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Dissertações |
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PEDRO LUIS ESCOBAR BRUSSI FILHO
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TRAJETO CASA TRABALHO: uma análise do impacto do communting na pandemia de Covid-19.
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Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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JULYAN GLEYVISON MACHADO GOUVEIA LINS
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 17/02/2023
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A presente dissertação objetivou analisar o efeito do tempo de commuting no contágio de Covid-19 em Recife. Foram utilizadas a base disponibilizada pela Secretaria da Saúde de Pernambuco, o Relatório Anual de Informações Sociais 2019 e o Censo de 2010 para a análise, realizada a nível individual e depois a nível de bairro. A localização do trabalho e da moradia foi obtida através do Código de Endereçamento Postal (CEP). Primeiramente, foi utilizado o modelo Logit para a análise a nível individual pois a variável dependente é binária. Foram realizados dois cenários, um considerando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas e outro não a considerando. Como resultados observou-se que o formato da distribuição de casos entre os bairros de Recife, eles não seguem um padrão de distribuição normal, então o modelo Poisson foi escolhido para essa análise e os mesmos cenários foram feitos. Em todos os modelos e cenários a variável de interesse foi significativa a 10%. No segundo cenário do modelo Poisson, sendo o cenário com maior nível de controles, foi onde ela é considerada apresentou maior significância, sendo significativo a 5%, e obteve o resultado que a cada 10 minutos a mais gastos no translado causa um aumento no risco de 3,88% para ser contagiado pelo Covid-19. Assim, o estudo concluiu que o tempo de commuting aumenta o risco de contágio.
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A presente dissertação objetivou analisar o efeito do tempo de commuting no contágio de Covid-19 em Recife. Foram utilizadas a base disponibilizada pela Secretaria da Saúde de Pernambuco, o Relatório Anual de Informações Sociais 2019 e o Censo de 2010 para a análise, realizada a nível individual e depois a nível de bairro. A localização do trabalho e da moradia foi obtida através do Código de Endereçamento Postal (CEP). Primeiramente, foi utilizado o modelo Logit para a análise a nível individual pois a variável dependente é binária. Foram realizados dois cenários, um considerando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas e outro não a considerando. Como resultados observou-se que o formato da distribuição de casos entre os bairros de Recife, eles não seguem um padrão de distribuição normal, então o modelo Poisson foi escolhido para essa análise e os mesmos cenários foram feitos. Em todos os modelos e cenários a variável de interesse foi significativa a 10%. No segundo cenário do modelo Poisson, sendo o cenário com maior nível de controles, foi onde ela é considerada apresentou maior significância, sendo significativo a 5%, e obteve o resultado que a cada 10 minutos a mais gastos no translado causa um aumento no risco de 3,88% para ser contagiado pelo Covid-19. Assim, o estudo concluiu que o tempo de commuting aumenta o risco de contágio.
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MANOEL TIAGO LIMA DA SILVA
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Efeito das firmas sobre o contágio da COVID-19 em Recife
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Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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DIEGO FIRMINO COSTA DA SILVA
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JULYAN GLEYVISON MACHADO GOUVEIA LINS
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 15/03/2023
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Este trabalho tem como objetivo verificar qual é o efeito das firmas sobre o contágio do indivíduo pela COVID-19. Para isso, será estimado um modelo de probabilidade (probit) que terá como variável dependente uma dummy que indica se o indivíduo foi ou não infectado pelo vírus. A variável de interesse será a proporção de indivíduos na firma que já foram diagnosticados com a COVID-19. Para tratar uma possível endogeneidade presente no modelo, optou-se por adotar a estratégia empírica descrita como variável instrumental (IV). O instrumento utilizado será o número de pessoas que testaram positivo no bairro onde os colegas de trabalho moram, desde que estes colegas não residam no mesmo bairro que o trabalhador em questão. Os resultados mostram que o ambiente de trabalho possui um alto potencial de transmissão, pois o acréscimo de 1 ponto percentual no número de infectados das firmas, implicará em um incremento de cerca 2,2% na probabilidade de contágio do indivíduo.
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Este trabalho tem como objetivo verificar qual é o efeito das firmas sobre o contágio do indivíduo pela COVID-19. Para isso, será estimado um modelo de probabilidade (probit) que terá como variável dependente uma dummy que indica se o indivíduo foi ou não infectado pelo vírus. A variável de interesse será a proporção de indivíduos na firma que já foram diagnosticados com a COVID-19. Para tratar uma possível endogeneidade presente no modelo, optou-se por adotar a estratégia empírica descrita como variável instrumental (IV). O instrumento utilizado será o número de pessoas que testaram positivo no bairro onde os colegas de trabalho moram, desde que estes colegas não residam no mesmo bairro que o trabalhador em questão. Os resultados mostram que o ambiente de trabalho possui um alto potencial de transmissão, pois o acréscimo de 1 ponto percentual no número de infectados das firmas, implicará em um incremento de cerca 2,2% na probabilidade de contágio do indivíduo.
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LUCAS WARWAR PEREIRA
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Mobilidade Intergeracional na Terra da Desigualdade
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Orientador : BRENO RAMOS SAMPAIO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOANA NARITOMI
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GIANLUCA VIOLANTE
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BRENO RAMOS SAMPAIO
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Data: 23/03/2023
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Fornecemos as primeiras estimativas em grande escala da mobilidade de renda intergeracional para um país em desenvolvimento, ou seja, o Brasil. Medimos a renda formal de impostos e empregos
registros e treinamos modelos de aprendizado de máquina em dados de censos e pesquisas para prever renda informal. Os dados revelam um grau de persistência muito maior do que os anteriores. estimativas disponíveis para economias desenvolvidas: um aumento de 10% na renda dos pais classificação está associada a um aumento de 5,5 percentil na classificação de renda infantil e persistência é ainda maior nos 5% superiores. Crianças nascidas de pais no primeiro quintil de renda enfrentam uma chance de 46% de permanecer no fundo quando adultos. Nós validamos essas estimativas usando duas novas medidas de mobilidade que classificam crianças e pais sem a necessidade para imputar rendimentos informais. Documentamos uma substancial heterogeneidade na mobilidade entre características individuais – notadamente gênero e raça – e entre as regiões brasileiras. Aproveitando as crianças que migram em diferentes idades, estimamos que os efeitos locais causais explicar 57% da grande variação espacial na mobilidade. Finalmente, jogos de acasalamento seletivo um forte papel na persistência da renda familiar, e a renda dos pais também é fortemente associados a vários resultados importantes de longo prazo, como educação, gravidez na adolescência, ocupação, mortalidade e vitimização.
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Fornecemos as primeiras estimativas em grande escala da mobilidade de renda intergeracional para um país em desenvolvimento, ou seja, o Brasil. Medimos a renda formal de impostos e empregos
registros e treinamos modelos de aprendizado de máquina em dados de censos e pesquisas para prever renda informal. Os dados revelam um grau de persistência muito maior do que os anteriores. estimativas disponíveis para economias desenvolvidas: um aumento de 10% na renda dos pais classificação está associada a um aumento de 5,5 percentil na classificação de renda infantil e persistência é ainda maior nos 5% superiores. Crianças nascidas de pais no primeiro quintil de renda enfrentam uma chance de 46% de permanecer no fundo quando adultos. Nós validamos essas estimativas usando duas novas medidas de mobilidade que classificam crianças e pais sem a necessidade para imputar rendimentos informais. Documentamos uma substancial heterogeneidade na mobilidade entre características individuais – notadamente gênero e raça – e entre as regiões brasileiras. Aproveitando as crianças que migram em diferentes idades, estimamos que os efeitos locais causais explicar 57% da grande variação espacial na mobilidade. Finalmente, jogos de acasalamento seletivo um forte papel na persistência da renda familiar, e a renda dos pais também é fortemente associados a vários resultados importantes de longo prazo, como educação, gravidez na adolescência, ocupação, mortalidade e vitimização.
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HAROLDO EMILIO RODRIGUEZ PAEZ
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IMPACTO DA LIBERALIZAÇÃO ECONÔMICA NA MOBILIDADE SOCIAL NO BRASIL
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Orientador : BLADIMIR CARRILLO BERMUDEZ
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MEMBROS DA BANCA :
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BLADIMIR CARRILLO BERMUDEZ
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CARLOS CHARRIS
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GIUSEPPE TREVISAN CRUZ
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WILMAN IGLESIAS
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Data: 24/03/2023
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Pesquisas sobre o impacto da liberalização comercial no Brasil e em outros países mostram que essas políticas tiveram um impacto significativo nos mercados de trabalho locais, levando a uma maior desemprego e salários mais baixos para os trabalhadores menos qualificados. No entanto, há limitado evidências sistemáticas sobre os efeitos intergeracionais da liberalização. Usando o brasileiro censos populacionais de 1980 a 2010 para estimar a variável mobilidade social, este estudo constata que o aumento da liberalização econômica durante o período 1991-2000 reduziu a mobilidade, mas o efeito negativo dobrou 20 anos depois. O impacto negativo na sociedade a mobilidade foi maior para crianças com pais menos escolarizados. O estudo também descobriu que a formalização o emprego e a renda salarial diminuíram com a liberalização, enquanto o emprego informal aumentou. Testes de robustez mostraram que a correlação negativa entre mobilidade social e a abertura econômica não foi afetada, nem a significância estatística das estimativas.
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No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, muitos países do mundo menos desenvolvido testemunharam uma mudança drástica em sua política de comércio internacional. Um exemplo notável de é o caso do Brasil. Antes de 1990, o país era caracterizado por uma extrema política protecionista com altas tarifas comerciais. Nos cinco anos seguintes, todas as tarifas e barreiras não tarifárias foram rapidamente quase eliminadas e a exposição de economias para bens importados aumentou significativamente (Pavcnik et al., 2004; Lisboa et al. al., 2010; Dix-carneiro, 2014). Um grande conjunto de pesquisas no Brasil e em outros países como Colômbia, México, e a África do Sul tem mostrado consistentemente que esses episódios de liberalização do comércio tiveram um impacto significativo nos mercados de trabalho locais (Goldberg e Pavcnik, 2007). O consenso nessa literatura é que esses eventos de liberalização comercial aumentam desemprego e salários mais baixos para trabalhadores menos escolarizados ( Dix-carneiro, 2014; Carneiro & Kovak, 2015; Dix-Carneiro & Kovak, 2017). A pesquisa também foi realizada para explicar os efeitos da liberalização comercial sobre as indústrias domésticas brasileiras. Trabalhos como os de Haddad et al. (2002), Ferreira e Rossi (2003) e Ferraz et ai. (2004) mostram como as empresas maiores e mais produtivas se adaptaram melhor que os menores à nova realidade do país. O que tem sido menos bem pesquisado até agora é se os efeitos da liberalização são grande o suficiente para ter consequências intergeracionais. Há pouca sistemática evidências sobre até que ponto essas políticas de liberalização do comércio fortalecem ou romper laços intergeracionais em áreas mais ou menos expostas. Ou seja, em que medida esses choques aumentam ou diminuem os laços intergeracionais ou, nesse caso, a importância do ambiente familiar para o sucesso futuro das crianças? O fato de que políticas de liberalização do comércio reduzem as oportunidades de emprego em áreas mais expostas não significa necessariamente que as crianças de famílias afetadas sejam menos propensas a acumular capital humano ou ter rendimentos mais baixos no futuro. Esses episódios de liberalização econômica tendem a reduzir as oportunidades de empregos menos qualificados e, consequentemente, os retornos desses empregos diminuem comparado ao emprego mais qualificado. Isso pode acabar aumentando os incentivos para investir no capital como forma de enfrentar os novos desafios do mercado de trabalho. No entanto, também é interessante aprofundar o que foi afirmado por Todaro (1994) onde explica que o comércio pode ser um importante estímulo para a rápida crescimento, embora possa não ser uma estratégia desejável para a economia e desenvolvimento. Nesse sentido, há muitas pesquisas mostrando os benefícios produzidos pelo comércio internacional e pela globalização, mas em muitas ocasiões esses retornos não traduz-se num aumento do nível de vida da população.
Por isso, o estudo da relação entre esses dois fenômenos - comércio abertura e mobilidade intergeracional - continua a ser uma questão importante. O objetivo de este projeto é estudar sistematicamente esta questão no contexto do Brasil Estudamos se, e em que medida, a liberalização comercial da década de 1990 aumentou ou diminuição das ligações intergeracionais nas microrregiões, fazendo uso extensivo de micro-dados detalhados do Censo e outras pesquisas domiciliares. Para nosso conhecimento, esta representa a primeira tentativa ambiciosa de estudar este importante questão e contribui para a nossa melhor compreensão da situação económica e social consequências das políticas de liberalização do comércio.
