas com SteLL (12,5–100 μg/mL) e a ocorrência de apoptose e necrose foi analisada em ambas as linhagens tumorais. Para a avaliação do efeito antinociceptivo periférico, os animais receberam os tratamentos (PBS, controle negativo; indometacina 20 mg/kg; morfina 10 mg/kg e SteLL 1, 5 e 10 mg/kg) por via intraperitoneal, e o número de contorções foi determinado no teste de contorções induzidas por ácido acético. No teste de formalina, o tempo que cada animal gastou lambendo a pata foi registrado nos primeiros 5 minutos (primeira fase -neurogênica) e no período de 15 a 30 minutos (segunda fase - inflamatória) após a injeção de formalina na região subplantar na pata. A investigação do envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) e dos receptores da via opioide na ação antinociceptiva da lectina foram avaliados. Para a avaliação da antinocicepção central, o teste de imersão da cauda foi realizado, sendo os animais tratados (PBS, controle negativo; morfina 10 mg/kg e SteLL 1, 5 e 10 mg/kg) e avaliados quanto aos períodos de latência para retirada da cauda 30, 60, 90 e 120 minutos após os tratamentos. SteLL não alterou a viabilidade de CTMs em nenhuma das concentrações, não induziu apoptose e necrose e não afetou a liberação das citocinas. SteLL (12.5, 25 e 50 μg/mL) exerceu efeito citotóxico em K562 por indução de apoptose em 92.3%, 92.3% e 97.7% das células, porém não foi citotóxica para JURKAT em nenhuma concentração. SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu as contorções induzidas por ácido acético de maneira dose dependente em 84%, 90% e 100%. No teste de formalina, SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu o tempo de lambida da pata em 49%, 48% e 51% na primeira fase. Na segunda fase, SteLL (1 e 10 mg/kg) reduziu em 83% e 81%. Esse efeito foi revertido pela administração da lectina incubada com glicoconjugado especifico (ovoalbumina) e pelo antagonista não seletivo dos receptores opioides (naloxona). No teste de imersão de cauda, SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu a percepção do estímulo térmico, mesmo duas horas após o tratamento. Em conclusão, SteLL não afeta a viabilidade de CTMs, porém não apresenta efeito imunomodulador sobre elas. Entretanto, apresentou importante efeito citotóxico contra a linhagem leucêmica K562 e demonstrou ação analgésica periférica e central, e o efeito antinociceptivo periférico envolve o DRC e os receptores opioides.


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  • As lectinas são proteínas que reconhecem e se ligam a carboidratos de forma especifica e reversível. As atividades biológicas desempenhadas pelas lectinas acontecem devido a sua interação com glicanos presentes nas superfícies celulares de diversos organismos. As folhas de Schinus terebinthifolia Raddi. contêm uma lectina denominada de SteLL que apresenta atividades biológicas, tais como antimicrobiana, antitumoral, antinociceptiva, citotóxica, imunomoduladora e inseticida. Esta dissertação teve como objetivo investigar os efeitos de SteLL na viabilidade de linhagens tumorais leucêmicas (K562- leucemia mielóide crônica; JURKAT- leucemia linfoblástica aguda) e células tronco mesenquimais (CTMs), assim como, investigar os efeitos imunomoduladores sobre as CTMs. Além disso, determinar a atividade antinociceptiva de SteLL em modelos experimentais de nocicepção aguda periférica e central em camundongos. As CTMs foram isoladas de cordão umbilical humano e a citotoxicidade de SteLL (0,048-100 μg/mL) foi avaliada pelo ensaio de MTT. Culturas de CTMs tradadas com SteLL (50 μg/mL) foram investigadas quanto à produção de citocinas e ocorrência de apoptose e/ou necrose. Culturas de K562 e de JURKAT foram tratadas com SteLL (12,5–100 μg/mL) e a ocorrência de apoptose e necrose foi analisada em ambas as linhagens tumorais. Para a avaliação do efeito antinociceptivo periférico, os animais receberam os tratamentos (PBS, controle negativo; indometacina 20 mg/kg; morfina 10 mg/kg e SteLL 1, 5 e 10 mg/kg) por via intraperitoneal, e o número de contorções foi determinado no teste de contorções induzidas por ácido acético. No teste de formalina, o tempo que cada animal gastou lambendo a pata foi registrado nos primeiros 5 minutos (primeira fase -neurogênica) e no período de 15 a 30 minutos (segunda fase - inflamatória) após a injeção de formalina na região subplantar na pata. A investigação do envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) e dos receptores da via opioide na ação antinociceptiva da lectina foram avaliados. Para a avaliação da antinocicepção central, o teste de imersão da cauda foi realizado, sendo os animais tratados (PBS, controle negativo; morfina 10 mg/kg e SteLL 1, 5 e 10 mg/kg) e avaliados quanto aos períodos de latência para retirada da cauda 30, 60, 90 e 120 minutos após os tratamentos. SteLL não alterou a viabilidade de CTMs em nenhuma das concentrações, não induziu apoptose e necrose e não afetou a liberação das citocinas. SteLL (12.5, 25 e 50 μg/mL) exerceu efeito citotóxico em K562 por indução de apoptose em 92.3%, 92.3% e 97.7% das células, porém não foi citotóxica para JURKAT em nenhuma concentração. SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu as contorções induzidas por ácido acético de maneira dose dependente em 84%, 90% e 100%. No teste de formalina, SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu o tempo de lambida da pata em 49%, 48% e 51% na primeira fase. Na segunda fase, SteLL (1 e 10 mg/kg) reduziu em 83% e 81%. Esse efeito foi revertido pela administração da lectina incubada com glicoconjugado especifico (ovoalbumina) e pelo antagonista não seletivo dos receptores opioides (naloxona). No teste de imersão de cauda, SteLL (1, 5 e 10 mg/kg) reduziu a percepção do estímulo térmico, mesmo duas horas após o tratamento. Em conclusão, SteLL não afeta a viabilidade de CTMs, porém não apresenta efeito imunomodulador sobre elas. Entretanto, apresentou importante efeito citotóxico contra a linhagem leucêmica K562 e demonstrou ação analgésica periférica e central, e o efeito antinociceptivo periférico envolve o DRC e os receptores opioides.

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  • SAULO ALMEIDA DE MENEZES
  • Atividade anti-Trichomonas vaginalis de óleos essenciais de espécies de Myrtaceae do domínio Caatinga

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • LILIAN CORTEZ SOMBRA VANDESMET
  • PATRÍCIA DE BRUM VIEIRA
  • Data: 11/08/2021

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  • A tricomoníase é a doença sexualmente transmissível não-viral mais comum no mundo, estando associada a complicações como doença inflamatória pélvica, infertilidade, parto prematuro, predisposição ao câncer cervical e de próstata, além de contribuir para transmissão e aquisição do HIV. A infecção é causada por Trichomonas vaginalis, protozoário parasito extracelular do trato urogenital humano. A terapêutica da tricomoníase é atualmente restrita aos compostos nitroimidazólicos, metronidazol e tinidazol; contudo, ambos apresentam efeitos adversos e são relatados cada vez mais isolados resistentes ao tratamento. Dessa forma, a busca por novos compostos ativos como alternativa terapêutica para a tricomoníase são urgentes. Alguns produtos naturais obtidos a partir de espécies da família Myrtaceae tem ganhado destaque como detentores de rico potencial tricomonicida. Dessa forma, neste trabalho a atividade anti-T. vaginalis de óleos essenciais de espécies de Myrtaceae do domínio caatinga foi investigada. Após realização de um screening, os óleos essenciais de Psidium myrsinites (OEPm), Eugenia gracillima (OEEg) e Myrciaria floribunda (OEMf) foram eficazes na redução de 100% da viabilidade dos trofozoítos. OEPm, OEEg e OEMf apresentaram IC50 de 179, 162.9 e 161.3 μg/ml, respectivamente. Além disso, os óleos essenciais demonstraram citotoxicidade contra linhagens de células de mamíferos. Ainda, Eugenia pohliana DC. destaca-se das demais Myrtaceae por ser inexplorada do ponto de vista químico e farmacológico. A análise por CG/EM do óleo essencial de E. pohliana (OEEp) apresentou δ-cadineno (20.23%), biciclogermacreno (13.73%) e epi-α-muurolol (10.90%) como constituintes majoritários. Quanto a atividade anti-T. vaginalis, o OEEp foi capaz de reduzir em 100% a viabilidade dos trofozoítos na concentração de 500 µg/ml, com valor de IC50 de 264.3 µg/ml. O OEEp apresentou citotoxicidade frente as linhagens celulares utilizadas, contudo demonstrando CC50 de 301.9 µg/ml frente a linhagem epitelial vaginal (HMVII), com índice de seletividade de 1.14. Os dados obtidos neste estudo sugerem que os óleos essenciais de espécies da família Myrtaceae de ocorrência na Caatinga são importantes fontes de novos compostos  anti-T. vaginalis. Estudos são necessários para a caracterização da segurança desses produtos naturais.


