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Dissertações |
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MAYARA LUCLÉCIA DA SILVA
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EFEITOS DA REALIDADE VIRTUAL SOBRE ASPECTOS RELACIONADOS AO SONO E SAÚDE MENTAL EM INDIVÍDUOS ADULTOS COM SÍNDROME METABÓLICA NA CIDADE DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE
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Orientador : VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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DAVID FILIPE DE SANTANA
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EDIL DE ALBUQUERQUE RODRIGUES FILHO
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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Data: 19/02/2024
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A síndrome metabólica (SM) consiste em um conjunto de desregulações metabólicas, que compreende o aumento da obesidade abdominal, resistência à insulina (RI), disfunções no metabolismo da glicose, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial sistêmica (HAS), podendo interferir em aspectos do sono, saúde mental e funções executivas. Objetivou-se avaliar os efeitos da Realidade Virtual (RV) sobre aspectos relacionados ao sono e à saúde mental em indivíduos adultos com SM. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, no qual foram realizadas coletas de dados sociodemográficos e clínicos, além de coleta de sangue para análise de níveis glicêmicos, triglicerídeos (TGs) e colesterol lipoproteína de alta densidade (HDL). Para avaliar a qualidade de sono aplicou-se o índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI), sonolência diurna excessiva (SDE), pela escala de sonolência de Epworth, sintomas sugestivos de depressão através do questionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9), inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), torre de Londres para avaliação de funções executivas, além de realização de antropometria, aferição de pressão arterial sistêmica e treinamento com RV a partir do Xbox 360 Kinect para realização do protocolo de treinamento pelo jogo Kinect sports. Foram avaliados 76 indivíduos, dentre eles a maioria era do sexo feminino, 71 (93,4%), com idade de 48- 55, 44 (57,9%). Com base na cor e raça, a maioria 34 (44,8%) declarou-se como parda, seguida pela branca 25 (32,9%). Do quantitativo de avaliados, 23 (30,1%) variava entre um e um e meio salário mínimo. Para a alocação dos voluntários nos grupos sem SM C, sem SM INT, SM C e SM INT, os mesmos foram classificados segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF) para a presença ou não de SM, tendo como fator primordial a circunferência de cintura (CC), visto que, a maioria dos indivíduos do grupo sem SM e SM apresentavam muito elevado acúmulo de gordura abdominal (AGA) em sua maioria, e segundo dados pré e pós intervenção IMC de sobrepeso e obesidade I na maioria da amostra, visto que, a obesidade I estava vinculada apenas ao grupo SM. Sobre os componentes da SM, observou-se redução dos seus componentes no grupo SM INT, efeitos positivos pós intervenção com RV para CC, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Conforme o índice de qualidade do sono, foi identificado que a maioria dos voluntários do grupo sem SM e SM apresentou qualidade ruim de sono em dados pré e pós intervenção. Sobre a SDE foi proposto que a maioria da amostra não possuía a mesma. O EDM foi
prevalente na grande parte dos indivíduos com e sem presença de SM, mas foram identificados efeitos sobre os dados pós intervenção com RV nos grupos, sem SM INT e SM INT. Na ansiedade enquanto estado e traço, a maioria apresentou baixa e médio nível de ansiedade, sendo visto efeito sobre o traço do grupo SM INT. No teste torre de Londres, foi demonstrado efeito da RV de acordo com dados de pós intervenção sobre o grupo SM INT, para aumento do escore e diminuição do tempo de execução.
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A síndrome metabólica (SM) consiste em um conjunto de desregulações metabólicas, que compreende o aumento da obesidade abdominal, resistência à insulina (RI), disfunções no metabolismo da glicose, dislipidemia aterogênica e hipertensão arterial sistêmica (HAS), podendo interferir em aspectos do sono, saúde mental e funções executivas. Objetivou-se avaliar os efeitos da Realidade Virtual (RV) sobre aspectos relacionados ao sono e à saúde mental em indivíduos adultos com SM. Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, no qual foram realizadas coletas de dados sociodemográficos e clínicos, além de coleta de sangue para análise de níveis glicêmicos, triglicerídeos (TGs) e colesterol lipoproteína de alta densidade (HDL). Para avaliar a qualidade de sono aplicou-se o índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI), sonolência diurna excessiva (SDE), pela escala de sonolência de Epworth, sintomas sugestivos de depressão através do questionário sobre a saúde do paciente (PHQ-9), inventário de ansiedade traço-estado (IDATE), torre de Londres para avaliação de funções executivas, além de realização de antropometria, aferição de pressão arterial sistêmica e treinamento com RV a partir do Xbox 360 Kinect para realização do protocolo de treinamento pelo jogo Kinect sports. Foram avaliados 76 indivíduos, dentre eles a maioria era do sexo feminino, 71 (93,4%), com idade de 48- 55, 44 (57,9%). Com base na cor e raça, a maioria 34 (44,8%) declarou-se como parda, seguida pela branca 25 (32,9%). Do quantitativo de avaliados, 23 (30,1%) variava entre um e um e meio salário mínimo. Para a alocação dos voluntários nos grupos sem SM C, sem SM INT, SM C e SM INT, os mesmos foram classificados segundo a Federação Internacional do Diabetes (IDF) para a presença ou não de SM, tendo como fator primordial a circunferência de cintura (CC), visto que, a maioria dos indivíduos do grupo sem SM e SM apresentavam muito elevado acúmulo de gordura abdominal (AGA) em sua maioria, e segundo dados pré e pós intervenção IMC de sobrepeso e obesidade I na maioria da amostra, visto que, a obesidade I estava vinculada apenas ao grupo SM. Sobre os componentes da SM, observou-se redução dos seus componentes no grupo SM INT, efeitos positivos pós intervenção com RV para CC, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Conforme o índice de qualidade do sono, foi identificado que a maioria dos voluntários do grupo sem SM e SM apresentou qualidade ruim de sono em dados pré e pós intervenção. Sobre a SDE foi proposto que a maioria da amostra não possuía a mesma. O EDM foi
prevalente na grande parte dos indivíduos com e sem presença de SM, mas foram identificados efeitos sobre os dados pós intervenção com RV nos grupos, sem SM INT e SM INT. Na ansiedade enquanto estado e traço, a maioria apresentou baixa e médio nível de ansiedade, sendo visto efeito sobre o traço do grupo SM INT. No teste torre de Londres, foi demonstrado efeito da RV de acordo com dados de pós intervenção sobre o grupo SM INT, para aumento do escore e diminuição do tempo de execução.