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PEDRO AUGUSTO DE SOUSA ALMEIDA
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Fornecimento de Bens Públicos e Competição entre os Distritos
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Orientador : RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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PEDRO JAMES FRIAS HEMSLEY
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RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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Data: 03/04/2023
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As regras de tributação e alocação de recursos públicos variam muito ao redor do mundo, tornando muito importante o estudo das vantagens e desvantagens para a população de cada sistema. Em uma Federação, os distritos podem ter autonomia para escolher políticas e cobrar impostos. Nas últimas decadas, os Estados brasileiros engajaram uma forte competição para atrair empresas. Dessa forma, esse trabalho buscar analisar a provisão de ben públicos para estados e firmas, além de comparar a provisão centralizada e decentralizada dos bens. A competição na provisão de bens públicos é abordada propondo uma economia em que o Governo fornece um bem público aos indivíduos e um fator público às empresas e também mantém parte da receita tributária total como rendas para si. Em seguida, estuda-se a concorrência aplicando essa economia ao Modelo de Hotelling de Diferenciação Espacial. Dois distritos competem no fornecimento de bens públicos, este trabalho constata que não haverá diferenciação de impostos e níveis dos bens ofertados no equilíbrio, no qual ambos distritos terão a mesma renda. Além disso, existem condições sob as quais o governo pode alocar receitas recebidas de indivíduos para beneficiar as empresas. Comparamos os cenários centralizado e descentralizado e constatamos, ao mesmo nível de impostos, o regime centralizado gera mais renda ao poder público.
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As regras de tributação e alocação de recursos públicos variam muito ao redor do mundo, tornando muito importante o estudo das vantagens e desvantagens para a população de cada sistema. Em uma Federação, os distritos podem ter autonomia para escolher políticas e cobrar impostos. Nas últimas decadas, os Estados brasileiros engajaram uma forte competição para atrair empresas. Dessa forma, esse trabalho buscar analisar a provisão de ben públicos para estados e firmas, além de comparar a provisão centralizada e decentralizada dos bens. A competição na provisão de bens públicos é abordada propondo uma economia em que o Governo fornece um bem público aos indivíduos e um fator público às empresas e também mantém parte da receita tributária total como rendas para si. Em seguida, estuda-se a concorrência aplicando essa economia ao Modelo de Hotelling de Diferenciação Espacial. Dois distritos competem no fornecimento de bens públicos, este trabalho constata que não haverá diferenciação de impostos e níveis dos bens ofertados no equilíbrio, no qual ambos distritos terão a mesma renda. Além disso, existem condições sob as quais o governo pode alocar receitas recebidas de indivíduos para beneficiar as empresas. Comparamos os cenários centralizado e descentralizado e constatamos, ao mesmo nível de impostos, o regime centralizado gera mais renda ao poder público.
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JULIA TORREÃO PECLY
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Teto de Gastos: da histórica relativização das regras fiscais no Brasil ao abuso eleitoreiro sob Jair Bolsonaro
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Orientador : JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ABRAHAM BENZAQUEN SICSU
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JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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MARIA FERNANDA FREIRE GATTO PADILHA
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Data: 10/04/2023
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O regime do Teto de Gastos, desde a concepção, ignorou as reais necessidades do regramento orçamentário nacional, e por fim vai morrer pelas mãos do presidente que se elegeu jurando protegê-lo, Jair Bolsonaro. Este trabalho propõe uma aproximação da abordagem histórica hegeliana sobre a questão fiscal no Brasil. Oferecemos um olhar amplo sobre o arcabouço fiscal brasileiro, não apenas focado no Teto e no que foi feito dele desde o início de sua vigência, em 2016. A partir de uma perspectiva anterior, entendemos como as leis da contabilidade pública criadas na década de 1960 para organizar o orçamento federal foram desvirtuadas ao longo dos anos. À luz da teoria dos ciclos político-orçamentários, observamos que a expansão de despesas sociais foi usada, no limite das leis eleitorais, para favorecer a reeleição dos governos do PT entre 2006 e 2014, mas que é Jair Bolsonaro quem cruza o limite dessas leis, com a anuência do Congresso Nacional, para tentar se reeleger. Mostramos, ainda, como a política fiscal pré-eleitoral — que diametralmente destoou das bandeiras empunhadas por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018 — encontrou o respaldo do eleitor médio e de quadros mais especializados; e sugerimos que esse movimento popular foi usualmente mais afetivo do que racional do ponto de visto econômico ou político.
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Em julho de 2022, ano eleitoral, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que, entre outras coisas, previa o pagamento de um voucher de R$ 1 mil a caminhoneiros autônomos, além da ampliação de benefícios como o auxílio-gás e o Auxílio Brasil (o Bolsa Família aumentado). A medida foi aprovada com impacto previsto de R$ 38,75 bilhões além do Teto de Gastos do governo, em uma tentativa do presidente Bolsonaro de abocanhar parte do eleitorado petista nas partes mais pobres no país, especialmente no Nordeste. Para burlar as proibições previstas na lei eleitoral, a PEC incluiu o reconhecimento de um suposto “estado de emergência” provocado pelo aumento do preço dos combustíveis. Partidos denunciaram o caráter eleitoreiro da proposta que ficou conhecida como PEC Kamikaze; a consultoria de orçamento da Câmara notou que a PEC aumentava o risco fiscal do país; mas o texto acabou sendo aprovado por ampla maioria, tanto no Senado Federal como na Câmara dos Deputados. Parlamentares críticos da PEC aderiram à proposta sob a justificativa de que não haveria como vetar medidas de transferência de renda no ano em que o Brasil voltou ao Mapa da Fome. (https://noticias.uol.com.br/colunas/chico-alves/ 2022/07/01/dirigentes-respondem-por-que-pt-e-pdt-nao-votaram-contra-pec-dos-r-41-bi.htm)
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DANIEL BARROS DE AQUINO FONSÊCA
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A forma das cidades brasileiras
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Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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GIUSEPPE TREVISAN CRUZ
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CARLOS CHARRIS
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Data: 20/07/2023
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O formato da área urbana de uma cidade é produto de um equilíbrio. Como em Burchfield et al. (2006), o as causas da expansão podem estar associadas à forma como o emprego é disperso; deslocamento de trabalho padrões; crescimento populacional; o valor de manter terrenos não desenvolvidos; a facilidade de perfurar um poço; condições naturais; regulamentos de uso da terra; e o impacto do financiamento do serviço público na contribuintes locais. É fácil perceber que a compacidade dessas formas tem impacto nas distâncias dentro das cidades, e isso pode afetar outras variáveis onde os mecanismos podem passar pela prestação de serviços e acessibilidade ao trânsito. Como em Henderson (1974), se a forma compacta faz uma cidade operar mais eficientemente, há uma tendência de fluxo populacional para aquela cidade, pressionando os aluguéis e pressionando baixa renda. Em contraste, se houver vantagens de produtividade, as empresas afluem para a cidade, pressionando renda. Nesse cenário, esses fatores podem trazer uma endogeneidade que pode causar um viés de cantar em uma estimativa OLS. Portanto, é necessária uma estratégia de identificação que se sobreponha a esta questão construindo um instrumento que isola a variação da forma urbana impulsionada pela topografia e crescimento urbano previsto mecanicamente usando a forma potencial que a cidade pode ter, restrições naturais geográficas, como em Harari (2020). A Figura 3 exemplifica o impacto da inclinação do terreno sobre a urbanização do Rio de Janeiro, onde o vermelho significa inclinações mais acentuadas.
A contribuição deste artigo está no uso de dados brasileiros, como um país emergente com a sétima maior população do mundo e com 85% da população vivendo em áreas urbanas. Explore também diferentes resultados, novos mecanismos e possíveis propostas de melhorias na métodos de identificação implementados na literatura recente. Este projeto está organizado como: este capítulo introdutório, seguido dos objetivos; revisão da literatura; explicação dos dados; empírico estratégia e por fim o cronograma de atividades
O primeiro objetivo deste artigo é aplicar métodos de índice de forma para quantificar a compacidade de cidades brasileiras. Em segundo lugar, analisar se essas diferenças de forma têm impacto em vários resultados de juros como população, aluguel e renda. E então, explore as restrições naturais que cercam cidades como instrumento para identificar esses efeitos.
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O formato da área urbana de uma cidade é produto de um equilíbrio. Como em Burchfield et al. (2006), o as causas da expansão podem estar associadas à forma como o emprego é disperso; deslocamento de trabalho padrões; crescimento populacional; o valor de manter terrenos não desenvolvidos; a facilidade de perfurar um poço; condições naturais; regulamentos de uso da terra; e o impacto do financiamento do serviço público na contribuintes locais. É fácil perceber que a compacidade dessas formas tem impacto nas distâncias dentro das cidades, e isso pode afetar outras variáveis onde os mecanismos podem passar pela prestação de serviços e acessibilidade ao trânsito. Como em Henderson (1974), se a forma compacta faz uma cidade operar mais eficientemente, há uma tendência de fluxo populacional para aquela cidade, pressionando os aluguéis e pressionando baixa renda. Em contraste, se houver vantagens de produtividade, as empresas afluem para a cidade, pressionando renda. Nesse cenário, esses fatores podem trazer uma endogeneidade que pode causar um viés de cantar em uma estimativa OLS. Portanto, é necessária uma estratégia de identificação que se sobreponha a esta questão construindo um instrumento que isola a variação da forma urbana impulsionada pela topografia e crescimento urbano previsto mecanicamente usando a forma potencial que a cidade pode ter, restrições naturais geográficas, como em Harari (2020). A Figura 3 exemplifica o impacto da inclinação do terreno sobre a urbanização do Rio de Janeiro, onde o vermelho significa inclinações mais acentuadas.
A contribuição deste artigo está no uso de dados brasileiros, como um país emergente com a sétima maior população do mundo e com 85% da população vivendo em áreas urbanas. Explore também diferentes resultados, novos mecanismos e possíveis propostas de melhorias na métodos de identificação implementados na literatura recente. Este projeto está organizado como: este capítulo introdutório, seguido dos objetivos; revisão da literatura; explicação dos dados; empírico estratégia e por fim o cronograma de atividades
O primeiro objetivo deste artigo é aplicar métodos de índice de forma para quantificar a compacidade de cidades brasileiras. Em segundo lugar, analisar se essas diferenças de forma têm impacto em vários resultados de juros como população, aluguel e renda. E então, explore as restrições naturais que cercam cidades como instrumento para identificar esses efeitos.
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AURELIO DOS SANTOS NASCIMENTO SOBRINHO
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Regulação do Uso do Solo Urbano e Qualidade da Moradia: Uma Avaliação da Implementação das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) na Cidade do Recife
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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DIEGO FIRMINO COSTA DA SILVA
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EDUARDO ALMEIDA
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Data: 29/08/2023
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A partir de um processo de compatibilização de setores censitários dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010, este trabalho tem como objetivo compreender como a regulação do solo urbano pode afetar a qualidade da moradia. Nesse contexto, a implementação das Zonas Especiais de Interesse Social pela Prefeitura da Cidade do Recife foi objeto de estudo deste trabalho, uma vez que buscaram regularizar as condições de moradia em áreas habitadas, sobretudo, por populações de baixa renda. A partir de informações obtidas do Censo Demográfico, fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi utilizada uma estratégia de Diferenças em Diferenças com tratamento contínuo para mostrar que a política adotada acarretou em melhorias de alguns aspectos associados à qualidade da habitação, mais especificamente, no acesso à rede geral de água e saneamento. Os resultados obtidos evidenciam que ter uma maior parcela do território sendo afetada pela política incide positivamente sobre o percentual de domicílios com acesso à rede geral de água e de saneamento. Em contrapartida, outros aspectos considerados, como acesso à coleta de lixo, condição da ocupação e o número de banheiros por domicílios, não foram afetados pela implementação das zonas especiais.
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Entre 1970 e 2010, o percentual de pessoas vivendo nos centros urbanos brasileiros cresceu de 55,9% para 84,4%, de acordo com os números dos Censos Demográficos (IBGE) destes anos. Ou seja, no início do século XXI o Brasil apresentava níveis de urbanização de sua população comparáveis àqueles de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, por exemplo. Como mostraram Henderson (1988), Da Mata et al. (2007) e, mais recentemente, Silva, Elhorst e Silveira Neto (2017), tal rápido processo de urbanização do país esteve associado, fundamentalmente, à baixa produtividade da atividade agrícola, à expansão da escolaridade, ao rápido processo de industrialização e às melhores dotações de infraestrutura das cidades. Tal rápida expansão da população urbana obviamente trouxe enormes desafios na provisão de habitação e infraestrutura adequadas. Como ressaltam Lima e Silveira Neto (2019), atualmente, o déficit de moradias no país é estimado em cerca de 6,35 milhões de moradias. Parte da absorção dos contingentes populacionais dos grandes centros brasileiros, como mostram Cavalcanti e Da Matta (2019), se deu a partir do crescimento dos aglomerados subnormais, classificação oficial do IBGE utilizada para se referir às favelas. De acordo com o último Censo Demográfico de 2010, cerca de 6% da população brasileira (11,4 milhões de pessoas) viviam em moradias informais neste ano de registro.