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  • A tricomoníase é a doença sexualmente transmissível não-viral mais comum no mundo, estando associada a complicações como doença inflamatória pélvica, infertilidade, parto prematuro, predisposição ao câncer cervical e de próstata, além de contribuir para transmissão e aquisição do HIV. A infecção é causada por Trichomonas vaginalis, protozoário parasito extracelular do trato urogenital humano. A terapêutica da tricomoníase é atualmente restrita aos compostos nitroimidazólicos, metronidazol e tinidazol; contudo, ambos apresentam efeitos adversos e são relatados cada vez mais isolados resistentes ao tratamento. Dessa forma, a busca por novos compostos ativos como alternativa terapêutica para a tricomoníase são urgentes. Alguns produtos naturais obtidos a partir de espécies da família Myrtaceae tem ganhado destaque como detentores de rico potencial tricomonicida. Dessa forma, neste trabalho a atividade anti-T. vaginalis de óleos essenciais de espécies de Myrtaceae do domínio caatinga foi investigada. Após realização de um screening, os óleos essenciais de Psidium myrsinites (OEPm), Eugenia gracillima (OEEg) e Myrciaria floribunda (OEMf) foram eficazes na redução de 100% da viabilidade dos trofozoítos. OEPm, OEEg e OEMf apresentaram IC50 de 179, 162.9 e 161.3 μg/ml, respectivamente. Além disso, os óleos essenciais demonstraram citotoxicidade contra linhagens de células de mamíferos. Ainda, Eugenia pohliana DC. destaca-se das demais Myrtaceae por ser inexplorada do ponto de vista químico e farmacológico. A análise por CG/EM do óleo essencial de E. pohliana (OEEp) apresentou δ-cadineno (20.23%), biciclogermacreno (13.73%) e epi-α-muurolol (10.90%) como constituintes majoritários. Quanto a atividade anti-T. vaginalis, o OEEp foi capaz de reduzir em 100% a viabilidade dos trofozoítos na concentração de 500 µg/ml, com valor de IC50 de 264.3 µg/ml. O OEEp apresentou citotoxicidade frente as linhagens celulares utilizadas, contudo demonstrando CC50 de 301.9 µg/ml frente a linhagem epitelial vaginal (HMVII), com índice de seletividade de 1.14. Os dados obtidos neste estudo sugerem que os óleos essenciais de espécies da família Myrtaceae de ocorrência na Caatinga são importantes fontes de novos compostos  anti-T. vaginalis. Estudos são necessários para a caracterização da segurança desses produtos naturais.

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  • GABRIELA RODRIGUES ALMEIDA
  • EFEITO DA INIBIÇÃO DA CICLOOXIGENASE-2 NA LESÃO RENAL INDUZIDA PELA OBSTRUÇÃO URETERAL UNILATERAL EM RATOS

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • DIEGO BARBOSA DE QUEIROZ
  • JULIANE SILVA DE FARIAS
  • Data: 25/08/2021

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  • A ciclo-oxigenase 2 (COX-2) é uma enzima importante na regulação do fluxo sanguíneo renal, contudo ela apresenta efeitos pró-fibróticos em situações de lesão renal. A fibrose é um fenômeno que envolve a ativação do sistema renina-angiotensina (SRA) e a NADPH oxidase. Apesar de ser conhecida a interrelação do SRA e da COX-2 no tecido renal, ainda é pouco conhecido se os efeitos protetores da inibição da COX-2 sobre a fibrose renal envolvem a modulação do SRA e da NADPH oxidase. Dessa forma, foi investigado os efeitos do inibidor da COX-2 celecoxibe sobre as alterações renais induzidas pela obstrução ureteral unilateral (OUU), analisando o impacto sobre componentes do SRA e atividade da NADPH oxidase. A OUU foi realizada em ratos machos Wistar (120 dias), enquanto que o grupo Sham foi submetido a uma simulação cirúrgica do procedimento. Após a cirurgia, parte dos animais submetidos a OUU recebeu um tratamento diário por sete dias com celecoxibe (10 mg/kg ou 100 mg/kg, via gavagem; n=8 cada). Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPE (nº 115/2019). Após 24 horas da OUU, foi observada uma elevação de cerca de 50% nos níveis séricos de ureia (P<0,001) e de três vezes nos níveis séricos de creatinina (P<0.01). Após 7 dias da cirurgia, não foram observadas alterações no peso corpóreo, consumo dietético e consumo hídrico entre os grupos experimentais. Por outro lado, os níveis séricos de creatinina e ureia permaneceram mais elevados (P<0,05) nos grupos submetidos a OUU, com exceção dos ratos tratados com a menor dose do celecoxibe, que apresentaram ureia sérica menor do que o grupo sem tratamento. A OUU também elevou a proteinúria, o que foi prevenido por ambas doses de celecoxibe. O rim obstruído apresentou maior deposição de colágeno no glomérulo e região tubulointersticial, em conjunto com elevação da atividade da NADPH oxidase e do conteúdo de RNAm para AT1aR. No rim contralateral, só foi observado aumento da atividade da NADPH oxidase e da deposição de colágeno no glomérulo, enquanto os níveis de RNAm para AT1aR não foram alterados. No rim obstruído, o tratamento com celecoxibe atenuou a deposição de colágeno glomerular apenas na maior utilizada, enquanto que o efeito na região tubulointerstiticial foi observado para ambas doses. Além disso, o tratamento com celecoxibe preveniu a elevação da atividade da NADPH oxidase em ambos os rins, bem preveniu a elevação do RNAm para AT1R no rim obstruído. Em resumo, os dados indicam que o celecoxibe apresenta efeitos antifibróticos que podem envolver inibição da ativação da NADPH oxidase e da via AT1R do SRA. Esse conhecimento pré-clínico pode fomentar estudos posteriores para o redirecionamento terapêutico do celecoxibe para o tratamento da DRC.


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  • A ciclo-oxigenase 2 (COX-2) é uma enzima importante na regulação do fluxo sanguíneo renal, contudo ela apresenta efeitos pró-fibróticos em situações de lesão renal. A fibrose é um fenômeno que envolve a ativação do sistema renina-angiotensina (SRA) e a NADPH oxidase. Apesar de ser conhecida a interrelação do SRA e da COX-2 no tecido renal, ainda é pouco conhecido se os efeitos protetores da inibição da COX-2 sobre a fibrose renal envolvem a modulação do SRA e da NADPH oxidase. Dessa forma, foi investigado os efeitos do inibidor da COX-2 celecoxibe sobre as alterações renais induzidas pela obstrução ureteral unilateral (OUU), analisando o impacto sobre componentes do SRA e atividade da NADPH oxidase. A OUU foi realizada em ratos machos Wistar (120 dias), enquanto que o grupo Sham foi submetido a uma simulação cirúrgica do procedimento. Após a cirurgia, parte dos animais submetidos a OUU recebeu um tratamento diário por sete dias com celecoxibe (10 mg/kg ou 100 mg/kg, via gavagem; n=8 cada). Os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPE (nº 115/2019). Após 24 horas da OUU, foi observada uma elevação de cerca de 50% nos níveis séricos de ureia (P<0,001) e de três vezes nos níveis séricos de creatinina (P<0.01). Após 7 dias da cirurgia, não foram observadas alterações no peso corpóreo, consumo dietético e consumo hídrico entre os grupos experimentais. Por outro lado, os níveis séricos de creatinina e ureia permaneceram mais elevados (P<0,05) nos grupos submetidos a OUU, com exceção dos ratos tratados com a menor dose do celecoxibe, que apresentaram ureia sérica menor do que o grupo sem tratamento. A OUU também elevou a proteinúria, o que foi prevenido por ambas doses de celecoxibe. O rim obstruído apresentou maior deposição de colágeno no glomérulo e região tubulointersticial, em conjunto com elevação da atividade da NADPH oxidase e do conteúdo de RNAm para AT1aR. No rim contralateral, só foi observado aumento da atividade da NADPH oxidase e da deposição de colágeno no glomérulo, enquanto os níveis de RNAm para AT1aR não foram alterados. No rim obstruído, o tratamento com celecoxibe atenuou a deposição de colágeno glomerular apenas na maior utilizada, enquanto que o efeito na região tubulointerstiticial foi observado para ambas doses. Além disso, o tratamento com celecoxibe preveniu a elevação da atividade da NADPH oxidase em ambos os rins, bem preveniu a elevação do RNAm para AT1R no rim obstruído. Em resumo, os dados indicam que o celecoxibe apresenta efeitos antifibróticos que podem envolver inibição da ativação da NADPH oxidase e da via AT1R do SRA. Esse conhecimento pré-clínico pode fomentar estudos posteriores para o redirecionamento terapêutico do celecoxibe para o tratamento da DRC.

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  • DANIELE DE SOUZA ANDRADE
  • “Análise da biocompatibilidade de celulose bacteriana obtida a partir do melaço da cana  de açúcar  como suporte para células tronco neurais adultas: uma proposta  biotecnológica  regional  com potencial aplicação médica

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • EDUARDO ISIDORO CARNEIRO BELTRAO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • AMANDA VASCONCELOS DE ALBUQUERQUE
  • Data: 27/08/2021

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  • Terapias baseadas em células-tronco neurais utilizando biomateriais têm sido investigadas por sua aplicação potencial na medicina regenerativa. O exopolissacarídeo de celulose (CEC) obtido a partir do melaço da cana-de-açúcar tem sido utilizado em ensaios clínicos como material para curativos e apresenta resistência mecânica adequada, capacidade de retenção de água e baixa toxicidade. No presente estudo investigamos se este biomaterial poderia ser adequado para manter neuroesferas indiferenciadas e diferenciadas de células-tronco neurais de ratos adultos. A biocompatibilidade da CEC em culturas primárias da zona subventricular foi avaliada quanto à viabilidade celular, crescimento, diferenciação e reatividade funcional. Poliestireno e matriz de colágeno foram usados, respectivamente, como controles positivos em culturas bi ou tridimensionais. As CEC em configurações 2D ou 3D foram adequadas para manter o perfil fenotípico de células multipotentes, progenitoras neurais e o crescimento de neuroesferas indiferenciadas, bem como a diferenciação de neurônios e astrócitos. Níveis de toxicidade foram similares ao controle. A reatividade celular ao tratamento com ácido retinóico favorecendo a diferenciação neuronal foi também comparável à condição controlee. Um ensaio toxicológico demonstrou a capacidade funcional das células-tronco neurais quanto expostas à rotenona. Os resultados demonstraram um sistema reprodutível de cultura de células usando CEC para crescimento e diferenciação de neurosferas da SVZ de animais adultos em condições enriquecidas com drogas ou sem soro que podem ser potencialmente úteis para futuros estudos em  terapias neurorregenerativas.