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MIRELLY CUNHA DA SILVA
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O DOADOR DE ÓXIDO NÍTRICO FOR 911B INDUZ VASORRELAXAMENTO EM AORTA ISOLADA DE RATO COM ENVOLVIMENTO DA VIA NO/GCs/GMPc E CANAIS PARA K+
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Orientador : THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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MEMBROS DA BANCA :
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RICHARD BOARATO DAVID
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CAMILLE DE MOURA BALARINI
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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Data: 23/02/2024
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O óxido nítrico (NO) é considerado uma molécula gasosa protagonista na dilatação dos vasos sanguíneos e tem sua síntese e/ou biodisponibilidade reduzida em condições fisiopatológicas como nas Doenças Cardiovasculares (DCV). Logo, sua administração exógena torna-se um atrativo. Com isso, novas classes de composto capazes de doar NO tem emergido para minimizar os efeitos adversos encontrados pelos fármacos doadores já existentes. Os complexos de rutênio se destacam em relação a outros metalofármacos, por formar complexos nitrosil e apresentar baixa toxicidade. Portanto, o nosso objetivo foi caracterizar o mecanismo de ação no efeito vasodilatador induzido pelo doador de NO [Ru(phen)2(TU)NO] (PF6)
3+ (FOR 911B) em aorta isolada de rato. No presente estudo, demonstramos de forma inédita que o FOR 911B promove vasorrelaxamento de maneira dependente da concentração em anéis de artéria aorta isolada de rato. Após a remoção do endotélio, a potência e a eficácia do relaxamento não foram alteradas. Frente a uma agente contracturante eletroquímico, o KCl 60 mM, houve atenuação da potência e eficácia do efeito promovido pelo FOR 911B. Na presença do L-NAME, em anéis com endotélio íntegro, houve diminuição do Emáx, mostrando que o metalofármáco pode atuar parcialmente através da estimulação da produção de NO pelas células endoteliais. Com a pré-incubação da hidroxocobalamina, a resposta relaxante foi abolida, que sugere uma participação NO tipo radicalar no efeito induzido pelo FOR. Com o uso do ODQ, um bloqueador da GCS, os resultados demonstraram que essa enzima é importante na vasoditalação induzida pelo doador, com alteração na curva de contração-resposta para a direita. Para confirmar a participação dos canais para K+
, alteramos a concentração desse íon com KCl 20mM e pré incubamos o bloqueador não seletivo (TEA 3mM). Nessas condições, o relaxamento foi alterado, demonstrando que canais são ativados pelo FOR 911B e participam da resposta vasorrelaxante. Ao bloquear seletivamente os diferentes subtipos de canais para K+ com bloqueadores específicos como TEA (1 mM) e IbTx para avaliar a participação dos BKCa; para SKCa, a apamina; para os Kv, a 4-AP; e a GLIB, um bloqueador seletivo dos KATP; e o BaCl2 para os canais para os KIR. Os subtipos Kv, KIR, SKCa, BKCa estão envolvidos nesse efeito dilatador, observou-se um desvio maior para direita com a utilização do TEA e da IbTX, indicando fortemente uma maior ativação dos BKCa. Os resultados obtidos demonstraram que o complexo de rutênio [Ru(phen)2(TU)NO] (PF6)
3+ (FOR 911B) promove relaxamento vascular em anéis de artéria aorta de maneira dependente de concentração e independente do endotélio vascular, por meio da liberação do NO radicalar com participação da via NO/GCs/GMPc, como também com a participação dos diferente canais para K+ (especialmente Kv, KIR, SKCa e BKCa). Esses efeitos apontam um potencial terapêutico para o complexo de rutênio FOR 911B como um doador de NO, sendo promissor para o tratamento de disfunções cardiovasculares no futuro ou sua utilização como ferramenta farmacológica em outros estudos.
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O óxido nítrico (NO) é considerado uma molécula gasosa protagonista na dilatação dos vasos sanguíneos e tem sua síntese e/ou biodisponibilidade reduzida em condições fisiopatológicas como nas Doenças Cardiovasculares (DCV). Logo, sua administração exógena torna-se um atrativo. Com isso, novas classes de composto capazes de doar NO tem emergido para minimizar os efeitos adversos encontrados pelos fármacos doadores já existentes. Os complexos de rutênio se destacam em relação a outros metalofármacos, por formar complexos nitrosil e apresentar baixa toxicidade. Portanto, o nosso objetivo foi caracterizar o mecanismo de ação no efeito vasodilatador induzido pelo doador de NO [Ru(phen)2(TU)NO] (PF6)
3+ (FOR 911B) em aorta isolada de rato. No presente estudo, demonstramos de forma inédita que o FOR 911B promove vasorrelaxamento de maneira dependente da concentração em anéis de artéria aorta isolada de rato. Após a remoção do endotélio, a potência e a eficácia do relaxamento não foram alteradas. Frente a uma agente contracturante eletroquímico, o KCl 60 mM, houve atenuação da potência e eficácia do efeito promovido pelo FOR 911B. Na presença do L-NAME, em anéis com endotélio íntegro, houve diminuição do Emáx, mostrando que o metalofármáco pode atuar parcialmente através da estimulação da produção de NO pelas células endoteliais. Com a pré-incubação da hidroxocobalamina, a resposta relaxante foi abolida, que sugere uma participação NO tipo radicalar no efeito induzido pelo FOR. Com o uso do ODQ, um bloqueador da GCS, os resultados demonstraram que essa enzima é importante na vasoditalação induzida pelo doador, com alteração na curva de contração-resposta para a direita. Para confirmar a participação dos canais para K+
, alteramos a concentração desse íon com KCl 20mM e pré incubamos o bloqueador não seletivo (TEA 3mM). Nessas condições, o relaxamento foi alterado, demonstrando que canais são ativados pelo FOR 911B e participam da resposta vasorrelaxante. Ao bloquear seletivamente os diferentes subtipos de canais para K+ com bloqueadores específicos como TEA (1 mM) e IbTx para avaliar a participação dos BKCa; para SKCa, a apamina; para os Kv, a 4-AP; e a GLIB, um bloqueador seletivo dos KATP; e o BaCl2 para os canais para os KIR. Os subtipos Kv, KIR, SKCa, BKCa estão envolvidos nesse efeito dilatador, observou-se um desvio maior para direita com a utilização do TEA e da IbTX, indicando fortemente uma maior ativação dos BKCa. Os resultados obtidos demonstraram que o complexo de rutênio [Ru(phen)2(TU)NO] (PF6)
3+ (FOR 911B) promove relaxamento vascular em anéis de artéria aorta de maneira dependente de concentração e independente do endotélio vascular, por meio da liberação do NO radicalar com participação da via NO/GCs/GMPc, como também com a participação dos diferente canais para K+ (especialmente Kv, KIR, SKCa e BKCa). Esses efeitos apontam um potencial terapêutico para o complexo de rutênio FOR 911B como um doador de NO, sendo promissor para o tratamento de disfunções cardiovasculares no futuro ou sua utilização como ferramenta farmacológica em outros estudos.