A despeito do pioneirismo da Cidade do Recife e da ampla implementação das ZEIS hoje nas cidades brasileiras, pouco se conhece de fato sobre seus efeitos sobre o bem-estar dos beneficiados. Há, na verdade, uma série de estudos pontuais sobre experiências específicas, mas sempre de maneira meramente comparativa ou informal, nenhum na literatura de Economia Urbana (Lagos, 2007; Rolnik e Santoro, 2013). Por exemplo, Barros Filho e Sobreira (2004) compararam setores censitários pertencentes às ZEIS com aqueles dos aglomerados subnormais não pertencentes às mesmas na Cidade do Recife e apontaram que aqueles beneficiados com a política apresentavam melhores condições habitacionais. Já Fillipi Jr (2011) apresenta evidências de que a implementação das ZEIS em Diadema está associada à redução da moradia em favelas, mais ruas asfaltadas, mais saneamento e acesso à água encanada. Rolnik e Santoro (2013), porém, fazem um balanço da implementação das ZEIS no país e defendem que o instrumento tem servido sobretudo como instrumento de reconhecimento da moradia e prevenção de remoções, sem importantes efeitos sobre precariedade das moradias, resultado similar à análise mais recente feita por Mattos (2017), sobre a implantação das ZEIS na Cidade de Fortaleza, e de Ayoub et al. (2019) para os casos das regiões de Londrina e Maringá no Paraná. Passados mais de 30 anos da implementação pioneira das ZEIS na Cidade do Recife, muito pouco é conhecido sobre os impactos de tal instrumento de regulação do uso do solo sobre o bem-estar dos indivíduos e localidades diretamente afetados pela política, seja nos aspectos diretamente ligados à qualidade da moradia, seja no que diz respeito ao acesso às condições de emprego. A presente proposta de pesquisa pretende começar a preencher esta lacuna. Note-se, neste sentido, que o foco no caso da Cidade do Recife é, por diferentes razões, vantajoso. Primeiro, trata-se do mais tradicional centro urbano do Nordeste do Brasil, sendo referência na implementação das políticas urbanas. Segundo, o instrumento de política afeta cerca de 12% de seu território e está presente em todas as suas Regiões Político-Administrativas; trata-se, portanto, do mais importante instrumento de regulação do uso do solo urbano da cidade. Terceiro e não menos importante, o pioneirismo da implementação das ZEIS no país na cidade confere ao estudo de sua implementação das ZEIS uma vantagem única, uma vez que é possível observar a atuação da política ao longo dos anos 1990, 2000s e 2010s.
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EDUARDO FARIAS TORRES
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AVALIAÇÕES SOBRE O FUNDO DE FINANCIAMENTO DO NORDESTE (FNE) NOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E DO MARANHÃO.
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Orientador : JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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MARIA FERNANDA FREIRE GATTO PADILHA
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ABRAHAM BENZAQUEN SICSU
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Data: 31/08/2023
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Com a finalidade de diminuir as desigualdades socieconômicas entre as regiões do País, foram criados na constituição federal de 1988, os Fundos Constitucionais de Financiamento, que tem como objetivo prover financiamento de longo prazo com custo reduzido para as atividades produtivas das regiões beneficiadas, destes, o que possui maior volume de recursos e atende a uma maior população é o Fundo Constitucional do Nordeste FNE. Este trabalho tem por objetivo avaliar a distribuição espacial do FNE, procurando investigar se as aplicações do fundo atendem de forma privilégiada os municípios de baixo indice de desenvolvimento humano municipal IDH M nos estados de Pernambuco e Maranhão. Para este objetivo foram efetuadas analises descritivas das variáveis de saldo do FNE, dados populacionais e de IDH M nos referidos estados, assim como, o uso da estatística I de Moran. Os resultados apontam que os recursos do FNE se concentram nos municípios mais desenvolvidos, com maior IDH M.
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Políticas públicas são implementadas com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico local e por consequência, reduzir a disparidade de renda entre regiões desde o pós segunda guerra mundial. No caso Brasileiro segundo estimativas populacionais do IBGE para 2017 a região nordeste que concentra 27,2% da população brasileira tem PIB per capita corresponde a 42% do observado na região centro sul (Quaglio, 2020), tratando- se, portanto da região mais atrasada sócio economicamente do País. Apenas na década de 50 o estado brasileiro tomou iniciativas concretas para tentar reverter o atraso econômico do nordeste em relação as regiões mais desenvolvidas do País com a criação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) em 1952, o grupo de trabalho de desenvolvimento do nordeste (GTDN), em 1956, e, 1959, a Superintendência de desenvolvimento do nordeste (SUDENE) e por fim os Fundos Constitucionais - FCO, FNE e FNO - que foram criados no âmbito da Constituição Federal de 1988 pelo artigo 159, inciso I, alínea "c" e pelo artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para incentivar e apoiar as atividades produtivas por meio de financiamento, de modo a reduzir as desigualdades regionais. Tais dispositivos definiram que os Fundos seriam formados por repasse de 3% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cabendo ao FNE 1,8%, enquanto o restante é repassado aos outros dois fundos na proporção de 0,6% para cada um. Além das transferências do Tesouro Nacional, os Fundos possuem como fonte de recursos os reembolsos das operações de crédito, os quais correspondem aos pagamentos realizados pelos tomadores de empréstimos. O Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi regulamentado pela Lei no 7.827, de 27/09/1989, que definiu o Banco do Nordeste, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e o Conselho Deliberativo da Sudene (Conde/Sudene), como responsáveis por sua administração. Os recursos do FNE não se sujeitam as políticas conjunturais de contingenciamento de crédito por parte da união. A área de abrangência do FNE compreende todos os municípios situados nos nove estados da região nordeste acrescida de alguns municípios do norte de Minas Gerais e Espirito Santo, incluindo os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, compreendendo ao todo 1990 municipíos, com a obrigação legal de aplicação de ao menos 50% dos recursos investidos na região semiárida. Existem também limites espaciais aos aportes do fundo, onde cada estado deve ter um mínimo de 4,5% dos recursos disponíveis e um máximo de 30 %, não se aplicando o limite mínimo ao norte do Espirito Santo. Em termos setoriais e de programas, o FNE divide se em setor Rural com os programas (FNE Rural, FNE Irrigação, programa nacional de agricultura familiar- PRONAF - Grupo A, PRONAF - Demais Grupos, FNE Verde, FNE Inovação, FNE Aquipesca), setor Agroindustrial e os programas (FNE Agrin, FNE Verde,
4 FNE MPE), setor Industrial com os programas (FNE Industrial, FNE Verde, FNE Inovação, FNE MPE), setor Turismo (FNE Proatur, FNE Verde, FNE MPE), setor Comércio e Serviços e os programas (FNE Comércio e Serviços, FNE Verde, FNE Inovação, FNE MPE) todos prioritariamente com financiamento de longo prazo, complementarmente com capital de giro associado ou custeio. O FNE mantém tratamento diferenciado para mini e pequenos produtores rurais, e micro e pequenas empresas. Os percentuais máximos de financiamento variam de 70% a 100% com prazos máximos de pagamento variando de 12 a 20 anos. As taxas de juros atualmente praticadas variam de 0,5% a 13,75% ao ano, o primeiro caso é aplicado por exemplo a certas modalidades do PRONAF e no último a modalidades de capital de giro para empresas de serviços, todos contam com o beneficio do bônus de adimplência 15%. O FNE constitui-se atualmente no principal instrumento de política de desenvolvimento regional para região nordeste. Apesar dos esforços empreendidos nos mais de 30 anos de atuação do FNE as diferenças inter-regionais e intra-regional persistem. O valor nominal total contratado do FNE no período 2010-2019 compreendeu R$ 129,5 bilhões dos quais R$ 17,9 bilhões foram contratados no estado de Pernambuco e R$ 14,6 bilhões foram contratados no estado do Maranhão.
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CAROLINE FERREIRA LEAL
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Pandemia do Covid-19 e o Padrão de Evolução das Disparidades Regionais de Renda no Brasil: Evidências a Partir de Diferentes Fontes de Renda
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDILBERTO TIAGO DE ALMEIDA
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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Data: 22/09/2023
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Há poucas dúvidas a respeito dos efeitos econômicos negativos associados à pandemia do COVID- 19 no Brasil (o PIB do país diminuiu cerca de 3,9% entre 2019 e 2020, por exemplo). No entanto, muito pouco é conhecido a respeito do impacto desta calamidade de saúde na desigualdade regional de renda brasileira. Com mais precários serviços de saúde, estados mais pobres apresentam-se menos capacitados para lidar com efeitos da pandemia sobre a saúde dos trabalhadores. Por outro lado, com economias mais formalizadas e baseadas nos serviços, estados ricos tendem a sentir primeiramente efeitos de paralizações e do lockdown. A tais condicionantes, potenciais efeitos da reação da política pública à pandemia também devem ser adicionados, uma vez que, por exemplo, o Auxílio Emergencial implicou substancial e sem precedentes transferências de renda aos necessitados. Utilizando informações da PNADC entre 2012 e 2022 e técnicas tradicionais de decomposição de índices de desigualdade, este trabalho documenta e decompõe a dinâmica da desigualdade regional de renda no Brasil a partir de diferentes fontes de renda das famílias durante no período pre e pós pandemia. Os resultados indicam que a pandemia contribuiu de forma importante para atenuar as disparidades regionais de renda no Brasil, sendo importante tanto a reação da política pública como a dinâmica das fontes de renda de mercado.
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De acordo com dados do Center for Systems Science and Engineering (CSSE) da Johns Hopkins University, o Brasil registrava, no início de janeiro de 2022, 619 mil mortes associada a pandemia do COVID-19. Para além da tragédia em termos de vidas perdidas, não há dúvida de que tal pandemia afetou seriamente a economia brasileira, do que são testemunhas a queda do PIB (Produto Interno Bruto) do país em 4,1% ao longo de 2020 e as previsões de crescimento abaixo de 2% para 2021. Dada a natureza da pandemia, que evolui a partir principalmente do contato pessoal, e a significativa diversidade das estruturas regionais de produção regional, não é surpresa que tal impacto da COVID-19 na economia possa se apresentar com marcados diferenciais de intensidade entre os estados e cidades brasileiras. Por exemplo, caso atinja mais seriamente os serviços informais e menos seriamente a indústria e serviços formais, que podem ser mais facilmente substituídos pelo trabalho na residência (home-office), não seria surpresa se os efeitos da pandemia contribuíssem para elevar as disparidades regionais de renda no Brasil, uma vez que a informalidade é relativamente mais importante nos estados e cidades mais pobres. Até agora, porém, pouco se conhece a respeito dos impactos da COVID-19 sobre as disparidades regionais de renda no Brasil. Um tal impacto regressivo, porém, não necessariamente decorre dos efeitos da pandemia. Note-se, a este respeito, que Ascani et al. (2021) apontaram, para o caso Italiano, a relevância das estruturas produtivas regionais para o entendimento dos impactos da pandemia. Especificamente, tais autores mostraram que foram as regiões mais especializada na produção industrial e na produção para exportação situadas ao norte (portanto mais ricas) aquelas mais severamente atingidas economicamente pelos efeitos da COVID-19. Também analisando o caso italiano, Cerqua e Letta (2022) mostraram que, pelo menos em termos de emprego, as regiões mais especializadas em serviços foram mais afetadas que aquelas especializadas em manufaturas. Explorando a geografia da COVID-19 para os Estados Unidos, Desmet e Wacziarg (2021) mostraram que foram
sobretudo os centros urbanos com mais pobres e menos escolarizados os mais atingidos pela COVID-19. Se pouco é conhecido sobre os impactos econômicos regionais da COVID-19 no mundo, menos ainda se conhece a respeito da experiência brasileira, marcada por importantes disparidades espaciais de estrutura produtiva e de bem estar. A este respeito, note-se que, se possivelmente as regiões e estados mais pobres possam a vir os mais afetados através do efeito da renda do trabalho, a existência de políticas públicas compensatórias durante a epidemia no Brasil tende, por outro lado, a favorecer tais regiões. Neste sentido, como mostraram Silveira Neto e Azzoni (2011, 2012), tais fontes de renda associados a políticas sociais tem contribuído para atenuar as disparidades de renda entre os estados brasileiros e reforçaram a contribuição da renda do trabalho para redução desta desigualdade na década que finda em 2010. Muito pouco, contudo, é conhecido a respeito da dinâmica da desigualdade regional de renda no período mais recente. A partir de uma perspectiva de evolução das disparidades regionais de renda, esta pesquisa se propõe a começar preencher esta lacuna, fundamental para o desenho de políticas de redução dos desníveis espaciais de bem estar no país. Por fim, é importante mencionar que não foram encontradas evidências relacionadas ao tema para os países em desenvolvimento, como o Brasil, na atual literatura.
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JOÃO MARCOS SALMEN SILVA
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Evidências do Conteúdo Informacional nos Anúncios da Política Monetária Brasileira
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Orientador : MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREZA PALMA
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MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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RAFAEL DA SILVA VASCONCELOS
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Data: 22/09/2023
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Esse trabalho seguirá abordagem proposta por Cai, Camara e Capel (2021) e baseada nas metodologias de Nakamura e Steinsson (2018) e Jarociński e Karadi (2020). O método utiliza as notícias em jornais relacionadas ao Banco Central nos períodos do anúncio da política monetária como nível de informação que o mercado possui anteriormente ao anúncio, auxiliando na estimação do componente informacional dos movimentos no retorno dos ativos financeiros (NAKAMURA; STEINSSON, 2018; JAROCIŃSKI; KARADI, 2020; CAI; CAMARA; CAPEL, 2021). O diferencial desse trabalho para estudos como o de Janot e Mota (2012) é a utilização de métodos de Machine Learning, além de considerar a expectativa dos agentes privados na extração do conteúdo informacional.