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  • Terapias baseadas em células-tronco neurais utilizando biomateriais têm sido investigadas por sua aplicação potencial na medicina regenerativa. O exopolissacarídeo de celulose (CEC) obtido a partir do melaço da cana-de-açúcar tem sido utilizado em ensaios clínicos como material para curativos e apresenta resistência mecânica adequada, capacidade de retenção de água e baixa toxicidade. No presente estudo investigamos se este biomaterial poderia ser adequado para manter neuroesferas indiferenciadas e diferenciadas de células-tronco neurais de ratos adultos. A biocompatibilidade da CEC em culturas primárias da zona subventricular foi avaliada quanto à viabilidade celular, crescimento, diferenciação e reatividade funcional. Poliestireno e matriz de colágeno foram usados, respectivamente, como controles positivos em culturas bi ou tridimensionais. As CEC em configurações 2D ou 3D foram adequadas para manter o perfil fenotípico de células multipotentes, progenitoras neurais e o crescimento de neuroesferas indiferenciadas, bem como a diferenciação de neurônios e astrócitos. Níveis de toxicidade foram similares ao controle. A reatividade celular ao tratamento com ácido retinóico favorecendo a diferenciação neuronal foi também comparável à condição controlee. Um ensaio toxicológico demonstrou a capacidade funcional das células-tronco neurais quanto expostas à rotenona. Os resultados demonstraram um sistema reprodutível de cultura de células usando CEC para crescimento e diferenciação de neurosferas da SVZ de animais adultos em condições enriquecidas com drogas ou sem soro que podem ser potencialmente úteis para futuros estudos em  terapias neurorregenerativas.

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  • JULIA LEITE CORDEIRO DE SOUZA
  • Avaliação da citotoxicidade e da indução de apoptose em células tumorais de adutos de isatina da reação Morita-Baylis-Hillman

  • Orientador : GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • CLAUDIO GABRIEL LIMA JR
  • DANIEL PEREIRA BEZERRA
  • Data: 27/08/2021

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  • O câncer é um grupo extenso de doenças que apresentam em comum o crescimento desordenado de células anormais que são capazes de se difundir para tecidos e órgãos adjacentes e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, espera-se um aumento de 49,7% nos casos de câncer até o ano de 2040. Atualmente, a terapia antitumoral enfrenta diversos desafios devido ao surgimento de resistência do tumor ao fármaco, bem como diversos efeitos colaterais indesejados, tornando urgente a busca por novos compostos mais ativos e seletivos. Nesse contexto, a Reação Morita-Baylis-Hillman se mostrou promissora enquanto fonte de moléculas com atividade biológica, entre as quais, já é descrito que adutos derivados de isatina apresentaram citotoxicidade diante células leucêmicas e de carcinoma de pulmão. Neste trabalho buscamos identificar a atividade citotóxica de 21 adutos derivados de isatina frente a seis linhagens tumorais (MCF-7, HEP-2, HepG2, HL60, K562 e NCI H292), nos quais os 8 mais promissores foram testados em células mononucleares do sangue periférico (CMSP). As CI50s determinadas pelo método do MTT após 72h para células tumorais dos adutos mais citotóxicos variaram entre 0,044uM e 29,25uM enquanto que em CMSP variou entre 2,75uM e 19,25 uM. Após a determinação do índice de seletividade, optou-se por dar continuidade aos experimentos com os dois adutos mais ativos e seletivos na linhagem tumoral de leucemia mieloide crônica, K562. São eles: MBH 6 e MBH 9. Foi realizado o teste de exclusão por azul de tripan, no qual foi constatado que, apesar de mais ativo após 72 h, o aduto MBH 9 apresenta uma resposta mais tardia quando comparada ao aduto MBH 6, que já este demonstrou a citotoxicidade significativa a partir das primeiras 24h. Essa afirmação é respaldada através das alterações morfológicas analisadas que constatam indicativos de condensação de cromatina nas células testadas com 16μM do aduto MBH 6 já nas primeiras 24h de tratamento que se intensificaram com 48h e 72h de tratamento para MBH6 e MBH9.  Foram realizados ensaios em citometria, nos quais foi possível observar significativa fragmentação de DNA (p<0,05) em todas as concentrações de ambos adutos testados, bem como uma redução da proliferação celular na fase S/G2/M do ciclo celular (p<0,05). Por fim, foram realizados ensaios de Western Blot que possibilitou a observação de  uma redução significativa (p<0,05) das proteínas anti-apoptóticas MCL-1 e BCL-XL nas células K562 tratadas por 24h com o aduto MBH 9 nas concentrações de 6μM e 12μM e uma diminuição significativa (p<0,05) da Caspase-3 não-fosforilada na concentração de 12μM do MBH 9, bem como uma tendência ao aumento da proteína pró-apoptótica PAR-4, sugerindo que estes adutos são capazes de induzir apoptose em K562. 



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  • O câncer é um grupo extenso de doenças que apresentam em comum o crescimento desordenado de células anormais que são capazes de se difundir para tecidos e órgãos adjacentes e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, espera-se um aumento de 49,7% nos casos de câncer até o ano de 2040. Atualmente, a terapia antitumoral enfrenta diversos desafios devido ao surgimento de resistência do tumor ao fármaco, bem como diversos efeitos colaterais indesejados, tornando urgente a busca por novos compostos mais ativos e seletivos. Nesse contexto, a Reação Morita-Baylis-Hillman se mostrou promissora enquanto fonte de moléculas com atividade biológica, entre as quais, já é descrito que adutos derivados de isatina apresentaram citotoxicidade diante células leucêmicas e de carcinoma de pulmão. Neste trabalho buscamos identificar a atividade citotóxica de 21 adutos derivados de isatina frente a seis linhagens tumorais (MCF-7, HEP-2, HepG2, HL60, K562 e NCI H292), nos quais os 8 mais promissores foram testados em células mononucleares do sangue periférico (CMSP). As CI50s determinadas pelo método do MTT após 72h para células tumorais dos adutos mais citotóxicos variaram entre 0,044uM e 29,25uM enquanto que em CMSP variou entre 2,75uM e 19,25 uM. Após a determinação do índice de seletividade, optou-se por dar continuidade aos experimentos com os dois adutos mais ativos e seletivos na linhagem tumoral de leucemia mieloide crônica, K562. São eles: MBH 6 e MBH 9. Foi realizado o teste de exclusão por azul de tripan, no qual foi constatado que, apesar de mais ativo após 72 h, o aduto MBH 9 apresenta uma resposta mais tardia quando comparada ao aduto MBH 6, que já este demonstrou a citotoxicidade significativa a partir das primeiras 24h. Essa afirmação é respaldada através das alterações morfológicas analisadas que constatam indicativos de condensação de cromatina nas células testadas com 16μM do aduto MBH 6 já nas primeiras 24h de tratamento que se intensificaram com 48h e 72h de tratamento para MBH6 e MBH9.  Foram realizados ensaios em citometria, nos quais foi possível observar significativa fragmentação de DNA (p<0,05) em todas as concentrações de ambos adutos testados, bem como uma redução da proliferação celular na fase S/G2/M do ciclo celular (p<0,05). Por fim, foram realizados ensaios de Western Blot que possibilitou a observação de  uma redução significativa (p<0,05) das proteínas anti-apoptóticas MCL-1 e BCL-XL nas células K562 tratadas por 24h com o aduto MBH 9 nas concentrações de 6μM e 12μM e uma diminuição significativa (p<0,05) da Caspase-3 não-fosforilada na concentração de 12μM do MBH 9, bem como uma tendência ao aumento da proteína pró-apoptótica PAR-4, sugerindo que estes adutos são capazes de induzir apoptose em K562. 


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  • YEIMER ANTONIO SANTIAGO GUEVARA
  • SILDENAFIL NÃO ALTERA A RESPOSTA BARORREFLEXA NEM A VIA DE SINALIZAÇÃO DO CÁLCIO EM RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS

  • Orientador : GLORIA ISOLINA BOENTE PINTO DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA
  • Data: 31/08/2021

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  • O sildenafil, um inibidor da fosfodiesterase 5a (PDE5a) amplamente utilizado no tratamento da disfunção erétil e hipertensão pulmonar, tem demonstrado efeito cardioprotetor através da modulação da resposta miocárdica durante a estimulação simpática crônica, melhorando a função endotelial. Com base nesses achados, é sugerido que o sildenafil possa modular as proteínas envolvidas na regulação do cálcio no cardiomiócito e a resposta barorreflexa em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Portanto, nosso objetivo foi avaliar o efeito do tratamento crônico com sildenafil na resposta barorreflexa e na via cardíaca do cálcio em SHR. Para isso, 22 ratos machos de 4 meses de idade foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo recebeu sildenafil (45mg/kg, via oral) por 60 dias e o segundo grupo recebeu salina. No final do tratamento, a pressão arterial (PA) foi aferida por pletismografia de cauda. Em seguida, os animais foram submetidos a cirurgia (para inserção de cateter na artéria e veia femoral) para o registro de parâmetros cardiovasculares e avalição da resposta barorreflexa. Um subgrupo de animais controles e tratados foram eutanasiados e o tecido cardíaco coletado para análise proteica por Western blot.  Em ratos não anestesiados, a pressão arterial média (156,0 ± 4,74 mmHg controle vs.148,2 ± 5,92 mmHg Sildenafil) foi similar no grupo tratado ou não com Sildenafil. Também, não houve alteração da sensibilidade reflexa e expressão proteica de CASQ2, pTnI, NXC, SERCA2a e pCaMKII. Nossos resultados sugerem que o uso crônico de sildenafil em SHRs não reduz a pressão arterial, não melhora a sensibilidade barorreflexa nem modula a expressão de proteínas reguladoras do cálcio cardíaco.


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  • O sildenafil, um inibidor da fosfodiesterase 5a (PDE5a) amplamente utilizado no tratamento da disfunção erétil e hipertensão pulmonar, tem demonstrado efeito cardioprotetor através da modulação da resposta miocárdica durante a estimulação simpática crônica, melhorando a função endotelial. Com base nesses achados, é sugerido que o sildenafil possa modular as proteínas envolvidas na regulação do cálcio no cardiomiócito e a resposta barorreflexa em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Portanto, nosso objetivo foi avaliar o efeito do tratamento crônico com sildenafil na resposta barorreflexa e na via cardíaca do cálcio em SHR. Para isso, 22 ratos machos de 4 meses de idade foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo recebeu sildenafil (45mg/kg, via oral) por 60 dias e o segundo grupo recebeu salina. No final do tratamento, a pressão arterial (PA) foi aferida por pletismografia de cauda. Em seguida, os animais foram submetidos a cirurgia (para inserção de cateter na artéria e veia femoral) para o registro de parâmetros cardiovasculares e avalição da resposta barorreflexa. Um subgrupo de animais controles e tratados foram eutanasiados e o tecido cardíaco coletado para análise proteica por Western blot.  Em ratos não anestesiados, a pressão arterial média (156,0 ± 4,74 mmHg controle vs.148,2 ± 5,92 mmHg Sildenafil) foi similar no grupo tratado ou não com Sildenafil. Também, não houve alteração da sensibilidade reflexa e expressão proteica de CASQ2, pTnI, NXC, SERCA2a e pCaMKII. Nossos resultados sugerem que o uso crônico de sildenafil em SHRs não reduz a pressão arterial, não melhora a sensibilidade barorreflexa nem modula a expressão de proteínas reguladoras do cálcio cardíaco.