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JIVALDO GONCALVES FERREIRA
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Efeito das 1,2,4-oxadiazolin-5-onas Click 1 e Click 2 sobre a reatividade vascular de ratos hipertensos 2R-1C
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Orientador : ALICE VALENCA ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALICE VALENCA ARAUJO
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JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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RENE DUARTE MARTINS
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Data: 26/02/2024
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A hipertensão arterial (HA) é uma doença multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais, sendo caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial. Entre as drogas disponíveis para o tratamento da HA, destacam-se as que atuam sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) como exemplo temos os antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARA). A saralasina foi à primeira substância a ser empregada como ARA e, serviu como base para o desenvolvimento de ARA seletivos, a exemplo da losartana em 1990. Apesar da grande quantidade de fármacos disponíveis para o tratamento da HA, o controle pressórico nos indivíduos acometidos nem sempre é alcançado e requer o desenvolvimento de novas drogas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a segurança de uso de novos derivados das 1,2,4-oxadiazolin-5-onas que foram sintetizados baseados na estrutura da losartana. Os protótipos click 1 e click 2 foram obtidos do Laboratório de Síntese Orgânica, da UFPE. Foram utilizados ratos Wistar com 2 meses de idade (180-200g). Para obtenção de ratos com hipertensão renal do tipo 2R-1C, os animais passaram por um procedimento cirúrgico para implantar um clipe de prata com abertura de 0,2 mm na artéria renal esquerda, os animais Sham passaram pelo mesmo processo anestésico e cirúrgico, mas não foi implantado o clipe. Seis semanas após a cirurgia, a pressão arterial sistólica (PAS) foi determinada e os animais que apresentaram PAS maior ou igual a 160 mmHg foram considerados hipertensos e, incluídos no estudo. Para padronizar o uso da angiotensina II (Ang II) foram realizadas curvas cumulativas em anéis de aorta de ratos normotensos suspensos em banho de órgãos na presença e ausência de endotélio. Para definição do veículo para solubilizar as moléculas, foram realizadas curva cumulativas de Ang II na presença de solução de Cremophor® e Tween 80®, em anéis de aorta de ratos normotensos. Para avaliar o efeito dos compostos sobre a reatividade vascular, os anéis de artéria aorta sem endotélio e com endotélio de ratos (Sham e 2R-1C). Em seguida, foram construídas curvas concentração-efeito cumulativas para a Ang II na presença e ausência dos compostos click 1, click 2 (10 e 100 μmol/L) ou da losartana (1 μmol/L). A partir das curvas concentração-efeito obtidas, foram calculados o efeito máximo e o pEC50. Nos animais normotensos, Sham e hipertensos 2R-1C. a partir da primeira semana os animais 2R-1C já apresentavam PAS elevada em comparação com o Sham. Apesar de não haver diferenças entre as curvas concentração-efeito de Ang II na presença do Tween 80® e CremophorV, o Tween 80® foi escolhido como solvente, pois a curva se sobrepõe a curva controle. Apenas a maior concentração de click 1 (100 μmol/L) foi capaz de reduzir o efeito da Ang II em anéis de aorta de ratos 2R-1C, a losartana aboliu a resposta da Ang II (Controle: Emax = 1,06 ± 0,14 g, pCE50 = 8,24 ± 0,08; click 1 100 μmol/L: Emax = 0,54 ± 0,11 g, pCE50 = 7,84 ± 0,16; Losartana 1 μmol/L: Emax = 0). Com o desenvolvimento deste trabalho, conseguimos padronizar o modelo experimental de hipertensão renovascular 2R-1C e o uso da ANg II em nosso laboratório. O composto click 1 foi capaz de reduzir a contração induzida pela Ang II, na ausência do endotélio, são necessários mais estudos para testar a afinidade da molécula com os receptores AT1 e AT2, bem como sua disponibilidade por via endovenosa e oral.