A abordagem metodológica será feita em três etapas. Primeiro, a utilização de métodos de processamento de linguagem natural para criar vetores numéricos dos anúncios das reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) e das notícias do jornal Folha de São Paulo. Em segundo, será utilizado os vetores dos documentos em modelos separados para estimar as expectativas dos contratos futuros de depósitos interbancários (Futuro DI). A modelagem é feita pelo modelo de aprendizado de máquina:Elastic Net Regularization, como Giannone, Lenza e Primiceri (2021) propõem para dados econômicos. Por fim, são projetadas a variação dos retornos dos títulos do Tesouro Nacional em torno do anúncio do COPOM contra a diferença nas expectativas estimadas na segunda etapa da abordagem, essa projeção é então interpretada como o componente informacional dos movimentos em alta frequência das taxas de juros. Assim, a variação do retorno que não é explicado pela divergência nas expectativas do banco central e dos agentes privados pode ser interpretado como o componente monetário. Com os dois componentes em mãos, é possível identificar o que é o impacto do componente de monetário e o que é o impacto informacional da política monetária sobre as variáveis econômicas (CAI; CAMARA; CAPEL, 2021).
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Esse trabalho seguirá abordagem proposta por Cai, Camara e Capel (2021) e baseada nas metodologias de Nakamura e Steinsson (2018) e Jarociński e Karadi (2020). O método utiliza as notícias em jornais relacionadas ao Banco Central nos períodos do anúncio da política monetária como nível de informação que o mercado possui anteriormente ao anúncio, auxiliando na estimação do componente informacional dos movimentos no retorno dos ativos financeiros (NAKAMURA; STEINSSON, 2018; JAROCIŃSKI; KARADI, 2020; CAI; CAMARA; CAPEL, 2021). O diferencial desse trabalho para estudos como o de Janot e Mota (2012) é a utilização de métodos de Machine Learning, além de considerar a expectativa dos agentes privados na extração do conteúdo informacional.
A abordagem metodológica será feita em três etapas. Primeiro, a utilização de métodos de processamento de linguagem natural para criar vetores numéricos dos anúncios das reuniões do COPOM (Comitê de Política Monetária) e das notícias do jornal Folha de São Paulo. Em segundo, será utilizado os vetores dos documentos em modelos separados para estimar as expectativas dos contratos futuros de depósitos interbancários (Futuro DI). A modelagem é feita pelo modelo de aprendizado de máquina:Elastic Net Regularization, como Giannone, Lenza e Primiceri (2021) propõem para dados econômicos. Por fim, são projetadas a variação dos retornos dos títulos do Tesouro Nacional em torno do anúncio do COPOM contra a diferença nas expectativas estimadas na segunda etapa da abordagem, essa projeção é então interpretada como o componente informacional dos movimentos em alta frequência das taxas de juros. Assim, a variação do retorno que não é explicado pela divergência nas expectativas do banco central e dos agentes privados pode ser interpretado como o componente monetário. Com os dois componentes em mãos, é possível identificar o que é o impacto do componente de monetário e o que é o impacto informacional da política monetária sobre as variáveis econômicas (CAI; CAMARA; CAPEL, 2021).
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MATHEUS GIROLA MACEDO BARBOSA
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Os Impactos dos Choques da Política Monetária na Volatilidade do Inflação, Desemprego e Taxa de Câmbio no Brasil
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Orientador : MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREZA PALMA
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MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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RAFAEL DA SILVA VASCONCELOS
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Data: 06/11/2023
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Esse estudo avalia os impactos de um choque contracionista de política monetária na volatilidade da inflação, da taxa de desemprego e da taxa de câmbio no Brasil no período de 2000-2020. Esses efeitos foram analisados através da estimação de funções de resposta a impulso e da decomposição da variância do erro de previsão a partir de um modelo Bayesiano Autoregressivo Vetorial. Os resultados mostram que, após um choque de política monetária, a volatilidade da inflação e do desemprego são reduzidas em 15% e do câmbio em 30%. Estes resultados sugerem que a redução da volatilidade após o choque é devido ao aumento da confiança dos agentes no compromisso do Banco Central do Brasil em atingir as metas de inflação.
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O papel da pol ́ıtica monetaria na economia ́ e um dos temas de debates e pesquisas mais ́ importantes na pol ́ıtica e na ciencia econ ˆ omica. O consenso cient ˆ ́ıfico e que a intervenc ̧ ́ ao da ̃ pol ́ıtica monetaria deve ser m ́ ́ınima, focando na estabilidade da economia e dos prec ̧os. E tamb ́ em ́ de suma importancia que a autoridade monet ˆ aria comunique de forma clara e transparante suas ́ metas e estrategias, de forma que os agentes consigam ajustar suas expectativas com maior precis ́ ao, ̃ o que pode reduzir a volatilidade da economia e aumentar a eficacia das pol ́ ́ıticas implementadas. Choques de pol ́ıtica monetaria referem-se a mudanc ̧as inesperadas feitas pelo banco central ́ na oferta de dinheiro, nas taxas de juros ou em outros instrumentos de pol ́ıtica monetaria. Eles ́ tem impactos significativos na atividade econ ˆ omica, estando fortemente relacionados ao produto ˆ e a inflac ̧ ` ao (ROMER; ROMER, 2004; BARACKIAN; CROWE, 2013). Al ̃ em disso, choques ́ inesperados pelos agentes afetam as estrategias de ́ search and matching no mercado de trabalho, fazem com que os empresarios adotem uma posic ̧ ́ ao de ”esperar e ver”e reduzem a tomada de riscos ̃ por parte dos investidores (LEDUC; LIU, 2012; MUMTAZ; THEODORIDIS, 2020; POOTER et al., 2020; HAAN; FREUND; RENDAHL, 2021). Em geral, os agentes economicos est ˆ ao cientes de que as autoridades monet ̃ arias n ́ ao t ̃ emˆ controle completo sobre os desvios de sua pol ́ıtica e, portanto, tomam precauc ̧oes contra cen ̃ arios ́ economicos adversos que possam surgir. No Brasil, estudos mostram que os choques monet ˆ arios ́ tambem s ́ ao relevantes nas variac ̧ ̃ oes do produto, da inflac ̧ ̃ ao e do desemprego (SOUZA, 2017; ̃ EVARISTO, 2017; FASOLO, 2018). Este trabalho busca responder a seguinte pergunta: qual ` e o impacto dos choques da ́ pol ́ıtica monetaria na volatilidade da macroeconomia? Para responder a essa pergunta, utilizaremos ́ uma abordagem emp ́ırica e teorica. Seguiremos a metodologia de Mumtaz e Theodoridis (2020) ́ utilizaremos um VAR estrutural com volatilidade estocastica, estendido para permitir o feedback ́ das variaveis end ́ ogenas para a volatilidade. O modelo emp ́ ́ırico sera avaliado com testes de ́ robustez e analise de sensibilidade. Para investigar a import ́ ancia dos choques da pol ˆ ́ıtica monetaria, ́ construiremos uma decomposic ̧ao da vari ̃ ancia do erro de previs ˆ ao (FEVD), seguindo o m ̃ etodo ́ descrito por Lanne e Nyberg (2016) para modelos nao lineares. ̃ Trabalhos mais recentes ainda nao abordaram essa tem ̃ atica. O trabalho de Souza (2017) ́ analisa o impacto somente de choques negativos na pol ́ıtica monetaria em seu modelo DSGE com ́ search and matching. Fasolo (2018) considera somente a volatilidade dos choques na pol ́ıtica monetaria, mas n ́ ao inclui o mercado de trabalho em sua an ̃ alise. Evaristo (2017) tamb ́ em faz uma ́ importante contribuic ̧ao com novas medidas de choques, mas n ̃ ao avalia o impacto no desemprego. ̃ Assim, contribu ́ımos empiricamente ao estimar o impacto dos choques na volatilidade de variaveis ́ macroeconomicas. ˆ
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INGRID DE SALES RABELO
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O impacto do gênero dos docentes nas escolhas de carreira: Estudo em escolas de educação profissional integrada ao nível médio no Ceará
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Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS CHARRIS
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GIUSEPPE TREVISAN CRUZ
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HENRIQUE VERAS DE PAIVA FONSECA
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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Data: 27/11/2023
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Entender os fatores que podem influenciar a disparidade entre gêneros na educação e no
mercado de trabalho, principalmente no campo de exatas, é primordial para os formulado- res de políticas públicas. Nesse sentido, considerável parcela da literatura de Economia de
Gênero foca em analisar os impactos da existência de uma referência positiva do mesmo
gênero para estudantes em escolas e em universidades. Mais especificamente, existem mui- tos estudos na literatura internacional que abordam o impacto do gênero dos docentes
nas escolhas e desempenho dos alunos, mas poucos no Brasil. O presente trabalho busca analisar como os papeis de gênero, na forma de professores, influenciam a escolha do curso técnico dos estudantes no ensino médio profissionalizante no Ceará, Brasil. Para isso, foi utilizado o conjunto de dados do Censo Escolar, de 2007 a 2017. Por meio de Modelos
de Regressão Linear com Efeitos Fixos, busca-se alcançar o objetivo explorando abor- dagens que levam em consideração a exposição dos estudantes ao gênero dos docentes,
anteriormente ao momento da escolha do curso. Os resultados indicam que não há efeitos significativos da correspondência de gênero aluno-docente para mulheres na área STEM
(Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Além disso, também não há efeitos sig- nificativos dessa relação para homens, considerando todas as áreas analisadas.
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A desigualdade entre gêneros, no que concerne à representatividade profissio- nal e acadêmica, é uma pauta constantemente abordada por economistas, principal- mente quando se observam os gaps existentes nas ocupações do tipo STEM (Science,
technology, engineering, and mathematics). Em vista disso, uma das questões mais relevantes que os pesquisadores buscam entender é a baixa presença das mulheres na ciência, comparada a outras áreas. Nos Estados Unidos, observa-se que as mulheres passaram a ocupar mais espaços, e, em cursos como direito, medicina e negócios, a participação relativa é semelhante a dos homens, mas, nas áreas de STEM, isso não ocorre do mesmo modo (CARRELL; PAGE; WEST, 2010). No Brasil, em 2013, considerando a inscrição na plataforma do Sistema de Seleção Unificada (SISU) pelos candidatos, quase metade dos homens escolheu um curso tipo STEM. Enquanto isso, menos de 25% das mulheres escolheram um curso tipo STEM (LEMOS, 2019). Desagregando a análise, no Ceará, de 2007 a 2017, as mulheres representavam apenas 28,14% dos alunos matriculados nos 27 cursos de Engenharia da Universidade Federal do Ceará, mostrando que, para o Estado, o problema também existe de forma relevante (FURTADO et al., 2019). A literatura indica que um dos principais fatores associado a essa perpetuação de esteriótipos de gênero, no mercado de trabalho e na academia, é a existência de
modelos femininos (ou masculinos) - role models. Esses modelos afetam, potencial- mente, os resultados educacionais e as escolhas na carreira de forma significativa (CARRELL; PAGE; WEST, 2010; PAREDES, 2014; SANSONE, 2017; LEMOS, 2019; LIM; MEER, 2020; PORTER; SERRA, 2020). Nessa perspectiva, o gênero do docente em uma matéria pode influenciar o desempenho e as decisões dos estudantes (BETTINGER; LONG, 2005). Desde muito cedo, os estudantes podem ser condicionados a tomarem decisões com impactos duradouros (ou até mesmo permanentes) na trajetória profissional. Dessa forma, é relevante analisar o impacto dos modelos de gênero nas escolhas feitas no início da carreira dos jovens. No Brasil e no Ceará, o modelo de escola do ensino médio com curso técnico integrado intensifica essa tomada de decisões relevantes no início do percurso laboral. Em 2007, foi implementado o Programa Brasil Profissionalizado, instituído
pelo Decreto no 6.302/2007, com o objetivo do fortalecimento do ensino médio inte- grado ao curso técnico profissional nas redes estaduais (XEREZ; COSTA; SANTOS,
2017). Assim, as unidades da federação passaram a ter apoio de recursos federais na implantação do ensino médio integrado profissionalizante, facilitando a expansão da oferta dessa modalidade. Nesse modelo, o aluno, no primeiro ano do ensino médio, escolhe um curso que pertence a matriz curricular da localidade escolar. No país, observa-se que o percentual de alunos no ensino médio estadual integrado ao curso técnico no total de alunos no ensino médio estadual foi de 1.68% em 2009 para 8.03% em 20181 . Nesse sentido, um dos destaques em educação profissional integrada ao ensino médio no Brasil é o estado do Ceará. Em 2008, o Governo do Ceará, por meio da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), adotou como estratégia a implantação do ensino médio integrado à formação profissional técnica (CEARÁ, 2008). Dessa forma, foi criado um modelo que permite tanto à formação educacional, com possibilidade de concorrer a vagas na universidade, quanto à formação técnica, para ingresso imediato no mercado de trabalho (CEARÁ, 2008). Em 2018, no estado, o percentual de alunos no ensino médio técnico profissionalizante estadual no total de alunos no ensino médio estadual foi de 15.63%1
. Ainda em 2018, 19.60% das matrículas no Brasil em escolas estaduais de nível médio técnico profissionalizante foram realizadas no Ceará1 . Portanto, analisar a questão sob a perspectiva do Ceará permite ter uma amostra proporcionalmente maior em relação à população estudantil. Além disso, ainda não existe um estudo focado no estado, com a finalidade de medir o impacto dos modelos de gênero nas escolhas dos cursos pelos estudantes no ensino médio técnico profissionalizante estadual. Ademais, é importante aumentar a quantidade de mulheres em áreas que, predominantemente, tem maior presença masculina. Em vista disso, compreendendo esse efeito, pode-se adotar políticas na área de educação, envolvendo o gênero dos docentes. Esperamos, com esse estudo, analisar o efeito do gênero do professor no 9o ano do ensino fundamental na probabilidade do estudante escolher, no ensino médio profissionalizante, um curso cuja matriz curricular é composta, majoritariamente, pela matéria ministrada por esse docente. O foco é analisar as matérias de matemática e de português. Após a introdução, serão expostos, na seção 2, os objetivos da pesquisa. Na seção 3, será realizada uma breve revisão de literatura. A metodologia será apresentada na seção 4, com a especificação dos dados utilizados e a estratégia empírica. Por último, o cronograma das atividades será mostrado.