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  • ROSA ARIEL BUSTILLO RIVAS
  • Alterações cardíacas funcionais, estruturais e moleculares, em um modelo animal de síndrome metabólica dietética: efeito do antagonismo do receptor AT

  • Orientador : VALERIA NUNES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA NUNES DE SOUZA
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • CRISTINA DE OLIVEIRA SILVA
  • LUIZA ANTAS RABELO
  • Data: 31/08/2021

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  • A Síndrome Metabólica (SMet) é uma doença multifatorial caracterizada pelo agrupamento de diversos agravos cardiovasculares e metabólicos. O prejuízo em diversas vias de sinalização correlaciona-se com o agravamento da síndrome, incluindo o sistema renina angiotensina aldosterona. Diante disso, objetivou-se, investigar os efeitos do antagonismo do receptor AT1 com o losartan nas alterações cardíacas funcionais, estruturais e moleculares em ratos com síndrome metabólica dietética. Utilizou-se ratos Wistar machos com 8 semanas de idade, randomizados em: 1- Grupo controle (CT), que recebeu dieta padrão para roedor; 2- Grupo obeso (HFD), que recebeu dieta “high fat” (58,4% kcal lipídios) por 16 semanas; 3- Grupo Controle+Losartan (CT+LOS), que recebeu dieta padrão para roedor e intervenção farmacológica com losartan (15mg.Kg-1/dia, via oral-gavagem); e 4- Grupo Obeso+Losartan (HFD+LOS), o qual recebeu dieta ”high fat” durante 16 semanas e intervenção farmacológica com losartan (15mg.Kg-1/dia, via oral-gavagem) durante as 8 semanas finais da intervenção dietética. Parâmetros metabólicos (lipídico, glicêmico) e cardíacos (tamanho dos cardiomiócitos; deposição lipídica e de colágeno; atividade REDOX; expressão gênica e avaliação funcional) foram avaliados. Comitê de Ética para Uso de Animais da UFPE (Processo: 0012/2019). Os resultados demonstram ganho de peso corporal e maior índice de adiposidade no grupo HFD em relação ao CT, bem como aumento da pressão arterial sistêmica, indução de resistência à insulina e intolerância à glicose após consumo de HFD. A intervenção farmacológica no grupo HFD+LOS melhorou a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, bem como normalizou a pressão arterial. O peso cardíaco foi reduzido nos grupos tratados (CT+LOS; HFD+LOS) em comparação aos não tratados (CT; HFD). A deposição lipídica cardíaca não foi diferente entre os grupos, porém, houve incremento da deposição de colágeno no grupo HFD em relação ao CT. Curiosamente, o grupo HFD+LOS apresentou diminuição significativa da deposição do colágeno tanto intersticial quanto perivascular em relação ao HFD. Na avaliação REDOX cardíaca a atividade enzimática da superóxido dismutase, catalase e arginase não diferiram entre os grupos. Entretanto observou-se aumento significativo dos níveis de nitrito no grupo HFD em relação ao CT, os quais normalizaram após tratamento com losartan, sugerindo participação da forma induzida da óxido nítrico sintase (iNOS) na geração de espécies reativas. A expressão gênica relativa para ANF, BNP, AT1R e ECA foi reduzida no grupo HFD em relação ao CT. Entretanto, o losartan reverteu as alterações gênicas nos dois últimos. Em suma, demostrou-se que o consumo crônico de dieta “high fat” induziu distúrbios cardiometabólicos que caracterizam a SMet em ratos e tais agravos parecem ser mediados pela ação da angiotensina II via receptor AT1.


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  • A Síndrome Metabólica (SMet) é uma doença multifatorial caracterizada pelo agrupamento de diversos agravos cardiovasculares e metabólicos. O prejuízo em diversas vias de sinalização correlaciona-se com o agravamento da síndrome, incluindo o sistema renina angiotensina aldosterona. Diante disso, objetivou-se, investigar os efeitos do antagonismo do receptor AT1 com o losartan nas alterações cardíacas funcionais, estruturais e moleculares em ratos com síndrome metabólica dietética. Utilizou-se ratos Wistar machos com 8 semanas de idade, randomizados em: 1- Grupo controle (CT), que recebeu dieta padrão para roedor; 2- Grupo obeso (HFD), que recebeu dieta “high fat” (58,4% kcal lipídios) por 16 semanas; 3- Grupo Controle+Losartan (CT+LOS), que recebeu dieta padrão para roedor e intervenção farmacológica com losartan (15mg.Kg-1/dia, via oral-gavagem); e 4- Grupo Obeso+Losartan (HFD+LOS), o qual recebeu dieta ”high fat” durante 16 semanas e intervenção farmacológica com losartan (15mg.Kg-1/dia, via oral-gavagem) durante as 8 semanas finais da intervenção dietética. Parâmetros metabólicos (lipídico, glicêmico) e cardíacos (tamanho dos cardiomiócitos; deposição lipídica e de colágeno; atividade REDOX; expressão gênica e avaliação funcional) foram avaliados. Comitê de Ética para Uso de Animais da UFPE (Processo: 0012/2019). Os resultados demonstram ganho de peso corporal e maior índice de adiposidade no grupo HFD em relação ao CT, bem como aumento da pressão arterial sistêmica, indução de resistência à insulina e intolerância à glicose após consumo de HFD. A intervenção farmacológica no grupo HFD+LOS melhorou a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose, bem como normalizou a pressão arterial. O peso cardíaco foi reduzido nos grupos tratados (CT+LOS; HFD+LOS) em comparação aos não tratados (CT; HFD). A deposição lipídica cardíaca não foi diferente entre os grupos, porém, houve incremento da deposição de colágeno no grupo HFD em relação ao CT. Curiosamente, o grupo HFD+LOS apresentou diminuição significativa da deposição do colágeno tanto intersticial quanto perivascular em relação ao HFD. Na avaliação REDOX cardíaca a atividade enzimática da superóxido dismutase, catalase e arginase não diferiram entre os grupos. Entretanto observou-se aumento significativo dos níveis de nitrito no grupo HFD em relação ao CT, os quais normalizaram após tratamento com losartan, sugerindo participação da forma induzida da óxido nítrico sintase (iNOS) na geração de espécies reativas. A expressão gênica relativa para ANF, BNP, AT1R e ECA foi reduzida no grupo HFD em relação ao CT. Entretanto, o losartan reverteu as alterações gênicas nos dois últimos. Em suma, demostrou-se que o consumo crônico de dieta “high fat” induziu distúrbios cardiometabólicos que caracterizam a SMet em ratos e tais agravos parecem ser mediados pela ação da angiotensina II via receptor AT1.

Teses
1
  • SIVONEIDE MARIA DA SILVA
  •  Investigação de genes de resistência e fatores associados a formação de biofilme de Providencia stuartii

  • Orientador : MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HORTENCIA FARIAS DE ANDRADE
  • LIVIA CAROLINE ALEXANDRE DE ARAUJO
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 21/07/2021

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  • Providencia stuartii é uma espécie de Enterobacteriaceae que causa diferentes infecções devido, principalmente, a resistência intrínseca a antimicrobianos, capacidade para adquirir novos genes e formação de biofilme. Assim, este estudo abordou os principais mecanismos de resistência e virulência de patógenos humanos, sobretudo P. stuartii, por duas abordagens: revisão do estado-da-arte sobre este tema; e análise experimental, investigando genes associados à resistência e a biofilme em 28 isolados P. stuartii obtidos de um hospital público de Recife, PE. Para análise experimental, inicialmente, foi confirmada a identidade taxonômica por espectrometria de massa. Já para a suscetibilidade, foram realizados ensaios fenótipos, seguidos de moleculares para investigar os genes de resistência aac(6')-Ib-cr e blaKPC. Além disso, foi investigada a diversidade genética e os genes fimH e mrkD associados a biofilme. Para confirmar a formação de biofilme, foram utilizados métodos de coloração, microscopia e adesão a hidrocarboneto. Por fim, foi elaborado um trabalho de revisão referente aos fatores de virulência de bactérias patogênicas. Como primeiro resultado, foi obtido um capítulo de livro que contempla: os aminoglicosídeos e as enzimas inativadoras. Do ponto de vista experimental foram obtidos os seguintes resultados: todos os isolados foram confirmados como P. stuartii e resistentes a fluoroquinolonas sendo, a maioria, resistentes a betalactâmicos. Este estudo demostrou o primeiro relato no Brasil do gene aac(6')-Ib-cr, presente em 16 isolados e confirmou a disseminação do blaKPC em 14, dos quais 11 apresentaram ambos os genes. Todos os isolados formaram biofilme e se mostraram, majoritariamente, hidrofílicos. Entretanto, não apresentaram os genes fimH e mrkD, os quais são associados a biofilme em enterobactérias revelando, assim as particularidades desta espécie. Os dados obtidos indicam que as opções terapêuticas para P. stuartii estão limitadas, pois além da resistência natural a antimicrobianos e potencial para aquisição de novos genes, mecanismos ainda não conhecidos podem ser responsáveis pela sua formação de biofilme. O estudo de revisão também mostrou que essa espécie representa um patógeno humano com significativos fatores de virulência a exemplo do eficiente sistema de produção de toxinas, reforçando a necessidade de estudos adicionais para, eventualmente, a prevenir infecções causadas por essa bactéria.