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A hipertensão arterial (HA) é uma doença multifatorial, que depende de fatores genéticos, ambientais e sociais, sendo caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial. Entre as drogas disponíveis para o tratamento da HA, destacam-se as que atuam sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) como exemplo temos os antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARA). A saralasina foi à primeira substância a ser empregada como ARA e, serviu como base para o desenvolvimento de ARA seletivos, a exemplo da losartana em 1990. Apesar da grande quantidade de fármacos disponíveis para o tratamento da HA, o controle pressórico nos indivíduos acometidos nem sempre é alcançado e requer o desenvolvimento de novas drogas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia e a segurança de uso de novos derivados das 1,2,4-oxadiazolin-5-onas que foram sintetizados baseados na estrutura da losartana. Os protótipos click 1 e click 2 foram obtidos do Laboratório de Síntese Orgânica, da UFPE. Foram utilizados ratos Wistar com 2 meses de idade (180-200g). Para obtenção de ratos com hipertensão renal do tipo 2R-1C, os animais passaram por um procedimento cirúrgico para implantar um clipe de prata com abertura de 0,2 mm na artéria renal esquerda, os animais Sham passaram pelo mesmo processo anestésico e cirúrgico, mas não foi implantado o clipe. Seis semanas após a cirurgia, a pressão arterial sistólica (PAS) foi determinada e os animais que apresentaram PAS maior ou igual a 160 mmHg foram considerados hipertensos e, incluídos no estudo. Para padronizar o uso da angiotensina II (Ang II) foram realizadas curvas cumulativas em anéis de aorta de ratos normotensos suspensos em banho de órgãos na presença e ausência de endotélio. Para definição do veículo para solubilizar as moléculas, foram realizadas curva cumulativas de Ang II na presença de solução de Cremophor® e Tween 80®, em anéis de aorta de ratos normotensos. Para avaliar o efeito dos compostos sobre a reatividade vascular, os anéis de artéria aorta sem endotélio e com endotélio de ratos (Sham e 2R-1C). Em seguida, foram construídas curvas concentração-efeito cumulativas para a Ang II na presença e ausência dos compostos click 1, click 2 (10 e 100 μmol/L) ou da losartana (1 μmol/L). A partir das curvas concentração-efeito obtidas, foram calculados o efeito máximo e o pEC50. Nos animais normotensos, Sham e hipertensos 2R-1C. a partir da primeira semana os animais 2R-1C já apresentavam PAS elevada em comparação com o Sham. Apesar de não haver diferenças entre as curvas concentração-efeito de Ang II na presença do Tween 80® e CremophorV, o Tween 80® foi escolhido como solvente, pois a curva se sobrepõe a curva controle. Apenas a maior concentração de click 1 (100 μmol/L) foi capaz de reduzir o efeito da Ang II em anéis de aorta de ratos 2R-1C, a losartana aboliu a resposta da Ang II (Controle: Emax = 1,06 ± 0,14 g, pCE50 = 8,24 ± 0,08; click 1 100 μmol/L: Emax = 0,54 ± 0,11 g, pCE50 = 7,84 ± 0,16; Losartana 1 μmol/L: Emax = 0). Com o desenvolvimento deste trabalho, conseguimos padronizar o modelo experimental de hipertensão renovascular 2R-1C e o uso da ANg II em nosso laboratório. O composto click 1 foi capaz de reduzir a contração induzida pela Ang II, na ausência do endotélio, são necessários mais estudos para testar a afinidade da molécula com os receptores AT1 e AT2, bem como sua disponibilidade por via endovenosa e oral.
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ANIELLE MYLENA DE MEDEIROS BARBOSA
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EFEITOS DA DIETA HIPOPROTEICA MATERNA SOBRE A CAPACIDADE HIPERTRÓFICA E A VIA Akt-mTOR NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS ADULTOS”
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Orientador : DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
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DIEGO RIBEIRO DE SOUZA
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DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
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JOSÉ DONATO JÚNIOR
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Data: 27/02/2024
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Diversos estudos têm demonstrado que a dieta baixa em proteínas durante a gestação e lactação é um fator crítico capaz de modular a ação da insulina e a manutenção da massa muscular à longo prazo. A nossa hipótese é que a resposta hipertrófica do músculo esquelético é prejudicada devido à modulação da via Akt-mTOR em ratos adultos, causada pela de dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da dieta hipoproteica nas fases da gestação e lactação sobre a via Akt-mTOR no músculo esquelético em prole adulta de ratos submetidos ao protocolo de hipertrofia compensatória. Foram utilizadas ratas que receberam dieta controle (18% de proteínas) ou dieta hipoproteica (8% proteína). A prole desses animais, foi dividida em gaiolas com até 4 animais e recebeu dieta padrão de biotério até os 90 dias de idade. Aos 83 dias de vida, os animais foram submetidos ao procedimento cirúrgico de ablação do músculo sinergista ao EDL, o tibial anterior, da pata traseira esquerda, e a pata contralateral recebeu uma simulação do procedimento cirúrgico (Sham) e utilizado como controle. Assim, cada grupo com as respectivas dietas foram subdividido em 2 grupos: Pata contralateral (PC) e induzido à hipertrofia (PH) formando 4 grupos experimentais: dieta controle pata contralateral (DCMat-PC); dieta controle pata induzida à hipertrofia (DCMat-PH); dieta hipoproteica pata contralateral (DHMat-PC); pata induzida a hipertrofia (DHMat-PH). Aos 90 dias, os animais foram eutanasiados e foram analisadas a massa seca do músculo EDL; área de secção transversa das fibras musculares; e ativação e expressão de proteínas da via Akt-mTOR do músculo EDL. A dieta hipoproteica materna, prejudicou o crescimento e desenvolvimento da prole, no período de lactação e pós desmame, porém não causou alterações na massa do tecido adiposo branco. Os animais de dieta materna hipoproteica também apresentaram menor massa úmida e seca do músculo EDL, mesmo após o estímulo da hipertrofia compensatória. A análise da histologia do EDL, demonstrou que esses animais apresentam fibras musculares de menor área em relação aos animais de dieta controle, tanto na pata contralateral, quanto na pata submetida a hipertrofia. Dessa forma, a dieta hipoproteica materna, prejudicou o crescimento e desenvolvimento da prole até 90 dias de idade, bem como a massa úmida e seca do músculo EDL. Além disso, diminuiu a capacidade hipertrófica do músculo, bem como as fibras musculares desses animais apresentaram menor área de secção. No músculo EDL ainda, a dieta hipoproteica materna não provocou alterações no conteúdo de Akt total, porém quando houve aumento no conteúdo de Akt quando o músculo foi submetido a sobrecarga funcional, o conteúdo de Akt fosforilada foi maior no grupo DHMat-PH em relação ao grupo DCMat-PH. Já os níveis de rpS6 total se mantiveram semelhantes em ambos os grupos.