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ANDRÉ LUIZ RIBEIRO COUTINHO BERARDO DE MORAES COÊLHO
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DISCRETE CHOICE MODEL ANALYSIS IN ECONOMIC SECTORS AFFECTED BY COVID-19
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Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIS SQUARIZE CHAGAS
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ANDRE MATOS MAGALHAES
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 31/01/2023
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This thesis aims to investigate the probability of an individual choosing to work in an unhealthy sector given his observed and non-observed characteristics using the Discrete Choice Model. The unhealthy economic sectors present the highest number of people who tested positive for COVID-19 among all economic sectors, such as the Public Administration, Defense and Social Security, Trade; Repair of Motor Vehicles and Motorcycles, Administrative Activities and Complementary Services, Human Health and Social Services, and Education. The novel coronavirus started spreading in December 2019 in Wuhan, China, and has influenced everyone. Even after authorities did not realize how dangerous the spread could be, the world faced one of the worst pandemics in human history. The main idea is to predict the probability of an individual choosing to work in an unhealthy sector conditional on salary and commuting distance, and other individual characteristics using combined data through individual CPF (Individual Taxpayer Registry) from the Pernambuco State Health Department and RAIS (Annual List of Social). The State of Pernambuco was one of the states with the most cases in Brazil, fifth in the nation, with 25,760 cases as of May 24, 2020. The model estimated for Recife, Pernambuco, presented a higher chance for individuals working in unhealthy economic sectors to catch COVID-19. Older individuals and men presented a higher chance of contracting the virus, also individuals who worked more hours and who lived farther away from work. In the Human Health and Social Services, an unhealthy sector, women are more likely to contract the virus, especially older women, due to the high number of women working in this sector. The first section is the introduction, the second section presents the literature review, the third section displays the methodology, the fourth section presents the results and discussion, and the fifth section concludes the thesis. Hopefully, new public policies will be created by the present work, and new research will be needed considering the informal sector.
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This thesis aims to investigate the probability of an individual choosing to work in an unhealthy sector given his observed and non-observed characteristics using the Discrete Choice Model. The unhealthy economic sectors present the highest number of people who tested positive for COVID-19 among all economic sectors, such as the Public Administration, Defense and Social Security, Trade; Repair of Motor Vehicles and Motorcycles, Administrative Activities and Complementary Services, Human Health and Social Services, and Education. The novel coronavirus started spreading in December 2019 in Wuhan, China, and has influenced everyone. Even after authorities did not realize how dangerous the spread could be, the world faced one of the worst pandemics in human history. The main idea is to predict the probability of an individual choosing to work in an unhealthy sector conditional on salary and commuting distance, and other individual characteristics using combined data through individual CPF (Individual Taxpayer Registry) from the Pernambuco State Health Department and RAIS (Annual List of Social). The State of Pernambuco was one of the states with the most cases in Brazil, fifth in the nation, with 25,760 cases as of May 24, 2020. The model estimated for Recife, Pernambuco, presented a higher chance for individuals working in unhealthy economic sectors to catch COVID-19. Older individuals and men presented a higher chance of contracting the virus, also individuals who worked more hours and who lived farther away from work. In the Human Health and Social Services, an unhealthy sector, women are more likely to contract the virus, especially older women, due to the high number of women working in this sector. The first section is the introduction, the second section presents the literature review, the third section displays the methodology, the fourth section presents the results and discussion, and the fifth section concludes the thesis. Hopefully, new public policies will be created by the present work, and new research will be needed considering the informal sector.
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LORENA DE OLIVEIRA FONSÊCA
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A IMPORTÂNCIA DO FPM PARA OS IMPOSTOS MUNICIPAIS E SERVIÇOS URBANOS NO BRASIL: UMA ANÁLISE EMPÍRICA
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIANA FONTES ROCHA
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ANDRE LUIS SQUARIZE CHAGAS
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DIEGO FIRMINO COSTA DA SILVA
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RAFAEL DA SILVA VASCONCELOS
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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Data: 16/02/2023
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A significativa fragmentação municipal do espaço político-administrativo do Brasil, um país
de grande extensão territorial, heterogêneo e de renda média, impõe a necessidade de transferên- cias intergovernamentais para os seus municípios, com destaque para o Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) - uma transferência federal, incondicional, sem contrapartida e de uso dis- cricionário. Ainda que necessárias, tais transferências podem afetar os incentivos arrecadatórios
locais e contribuir para uma trajetória de dependência orçamentária. A partir de uma estratégia que combina regressão descontínua fuzzy (RDD fuzzy), dados de painel e efeitos fixos, primeiro é investigado o impacto do FPM sobre arrecadações dos diferentes impostos locais, informação ainda ignorada e útil para política pública. Em seguida, dada a relevância das transferências do FPM nas receitas totais e despesas públicas dos municípios e as evidências na literatura dos seus efeitos sobre emprego e renda, verificamos o impacto do FPM sobre a urbanização das cidades, em que seja a quantidade de domicílios urbanos e área urbana. Também verificamos o efeito das transferências sobre variáveis de infraestrutura urbana as quais, constitucionalmente, compete aos
municípios organizar e prestar. Os resultados obtidos indicaram que embora traga ganhos impor- tantes para as receitas municipais e seja bastante relevante em financiar as despesas públicas locais,
o FPM não causa nenhuma alteração nas arrecadações via ISS, IPTU e ITBI dos municípios (nem na arrecadação total). Ou seja, não há mudança na estrutura de tributos, nem pode ser debitada ao FPM a baixa arrecadação via tributos locais dos pequenos municípios brasileiros. Os resultados são consistentes com um possível subfinanciamento municipal (frente a necessidade dos gastos) e com o tamanho reduzido dos municípios (que desestimula a arrecadação local e diminui a sua base). As evidências encontradas mostraram que os recursos do FPM são aplicados em importantes áreas, como administração pública, saúde, educação e urbanismo, com um impacto relevante nessa última. Ademais, as estimativas indicaram que o Fundo tem um efeito positivo sobre a quantidade de domicílios urbanos permanentes e extensão da área urbana. Entretanto, em relação a oferta de infraestrutura urbana, somente foram encontrados efeitos do FPM sobre o abastecimento de água e a pavimentação das áreas urbanas dos municípios, ambos no período seguinte a aplicação dos recursos. Não foram encontrados efeitos relacionados ao saneamento básico, a coleta de lixo e o transporte público coletivo municipal de domicílios em áreas urbanizadas. Esses resultados podem sinalizar a existência de pulverização dos recursos do FPM em diversas áreas, a ausência de escala na oferta de serviços públicos locais, má gestão dos recursos ou até mesmo corrupção local.
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A decisão de gastos de um município é determinada, usualmente, pela quantidade de recursos arrecadados e repasses governamentais, características populacionais e demandas locais, mas também pode ser influenciada pelas decisões dos municípios vizinhos. Brueckner (2006) denomina esta última como interação estratégica entre governos. As interações entre os gastos dos municípios podem existir devido à competição entre as localidades, aos efeitos de spillover, às tendências políticas e ao social learning.
Municípios podem apresentar um padrão sub-ótimo de gastos por causa da depen- dência espacial dos gastos, assim como também podem se beneficiar das externalidades
positivas dos gastos dos vizinhos. A competição pode aumentar os gastos para níveis maiores do que aqueles necessários para a prestação de um serviço público em uma região ou impedir que o serviço público seja promovido em conjunto pelos municípios vizinhos e, como consequência, com gastos menores. As externalidades positivas podem surgir na medida em que um município se beneficia do gasto promovido pelo vizinho em área relevante, tal como um novo hospital ou uma praça esportiva.
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ERMESON HENRIQUE SILVA DOS REIS
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ENSAIOS SOBRE INCERTEZA E MACROECONOMIA
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Orientador : MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREZA PALMA
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MARCELO EDUARDO ALVES DA SILVA
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MARCELO SAVINO PORTUGAL
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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RAFAEL DA SILVA VASCONCELOS
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Data: 29/03/2023
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A tese será dividida em três artigos, no qual busca-se entender o papel da incerteza agregada na dinâmica de economia. Neste sentido, o primeiro artigo tem por intuito determinar o impacto da incerteza na taxa de juros internacional (política monetária) sobre uma economia de pequeno porte. Para isso, busca-se construir um modelo de uma pequena economia aberta com rigidez nominal de preços, no qual a taxa de juros sofre interferência de uma fonte de incerteza externa. Como resultado, a resposta de um aumento na incerteza na taxa de juros internacional faz com que os agentes suavizem o consumo reduzindo a sua dívida, esse efeito, alinhado ao fato da produção estar sujeita à rigidez de preços leva as empresas a ajustarem seus preços a níveis mais altos, implicando em uma queda do investimento agregado da economia. O segundo artigo tem por objetivo identificar os efeitos da incerteza política em um modelo com agentes heterogêneos. Através de um modelo TANK (Two-Agent New Keynesian), percebeu-se que a dinâmica no mercado de trabalho é essencial para diferenciar as respostas em ambos os tipos de agentes na economia. De um lado, a restrição de crédito impede que as famílias suavizem o consumo, de outro a empresas diminuem as taxas de investimento depois de enfrentar um aumento da incerteza monetária e fiscal. Como resultado, isso se traduz em uma queda dos salários, levando as famílias ricardianas a reduzirem sua oferta de trabalho mais do que as famílias hand-to-mouth (HtM). A dinâmica do mercado de trabalho condicionada a heterogeneidade das respostas de consumo é o elemento importante para explicar a queda das variáveis agregadas. Por fim, o terceiro capítulo, trata-se de um artigo empírico que tem objetivo identificar o impacto da incerteza da política monetária sobre os consumidores que diferem em relação ao seu nível de renda. Neste sentido, serão estimados modelos VAR utilizando microdados de despesas das famílias, conforme a pesquisa conduzida pelo Bureau of Labor Statistics. O trabalho tem por hipótese que os indivíduos nas faixas de renda mais baixa são mais afetados pela incerteza na política monetária, uma vez que esses não podem atenuar o choque, modificando seu portfólio.
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A tese será dividida em três artigos, no qual busca-se entender o papel da incerteza agregada na dinâmica de economia. Neste sentido, o primeiro artigo tem por intuito determinar o impacto da incerteza na taxa de juros internacional (política monetária) sobre uma economia de pequeno porte. Para isso, busca-se construir um modelo de uma pequena economia aberta com rigidez nominal de preços, no qual a taxa de juros sofre interferência de uma fonte de incerteza externa. Como resultado, a resposta de um aumento na incerteza na taxa de juros internacional faz com que os agentes suavizem o consumo reduzindo a sua dívida, esse efeito, alinhado ao fato da produção estar sujeita à rigidez de preços leva as empresas a ajustarem seus preços a níveis mais altos, implicando em uma queda do investimento agregado da economia. O segundo artigo tem por objetivo identificar os efeitos da incerteza política em um modelo com agentes heterogêneos. Através de um modelo TANK (Two-Agent New Keynesian), percebeu-se que a dinâmica no mercado de trabalho é essencial para diferenciar as respostas em ambos os tipos de agentes na economia. De um lado, a restrição de crédito impede que as famílias suavizem o consumo, de outro a empresas diminuem as taxas de investimento depois de enfrentar um aumento da incerteza monetária e fiscal. Como resultado, isso se traduz em uma queda dos salários, levando as famílias ricardianas a reduzirem sua oferta de trabalho mais do que as famílias hand-to-mouth (HtM). A dinâmica do mercado de trabalho condicionada a heterogeneidade das respostas de consumo é o elemento importante para explicar a queda das variáveis agregadas. Por fim, o terceiro capítulo, trata-se de um artigo empírico que tem objetivo identificar o impacto da incerteza da política monetária sobre os consumidores que diferem em relação ao seu nível de renda. Neste sentido, serão estimados modelos VAR utilizando microdados de despesas das famílias, conforme a pesquisa conduzida pelo Bureau of Labor Statistics. O trabalho tem por hipótese que os indivíduos nas faixas de renda mais baixa são mais afetados pela incerteza na política monetária, uma vez que esses não podem atenuar o choque, modificando seu portfólio.