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  • Providencia stuartii is a species of Enterobacteriaceae that causes different infections mainly due to its intrinsic resistance to antimicrobials, ability to acquire new genes and biofilm formation. Thus, this study addressed the main mechanisms of resistance and virulence of human pathogens, especially P. stuartii, through two approaches: review of the state-of-the-art on this topic; and experimental analysis, investigating genes associated with resistance and biofilm in 28 P. stuartii isolates obtained from a public hospital in Recife, PE. For experimental analysis, initially, the taxonomic identity was confirmed by mass spectrometry. As for the susceptibility, phenotype, followed by molecular assays were performed to investigate the aac(6')-Ib-cr and blaKPC resistance genes. In sequence, genetic diversity and the biofilm-associated fimH and mrkD genes were investigated. To confirm biofilm formation, staining, microscopy and hydrocarbon adhesion methods were used. Finally, a review of the virulence factors of pathogenic bacteria was carried out. As a first result, a book chapter was obtained that includes: aminoglycosides and inactivating enzymes. From an experimental point of view, the following results were obtained: all isolates were confirmed as P. stuartii and resistant to fluoroquinolones, most of them resistant to beta-lactams. This study demonstrated the first report in Brazil of the aac(6')-Ib-cr gene, present in 16 isolates and confirmed the spread of blaKPC in 14, of which 11 had both genes. All isolates formed biofilm and were mostly hydrophilic. However, they did not show the fimH and mrkD genes, which are associated with biofilm in enterobacteria, thus revealing the particularities of this species. The data obtained indicate that the therapeutic options for P. stuartii are limited, as in addition to the natural resistance to antimicrobials and the potential for the acquisition of new genes, mechanisms not yet known may be responsible for its biofilm formation. The review study also showed that this species represents a human pathogen with significant virulence factors such as the efficient toxin production system, reinforcing the need for additional studies to eventually prevent infections caused by this bacteria.

2
  • ALCIDES JAIRON LACERDA CINTRA
  •  

    Purificação de lectina de folhas de Bowdichia virgilioides, interação molecular e avaliação fitoquímica e biológica do extrato salino

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • THAMARA FIGUEIREDO PROCOPIO VASCONCELOS
  • LUIS CLAUDIO NASCIMENTO DA SILVA
  • Data: 29/07/2021

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  • As plantas são fontes naturais de muitas moléculas biologicamente ativas, como lectinas, que são proteínas ou glicoproteína capazes de reconhecer e se ligar a carboidratos ou glicoconjugados de maneira específica e reversível. E também é fonte de muitos outros metabólitos com alto potencial biotecnológico. Nesse sentido, o objetivo dessa tese foi purificar lectina de folhas de B. virgiliodes, analisar sua interação molecular, e avaliar seu extrato salino, quanto a composição química e atividades biológicas. Para purificação da lectina foi preparado extrato salino das folhas a 10% p/v NaCl 0,15 M (16 h em agitação, a 25°C), em seguida foi centrifugado, filtrado, e o sobrenadante foi dialisado e liofilizado (extrato salino). Posteriormente esse produto foi ressuspendido em água destilada e purificado em duas etapas de cromatografia de gel filtração, para obtenção da lectina. Após a purificação, foi realizado AH, inibição da AH por proteínas e carboidratos, e avaliação da interação lectina-proteína por espectroscopia UV-Vis, fluorescência e RMN, além de ensaio antioxidante, hemolítico e toxicidade em Allium cepa e Lactuca sativa. Com o extrato salino foi analisado a composição química por LC-MS e avaliado sua ação: antioxidante, antibacteriana, antifúngica, antibiofilme, citotóxica, hemolítica, anti-hemolítica, proteção solar, larvicida e proteolítica. Por fim, foi quantificado fenóis, proteínas, carboidratos (totais e redutores) e ácido hexurônico. Os resultados apresentam a purificação de lectina de folhas de B. virgilioides, BovLL. A qual apresentou interação com proteínas e carboidratos, em todas as técnicas testadas. No ensaio antioxidante, BovLL apresentou capacidade significativa de absorção do radical DPPH e essa capacidade foi intensificada após interação com carboidratos. Finalmente a lectina não apresentou toxicidade até 250 µg / mL. Nos ensaios com o extrato, foram identificados seis compostos majoritários e suas respectivas massas. O mesmo apresentou atividade antioxidante por DPPH, ABTS e FRAP. Atividade antibacteriana para Gram-positivas, S. pyogenes, S. aureus e E. faecalis (CMI e CMB: 250 e 500; 500 e 1000; e 1000 e 2000 µg / mL, respectivamente). Citotoxicidade em células cancerígenas (HT-29) a 125 µg / mL e não para células normais (L929) até 500 µg / mL. Não apresentou toxicidade em larvas de A. salina e A. aegypti até 250 µg / mL e 1000 µg / mL, respectivamente. Não foi hemolítico até 2000 µg / mL, e foi anti-hemolítico até 1,95 µg / mL. O espectro de absorção revelou pico máximo em 280 nm (UVB) e FPS de 25,24 a 2000 µg / mL. Também apresentou 80% (U / mg) de atividade proteolítica. Finalmente foi quantificado o conteúdo de proteínas, açúcares (totais e redutores), ácido hexurônico, e fenóis, respectivamente: 10 mg / mL, 62,85%, 17,0%, 19,18%, e 235,759 mg GAE / g (em 2000 µg / mL).Portanto, foi purificada a primeira lectina de folhas de B. virgilioides (BovLL), com interações e biologia estudadas. E também foi obtido o extrato salino, com seis compostos químicos identificados e diferentes atividades biológicas testadas.


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  • As plantas são fontes naturais de muitas moléculas biologicamente ativas, como lectinas, que são proteínas ou glicoproteína capazes de reconhecer e se ligar a carboidratos ou glicoconjugados de maneira específica e reversível. E também é fonte de muitos outros metabólitos com alto potencial biotecnológico. Nesse sentido, o objetivo dessa tese foi purificar lectina de folhas de B. virgiliodes, analisar sua interação molecular, e avaliar seu extrato salino, quanto a composição química e atividades biológicas. Para purificação da lectina foi preparado extrato salino das folhas a 10% p/v NaCl 0,15 M (16 h em agitação, a 25°C), em seguida foi centrifugado, filtrado, e o sobrenadante foi dialisado e liofilizado (extrato salino). Posteriormente esse produto foi ressuspendido em água destilada e purificado em duas etapas de cromatografia de gel filtração, para obtenção da lectina. Após a purificação, foi realizado AH, inibição da AH por proteínas e carboidratos, e avaliação da interação lectina-proteína por espectroscopia UV-Vis, fluorescência e RMN, além de ensaio antioxidante, hemolítico e toxicidade em Allium cepa e Lactuca sativa. Com o extrato salino foi analisado a composição química por LC-MS e avaliado sua ação: antioxidante, antibacteriana, antifúngica, antibiofilme, citotóxica, hemolítica, anti-hemolítica, proteção solar, larvicida e proteolítica. Por fim, foi quantificado fenóis, proteínas, carboidratos (totais e redutores) e ácido hexurônico. Os resultados apresentam a purificação de lectina de folhas de B. virgilioides, BovLL. A qual apresentou interação com proteínas e carboidratos, em todas as técnicas testadas. No ensaio antioxidante, BovLL apresentou capacidade significativa de absorção do radical DPPH e essa capacidade foi intensificada após interação com carboidratos. Finalmente a lectina não apresentou toxicidade até 250 µg / mL. Nos ensaios com o extrato, foram identificados seis compostos majoritários e suas respectivas massas. O mesmo apresentou atividade antioxidante por DPPH, ABTS e FRAP. Atividade antibacteriana para Gram-positivas, S. pyogenes, S. aureus e E. faecalis (CMI e CMB: 250 e 500; 500 e 1000; e 1000 e 2000 µg / mL, respectivamente). Citotoxicidade em células cancerígenas (HT-29) a 125 µg / mL e não para células normais (L929) até 500 µg / mL. Não apresentou toxicidade em larvas de A. salina e A. aegypti até 250 µg / mL e 1000 µg / mL, respectivamente. Não foi hemolítico até 2000 µg / mL, e foi anti-hemolítico até 1,95 µg / mL. O espectro de absorção revelou pico máximo em 280 nm (UVB) e FPS de 25,24 a 2000 µg / mL. Também apresentou 80% (U / mg) de atividade proteolítica. Finalmente foi quantificado o conteúdo de proteínas, açúcares (totais e redutores), ácido hexurônico, e fenóis, respectivamente: 10 mg / mL, 62,85%, 17,0%, 19,18%, e 235,759 mg GAE / g (em 2000 µg / mL).Portanto, foi purificada a primeira lectina de folhas de B. virgilioides (BovLL), com interações e biologia estudadas. E também foi obtido o extrato salino, com seis compostos químicos identificados e diferentes atividades biológicas testadas.

3
  • KATHARINA MARQUES DINIZ
  •  Potencial biotecnológico dos frutos de Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman: aplicações no setor energético, alimentício e farmacológico

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • FERNANDA GRANJA DA SILVA OLIVEIRA
  • LUANA CASSANDRA BREITENBACH BARROSO COELHO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • VIVIANE LANSKY XAVIER DE SOUZA LEAO
  • Data: 23/08/2021

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  • Os recursos naturais são considerados os principais insumos para geração de produtos em diferentes setores industriais, desde a produção de combustíveis com o uso do petróleo ou biocombustíveis a partir de biomassas vegetais, assim como extração de bioativos para compor a base de produtos farmacológicos, médicos e alimentícios. O crescente aumento populacional com a continuada exigência na extração dos recursos naturais tem exigido novos redirecionamentos sobre o uso sustentável da matéria prima ambiental. O reaproveitamento dos insumos ao longo da cadeia produtiva é uma das propostas inseridas dentro das políticas de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas. A valorização integral da matéria prima bruta visa o reaproveitamento dos seus insumos dentro do mesmo setor produtivos ou em setores diversos de forma a contribuir para a minimização da extração dos recursos ambientais e aproveitamento integral da matéria prima. As indústrias energéticas, alimentícias e farmacêuticas se destacam entre os setores da indústria de transformação na utilização do meio ambiente para a geração de novos produtos. Visando as políticas da Agenda 2030 o presente trabalho teve como objetivo caracterizar e valorizar os insumos a partir dos frutos de Syagrus schizophylla obtidos na região nordeste do Brasil. O fruto também conhecido como Aricuriroba, pouco descrito na literatura, pôde ser abordado como proposta de aplicação nos três principais setores de transformação, com a produção de biocombustível, reuso da biomassa residual com extração de bioativos para potencial uso no setor alimentício assim como aproveitamento no setor dermo-farmacológico. Os resultados observados evidenciam o potencial biotecnológico inerente aos recursos naturais com contribuição em diferentes escalas produtivas que contribuem com o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental.