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Diversos estudos têm demonstrado que a dieta baixa em proteínas durante a gestação e lactação é um fator crítico capaz de modular a ação da insulina e a manutenção da massa muscular à longo prazo. A nossa hipótese é que a resposta hipertrófica do músculo esquelético é prejudicada devido à modulação da via Akt-mTOR em ratos adultos, causada pela de dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. O objetivo deste trabalho foi verificar os efeitos da dieta hipoproteica nas fases da gestação e lactação sobre a via Akt-mTOR no músculo esquelético em prole adulta de ratos submetidos ao protocolo de hipertrofia compensatória. Foram utilizadas ratas que receberam dieta controle (18% de proteínas) ou dieta hipoproteica (8% proteína). A prole desses animais, foi dividida em gaiolas com até 4 animais e recebeu dieta padrão de biotério até os 90 dias de idade. Aos 83 dias de vida, os animais foram submetidos ao procedimento cirúrgico de ablação do músculo sinergista ao EDL, o tibial anterior, da pata traseira esquerda, e a pata contralateral recebeu uma simulação do procedimento cirúrgico (Sham) e utilizado como controle. Assim, cada grupo com as respectivas dietas foram subdividido em 2 grupos: Pata contralateral (PC) e induzido à hipertrofia (PH) formando 4 grupos experimentais: dieta controle pata contralateral (DCMat-PC); dieta controle pata induzida à hipertrofia (DCMat-PH); dieta hipoproteica pata contralateral (DHMat-PC); pata induzida a hipertrofia (DHMat-PH). Aos 90 dias, os animais foram eutanasiados e foram analisadas a massa seca do músculo EDL; área de secção transversa das fibras musculares; e ativação e expressão de proteínas da via Akt-mTOR do músculo EDL. A dieta hipoproteica materna, prejudicou o crescimento e desenvolvimento da prole, no período de lactação e pós desmame, porém não causou alterações na massa do tecido adiposo branco. Os animais de dieta materna hipoproteica também apresentaram menor massa úmida e seca do músculo EDL, mesmo após o estímulo da hipertrofia compensatória. A análise da histologia do EDL, demonstrou que esses animais apresentam fibras musculares de menor área em relação aos animais de dieta controle, tanto na pata contralateral, quanto na pata submetida a hipertrofia. Dessa forma, a dieta hipoproteica materna, prejudicou o crescimento e desenvolvimento da prole até 90 dias de idade, bem como a massa úmida e seca do músculo EDL. Além disso, diminuiu a capacidade hipertrófica do músculo, bem como as fibras musculares desses animais apresentaram menor área de secção. No músculo EDL ainda, a dieta hipoproteica materna não provocou alterações no conteúdo de Akt total, porém quando houve aumento no conteúdo de Akt quando o músculo foi submetido a sobrecarga funcional, o conteúdo de Akt fosforilada foi maior no grupo DHMat-PH em relação ao grupo DCMat-PH. Já os níveis de rpS6 total se mantiveram semelhantes em ambos os grupos.
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BRUNO BARROS DE ALBUQUERQUE
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EFEITOS DA DIETA OBESOGÊNICA MATERNA DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO NO BALANÇO REDOX E METABOLISMO PANCREÁTICO DE RATAS
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Orientador : MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSIANE DE CAMPOS CRUZ
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MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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Data: 28/02/2024
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O consumo de alimentos obesogênicos aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio, causando estresse oxidativo e disfunção mitocondrial, desencadeando alterações metabólicas e processos patológicos. Dietas nutricionalmente inadequadas no período pré-natal e pós-natal podem ter consequências permanentes, mesmo em condições ambientais favoráveis posteriormente. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma dieta obesogênica materna durante a gestação e lactação em ratas, focando no balanço REDOX, histomorfologia, expressão de genes inflamatórios e perfil de hormônios pancreáticos. A pesquisa foi conduzida com 16 ratas albinas fêmeas e 8 progenitores da linhagem Wistar, seguindo as diretrizes éticas da Lei Federal no 6.638/1979 e do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA). As ratas prenhas foram divididas em dois grupos, recebendo diferentes dietas: o Grupo Controle, alimentado com a dieta de biotério Nuvilab®, e o Grupo Obesogênico, que recebeu uma dieta com altos teores de gorduras e carboidratos. O acasalamento das ratas foi monitorado, e a prenhez foi confirmada por aumento de peso corporal e esfregaço vaginal. Durante a gestação e lactação foi analisado o peso corporal semanal, índice de Lee, teste oral de tolerância à glicose e insulina e após o período de lactação, foi feita a eutanásia dos animais e realizadas as análises de perfil bioquímico sanguíneo, biomarcadores de estresse oxidativo, avaliação do sistema antioxidante enzimático e não enzimático, histomorfometria pancreática, deposição de colágeno tecidual, avaliação dos níveis séricos dos hormônios insulina e glucagon, além da avaliação da expressão de genes inflamatórios. A análise estatística foi feita utilizando o teste T de Student não pareado, considerando significativo p<0,05. O peso corporal do grupo obesogênico aumentou significativamente (p=0,0002), assim como o índice de Lee (p=0,0008). Os níveis de estresse oxidativo foram elevados no grupo obesogênico, com maior quantidade de MDA (p<0,0001) e carbonilas (p<0,0001) em comparação com o grupo controle. A atividade antioxidante enzimática, especialmente da superóxido dismutase-SOD (p<0,0001) e catalase-CAT (p=0,0002), foi mais elevada no grupo obesogênico. Em relação ao estado REDOX celular foi vista uma diminuição no grupo obesogênico (p=0,0010). As análises murinométricas do pâncreas revelaram aumento na área (p<0,0001), perímetro (p=0,0002) e diâmetro (p<0,0001) no grupo obesogênico, assim como na contagem de células por ilhota (p<0,0001). A expressão dos genes IL-6 (p<0,0001) e TNF (p<0,0001) aumentaram no grupo obesogênico. Os Níveis séricos de insulina (p=0,0132) e glucagon (p=0,039) também apresentaram aumento no grupo obesogênico. No teste oral de tolerância à glicose, houve diferença significativa após 120 minutos (p=0,0038). Os resultados apresentados mostram que a dieta obesogênica, durante os períodos de gestação e lactação, influenciou negativamente o metabolismo pancreático das ratas, com diminuição da tolerância a glicose e aumento de biomarcadores de estresse oxidativo, no entanto foi vista uma maior atividade de enzimas antioxidantes como uma resposta metabólica positiva ao insulto nutricional. A expressão aumentada dos genes inflamatórios IL-6 e TNF reforça a associação entre dieta obesogênica, inflamação e resistência insulínica.