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GUILHERME ZAMBALDE PORTELA CUSTÓDIO
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ENSAIOS SOBRE CRESCIMENTO ECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO
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Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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BLADIMIR CARRILLO BERMUDEZ
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DIEISON LENON CASAGRANDE
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PAULO DE ANDRADE JACINTO
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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RAFAEL DA SILVA VASCONCELOS
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Data: 31/03/2023
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Esta tese de doutorado compreende dois ensaios sobre crescimento econômico e desenvolvi- mento econômico. No primeiro ensaio, eu utilizo uma reclassificação de porte de firmas real- izada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social em 2003 como um experi- mento natural para a identificação causal do impacto de mudanças nas condições de crédito nas
distorções de capital, trabalho e escala medindo o misallocation de recursos. Eu encontro que firmas reclassificadas como pequenas, vindo da condição de médias, sofreram uma mudança de - 0.261 na sua medida de distorção de capital em log 6 anos após o tratamento. Firmas reclassificadas como médias, vindo de grandes, tiveram no máximo uma mudança de - 0.123 na sua medida de distorção de capital em log 2 anos após o tratamento, mas o gap se fechou novamente 6 anos após o tratamento. Essa mudança na distribuição média das distorções de
capital em log, particularmente quando se passa a receber crédito do coorte pequenas, sug- ere que a classificação de porte do BNDES pode gerar resultados notáveis na alocação de
recursos, particularmente do capital, tanto positivas ou negativas. Eu então uso meus resul- tados de diferenças-em-diferenças, juntamente com a hipótese de que a distorção de capital
próxima de zero aproxima uma melhor alocação de fundos. Eu encontro que novas firmas pequenas se moveram simetricamente desde a posição de sub-investimento para a posição de sobre-investimento, potencialmente sem impacto para a alocação de recursos. Novas firmas
médias se moveram desde próximo à eficiência até o território de sobre-investimento. Eu tam- bém calculo que caso as firmas pequenas não fossem favorecidas pela política de crédito do
BNDES, elas estariam longe da linha de eficiência. Os resultados do exercício de misalloca- tion são fortemente dependentes de hipóteses restritivas, e devem ser tomadas com cuidado. O segundo ensaio explora o desenrolo de um programa incomumente grande de pavimentação
de estradas de acesso em Minas Gerais, Brasil, de 2002-2014. Eu rodo uma diferenças-em- diferenças staggered usando novos estimadores da literatura, robustos ao tratamento dinâmico
e heterogêneo, para identificar o impacto causal da pavimentação de estradas de acesso em var- iáveis de mercado de trabalho e dinâmica de firma. Eu encontro que há um forte choque nega- tivo no setor agrícola, particularmente na produção de food crops, que gerou grandes reduções
na área plantada e nas quantidades produzidas, combinado a um aumento dos desligamentos e uma redução no salário para trabalhadores agrícolas. Eu também estabeleço que o aumento na entrada de firmas na agricultura e menores taxas de saída na agricultura e serviços. Serviços também sofreram um acréscimo nos desligamentos, ainda que sem uma redução nos salários e uma menor taxa de saída de firmas, sugerindo uma dinâmica diferente da agricultura. Os resultados diferem das estimativas causais mais recentes de outros programas, particularmente, o PMGSY, da Índia. Meu resultado sugere que melhor acesso a cidades remotas pode gerar dinâmicas muito diferentes a depender do nível de desenvolvimento do país, o que demanda atenção dos formuladores de política pública que pretendem pavimentar estradas rurais e de acesso no futuro.
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Ensaio 1: Misallocation and subsidized credit: evidence from a quasi-experiment
in Brazil Na última década houve um crescimento da literatura de misallocation. A ideia prin- cipal é a de que os países podem obter crescimentos da PTF por meio da realocação ótima de
recursos. Apesar de sabermos bem acerca da existência e magnitude do misallocation, as causas do fenômeno ainda não são tão bem compreendidas. Este ensaio é uma contribuição ao campo de misallocation e fricções financeiras. Eu exploro uma reclassificação das firmas feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre os anos de 2002 e 2004, para poder melhor identificar se as melhores condições de crédito para um coorte de firmas elevou ou reduziu o misallocation para essas firmas.
Ensaio 2: The effect of a road paving program on firms and labor dynamics: quasi- experimental evidence from Minas Gerais, Brazil A literatura acerca dos investimentos em
infra-estrutura e produtividade é vasta, e geralmente encontra médios e altos crescimentos da produtividade para os casos estudados. Conquanto vasta, a natureza da área torna a identificação complicada e dependente de variáveis instrumentais. O programa Proacesso foi implementado pelo governo do estado de Minas Gerais, no Brasil. Ele afetou 217 municípios de 2004-2014.
Eu emprego um modelo de diferenças-em-diferenças para estimar os efeitos de novas estra- das nos salários, crescimento de firmas, entrada e saída de firma, e trabalho contratado e demitido.
Ensaio 3: Estimating the causal effect of tax credit subsidies on firms and the labor mar- ket: Evidence from a program in Pernambuco, Brazil. Políticas regionais buscando subsidiar
firmas são comuns ao redor do mundo. O estado de Pernambuco, no Brasil, introduziu um program com o objetivo the incentivar firmas com crédito presumido em um imposto estadual, em 1999. Em 2009, o estado optou por oferecer tais créditos presumidos através de diferentes alíquotas de acordo com a localização geográfica dentro do estado, criando progressivos cut-offs múltiplos. Eu exploro eta condição para avaliar o impacto do crédito presumido no crescimento de firmas e crescimento da entrada de firmas usando um Desenho de Regressão Discontínua Geográfica e Múltipla. Eu também estendo o escopo do paper estudando a dinâmica de entrada de firmas e trabalhadores educados usando um modelo de Diferenças em Discontinuidades Geográficas.
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LUCICLEYTON HENRIQUE DE FARIAS
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Ensaios sobre Econometria Aplicada
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Orientador : BRENO RAMOS SAMPAIO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRENO RAMOS SAMPAIO
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GIUSEPPE TREVISAN CRUZ
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GUSTAVO RAMOS SAMPAIO
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VÍTOR AUGUSTO POSSEBOM
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ANTONIO VINICIUS BARROS BARBOSA
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Data: 14/07/2023
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Esta tese contribui para o campo recente e em evolução que estuda a interseção entre entre o sistema judicial e os resultados socioeconômicos dos indivíduos. Aproveitando o poder de modelos econométricos e usando um conjunto de dados único que compreende casos criminais e extensa ad- fontes de dados administrativos do Brasil, esta pesquisa visa abordar duas questões cruciais que têm implicações políticas significativas. No primeiro capítulo, nos concentramos em investigar os efeitos que uma convicção sobre os resultados socioeconômicos dos indivíduos. O segundo capítulo estende a análise examinar os efeitos colaterais das convicções dos indivíduos sobre os resultados dos membros da família. A breve visão geral de cada capítulo é descrita a seguir. Capítulo 1. Condenação, Emprego e Reincidência: Evidências do Brasil Este artigo examina o impacto da condenação criminal nos resultados do mercado de trabalho e na reincidência no Brasil, usando uma abordagem de variável instrumental. Nossas descobertas mostram que uma condenação criminal reduz significativamente o emprego em 12 pontos percentuais e os ganhos em 25% dentro três anos após o início do caso. Também encontramos fortes evidências de que a convicção aumenta após criminalidade em 13 pontos percentuais. Nossa análise de heterogeneidade mostra que esses efeitos adversos os efeitos estão concentrados entre indivíduos acusados de crimes de baixa gravidade. Esses resultados sugerem que o estigma social pode desempenhar um papel significativo nas consequências negativas da criminalidade. registros sobre as perspectivas do mercado de trabalho. Nosso estudo fornece a primeira evidência causal dos efeitos de condenação trabalhista e reincidência no Brasil, país latino-americano com a terceira maior população prisional do mundo. Capítulo 2. O eco da condenação: revelando as consequências familiares no Brasil Este artigo emprega uma abordagem de variável instrumental para investigar o impacto de um convicção do indivíduo sobre os resultados do mercado de trabalho, comportamento criminoso e educação entre a família integrantes no Brasil. Nossas descobertas revelam evidências convincentes de reduções significativas no trabalho de parto desempenho do mercado para membros da família afetados em ambos extensa (taxas de emprego) e margens intensivas (ganhos). Além disso, nossa análise demonstra que a condenação aumenta sub- atividade criminosa seqüencial, particularmente em relação a infrações graves. Embora os efeitos adversos sobre resultados educacionais foram estimados, os resultados não produziram significância estatística. Avançar- mais, a análise de heterogeneidade mostra que os efeitos adversos estão concentrados entre homens e irmãos. Este estudo fornece a primeira evidência causal das consequências decorrentes da condenação de familiares no Brasil. Ao estabelecer um vínculo causal, oferece evidências do impacto de longo alcance de tais convicções, lançando luz sobre a natureza penetrante das consequências envolvidas.
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Esta tese contribui para o campo recente e em evolução que estuda a interseção entre entre o sistema judicial e os resultados socioeconômicos dos indivíduos. Aproveitando o poder de modelos econométricos e usando um conjunto de dados único que compreende casos criminais e extensa ad- fontes de dados administrativos do Brasil, esta pesquisa visa abordar duas questões cruciais que têm implicações políticas significativas. No primeiro capítulo, nos concentramos em investigar os efeitos que uma convicção sobre os resultados socioeconômicos dos indivíduos. O segundo capítulo estende a análise examinar os efeitos colaterais das convicções dos indivíduos sobre os resultados dos membros da família. A breve visão geral de cada capítulo é descrita a seguir. Capítulo 1. Condenação, Emprego e Reincidência: Evidências do Brasil Este artigo examina o impacto da condenação criminal nos resultados do mercado de trabalho e na reincidência no Brasil, usando uma abordagem de variável instrumental. Nossas descobertas mostram que uma condenação criminal reduz significativamente o emprego em 12 pontos percentuais e os ganhos em 25% dentro três anos após o início do caso. Também encontramos fortes evidências de que a convicção aumenta após criminalidade em 13 pontos percentuais. Nossa análise de heterogeneidade mostra que esses efeitos adversos os efeitos estão concentrados entre indivíduos acusados de crimes de baixa gravidade. Esses resultados sugerem que o estigma social pode desempenhar um papel significativo nas consequências negativas da criminalidade. registros sobre as perspectivas do mercado de trabalho. Nosso estudo fornece a primeira evidência causal dos efeitos de condenação trabalhista e reincidência no Brasil, país latino-americano com a terceira maior população prisional do mundo. Capítulo 2. O eco da condenação: revelando as consequências familiares no Brasil Este artigo emprega uma abordagem de variável instrumental para investigar o impacto de um convicção do indivíduo sobre os resultados do mercado de trabalho, comportamento criminoso e educação entre a família integrantes no Brasil. Nossas descobertas revelam evidências convincentes de reduções significativas no trabalho de parto desempenho do mercado para membros da família afetados em ambos extensa (taxas de emprego) e margens intensivas (ganhos). Além disso, nossa análise demonstra que a condenação aumenta sub- atividade criminosa seqüencial, particularmente em relação a infrações graves. Embora os efeitos adversos sobre resultados educacionais foram estimados, os resultados não produziram significância estatística. Avançar- mais, a análise de heterogeneidade mostra que os efeitos adversos estão concentrados entre homens e irmãos. Este estudo fornece a primeira evidência causal das consequências decorrentes da condenação de familiares no Brasil. Ao estabelecer um vínculo causal, oferece evidências do impacto de longo alcance de tais convicções, lançando luz sobre a natureza penetrante das consequências envolvidas.
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BRUNO NUNES GUEDES
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INTEGRAÇÃO DE UM MODELO DE ALOCAÇÃO BASEADO EM REDES COM UM MODELO DE EQUILÍBRIO GERAL COMPUTÁVEL: UM ESTUDO DE CASO EM BACIAS INTERLIGADAS NO AGRESTE DE PERNAMBUCO
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Orientador : MARCIA MARIA GUEDES ALCOFORADO DE MORAES
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO PEREIRA DA CUNHA
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CARLOS DE OLIVEIRA GALVÃO
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GERALD NORBERT SOUZA DA SILVA
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IGNÁCIO TAVARES DA ARAÚJO JUNIOR
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JORGE HENRIQUE NOROES VIANA
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MARCIA MARIA GUEDES ALCOFORADO DE MORAES
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Data: 28/07/2023
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Esta tese integra o projeto CAPES/ANA – Pró-Recursos Hídricos nº16/2017 que tem como área de estudo as bacias dos rios Capibaribe, Ipojuca, Una e Sirinhaém em Pernambuco. A modelagem aqui proposta, que representa uma primeira integração de um modelo em rede com um Modelo de Equilíbrio Geral Computável, representa avanços importantes: a inclusão da água bruta em um MEGC através do modelo em rede e da MIP; a utilização de um MEGC com quatro regiões distintas, Resto do Brasil, Resto de Pernambuco, dividindo a área de estudo em Região Seca e Região Úmida e a possibilidade de análise mais específica dessas duas regiões; ao propor modelagens (árvores) distintas para os setores de acordo com os fatores de produção que eles utilizam, i.e. Grupo 1, utilizam apenas capital 1 e trabalho, Grupo 2, utilizam também capital 2 e água bruta, e Grupo 3 utilizam também terra irrigável e terra de sequeiro. Foram propostos dois cenários para análise: no cenário 1, que simulou um choque com critério hidrológico (exógeno ao MEGC) cada setor da área de estudo que utilizava o recurso água bruta sofreu uma redução na disponibilidade hídrica específica – foi feita uma redução específica setor a setor de forma exógena ao MEGC. No cenário 2 foi simulado um choque com critério econômico (endógeno ao MEGC), nele foi feita uma redução global na disponibilidade hídrica da área de estudo, -9,4%, que representa a mesma redução agregada simulada no cenário 1, mas neste caso o MEGC determinou endogenamente a nova alocação setorial de água bruta na área de estudo. Em cada cenário foram analisadas as novas alocações do recurso hídrico, as alterações no uso de todos os demais fatores de produção, impactos por setores agregados – agricultura, indústria, serviços – impacto sobre os principais setores usuários de água bruta e também sobre variáveis macroeconômicas relevantes, como PIB e emprego. Vale destacar ainda a análise de ganho de eficiência utilizando o indicador water use efficiency (WUE). Algumas limitações e sugestões para trabalhos futuros são: o modelo se mostrou pouco sensível a mudanças na disponibilidade hídrica, inclusive na agricultura, é importante portanto, avaliar uma melhor calibração entre os diversos fatores de produção considerados para que o uso da água seja mais relevante no processo produtivo; a dificuldade para determinar o preço inicial da água bruta, e por fim, a não verificação da viabilidade física da alocação economicamente ótima proposta pelo MEGC após o choque.