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  • Não disponível

4
  • TIAGO FONSECA SILVA
  • Potencial antimicrobiano e antioxidante de compostos purificados de Buchenavia tetraphylla e Senna splendida avaliados em modelos experimentais in vitro e in vivo.

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • CAROLINA BARBOSA MALAFAIA
  • CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO
  • Data: 24/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Atualmente doenças infecciosas e agentes estressores ainda representam uma importante causa de morbidade e mortalidade entre seres humanos, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil. Atingimos um ponto crítico em que novas drogas não estão sendo desenvolvidos no ritmo necessário para conter esta capacidade natural dos patógenos de adquirir resistência e defender-se contra os antibióticos. E também é necessário o desenvolvimento de novas soluções para reduzir os efeitos deletérios do envelhecimento e, portanto prolongar o tempo de vida saudável. Diante disso o objetivo deste trabalho identificar e caracterizar metabólicos secundário de folhas da Buchenavia tetraphylla e Myrcia hirtiflora com ação antimicrobiana e antioxidante. As folhas de Buchenavia tetraphylla e Myrcia hirtiflora foram coletadas em Buíque-PE, foram secas e moídas, e foram realizada uma extração com solventes orgânicos para obtenção de extrato bruto. O fracionamento do extrato de melhor atividade foi realizado por cromatografia em colina aberta Sephadex LH-20. Para a determinação da atividade antimicrobiana foi utilizado o método de micro diluição, onde foi determinado a concentração mínima Inibitória (CMI) e a Mínima Microbicida (CMM) contra as linhagens de Candida albicans e Staphylococcus aureus. Os valores do CMI e CMM foram satisfatório para todas a linhagens testadas. Para a determinação da atividade antioxidante foi utilizado várias metodologias, como: DPPH, ABTS, Dosagem de compostos fenólicos e flavonóides. Onde os valores encontrados também foram satisfatórios. Ambas atividades foram testado em organismos vivos para avaliação in vivo, que neste caso foi utilizado o modelo Tenebrio molitor onde foi apresentado resultados bastantes satisfatórios. Assim, com esses dados estimular novas pesquisas sobre aspectos farmacológicos e citotóxicos dos extratos/frações da Buchenavia tetraphylla e Myrcia hirtiflora a fim de apoiar a sua aplicação como agente antimicrobiano e antioxidante.


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  • Não disponível.

5
  • DAYANE KELLY DIAS DO NASCIMENTO
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE, IMUNOMODULATÓRIO E TOXICOLÓGICO DE FRAÇÃO RICA EM COMPOSTOS FENÓLICOS E DE LIGNINA E PECTINA ISOLADAS DE Conocarpus erectus L. (COMBRETACEAE)

  • Orientador : THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • Data: 26/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Conocarpus erectus é uma planta de mangue amplamente distribuída no mundo, utilizada pela população para fins terapêuticos. Alguns estudos utilizando folhas de C. erectus em diferentes formulações (chá, infusão, macerado) relatam potencial antioxidante e imunomodulador. No presente trabalho, frações enriquecidas em compostos fenólicos e lignina e pectina isoladas de folhas de C. erectus foram avaliadas quanto às atividades antioxidante e imunomoduladora. Frações ricas em compostos fenólicos foram obtidas a partir do extrato aquoso das folhas e caracterizadas quimicamente por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e métodos colorimétricos. A lignina e a pectina foram caracterizadas por espectroscopia no infravermelho (FITR) e ressonância magnética nuclear de prótons (1H RMN); ainda, a lignina também foi caracterizada pela determinação da análise espectroeletrônica na região ultravioleta e a pectina avaliada quanto ao peso molecular e à estabilidade térmica. A atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de varredura dos radicais DPPH e ABTS, atividade antioxidante total e inibição da peroxidação lipídica. Os efeitos imunomoduladores da lignina e pectina foram investigados em células mononucleares do sangue periférico humano (PBMCs) através de ensaios de viabilidade e proliferação celular, avaliação de estresse oxidativo, imunofenotipagem e quantificação da liberação de citocinas e NO. Já a ação imunomoduladora das frações foi avaliada em esplenócitos de camundongo. As frações apresentaram principalmente flavonoides em sua composição e atividade antioxidante semelhante ou maior que a dos padrões antioxidantes sintético (BHT) e natural (ácido ascórbico). As frações F01 e F03 apresentaram perfil imunossupressor sobre os esplenócitos. O isolamento da pectina foi confirmado pela presença de ácidos galacturônicos esterificados apresentando um peso molecular de 27,0±0,2 kDa e estabilidade térmica de aproximadamente 95% a 100 °C. A lignina de folhas de C. erectus foi caracterizada como sendo do tipo guaiacil-siringyl-p-hidroxifenil (G-S-H) apresentando um conteúdo fenólico de 465,90 ± 1,07 mg/g GAE.  A lignina e pectina apresentaram alta atividade antioxidante contra os radicais DPPH (IC50 = 231,16 e 189,21 µg/mL, respectivamente) e ABTS (IC50 = 356,03 e 248,25 µg/mL, respectivamente). Ainda, a pectina também promoveu uma inibição moderada da peroxidação lipídica (41,81±0,5 %). A lignina e a pectina promoveram aumento nos níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs) mitocondrial e de Ca2+ citosólico, bem como diminuição do potencial de membrana de mitocôndria (ΔΨm) em PBMCs, porém sem provocar toxicidade às células. A lignina ainda promoveu o aumento da produção de EROs citosólicas e estimulou a proliferação e ativação de linfócitos T CD8+ e inibição de linfócitos T CD4+ (CTLA4+). A pectina, por outro lado, estimulou a proliferação e ativação de linfócitos T CD4+ e inibição de linfócitos T CD8+ (CTLA4+). As duas moléculas promoveram uma maior liberação de citocinas envolvidas na resposta Th1, IL-2, TNF-α e IFN-γ, assim como aumento da produção de óxido nítrico. Esses resultados destacam o potencial uso de compostos fenólicos, lignina e pectina de C. erectus como compostos imunomoduladores em estudos futuros.


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  • Não disponível.

6
  • ALANNE LUCENA DE BRITO
  • “Avaliação da toxicidade oral aguda, de doses repetidas e do potencial antidiabético, anti-hiperglicemiante e antioxidante do extrato etanólico das folhas de Bauhinia cheilantha Bong. 

  • Orientador : EDUARDO CARVALHO LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • RENAN OLIVEIRA SILVA DAMASCENO
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • AMANDA MARTINS BAVIERA
  • Data: 03/12/2021

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  • Avaliação da toxicidade oral aguda, de doses repetidas e do potencial antidiabético, anti hiperlipemiante e antioxidante do extrato hidroalcoólico das folhas de Bauhinia cheilantha Bong. 

    Bauhinia cheilantha (Lauraceae), conhecida popularmente como pata-de-vaca e mororó, é amplamente utilizada no tratamento do diabetes mellitus (DM) na medicina popular. No entanto, as informações sobre a toxidade oral aguda e de doses repetidas, assim como o uso terapêutico no tratamento do diabetes mellitus(DM) ainda são escassas. O objetivo desse trabalho foi elaborar uma revisão sistemática da literatura sobre o uso medicinal das espécies do gênero Bauhinia no tratamento do DM, assim como caracterizar quimicamente, avaliar a toxidade aguda e de doses repetidas por 28 dias, atividade antidiabética, antihiperlipemiante e antioxidante do extrato hidroalcoólico das folhas de Bauhinia cheilantha (HaEBcl) em ratos. A revisão sistemática foi realizada utilizando as bases de dados PubMed, Web of Science, Science direct, SCIELO, Google Scholar e PROSPERO. A estratégia de inclusão foi estabelecida com SYRCLE protocol guideline e avaliados com base ao risco de viés. Experimentalmente, o HaEBcl foi avaliado quimicamente através da cromatografia líquida de alta resolução (HPLC) e atividade antioxidante in vitro. A toxidade oral aguda foi avaliada em camundongos fêmeas (n=3 por grupo) tratados com dose única de 300 ou 2.000 mg / kg. A toxicidade oral de doses repetidas por 28 dias foi avaliada em camundongos fêmeas (n=5 por grupo) e machos (n=5 por grupo) tratados com as doses de 300, 1.000 ou 2.000 mg / kg por 28 dias consecutivos. Foram avaliados os níveis séricos dos marcadores de função hepática (transaminases hepáticas) e renais (ureia e creatinina), assim como o perfil hematológico e a histologia hepática e renal. Ratos Wistar machos (200±10g) foram tratados com uma dose única de estreptozotocina (STZ, 40mg/kg). Após a confirmação do DM, os animais foram tratados por via oral durante 28 dias com o HaEBcl (150 e 300mg/kg). Foram avaliados parâmetros metabólicos como ganho de massa corporal, ingestão hídrica e alimentar, volume urinário, assim como glicemia pós-prandial, massa do fígado, músculo esquelético e tecido adiposo branco, perfil lipêmico plasmático, transaminases hepáticas, ureia, creatinina e atividade enzimática da superóxido dismutase e catalase hepática e níveis de glutationa reduzia e oxidada no fígado. A revisão sistemática da literatura mostrou o efeito antihiperglicemiante e antidiabético em espécies do gênero Bauhinia em roedores.  O HaEBcl é rico principalmente em flavonoides (quercetina e afzelina), glicosídeo de kaempferol e glicosídeo de quercetina e apresentou atividade antioxidante in vitro. O HaEBcl não exibiu toxidade oral aguda, assim como de doses repetidas de 28 dias nas doses avaliadas. O tratamento com HaEBcl melhorou o ganho ponderal e reduziu a polifagia na maior dose, sem alterações na polidpsia e poliúria. O HaEBcl reduziu a hiperglicemia em 20 e 40% na menor dose e 30% e 70% no 21º e 28º dias de tratamento, respectivamente, assim como os níveis de hemoglobina glicada (40%) na maior dose. Além disso, os animais tratados com o HaEBcl tiveram melhora na dislipidemia e a hepatoxidade induzida pelo DM na maior dose. Além disso, o HaEBcl atenuou o estresse oxidativo hepático, melhorou os níveis de glicogênio   e no estresse oxidativo hepático. Deste modo, o HaEBcl não é tóxico oralmente, assim como tem ações antidiabética e antihiperglicemiantes claras, além de efeitos hepatoprotetores e antioxidantes in vivo.  