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O consumo de alimentos obesogênicos aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio, causando estresse oxidativo e disfunção mitocondrial, desencadeando alterações metabólicas e processos patológicos. Dietas nutricionalmente inadequadas no período pré-natal e pós-natal podem ter consequências permanentes, mesmo em condições ambientais favoráveis posteriormente. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma dieta obesogênica materna durante a gestação e lactação em ratas, focando no balanço REDOX, histomorfologia, expressão de genes inflamatórios e perfil de hormônios pancreáticos. A pesquisa foi conduzida com 16 ratas albinas fêmeas e 8 progenitores da linhagem Wistar, seguindo as diretrizes éticas da Lei Federal no 6.638/1979 e do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA). As ratas prenhas foram divididas em dois grupos, recebendo diferentes dietas: o Grupo Controle, alimentado com a dieta de biotério Nuvilab®, e o Grupo Obesogênico, que recebeu uma dieta com altos teores de gorduras e carboidratos. O acasalamento das ratas foi monitorado, e a prenhez foi confirmada por aumento de peso corporal e esfregaço vaginal. Durante a gestação e lactação foi analisado o peso corporal semanal, índice de Lee, teste oral de tolerância à glicose e insulina e após o período de lactação, foi feita a eutanásia dos animais e realizadas as análises de perfil bioquímico sanguíneo, biomarcadores de estresse oxidativo, avaliação do sistema antioxidante enzimático e não enzimático, histomorfometria pancreática, deposição de colágeno tecidual, avaliação dos níveis séricos dos hormônios insulina e glucagon, além da avaliação da expressão de genes inflamatórios. A análise estatística foi feita utilizando o teste T de Student não pareado, considerando significativo p<0,05. O peso corporal do grupo obesogênico aumentou significativamente (p=0,0002), assim como o índice de Lee (p=0,0008). Os níveis de estresse oxidativo foram elevados no grupo obesogênico, com maior quantidade de MDA (p<0,0001) e carbonilas (p<0,0001) em comparação com o grupo controle. A atividade antioxidante enzimática, especialmente da superóxido dismutase-SOD (p<0,0001) e catalase-CAT (p=0,0002), foi mais elevada no grupo obesogênico. Em relação ao estado REDOX celular foi vista uma diminuição no grupo obesogênico (p=0,0010). As análises murinométricas do pâncreas revelaram aumento na área (p<0,0001), perímetro (p=0,0002) e diâmetro (p<0,0001) no grupo obesogênico, assim como na contagem de células por ilhota (p<0,0001). A expressão dos genes IL-6 (p<0,0001) e TNF (p<0,0001) aumentaram no grupo obesogênico. Os Níveis séricos de insulina (p=0,0132) e glucagon (p=0,039) também apresentaram aumento no grupo obesogênico. No teste oral de tolerância à glicose, houve diferença significativa após 120 minutos (p=0,0038). Os resultados apresentados mostram que a dieta obesogênica, durante os períodos de gestação e lactação, influenciou negativamente o metabolismo pancreático das ratas, com diminuição da tolerância a glicose e aumento de biomarcadores de estresse oxidativo, no entanto foi vista uma maior atividade de enzimas antioxidantes como uma resposta metabólica positiva ao insulto nutricional. A expressão aumentada dos genes inflamatórios IL-6 e TNF reforça a associação entre dieta obesogênica, inflamação e resistência insulínica.
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JOSÉ MAURÍCIO LUCAS DA SILVA
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“Efeito da DIETA HIPERLIPÍDICA ENRIQUECIDA EM ÔMEGA-3 SOBRE marcadores bioquímicos séricos e EXPRESSÃO hepática de genes anti-oxidantes e pró-inflamatórios NA PROLE DE RATAS”
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Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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THIAGO DOS REIS ARAUJO
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Data: 29/02/2024
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A ingestão materna com dietas hiperlipídicas apresentando alto teor de ácidos graxos saturados, durante períodos que compreendem a gestação e lactação, têm sido associadas a maiores prejuízos cardiometabólicos e na expressão de genes na vida adulta da prole. Avaliamos os efeitos do enriquecimento de ômega-3 à dieta materna com alto teor em ácidos graxos saturados durante a gestação e lactação sobre o metabolismo, parâmetros cardiovasculares e a expressão gênica de enzimas antioxidantes e de marcadores inflamatórios da prole de ratas. As proles de ratos Wistar foram alimentadas com dieta controle (C: 19% de lipídios e razão ω6:ω3 = 12,66), HL (HL: 33% lipídios e razão ω6:ω3 = 21,22) ou HL enriquecida com ômega-3 (HLω3: 33% de lipídios e razão ω6:ω3 = 9,45) durante a gestação e lactação e seus filhotes machos foram avaliados. Foram avaliados na prole parâmetros bioquímicos séricos (22, 30 e 90 dias), teste de tolerância a glicose (TTG), teste de tolerância a insulina (TSI), medidas diretas de pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC), expressão gênica de marcadores inflamatórios e enzimas oxidantes no fígado aos 90 dias de vida. Para comparação dos grupos, foi utilizado o teste de ANOVA one-way, Kruskal Wallis, além dos testes de ANOVA two-way a fim de verificar glicemia, tempo e interação. Para correlações, foi empregado o teste Spearman. O grupo HL apresentou dislipidemia e hiperglicemia aos 22 e 90 dias, já o grupo HLω-3 demonstrou redução no perfil lipídico e glicêmico. O HLω-3 expressou maior nível de ALT aos 22 dias ao se comparar com o HL. Para a idade de 30 dias, somente no grupo HL evidenciou-se valor elevado de LDL. Aos 90 dias, o HLω-3 apresentou níveis de AST mais baixos quando comparados aos demais grupos. Com relação aos parâmetros cardiovasculares, o HL estabeleceu aumento da PAM aos 90 dias. Sob as análises de bioquímicas e dados cardiovasculares, foram perceptíveis correlações positivas GLI e AST, CT e AST, GLI e CT para o grupo controle e, no grupo HLω-3 foi notada uma correlação negativa entre CT e AST. O grupo HLω-3 exibiu uma melhor resposta antioxidante e diminuição na expressão gênica de mediadores inflamatórios no fígado. Contudo, esse estudo demonstrou que o enriquecimento de ômega 3 na prole de mães expostas à dieta materna hiperlipídica é uma intervenção dietética importante de modo a reduzir riscos precoces referentes a doenças cardiovasculares, metabólicas e melhora na expressão gênica.