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Mostrar Abstract
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A demanda por recursos hídricos tem aumentado nas últimas décadas em decorrência do crescimento populacional, mudanças climáticas e degradação da qualidade da água, entre outros fatores. De acordo com o (WWAP, 2012) até 2025 1,8 bilhão de pessoas viverão em regiões com escassez absoluta de água, enquanto dois terços da população enfrentarão grande déficit hídrico. Além disso, a demanda de água para agricultura e uso urbano deve aumentar de 50% a 70% enquanto a demanda para o setor de energia deve aumentar 85% até 2035 (WORLD BANK GROUP, 2016) , evidenciando uma forte perspectiva de acirramento na competição pelos recursos hídricos. Para atender a essa demanda crescente é possível utilizar estratégias de gestão tanto da oferta - regularizando, transportando o recurso hídrico espacial e temporalmente de forma a garantir a disponibilidade hídrica - como da demanda: utilizando instrumentos regulatórios e econômicos de forma a alocar o recurso disponível de forma eficiente, incentivando usos menos intensivos que alavanquem o desenvolvimento social e econômico, ao mesmo tempo garantindo justiça social e a proteção ambiental. Se por um lado as alternativas para incrementar a oferta de recursos hídricos tem se tornado cada vez mais limitadas e caras, por outro, políticas para gestão da demanda por água tem se tornado mais comuns e necessárias para tratar questões relacionadas à sua escassez (HAROU et al., 2009; ROSEGRANT et al., 2014) . Essas políticas para serem efetivas precisam ser desenhadas e avaliadas baseadas em estudos científicos que apreendam a complexidade desta gestão. Instrumentos de gestão que possam induzir uma gestão eficiente do recurso precisam ser avaliados em função dos impactos de diferentes possíveis alocações sobre diversos setores econômicos afetados, levando em conta a localização destes setores e um determinado horizonte de tempo (CAI; MCKINNEY; LASDON, 2003; HURFORD; HUSKOVA; HAROU, 2014) . Em consonância com o exposto acima, a gestão da demanda tem se tornado cada vez mais complexa, frente a problemas como crescimento das necessidades de uso, degradação da qualidade, incerteza na oferta, complexidade das bacias hidrográficas e da infraestrutura hídrica e a diversidade dos usos competitivos (BAGATIN et al., 2014) . A análise desse tipo de problema não é trivial e requer cada vez mais o uso de ferramentas analíticas e modelagens que apoiem a tomada de decisão com relação aos instrumentos de gestão, incorporando toda a complexidade inerente ao sistema. O presente estudo está inserido no projeto de pesquisa “Integração de modelos econômicos para apoio à decisão em políticas de alocação de águas” aprovado na chamada CAPES/ANA – Pró-Recursos Hídricos nº16/2017 que tem como área de estudo as bacias dos rios Capibaribe, Ipojuca, Una e Sirinhaém, localizadas no Agreste, já interligadas. As referidas bacias terão ainda mais trechos ligados através da Adutora do Agreste, que receberá água do eixo leste do Projeto de Transposição do São Francisco, através do Ramal do Agreste, levando o recurso a 68 municípios da região, aproximadamente dobrando a oferta na região. O objetivo geral deste projeto de tese é propor a integração de um modelo de otimização utilizando critérios hidrológicos baseado em rede e um MEGC desenvolvido para a referida área de estudo. Dessa forma, poderia-se mensurar os impactos econômicos diretos e indiretos na economia do estado e resto do Brasil, resultantes de diferentes estratégias de alocação de água adotadas para os usuários das quatro bacias interligadas da área de estudo em diferentes períodos de tempo. Além dos impactos econômicos em diferentes níveis a ser obtidos pela integração dos modelos, a mesma poderá possibilitar a identificação da alocação econômica ótima factível através do MEGC, pois obedecendo às restrições espaciais obtidas a partir da rede de nós e links. Além desta seção introdutória o presente projeto de tese é composto por uma seção de justificativa, em que é exposta a relevância da pesquisa aqui proposta, uma seção de objetivos, que estabelece as metas a serem atingidas para o desenvolvimento da tese, uma seção de metodologia que explica a fundamentação teórica do trabalho a ser desenvolvido e a descrição dos modelos a serem utilizados. Finalmente a especificação das bases de dados a ser consultadas, o cronograma proposto e as referências bibliográficas utilizadas.
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YURI BARRETO CABRAL DE OLIVEIRA
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ENSAIOS EM DESENVOLVIMENTO ECONOMIA
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Orientador : YONY DE SA BARRETTO SAMPAIO
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MEMBROS DA BANCA :
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YONY DE SA BARRETTO SAMPAIO
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BRENO RAMOS SAMPAIO
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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BLADIMIR CARRILLO BERMUDEZ
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DIOGO GERHARD CASTRO DE BRITTO
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Data: 03/08/2023
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Mostrar Resumo
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Esta dissertação está relacionada com a literatura da Economia do Desenvolvimento, estudando o curto e o efeitos de longo prazo de eventos históricos e políticas públicas em vários resultados de desenvolvimento. No No primeiro capítulo, mostro que as diferenças contemporâneas nos mercados domésticos de trabalho no Brasil suas origens à prevalência da escravidão feminina há mais de 120 anos. Testo a hipótese de que o persistiu a cultura do período colonial de ter mulheres escravizadas em casa fazendo trabalhos domésticos após a abolição da escravatura até os dias modernos. Consistente com as hipóteses existentes, alavancando dados detalhados sobre ocupações escravas, documento uma associação estatística positiva e robusta entre a parcela de mulheres escravas domésticas em 1872 e a parcela contemporânea do trabalho feminino força ocupada como empregadas domésticas. Também mostro que esses resultados não podem ser totalmente explicados pelas atuais níveis de desenvolvimento, desigualdade ou acumulação de capital humano e encontrar evidências sugestivas de que a cultura pode ser um importante canal de persistência. O segundo capítulo estuda a longo prazo efeitos de um choque agrícola de longa duração sobre o desempenho educacional dos brasileiros e ganhos. Eu exploro o surto de vassoura-de-bruxa em fazendas de cacau no estado da Bahia no Brasil. Aproveito informações sobre pessoas nascidas em municípios afetados e não afetados pelo doença e explorar a diferença nas realizações educacionais entre as coortes mais velhas e mais jovens tinha mais de dezoito anos na época do surto da vassoura-de-bruxa. Os principais resultados mostram que o surto de vassoura-de-bruxa impactou negativamente a educação de longo prazo e os ganhos de residentes nos municípios afetados. Apresento evidências de que o aumento do trabalho infantil pode conduzir nossos resultados. Discuto que nosso cenário fornece um teste melhor do axioma do luxo da criança teoria trabalhista. O terceiro capítulo usa um projeto de pesquisa de diferenças em diferenças para avaliar a impacto de uma política de água no Brasil que distribuiu cisternas para armazenamento de água para famílias pobres em áreas rurais sobre os resultados do mercado de trabalho. Os achados mostram que receber uma cisterna teve um efeito positivo impacto na probabilidade de obtenção de empregos formais e aumento dos salários dos beneficiários. O efeito foi mais forte para empregos com tempos de deslocamento mais longos, indicando que o acesso à água potável pode ajudar a reduzir o tempo gasto em tarefas diárias e aumentar a participação na força de trabalho. Os resultados fornecem evidências do importante papel que as políticas de água podem desempenhar na redução da pobreza e promover o desenvolvimento econômico, especialmente em áreas rurais com acesso limitado a água potável.
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Mostrar Abstract
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Neste trabalho mostramos que as diferenças contemporâneas no mercado de trabalho doméstico kets dentro do Brasil traçam suas origens para a prevalência da escravidão feminina mais do que
120 anos atrás. Testamos a hipótese de que a cultura do ter- A entrada de mulheres escravas em casa para fazer trabalhos domésticos persistiu após a escravidão
abolição até os dias modernos. Consistente com as hipóteses existentes, alavancando
dados detalhados sobre ocupações escravas, documentamos uma estatística positiva e robusta associação lógica entre a proporção de mulheres escravas domésticas em 1872 e a
parcela contemporânea da força de trabalho feminina ocupada como empregada doméstica. Um número de exercícios de falsificação aumentam a confiabilidade de nossos resultados. Também mostramos que esses resultados não podem ser totalmente explicados pelo desenvolvimento atual, desigualdade ou níveis de acumulação de capital humano e encontrar evidências sugestivas de que a cultura pode ser um importante canal de persistência.
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RUBENS LOPES PEREIRA DA SILVA
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Três ensaios sobre a relevância da infraestrutura de acessibilidade de transporte: Tamanho do mercado de trabalho, contágio da Covid-19 e faltas escolares
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE MATOS MAGALHAES
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DIEGO FIRMINO COSTA DA SILVA
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ISABEL PESSOA DE ARRUDA RAPOSO
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JULIA ROCHA ARAUJO
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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Data: 25/08/2023
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Mostrar Resumo
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O deslocamento diário ainda é parte central do dia a dia de muitos trabalhadores, mesmo com a pro- geração de oportunidades de teletrabalho (SANDOW, 2011). Para muitos que vivem em áreas rurais e na periferia dos grandes centros, a possibilidade de deslocamento de longas distâncias é uma alternativa valiosa à emigração (GREEN et al., 2019; HAM, 2002). Como um melhor transporte pode oferecer aos trabalhadores acesso a um mercado de trabalho maior (BJARNASON, 2014), pode-se argumentar que a falta de investimento em a infraestrutura de transporte é um obstáculo importante para uma melhor adequação ao mercado de trabalho. Na verdade, a literatura tem afi- rmado que uma melhor rede de transporte melhora o emprego principalmente em áreas urbanas (ZENOU, 2000; COOMBES; CASADO-DÍAZ, 2005; BASTIAANSSEN; JOHNSON; LUCAS, 2022).
Muita pesquisa tem sido feita para mostrar a interação entre viagens de longa distância e acesso dos trabalhadores a oportunidades de trabalho para o mundo desenvolvido (SANDOW, 2008; SILVA; JOHN- FILHO; WADE, 2011; BOUSSAUW; NEUTENS; WITLOX, 2012). Estudos descobriram que os trabalhadores dispostos a enfrentar deslocamentos mais longos para ter melhor acesso a oportunidades de trabalho, maiores ganhos e aluguel mais barato. Há fortes razões, no entanto, para acreditar que essas relações são mesmo mais acentuada nos países em desenvolvimento. Na África do Sul, por exemplo, a forma das cidades tem sido amplamente afetada por políticas de segregação de antes e durante a era do Apartheid. Trabalho op- as oportunidades geralmente estão localizadas longe das casas dos trabalhadores, principalmente para os sul-africanos negros. Isso criou altos custos de deslocamento, tanto em termos de despesas quanto de tempo de viagem. De acordo com Pesquisa Nacional de Viagens de 2003, sul-africanos negros gastaram quase o dobro do trajeto médio tempo de um trabalhador americano em 2002. Uma década depois, o 2013 South African National Travel A pesquisa informou que o tempo médio de deslocamento aumentou em 14 minutos adicionais para negros e brancos sul-africanos (KERR, 2017). Na China, as últimas décadas foram marcada pela rápida urbanização e expansão da motorização. Devido ao rápido crescimento econômico e grandes movimentos migratórios para as áreas metropolitanas da China, a lacuna no desenvolvimento do transporte tem se ampliado entre áreas desenvolvidas e subdesenvolvidas. Investimento em transporte soluções no leste da China tem sido historicamente muito maior do que no centro e oeste regiões. Além disso, a diferença de renda dos residentes chineses resultou em uma estratificação baseada em classe de opções de moradia na China, já que trabalhadores de alta renda são mais propensos a aceitar deslocamentos mais longos para atender suas preferências residenciais (LI et al., 2019). Na América Latina, após um período 11 de políticas de substituição de importações e intenso crescimento populacional das décadas de 1930 a 1970, o nova liberalização econômica e desenvolvimentos orientados para a exportação na década de 1980 melhoraram o acesso às novas tecnologias nas áreas de telecomunicações e transporte (ROWE; BELL, 2018). Com um influxo de novos investimentos internacionais, empreendimentos em larga escala e principalmente baseados em recursos naturais os territórios começaram a aparecer distantes dos principais centros metropolitanos da época (Nações Unidas, 2013). Esses desenvolvi- mentos provocaram transformações que remodelaram tanto o mercado de trabalho quanto o o cenário de infraestrutura dos países latinos desde então.