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  • “Avaliação da toxicidade aguda e subcrônica e do potencial antidiabético, anti-hiperglicemiante e antioxidante do extrato etanólico das folhas de Bauhinia cheilantha Bong em ratos”.

2020
Dissertações
1
  • JEOADÃ KAROLLYNE SILVA
  • Efeito do extrato aquoso das sementes da Moringa oleifera e lectina WSMoL na programação intrauterina de hipertensão e estresse oxidativo renal induzida pela endotoxemia materna em ratos Wistar

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • Data: 17/02/2020

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  • A endotoxemia materna é capaz de induzir disfunções renais e hipertensão na prole durante a idade adulta. O estresse oxidativo placentário tem se configurado um elo entre o meio ambiente materno e os distúrbios funcionais renais, e por isso, o tratamento antioxidante materno pode prevenir alterações tardias na prole produzidas pelo ambiente oxidativo materno. A Moringa oleifera, planta originária da Índia, reduziu os níveis de peroxidação lipídica e elevou a glutationa reduzida e superóxido dismutase, enquanto a WSMoL não se conhece propriedade antioxidantes. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do extrato aquoso das sementes da Moringaoleifera (MO) e da lectina WSMoL na função renal da prole adulta de ratos Wistar submetidos a inflamação intrauterina através da administração de LPS.  O extrato aquoso das sementes da MO e a WSMoL preveniram a elevação do estresse oxidativo renal induzida pela administração materna de LPS, como observado pela redução dos níveis de peroxidação lipídica, produção de espécies reativas de oxigênio, e atividade da NADPH oxidase. Além disso, ambos os tratamentos preveniram a elevação dos níveis séricos de creatinina e óxido nítrico, e da pressão arterial. O extrato aquoso das sementes da MO e a lectina WSMoL apresentam atividade antioxidante in vivo capaz de prevenir as alterações induzidas pela endotoxemia materna na função renal e na pressão arterial. Esses efeitos envolvem, pelo menos parcialmente, a inibição da NADPH oxidase.  


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  • A endotoxemia materna é capaz de induzir disfunções renais e hipertensão na prole durante a idade adulta. O estresse oxidativo placentário tem se configurado um elo entre o meio ambiente materno e os distúrbios funcionais renais, e por isso, o tratamento antioxidante materno pode prevenir alterações tardias na prole produzidas pelo ambiente oxidativo materno. A Moringa oleifera, planta originária da Índia, reduziu os níveis de peroxidação lipídica e elevou a glutationa reduzida e superóxido dismutase, enquanto a WSMoL não se conhece propriedade antioxidantes. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do extrato aquoso das sementes da Moringaoleifera (MO) e da lectina WSMoL na função renal da prole adulta de ratos Wistar submetidos a inflamação intrauterina através da administração de LPS.  O extrato aquoso das sementes da MO e a WSMoL preveniram a elevação do estresse oxidativo renal induzida pela administração materna de LPS, como observado pela redução dos níveis de peroxidação lipídica, produção de espécies reativas de oxigênio, e atividade da NADPH oxidase. Além disso, ambos os tratamentos preveniram a elevação dos níveis séricos de creatinina e óxido nítrico, e da pressão arterial. O extrato aquoso das sementes da MO e a lectina WSMoL apresentam atividade antioxidante in vivo capaz de prevenir as alterações induzidas pela endotoxemia materna na função renal e na pressão arterial. Esses efeitos envolvem, pelo menos parcialmente, a inibição da NADPH oxidase.  

2
  • MANOEL MARCELINO DE LIMA FILHO
  • AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA LECTINA WSMoL SOBRE ALTERAÇÕES NO TRANSPORTE DE Na+ E ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDA POR ISQUEMIAREPERFUSÃO EM CÉLULAS LLC-PK1

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • JULIANE SILVA DE FARIAS
  • Data: 17/02/2020

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  • A lesão renal aguda caracteriza-se pela perda funcional dos rins e está relacionada com eventos como infecção bacteriana, sepse ou processos de isquemiareperfusão. A produção de espécies reativas do oxigênio (EROs) desempenha um papel-central nos mecanismos fisiopatológicos da LRA, e por isso, o estresse oxidativo representa um importante-alvo terapêutico. O prejuízo da função renal na LRA ocorre, em parte, porque a (Na+ +K+ )ATPase é sensível às EROs. A WSMoL é uma lectina com ação antioxidante que é obtida do extrato aquoso de sementes Moringa oleifera. O objetivo deste trabalho foi investigar os potenciais efeitos terapêuticos da lectina WSMoL sobre as alterações funcionais induzidas pelo processo de hipóxia-reoxigenação em uma linhagem celular do túbulo proximal renal. As células LLC-PK1, que representam uma linhagem de células do túbulo proximal foram mantidas em meio 199 suplementado com 10% de soro bovino fetal (SBF), penicilina (100 U/mL) e estreptomicina (100 μg/mL) sob condições ideais (37oC; 95% de ar, 5% de CO2). A hipóxia foi induzida pela troca do meio de cultura suplementado com 10% de SBF por um meio de cultura sem SBF contendo rotenona (20 M). A reoxigenação foi efetuada pela troca desse meio por meio 199 fresco contendo glicose e 10% de SBF. Na condição de hipóxia-reoxigenação foi observado diminuição da viabilidade celular, elevação da produção de EROs, aumento da atividade da NADPH oxidase e diminuição da atividade da (Na++K+)ATPase. O tratamento das células com a WSMoL preveniu todas essas alterações induzidas pelo processo de hipóxia-reoxigenação. Os mesmos efeitos foram observados na presença da inibição da NADPH oxidase induzida pelo tratamento celular com apocinina. Esses achados demonstram que a WSMoL apresenta efeitos citoprotetores sobre células LLC-PK1 submetidas a hipóxiareoxigenação. Esses efeitos são mediados por ações antioxidantes que envolvem a inibição da NADPH oxidase.


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  • A lesão renal aguda caracteriza-se pela perda funcional dos rins e está relacionada com eventos como infecção bacteriana, sepse ou processos de isquemiareperfusão. A produção de espécies reativas do oxigênio (EROs) desempenha um papel-central nos mecanismos fisiopatológicos da LRA, e por isso, o estresse oxidativo representa um importante-alvo terapêutico. O prejuízo da função renal na LRA ocorre, em parte, porque a (Na+ +K+ )ATPase é sensível às EROs. A WSMoL é uma lectina com ação antioxidante que é obtida do extrato aquoso de sementes Moringa oleifera. O objetivo deste trabalho foi investigar os potenciais efeitos terapêuticos da lectina WSMoL sobre as alterações funcionais induzidas pelo processo de hipóxia-reoxigenação em uma linhagem celular do túbulo proximal renal. As células LLC-PK1, que representam uma linhagem de células do túbulo proximal foram mantidas em meio 199 suplementado com 10% de soro bovino fetal (SBF), penicilina (100 U/mL) e estreptomicina (100 μg/mL) sob condições ideais (37oC; 95% de ar, 5% de CO2). A hipóxia foi induzida pela troca do meio de cultura suplementado com 10% de SBF por um meio de cultura sem SBF contendo rotenona (20 M). A reoxigenação foi efetuada pela troca desse meio por meio 199 fresco contendo glicose e 10% de SBF. Na condição de hipóxia-reoxigenação foi observado diminuição da viabilidade celular, elevação da produção de EROs, aumento da atividade da NADPH oxidase e diminuição da atividade da (Na++K+)ATPase. O tratamento das células com a WSMoL preveniu todas essas alterações induzidas pelo processo de hipóxia-reoxigenação. Os mesmos efeitos foram observados na presença da inibição da NADPH oxidase induzida pelo tratamento celular com apocinina. Esses achados demonstram que a WSMoL apresenta efeitos citoprotetores sobre células LLC-PK1 submetidas a hipóxiareoxigenação. Esses efeitos são mediados por ações antioxidantes que envolvem a inibição da NADPH oxidase.