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A ingestão materna com dietas hiperlipídicas apresentando alto teor de ácidos graxos saturados, durante períodos que compreendem a gestação e lactação, têm sido associadas a maiores prejuízos cardiometabólicos e na expressão de genes na vida adulta da prole. Avaliamos os efeitos do enriquecimento de ômega-3 à dieta materna com alto teor em ácidos graxos saturados durante a gestação e lactação sobre o metabolismo, parâmetros cardiovasculares e a expressão gênica de enzimas antioxidantes e de marcadores inflamatórios da prole de ratas. As proles de ratos Wistar foram alimentadas com dieta controle (C: 19% de lipídios e razão ω6:ω3 = 12,66), HL (HL: 33% lipídios e razão ω6:ω3 = 21,22) ou HL enriquecida com ômega-3 (HLω3: 33% de lipídios e razão ω6:ω3 = 9,45) durante a gestação e lactação e seus filhotes machos foram avaliados. Foram avaliados na prole parâmetros bioquímicos séricos (22, 30 e 90 dias), teste de tolerância a glicose (TTG), teste de tolerância a insulina (TSI), medidas diretas de pressão arterial média (PAM), frequência cardíaca (FC), expressão gênica de marcadores inflamatórios e enzimas oxidantes no fígado aos 90 dias de vida. Para comparação dos grupos, foi utilizado o teste de ANOVA one-way, Kruskal Wallis, além dos testes de ANOVA two-way a fim de verificar glicemia, tempo e interação. Para correlações, foi empregado o teste Spearman. O grupo HL apresentou dislipidemia e hiperglicemia aos 22 e 90 dias, já o grupo HLω-3 demonstrou redução no perfil lipídico e glicêmico. O HLω-3 expressou maior nível de ALT aos 22 dias ao se comparar com o HL. Para a idade de 30 dias, somente no grupo HL evidenciou-se valor elevado de LDL. Aos 90 dias, o HLω-3 apresentou níveis de AST mais baixos quando comparados aos demais grupos. Com relação aos parâmetros cardiovasculares, o HL estabeleceu aumento da PAM aos 90 dias. Sob as análises de bioquímicas e dados cardiovasculares, foram perceptíveis correlações positivas GLI e AST, CT e AST, GLI e CT para o grupo controle e, no grupo HLω-3 foi notada uma correlação negativa entre CT e AST. O grupo HLω-3 exibiu uma melhor resposta antioxidante e diminuição na expressão gênica de mediadores inflamatórios no fígado. Contudo, esse estudo demonstrou que o enriquecimento de ômega 3 na prole de mães expostas à dieta materna hiperlipídica é uma intervenção dietética importante de modo a reduzir riscos precoces referentes a doenças cardiovasculares, metabólicas e melhora na expressão gênica.
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DEBORA CARNEIRO DE MENDONCA
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PREVALÊNCIA DO BRONCOESPASMO INDUZIDO POR EXERCÍCIO EM ADOLESCENTES COM E SEM ASMA APÓS PANDEMIA DA COVID-19.