Ao estudar a história do Brasil, notamos que a combinação de transporte precário infraestrutura e população de baixa renda produziram, ao longo dos anos, um padrão de cidades com alta densidade e custos de deslocamento notavelmente altos (INGRAM; CARROLL, 1981; FERNÁNDEZ- MALDONADO et al., 2014; NETO; DUARTE; PÁEZ, 2015). Melhor acesso à infraestrutura de transporte A estrutura, assim, pode ser uma solução para contrabalançar as adversidades impostas por um espaço tão mercado de trabalho concentrado. Além disso, quando as infra-estruturas de transporte são subdesenvolvidas, como em No caso brasileiro (CNT, 2017b), mesmo pequenas expansões devem promover grandes ganhos em termos de atribuição de postos de trabalho e emprego. Diante da escassez de recursos públicos, investir em transporte é também uma questão de melhor alocação de recursos para promover a igualdade e o crescimento. Este artigo está organizado da seguinte forma. Na segunda seção, apresentamos uma revisão da literatura ratura; na terceira seção apresentamos o contexto histórico do transporte no Brasil; na quarta seção apresentamos nossa estratégia empírica e dados; na quinta seção apresentamos os resultados; e a última seção traz nossas conclusões.
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Um relatório recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT, 2017) afirmou que os investimentos em infraestrutura de transporte no Brasil estagnaram em níveis muito baixos desde o 1970. Este é um fato alarmante. Uma infraestrutura de transporte é importante para o desenvolvimento de qualquer nação, mas torna-se crucial para um país continental do tamanho do Brasil. Um grande território torna as ligações de transportes essenciais para a exploração do mercado interno do país, promovendo ganhos de aglomeração, reduzindo custos de exportação e promovendo melhores recursos nacionais alocação, produzindo assim maior eficiência econômica. O papel do transporte nos resultados econômicos é bem conhecido na literatura. O O modelo intraurbano proposto por Alonso (1964) e Muth (1969) mostra que os custos de transporte afetam o uso da terra e os preços da terra de uma cidade. Ao estender esse modelo, Baum-Snow (2007) encontra uma redução da população quando uma nova rodovia é construída passando por uma cidade, argumentando que estradas podem ser responsáveis pela suburbanização. Glaeser e Gottlieb (2009) mostraram que os custos de transporte são cruciais para explicar as economias de aglomeração, que é um fator de crescimento. Morten e Oliveira (2018), ao estender o modelo padrão de equilíbrio espacial (Roback, 1982; Moretti, 2011) com os custos de migração, constata que os altos custos de transporte fazem com que os salários variem muito em todo o espaço, dificultando a integração no mercado de trabalho e o aumento do bem-estar. Andrade, Maia, e Neto (2015) argumentaram que cidades mais bem conectadas geram mais oportunidades para desenvolvimento. É evidente que mais estudos são necessários, pois atualmente sabemos muito pouco sobre o papel da infraestrutura de transportes no processo de urbanização do Brasil. O caso brasileiro é especialmente relevante para a literatura econômica urbana em geral. O Brasil é um importante país em desenvolvimento: é a 6ª maior economia do mundo (FMI, 2017). O país também é conhecida pela alta densidade de suas áreas urbanas (Ingram e Carrol, 1981; Da Mata et al., 2007; Fernandez-Maldonado et al., 2014). Sua densidade pode ser parcialmente explicada por seu histórico contexto, pois a colonização portuguesa resultou em um país com cidades isoladas em uma grande território, o que posteriormente dificultou o desenvolvimento das infra-estruturas de transporte (Natal, 1991). Se a conexão entre as cidades é de fato significativa para o crescimento, pode-se argumentar que o falta de investimento em infraestrutura de transporte tem sido um dos entraves para o desenvolvimento do Brasil e de muitos outros países em desenvolvimento. Quando as infraestruturas de transporte são subdesenvolvidas, pequenas expansões devem promover grandes ganhos em termos de alocação de empregos e emprego.
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FRANCISCO JAVIER CONTRERAS BUSTOS
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REGULANDO COM INFORMAÇÕES DE MERCADO
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Orientador : RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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MARCELO DE CARVALHO GRIEBELER
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PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
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PEDRO JAMES FRIAS HEMSLEY
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RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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Data: 31/08/2023
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Os governos geralmente fornecem bens e serviços contratando empresas privadas que já estão operando no mercado. Esse é o caso do Programa Universidade para Todos (PROUNI), criado em 2004 para fornecer bolsas de estudo a estudantes de baixa renda por instituições privadas de ensino superior. Em troca, as instituições privadas que participam do programa se beneficiam de isenções fiscais. Estudos demonstraram um impacto positivo do PROUNI em variáveis como acessibilidade, permanência e desempenho acadêmico. No entanto, estudos realizados pelo Tribunal de Contas da União mostraram que o governo está pagando um preço mais alto do que a mediana do mercado. A teoria tradicional trata as empresas reguladas como se elas atendessem exclusivamente ao órgão regulador. Na realidade, as empresas geralmente operam no mercado. Essas operações de mercado podem fornecer informações para o regulador. Este estudo examina como o órgão regulador pode usar as informações de mercado para economizar rendas informacionais e reduzir as distorções alocativas. Partindo do pressuposto de que os custos não são observados pelo governo, seguimos a estrutura teórica implementada por Baron e Myerson, que analisam contratos com base no paradigma principal-agente. A inovação na literatura regulatória é que o trabalho utiliza as próprias informações da firma no mercado para revelar seu tipo. Usando um modelo com uma firma monopolista e outro com duas firmas em um mercado oligopolista, obtêm-se resultados interessantes: quando o governo observa o que a empresa faz no mercado privado e condiciona seu comportamento a isso, a regulação ótima exige a quantidade do first-best para a empresa eficiente e menos distorção para o contrato da empresa ineficiente. Além disso, o uso dessas informações permite economia fiscal.
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Os governos geralmente fornecem bens e serviços contratando empresas privadas que já estão operando no mercado. Esse é o caso do Programa Universidade para Todos (PROUNI), criado em 2004 para fornecer bolsas de estudo a estudantes de baixa renda por instituições privadas de ensino superior. Em troca, as instituições privadas que participam do programa se beneficiam de isenções fiscais. Estudos demonstraram um impacto positivo do PROUNI em variáveis como acessibilidade, permanência e desempenho acadêmico. No entanto, estudos realizados pelo Tribunal de Contas da União mostraram que o governo está pagando um preço mais alto do que a mediana do mercado. A teoria tradicional trata as empresas reguladas como se elas atendessem exclusivamente ao órgão regulador. Na realidade, as empresas geralmente operam no mercado. Essas operações de mercado podem fornecer informações para o regulador. Este estudo examina como o órgão regulador pode usar as informações de mercado para economizar rendas informacionais e reduzir as distorções alocativas. Partindo do pressuposto de que os custos não são observados pelo governo, seguimos a estrutura teórica implementada por Baron e Myerson, que analisam contratos com base no paradigma principal-agente. A inovação na literatura regulatória é que o trabalho utiliza as próprias informações da firma no mercado para revelar seu tipo. Usando um modelo com uma firma monopolista e outro com duas firmas em um mercado oligopolista, obtêm-se resultados interessantes: quando o governo observa o que a empresa faz no mercado privado e condiciona seu comportamento a isso, a regulação ótima exige a quantidade do first-best para a empresa eficiente e menos distorção para o contrato da empresa ineficiente. Além disso, o uso dessas informações permite economia fiscal.
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SILVIA PATRÍCIA DA SILVA DUARTE
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Impacto da Expansão e Interiorização das Universidades Federais:Evidências parao Estado de Pernambuco por meio do Método de Controle Sintético
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Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO BENTES DINIZ
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FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
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MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
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RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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Data: 25/09/2023
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O sistema de ensino superior brasileiro apresenta, ao longo de sua história, uma descontinuidade de sua relação com o estado, cujas transformações sempre estiveram vinculadas à transformação político-institucional do país. Na história recente, desde o início do século XXI, esse segmento de ensino vem passando por constantes transformações, principalmente, nas últimas duas décadas. Destaca-se entre as mudanças ocorridas desde então, o processo de expansão e interiorização de universidades federais cujo objetivo era disseminar a formação de nível superior em regiões distantes dos grandes centros urbanos e desenvolvê-las. É esperado que a chegada de uma universidade/campus universitário em determinada localidade seja capaz de gerar mudanças na região, uma vez que essas instituições são vetores relevantes no tocante à promoção do desenvolvimento local e regional. A educação é um instrumento de transformações sociais, é através dela que há a possibilidade de ocorrer a mobilidade socioeconômica dos indivíduos. Dessa maneira, o processo de interiorização do ensino superior se faz relevante no processo de desenvolvimento, principalmente em países emergentes como é o caso do Brasil. Diante disso, o presente estudo investigou os impactos observados nos municípios do estado de Pernambuco que receberam um campus universitário da UFPE e da UFRPE, a partir das políticas de interiorização e expansão das universidades federais instituída pelo governo federal a partir de 2003. Empiricamente a pesquisa concentra-se em três municípios: Caruaru, Garanhuns e Serra Talhada. Os municípios que compõem a amostra possuem características e arranjos institucionais próprios, o que conduz, por hipótese, a impactos e mudanças políticas diferenciadas. Para tal, utilizou-se o método de controle sintético que consiste na construção de uma unidade sintética para cada município tratado a partir de uma combinação de outros municípios que tenham características observáveis semelhantes à unidade que recebeu a intervenção da política. Em seguida, compara-se o comportamento das trajetórias para a unidade tratada e sua versão sintética e conclui-se sobre os possíveis efeitos da política. As variáveis analisadas no presente estudo como fatores de mudança com a chegada da instituição, foram PIB, Remuneração Média Nominal e Empregos Formais, cujas principais fontes de dados foram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). De um modo geral, os resultados apontam efeitos positivos com a chegada de um campus universitário para todas as variáveis quando se analisa o município de Caruaru. Para o município de Garanhuns todas as variáveis foram insignificantes e no que tange ao município de Serra Talhada apenas as variáveis Remuneração Média Nominal e Empregos formais os resultados foram significantes e positivos. Portanto, observou-se efeitos positivos em alguns variáveis analisadas para o município de Caruaru e Serra Talhada, na contramão, para o município de Garanhuns há a necessidade de novas investigações para entender e mensurar os reais efeitos no município com o investimento da instalação de um campus universitário. Além dos impactos de curto prazo, são esperados outros impactos ao longo do tempo, que acontecem de forma mais lenta e gradual e poderão resultar além de questões econômicas, em mudança de hábitos culturais e políticos da região. Assim, recomenda-se estudos futuro com essa temática, a fim de ampliar o debate acerca das políticas voltadas ao ensino superior brasileiro para que possam ser estudadas estratégias de desenvolvimento das regiões mais eficientes e eficazes.
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O ensino superior brasileiro vem passando por constantes transformações, principalmente, nas últimas duas décadas. A partir do ano de 2000 observou-se um aumento expressivo do número de instituições, de cursos de graduação e de vagas ofertadas. Os dados do Censo do Ensino Superior, mostram que entre os anos de 2000 e 2010 o número de instituições de ensino superior (IES) públicas e privadas passou de 1.180 para 2.738 espalhadas pelo país. No que concerne ao número de cursos de graduação presenciais, pra igual período, observou-se um aumento de mais 170%, isto é, em 2000 haviam 10.585 e passou para 28.577 em 2010. Com relação ao número de vagas ofertadas passou de 1,10 milhão em 2000 para 3,12 milhão em 2010. Um cenário mais recente mostra que em 2018 o número de instituições de ensino superior públicas e privadas é de 2.537 entre universidades, centro universitário, faculdades e institutos. Para o presente estudo o objeto de análise se restringirá as universidades federais. Para alcançar os objetivos pretendidos com as políticas voltadas ao ensino superior, foram destinados aportes significativos de recursos financeiros e humanos nos últimos anos. Neste
sentido, o presente projeto de tese tem como objetivo no seu primeiro ensaio, mensurar e ana- lisar a eficiência das universidades federais brasileiras com relação a sua capacidade de trans- formar insumos em produtos, isto é, averiguar a qualidade da aplicação dos recursos investidos
na educação superior brasileira. Para tal, utilizar-se-á a metodologia Data envelopment analy- sis (DEA) de dois estágios proposto por Simar e Wilson (2007). Posteriormente, no segundo
ensaio, serão analisadas os impactos das universidades federais brasileiras criadas durante o período do Reuni sob desenvolvimento econômico local. Ou seja, analisar-se-á a efetividade do Reuni com relação a sua capacidade de intervir positivamente no desenvolvimento local e
por conseguinte, ser um instrumento para reduzir as desigualdades regionais. Para tal utilizar- se-á o método de controle sintético desenvolvido por Abadie e Gardeazabal (2003), Abadie et
al. (2010) e Abadie et al. (2015). É certo que as universidades desempenham um papel im- portante nos municípios onde estão instaladas bem como nas regiões vizinhas. Assim, estudos
que direcionem esforços para o desempenho das universidades, bem como o seu impacto nas
regiões em que são instaladas são necessários para subsidiar a tomada de decisão dos formu- ladores de políticas públicas quanto a alocação de recursos bem como as dimensões as quais
devem ser priorizadas e promover o desenvolvimento socioeconômico. É indiscutível que os
produtos oriundos das universidades federais são de alta qualidade e são essenciais para o de- senvolvimento de quaisquer país. No entanto, especialmente em tempos recentes, quando as
universidades bem como todos os produtos por elas gerados vêm sendo questionados pelas maiores representatividades da política do País, faz-se urgente a necessidade trazer ao debate essas instituições, suas finalidades e o seu papel diante de toda a sociedade, para que de forma responsável posse-se traçar estratégias eficientes para um futuro melhor.
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