2018
Dissertações
1
  • LUCICLAUDIO CASSIMIRO DE AMORIM
  • Prospecção fitoquímica e atividades biológicas de plantas utilizadas por populações tradicionais em uma área de floresta tropical sazonalmente seca do Nordeste do Brasil (Pernambuco,Brasil)

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • ALEXANDRE GOMES DA SILVA
  • CAIO RODRIGO DIAS DE ASSIS
  • Data: 27/06/2018

  • Mostrar Resumo
  • Recentemente, o interesse em descobrir antioxidantes naturais aumentou tremendamente
    para sua aplicação no controle do aparecimento de múltiplas doenças. Oito extratos
    metanólicos de sete plantas medicinais (Amburana cearensis, Croton conduplicatus,
    Erythrina velutina, Handroanthus impetuginosus, Hymenea courbaril, Simaba ferruginea e
    Vitex gardeneriana) de uma floresta seca tropical sazonal no Nordeste do Brasil
    (Pernambuco, Brasil) foram estudados quanto à triagem fitoquímica, potencial antioxidante.
    Além disso, os teores totais de fenólicos e flavonóides também foram determinados por
    métodos colorimétricos usando quercetina e ácido gálico como padrão. O potencial
    enzimático inibitório dos extratos foi investigado contra enzimas-chave envolvidas na
    acetilcolinesterase (AChE) neurodegenerativa. Todos os extratos analisados mostraram a
    presença de compostos fenólicos, cumarinas, mono-, sesqui- e diterpenos, naftoquinonas,
    triterpenos e esteróides. A presença de alcalóides foi determinada apenas nos extratos
    metanólicos das folhas e ramos de E. velutina e no extrato metanólico dos ramos de V.
    gardneriana. Antocianinas e xantinas estavam ausentes nos extratos analisados. O teor de
    compostos fenólicos totais nas amostras investigadas variou de 19,10 (extrato metanólico de
    S. ferruginea) a 129,70 (extrato metanólico de folhas de E. velutina) EmgAG/gPS. A atividade
    antioxidante foi medida por três ensaios espectrofotométricos: atividade de eliminação do
    radical DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil), inibição da peroxidação lipídica e capacidade
    antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio. Todos os extratos apresentaram
    atividade antioxidante. No ensaio de eliminação do radical DPPH, os valores de IC50
    variaram de 198,3 (para H. courbaril) a 309,9 (S. ferruginea) μg/mL. No ensaio de inibição da
    peroxidação lipídica os valores de inibição variaram de 45,45% (para A. cearenses) a 62,12%
    (para C. conduplicatus). No ensaio de capacidade antioxidante total os valores variaram de
    27,74% (para o extrato metanólico de ramos de E. velutina) a 73,49% (para S. ferruginea). H.
    impetuginosus, H. courbaril, E. velutina (galhos) e V. gardeneriana inibiram 100% AChe. E.
    velutina (folhas), C. conduplicatus e A. cearenses inibiram 94%, 83% e 57% de AChe,
    respectivamente. Apenas S. ferruginea apresentou inibição menor que 50% de AChe.


  • Mostrar Abstract
  • Recentemente, o interesse em descobrir antioxidantes naturais aumentou tremendamente
    para sua aplicação no controle do aparecimento de múltiplas doenças. Oito extratos
    metanólicos de sete plantas medicinais (Amburana cearensis, Croton conduplicatus,
    Erythrina velutina, Handroanthus impetuginosus, Hymenea courbaril, Simaba ferruginea e
    Vitex gardeneriana) de uma floresta seca tropical sazonal no Nordeste do Brasil
    (Pernambuco, Brasil) foram estudados quanto à triagem fitoquímica, potencial antioxidante.
    Além disso, os teores totais de fenólicos e flavonóides também foram determinados por
    métodos colorimétricos usando quercetina e ácido gálico como padrão. O potencial
    enzimático inibitório dos extratos foi investigado contra enzimas-chave envolvidas na
    acetilcolinesterase (AChE) neurodegenerativa. Todos os extratos analisados mostraram a
    presença de compostos fenólicos, cumarinas, mono-, sesqui- e diterpenos, naftoquinonas,
    triterpenos e esteróides. A presença de alcalóides foi determinada apenas nos extratos
    metanólicos das folhas e ramos de E. velutina e no extrato metanólico dos ramos de V.
    gardneriana. Antocianinas e xantinas estavam ausentes nos extratos analisados. O teor de
    compostos fenólicos totais nas amostras investigadas variou de 19,10 (extrato metanólico de
    S. ferruginea) a 129,70 (extrato metanólico de folhas de E. velutina) EmgAG/gPS. A atividade
    antioxidante foi medida por três ensaios espectrofotométricos: atividade de eliminação do
    radical DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil), inibição da peroxidação lipídica e capacidade
    antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio. Todos os extratos apresentaram
    atividade antioxidante. No ensaio de eliminação do radical DPPH, os valores de IC50
    variaram de 198,3 (para H. courbaril) a 309,9 (S. ferruginea) μg/mL. No ensaio de inibição da
    peroxidação lipídica os valores de inibição variaram de 45,45% (para A. cearenses) a 62,12%
    (para C. conduplicatus). No ensaio de capacidade antioxidante total os valores variaram de
    27,74% (para o extrato metanólico de ramos de E. velutina) a 73,49% (para S. ferruginea). H.
    impetuginosus, H. courbaril, E. velutina (galhos) e V. gardeneriana inibiram 100% AChe. E.
    velutina (folhas), C. conduplicatus e A. cearenses inibiram 94%, 83% e 57% de AChe,
    respectivamente. Apenas S. ferruginea apresentou inibição menor que 50% de AChe.

2
  • LUCICLAUDIO CASSIMIRO DE AMORIM
  • Prospecção fitoquímica e atividades biológicas de plantas utilizadas por populações tradicionais em uma área de floresta tropical sazonalmente seca do Nordeste do Brasil (Pernambuco,Brasil)

  • Orientador : MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
  • MARCIA VANUSA DA SILVA
  • ALEXANDRE GOMES DA SILVA
  • CAIO RODRIGO DIAS DE ASSIS
  • Data: 27/06/2018

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  • Recentemente, o interesse em descobrir antioxidantes naturais aumentou tremendamente
    para sua aplicação no controle do aparecimento de múltiplas doenças. Oito extratos
    metanólicos de sete plantas medicinais (Amburana cearensis, Croton conduplicatus,
    Erythrina velutina, Handroanthus impetuginosus, Hymenea courbaril, Simaba ferruginea e
    Vitex gardeneriana) de uma floresta seca tropical sazonal no Nordeste do Brasil
    (Pernambuco, Brasil) foram estudados quanto à triagem fitoquímica, potencial antioxidante.
    Além disso, os teores totais de fenólicos e flavonóides também foram determinados por
    métodos colorimétricos usando quercetina e ácido gálico como padrão. O potencial
    enzimático inibitório dos extratos foi investigado contra enzimas-chave envolvidas na
    acetilcolinesterase (AChE) neurodegenerativa. Todos os extratos analisados mostraram a
    presença de compostos fenólicos, cumarinas, mono-, sesqui- e diterpenos, naftoquinonas,
    triterpenos e esteróides. A presença de alcalóides foi determinada apenas nos extratos
    metanólicos das folhas e ramos de E. velutina e no extrato metanólico dos ramos de V.
    gardneriana. Antocianinas e xantinas estavam ausentes nos extratos analisados. O teor de
    compostos fenólicos totais nas amostras investigadas variou de 19,10 (extrato metanólico de
    S. ferruginea) a 129,70 (extrato metanólico de folhas de E. velutina) EmgAG/gPS. A atividade
    antioxidante foi medida por três ensaios espectrofotométricos: atividade de eliminação do
    radical DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil), inibição da peroxidação lipídica e capacidade
    antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio. Todos os extratos apresentaram
    atividade antioxidante. No ensaio de eliminação do radical DPPH, os valores de IC50
    variaram de 198,3 (para H. courbaril) a 309,9 (S. ferruginea) μg/mL. No ensaio de inibição da
    peroxidação lipídica os valores de inibição variaram de 45,45% (para A. cearenses) a 62,12%
    (para C. conduplicatus). No ensaio de capacidade antioxidante total os valores variaram de
    27,74% (para o extrato metanólico de ramos de E. velutina) a 73,49% (para S. ferruginea). H.
    impetuginosus, H. courbaril, E. velutina (galhos) e V. gardeneriana inibiram 100% AChe. E.
    velutina (folhas), C. conduplicatus e A. cearenses inibiram 94%, 83% e 57% de AChe,
    respectivamente. Apenas S. ferruginea apresentou inibição menor que 50% de AChe.


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  • Recentemente, o interesse em descobrir antioxidantes naturais aumentou tremendamente
    para sua aplicação no controle do aparecimento de múltiplas doenças. Oito extratos
    metanólicos de sete plantas medicinais (Amburana cearensis, Croton conduplicatus,
    Erythrina velutina, Handroanthus impetuginosus, Hymenea courbaril, Simaba ferruginea e
    Vitex gardeneriana) de uma floresta seca tropical sazonal no Nordeste do Brasil
    (Pernambuco, Brasil) foram estudados quanto à triagem fitoquímica, potencial antioxidante.
    Além disso, os teores totais de fenólicos e flavonóides também foram determinados por
    métodos colorimétricos usando quercetina e ácido gálico como padrão. O potencial
    enzimático inibitório dos extratos foi investigado contra enzimas-chave envolvidas na
    acetilcolinesterase (AChE) neurodegenerativa. Todos os extratos analisados mostraram a
    presença de compostos fenólicos, cumarinas, mono-, sesqui- e diterpenos, naftoquinonas,
    triterpenos e esteróides. A presença de alcalóides foi determinada apenas nos extratos
    metanólicos das folhas e ramos de E. velutina e no extrato metanólico dos ramos de V.
    gardneriana. Antocianinas e xantinas estavam ausentes nos extratos analisados. O teor de
    compostos fenólicos totais nas amostras investigadas variou de 19,10 (extrato metanólico de
    S. ferruginea) a 129,70 (extrato metanólico de folhas de E. velutina) EmgAG/gPS. A atividade
    antioxidante foi medida por três ensaios espectrofotométricos: atividade de eliminação do
    radical DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil), inibição da peroxidação lipídica e capacidade
    antioxidante total pelo método do fosfomolibdênio. Todos os extratos apresentaram
    atividade antioxidante. No ensaio de eliminação do radical DPPH, os valores de IC50
    variaram de 198,3 (para H. courbaril) a 309,9 (S. ferruginea) μg/mL. No ensaio de inibição da
    peroxidação lipídica os valores de inibição variaram de 45,45% (para A. cearenses) a 62,12%
    (para C. conduplicatus). No ensaio de capacidade antioxidante total os valores variaram de
    27,74% (para o extrato metanólico de ramos de E. velutina) a 73,49% (para S. ferruginea). H.
    impetuginosus, H. courbaril, E. velutina (galhos) e V. gardeneriana inibiram 100% AChe. E.
    velutina (folhas), C. conduplicatus e A. cearenses inibiram 94%, 83% e 57% de AChe,
    respectivamente. Apenas S. ferruginea apresentou inibição menor que 50% de AChe.

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