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Orientador : EDIL DE ALBUQUERQUE RODRIGUES FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDIL DE ALBUQUERQUE RODRIGUES FILHO
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IBERE CALDAS SOUZA LEAO
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JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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Data: 21/03/2024
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A asma é uma doença respiratória crônica que afeta cerca de 300 milhões de pessoas de todas as idades em todo o mundo, com uma estimativa de 250.000 mortes por ano. Ela se apresenta de forma muito heterogênea em relação ao diagnóstico, idade de apresentação, gravidade, processo inflamatório subjacente, fatores desencadeantes, história natural e resposta à terapia. Esta heterogeneidade complica a compreensão dos fenótipos e endótipos da asma. Os sintomas envolvem episódios recorrentes de tosse, sibilância e dispneia, que variam de acordo com tempo e intensidade. Compreender a relação entre a fenotipagem e o controle da asma é essencial, para um tratamento mais preciso. Indivíduos com asma podem apresentar menor tolerância ao exercício físico devido ao agravamento dos sintomas da asma como o aumento na resistência das vias aéreas após a atividade física vigorosa, levando ao Broncoespasmo Induzido pelo Exercício (BIE), que é definido como constrição transitória das vias aéreas como consequência de esforço físico vigoroso e acomete 40% a 90% dos pacientes com asma crônica, sendo sua incidência maior em crianças e adolescentes asmáticos. A asma é uma doença na qual as infecções virais, especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, têm incidência alta, sendo umas das principais causa das exacerbações da doença. Em novembro de 2019, o novo coronavírus, SARS-CoV-2 começou a infectar humanos. Diante desta informação surgiu a inquietação em buscar uma melhor compreensão da relação entre a COVID-19 e a prevalência de possíveis associações no BIE em adolescentes com e sem asma. Foram selecionados 18 (dezoito) pacientes com asma e 17 (dezessete) não asmáticos, diagnosticados por médico assistente especialista de acordo com os critérios do Global Initiative for Asthma. Após os procedimentos de avaliação inicial dos critérios de inclusão e exclusão, foram realizadas as coletas das assinaturas dos termos de consentimento e assentimento. Na sequência os adolescentes foram submetidos à avaliação antropométrica e a espirometria basal, em seguida foi realizada a técnica de broncoprovocação em esteira, onde o individuo tiveram que correr por 8 minutos entre a 80% a 90% da sua frequência cardíaca máxima. E medidas de VEF1 foram feitas aos cinco (5), dez (10), quinze (15) e trinta (30) minutos após a broncoprovocação para avaliar a resposta brônquica (BIE). Foram identificados 7 (38,9%) adolescentes asmáticos com BIE e 4 (23,5%) não asmático com BIE. Não foram encontradas associações entre as variáveis asma, BIE, controle da asma e sintomas respiratórios. E nem entre a asma e COVID-19, apesar de p=0,06, sugerindo a possibilidade de que essa associação pode vir a existir com o tamanho da amostra maior. Foi encontrado correlação entre a asma e o nível de controle da asma (p=0,000), entre a asma e sintomas respiratórios (p=0,002), entre COVID-19 e nível de controle da asma (p=0,046). Semelhante a associação, a as variáveis asma e COVID-19 apresentaram correlações próximas ao valor de significância (p=0,063). Estes resultados mostram que foi possível correlacionar a COVID-19 e o nível de controle da asma, sugerindo que em pacientes com asma não controlada ou grave são fatores de risco para COVID-19. Entretanto, não houve relação entre a prevalência de BIE e a presença de sintomas de asma. A relação entre asma e BIE, após período pandêmico não foi encontrado. O que nos leva a aprofundar os estudos sobre o BIE. O VEF1 teve uma queda maior ou igual 10% do valor basal, em 5 min e 10 min após o teste de broncoprovocação. Encontramos também a relação entre a asma e controle da asma, assim como a asma e os sintomas respiratório.
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A asma é uma doença respiratória crônica que afeta cerca de 300 milhões de pessoas de todas as idades em todo o mundo, com uma estimativa de 250.000 mortes por ano. Ela se apresenta de forma muito heterogênea em relação ao diagnóstico, idade de apresentação, gravidade, processo inflamatório subjacente, fatores desencadeantes, história natural e resposta à terapia. Esta heterogeneidade complica a compreensão dos fenótipos e endótipos da asma. Os sintomas envolvem episódios recorrentes de tosse, sibilância e dispneia, que variam de acordo com tempo e intensidade. Compreender a relação entre a fenotipagem e o controle da asma é essencial, para um tratamento mais preciso. Indivíduos com asma podem apresentar menor tolerância ao exercício físico devido ao agravamento dos sintomas da asma como o aumento na resistência das vias aéreas após a atividade física vigorosa, levando ao Broncoespasmo Induzido pelo Exercício (BIE), que é definido como constrição transitória das vias aéreas como consequência de esforço físico vigoroso e acomete 40% a 90% dos pacientes com asma crônica, sendo sua incidência maior em crianças e adolescentes asmáticos. A asma é uma doença na qual as infecções virais, especialmente o vírus sincicial respiratório e o rinovírus, têm incidência alta, sendo umas das principais causa das exacerbações da doença. Em novembro de 2019, o novo coronavírus, SARS-CoV-2 começou a infectar humanos. Diante desta informação surgiu a inquietação em buscar uma melhor compreensão da relação entre a COVID-19 e a prevalência de possíveis associações no BIE em adolescentes com e sem asma. Foram selecionados 18 (dezoito) pacientes com asma e 17 (dezessete) não asmáticos, diagnosticados por médico assistente especialista de acordo com os critérios do Global Initiative for Asthma. Após os procedimentos de avaliação inicial dos critérios de inclusão e exclusão, foram realizadas as coletas das assinaturas dos termos de consentimento e assentimento. Na sequência os adolescentes foram submetidos à avaliação antropométrica e a espirometria basal, em seguida foi realizada a técnica de broncoprovocação em esteira, onde o individuo tiveram que correr por 8 minutos entre a 80% a 90% da sua frequência cardíaca máxima. E medidas de VEF1 foram feitas aos cinco (5), dez (10), quinze (15) e trinta (30) minutos após a broncoprovocação para avaliar a resposta brônquica (BIE). Foram identificados 7 (38,9%) adolescentes asmáticos com BIE e 4 (23,5%) não asmático com BIE. Não foram encontradas associações entre as variáveis asma, BIE, controle da asma e sintomas respiratórios. E nem entre a asma e COVID-19, apesar de p=0,06, sugerindo a possibilidade de que essa associação pode vir a existir com o tamanho da amostra maior. Foi encontrado correlação entre a asma e o nível de controle da asma (p=0,000), entre a asma e sintomas respiratórios (p=0,002), entre COVID-19 e nível de controle da asma (p=0,046). Semelhante a associação, a as variáveis asma e COVID-19 apresentaram correlações próximas ao valor de significância (p=0,063). Estes resultados mostram que foi possível correlacionar a COVID-19 e o nível de controle da asma, sugerindo que em pacientes com asma não controlada ou grave são fatores de risco para COVID-19. Entretanto, não houve relação entre a prevalência de BIE e a presença de sintomas de asma. A relação entre asma e BIE, após período pandêmico não foi encontrado. O que nos leva a aprofundar os estudos sobre o BIE. O VEF1 teve uma queda maior ou igual 10% do valor basal, em 5 min e 10 min após o teste de broncoprovocação. Encontramos também a relação entre a asma e controle da asma, assim como a asma e os sintomas respiratório.
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